A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
O estudar e ensinar a Bíblia são coisas muitíssimo
sérias, e por esse motivo muitos terão que dar contas a Deus, o Pai e a seu
Filho, o Senhor Jesus, quanto ao que têm usado da Bíblia de maneira indevida,
inclusive, até fraudando-a para ganhar dinheiro.
A
DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA
RECURSO PARA TRADUÇÃO EM OUTROS IDIOMAS
O texto que você
começou ler é integral em português, entretanto, se for traduzido para outro idioma;
o sistema Google somente o fará até o parágrafo de número 113, devido à
extensão (tamanho) do texto que vai até o parágrafo 343; sendo necessário para
traduzir automaticamente todo o texto, a leitura em três Blogs.
Querendo você continuar a leitura do Estudo no seu todo em outro idioma, que não
seja o português, que aqui é integral. Leia no idioma que você preferiu até o
parágrafo 113, que estará traduzido. Volte aqui a este lembrete e clique neste
endereço www.heresiadatriunidadetrad.blogspot.com
, o qual, lhe remeterá a outro Blog com a continuação do assunto a partir do
parágrafo 114 que poderá ser traduzido, completando assim o texto total do
Estudo no idioma que você desejou.
AGRADECIMENTO
a
Aproveito para
agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais
agora dezenove Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados por
milhares de pessoas no Brasil, e em mais trinta (30) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no
exterior do que no Brasil ─; e agora este, para o qual peço a
mesma atenção. Isto enseja o meu muito
obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre
Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos,
eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a
todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações
sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos
nós como indivíduos... Também informo que este Tema ganha presentemente a sua
prioridade em função de solicitação de amigos... Para acessar os demais, dos
atuais dezessete Blogs, clique no link perfil geral do autor (abaixo da minha
foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de cada um para acessá-lo.
b
Esse é o meu décimo nono Blog, de uma série de
muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Embora tenha dito no
décimo sexto que o seguinte a ser postado (o décimo sétimo), cujo Tema ainda
não teria definido; se sobre a TRINDADE ─
entendida e estudada no decorrer da história como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou que poderia até se
fazer necessário abordar outro Tema antes desses, de fato, mais uma vez adiei
estes assuntos naquele momento em função do novo Tema, que foi décimo sétimo
Blog, endereço
www.paradocola.blogspot.com , e não o Tema Espiritismo que se tornou o décimo
oitavo... Agora, neste Blog, o Tema DOUTRINA DA TRINDADE será estudado com todo
equilíbrio e seriedade e nele se cumprirá essa minha anterior promessa sobre
este assunto.
c
Ainda, vale à pena informar de forma antecipada aos estudiosos de
filosofia que possivelmente discordarão da leitura que faço das obras de
Platão nos comentários feitos neste e outros Trabalhos ; que antes de estribarem-se naquilo que têm
aprendido sobre elas no decorrer da história quanto à autoria atribuída a Platão, por exemplo: da
“Alegoria (não mito) da Caverna”, e outras coisas atribuídas
a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu primeiro Blog
SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO (clicar link do perfil do
autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá); no qual identifico o
genialíssimo Platão como MODERADOR CONTEMPLATIVO
aquele que não emite opinião, nem
modera de forma incisiva os debates nos fóruns criados por ele em cada
uma de suas obras sobre vários assuntos e os legou a nós, toda humanidade...
Ainda, se você não consegue entender o que um brasileiro simples morador no Rio
de Janeiro, na criticada Baixada Fluminense: diz aqui sobre as obras de Platão.
Pense primeiro no que disse Maquiavel sobre a opinião da Maioria e Nelson Rodrigues
parafraseou. Caminhe até próximo de Platão em seu aluno Aristóteles, que
escreveu a obra A Política: uma exata
antítese da obra A República de seu
mestre Platão, também fez sérias críticas a Sócrates em outra obra: Ética a Nicômaco. Do que, quanto à
leitura da Maioria, diferentemente,
Aristóteles leu e entendeu: como eu, exatamente aquilo que cada filósofo disse
nessa e naquela obra, e em A República.
Quando nesta Sócrates em debates maiêuticos com Glauco e Adimanto, irmãos de Platão: produziu a pérola
socrática, conhecida mundialmente como A
Alegoria da Caverna ─ que não pode, nem deve ser chamada de Mito. E quanto
aos reparos que fez: contestou nominalmente a Sócrates em alguns de seus
postulados; porquanto foi assim que Aristóteles entendeu o que Platão escrevera
em seus, não diálogos e sim debates, de igual modo eu assim entendo e todos
deveriam racionalmente ler e entender os escritos de Platão, pois não há
opinião objetiva dele em suas obras...
Reiterando: leia com carinho e atenção suas obras, nas quais, você o verá
intencionalmente não emitindo opinião e sim registrando a de outros filósofos,
principalmente as do seu mestre Sócrates.
d
LEMBRETE ou ADVERTÊNCIA ─ Se qualquer um de
nós tem entendido, ensinado e praticado
─ em oração, adoração e
louvor ─, que Deus o Pai é o Senhor
Jesus; fazendo isto, está sistematicamente excluindo Deus o Pai nesta
relação ou exatamente dizendo que Ele não existe... Sendo isto feito por alguém
humilde e de pouco conhecimento; entendo que a grande misericórdia de Deus
levará em conta esse estado de ignorância, conforme Atos 3.17; entretanto:
teólogos, professores de Seminários, membros do clero, pastores e diversos
líderes de organizações nas igrejas terão que dar conta de tudo quanto têm
ensinado de errado sobre Eles e tudo mais que é ensinado na Bíblia... Vou
repetir esse parágrafo ao final do Estudo.
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
e
Como prometi
desde o meu décimo quinto Blog que postaria um Estudo sobre a Doutrina da
Trindade, agora, neste estou cumprindo essa minha promessa, para a qual peço a
todos que o lerem: o máximo de paciência, equilíbrio cognitivo na leitura e sincera
pesquisa e avaliação de tudo quanto cito como base de fundamentação; quer
Filosofia, Historia, Física, Literatura, Antropologia, Sociologia e
principalmente tudo aquilo que diz respeito ao que está escrito na Bíblia, que
para este assunto, aquilo que de fato bíblico é que deverá prevalecer, quando
devidamente interpretado... A conclusão prática do que estou dizendo nessas
considerações iniciais é que há pelo menos quatro maneiras de estudarmos a
Palavra de Deus. Por esse motivo quero
identificar exatamente o “eu” que comecei e estarei usando em todo o livro. As
quatro formas de estudarmos a Bíblia são: Caminhar para o estudo das Escrituras
levando para ela interpretações já formatadas por teólogos e doutores cridos
como entendidos nesses assuntos, que servirão de caminho para as conclusões já
previamente definidas. A segunda é semelhante a essa primeira; e consiste em
ser guiado por somente um importante “Medalhão”, cujas conclusões terão os
mesmos contornos da primeira ponderação. A terceira consiste em confiar de
maneira “exagerada” nas suas próprias
conclusões ─ não sendo esta a minha conduta ao estudar a
Palavra de Deus. Por fim, a quarta: é fazer a leitura da Bíblia de maneira
tranqüila, sem prévio posicionamento quanto às conclusões e deixando que o
Espírito Santo nos vá ajudando e ensinando-nos como entendê-la ─ é assim que eu estudo a Bíblia... Não
confundir isto, com particulares revelações mirabolantes, pois a revelação de
fato é o que está escrito na Bíblia; que qualquer um que saiba ler poderá
entendê-la na tradução da sua própria língua, também que sejam consideradas as ponderações dos escritores
aos Hebreus 4. 12-13 e Paulo em I
Coríntios 2. 1-16.
PREÂMBULO
1
A improcedência
da Doutrina da Trindade leia-se tri-unidade, demanda ou de fato grita há
séculos por uma contestação veemente e bem fundamentada, entretanto sendo ela
extra-bíblica, se torna estranho constatar que o contestá-la choca e até escandaliza ─ eu
sei muito bem a causa disto!.. Os quase dezessete séculos de sua existência
criaram o senso comum fortíssimo e muitos pagaram com a vida por isso, de que o
negá-la seria estar contra o Senhor Jesus. Entretanto, Paulo, como que por
antecipação a contesta, quando se contrapondo às tradições judaicas e a
filosofia grega junto aos de Corinto, nesse texto que transcrevo aqui, e vou
usá-lo novamente mais à frente; ele disse em I Coríntios 8. 6 ─ Todavia para nós há um só Deus, o Pai,
de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus
Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também. Paulo,
ainda, no registro e ensinamento didático elementar de ser Deus o Pai e Jesus o
Filho, prosseguiu em dizer em Coríntios 11. 31 ─ Deus
e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto.
Também essa outra citação de Paulo quando da sua primeira carta ao seu filho na
fé, conforme I Timóteo 2. 5 ─ Porque
há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus homem.
Será em função dessas e de muitas
outras citações, óbvias e elementares do texto sagrado e em concomitância com a
avaliação do posicionamento de teólogos, de filósofos e pensadores; que
procurarei trazer a dita Teologia histórica, que é de catálogos (conjunto de
regras e dogmas), para a verdadeira discussão bíblica, que espero venha
acontecer. Também, como no subtítulo Considerações
Iniciais, em contraposição também a mofa que sofri por ter dito e
reiterado, ser de Maquiavel (como consta na sua obra O Príncipe) a afirmação de que “os fins justificam os meios”;
justamente porque alguns eruditos e acadêmicos defendem que essa expressão fora
plantada nessa obra ─ infelizmente assim caminha o cego no depender dos
eruditos ─, entretanto mostrei como o informado anteriormente (e quem a conhece
sabe) que a obra de Maquiavel O Príncipe
é exatamente uma cartilha de como ter os
meios justificados pelos fins, explicado ao final das Considerações Iniciais no
Blog Sócrates versus Platão versus Machado versus o Amor, endereço www.socratesplataomachado.blogspot.com ... É nessa não pacífica dependência de
doutores do passado e de cridos e venerados Medalhões que quero caminhar nesse
Estudo sério da Doutrina da Trindade. Que pelo o já estudado com relação ao
Espírito Santo no Blog sobre o Espiritismo (que terá incremento nesse
Trabalho), creio, que ficará cada vez mais evidente a improcedência dessa
doutrina como verdadeiro ensinamento
bíblico.
2
O
escritor aos Hebreus ─ que entendo ser Paulo agindo de forma anônima
─, conforme Hebreus 13. 22-25; num lindo Midrash ─ eu
já disse isso ─, ou quero afirmar
novamente que esta obra é um ótimo Trabalho (a epístola aos Hebreus) de
Teologia Sistemática, no qual digo estar o roteiro ou plano de estudo da
Bíblia; pois, fez nessa sua carta, uma perfeita ordenação de todo o ministério
do Senhor Jesus, no qual, nos dois primeiros capítulos ─ após uma sinopse
inicial de quatro versículos apenas ─,
explicou toda essa missão do Senhor Jesus; e usando textos de nove Salmos e um
de Isaías 8. 18, concluiu de maneira didática e objetiva a Divindade do
Mestre... No subtítulo Simetria de
Sistematização II (continuação) vou novamente fazer comentário sobre esse
Trabalho do escritor aos Hebreus; mas aqui nesse início de capítulo quero de
forma objetiva trazer dois pontos importantíssimos de toda a verdadeira
sistematização bíblica, para a questão da chamada trindade. Como estará explicado no subtítulo
citado acima, no texto de Hebreus 2. 4-6 aparecerá; aqui transcreverei a mesma
referência em seus outros versículos, conforme o texto de Hebreus 2. 6-11 ─ Mas em certo lugar (Salmo oito) testemunhou alguém, dizendo:
Quem é o homem,
para que te lembres dele?
ou o filho do homem para que tu o
visites?
Fizeste-o um pouco menor que os
anjos. De glória e de honra o coroaste, todas
as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés.
Ora, visto que lhe sujeitou todas
as coisas, nada deixou que não lhe fosse sujeito. Mas agora ainda não vemos
todas as coisas sujeitas a ele; vemos, porém, aquele que foi feito um pouco
menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da
paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por
todos.
Porque convinha que
aquele, para quem são todas as coisas,
e por meio de quem tudo existe, em trazendo muitos filhos à gloria,
aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles.
Pois tanto o que santifica, como os
que são santificados, vêm todos de um só; por esta causa ele não se
envergonha de lhes chamar irmãos.
3
Paulo escrevendo aos Romanos e aos
Gálatas, nessa mesma visão do Jesus
Filho de Deus; como citei em Estudo sobre igrejas em células, postado em
Blog. No qual, também contestei David (Paul) Yonggi Cho quanto à improcedência
da maximização de palavras no grego com entendimento específico evangélico;
porque a coisa é exatamente o contrário, como mostrarei nesses dois textos que
vou transcrever. Que é feito ali um desdobramento pelo escritor aos Hebreus na
direção de sermos nós os que temos aceitado ao Senhor Jesus como Salvador;
agora filhos de Deus, herdeiros como Jesus e co-herdeiros com ele, conforme também
Romanos 8. 14-17 ─ Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos
de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez
estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba,
Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de
Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com eles sejamos
glorificados. De igual modo, como o
registrado aqui; no ano 57, Paulo já escrevera sobre esse mesmo assunto,
filiação e herdeiro, no ano 53 quando
doutrinando os Gálatas 4. 6-7
─ E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito que
clama: Aba, Pai! Portanto já
não és mais servos, mas filho; e se és filho, és também herdeiro por Deus. Sobre
os dois textos acima e o de Marcos 14. 36, e o todo o entendimento e uso que
lhes possam ser pertinente: quanto ao filho, herdeiro e co-herdeiro, dentro do
específico voltarei a comentar no subtítulo
O Valor dos fariseus; para melhor
marcar e fixar esse entendimento, porquanto todas essas questões são muito
importantes do ponto de vista teológico.
4
Você
que já conhecia o texto do Salmo 8, e o seu uso
pelo escritor aos Hebreus, quanto ao que ele constrói no capítulo 2. 6-11, e até então não tinha dado
importância a isso... E você que não conhecia. Não pense agora na direção das
Testemunhas de Jeová, porque isso (o meu posicionamento) não terá nada a ver
com os conceitos e entendimentos deles; como explicarei no subtítulo O Erro do que Denomino Nomismo. Pelo
fato de usarem esse texto de maneira
ostensiva buscando fundamentar ser Jesus um ser criado por Deus e não de
pré-existir como Filho junto com o Pai, mas na visão literal como eles entendem,
conforme essa parte de Hebreus 2. 9
─ vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos,
Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que,
pela graça de Deus, provasse a morte por todos; justamente em função da
parte sublinhada acima, para o qual, associam indevidamente o semântico (feito,
criado) ─ que
tem aqui a intenção de ressaltar a também plena humanidade eventual de Jesus ─;
com o real e de fato “gerar, fecundar”, que é totalmente diferente do criar, conforme
Gênesis 2. 7, tanto que, o escritor já usara esse perfeito entendimento em Hebreus 1. 5-6 ─ Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és
meu Filho
Hoje te gerei?
Eu lhe serei Pai
E ele me será Filho?
E outra vez, ao introduzir no mundo
o primogênito, diz: E que todos os anjos de Deus o adorem,
texto este que é uma citação do Salmo 2. 7 e aqui se associa ou se interliga plenamente ao que todo o texto
sagrado ensina quanto à relação de Jesus com Deus, ou exatamente: Deus, o Pai;
Jesus, o Filho como em Lucas 1. 26-35 (...)
Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o
Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o
que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus... Decididamente,
entendamos todos nós de maneira definitiva e de forma serena, inclusive com os
componentes didáticos e elementares dos ensinamentos de Jesus, que Deus é o
Pai e o Senhor Jesus é o Filho; e o que defendem as Testemunhas de Jeová é inconseqüente e não corresponde totalmente à
verdade. Também não despreze esse início de capítulo, e muito menos faça como
os teólogos trindadistas, no ignorar
ou agir como se esse texto não existisse e também outros, por não ter como
explicá-los em função do secular
entendimento que você possa ter da tri-unidade, que diz que Jesus é uma simples
representação de Deus o Pai; que de igual modo comentarei no subtítulo Jesus é
de fato eternamente o Filho de Deus... Não se escandalize, porque
possivelmente você está esquecendo que a base de fundamentação de tudo na
Bíblia, é o Cristo ressuscitado que se assentou à direita de Deus o Pai;
pois isso é estudo bíblico sério... E continue lendo com atenção e respeito ao
estudar e principalmente a Deus, no que Ele
mostra de maneira didática na sua Palavra... Em função do que já foi
dito até agora, vale a pena e é também necessário dar novamente uma olhada
criteriosa na sinopse de todo o plano de
Deus, que está nos três iniciais versículos do capítulo primeiro da carta aos
Hebreus.
5
Outra questão que a priori me preocupo em dar resposta é a
também possível contestação a este Trabalho que dirá que a Doutrina da
Trindade, diz sistematicamente ou fala em Jesus e o Pai ou ainda, fala no Pai,
o Filho e o Espírito Santo, trindade, portanto. Se você observou, a frase que
inicia ou abre esse Preâmbulo, ela já objetiva o que se pretende nesse Estudo
sobre essa doutrina, no que, preliminarmente estou chamando aos que estão lendo
este Blog, a estudarmos; que da minha parte, haverá uma sincera avaliação, não
quanto à questão trindade e sim a “tri-unidade”, que inclusive como se verá à
frente no comentário da Suma Teológica de
Tomás Aquino, ele diz que o conceito trindade é impróprio, pois envolve nove
erros, que segundo os defensores dessa doutrina
─ não os milhões de indivíduos
inocentes úteis do senso comum ─, seria exatamente o Deus Físico Plural uno
Metafísico, a minha definição filosófica da tri-unidade ou Doutrina da
Trindade.
6
Objetivamente para evoluir no estudo
sobre essa doutrina. A Bíblia ensina de maneira clara, didática e acessível a
qualquer pessoa simples, que Deus é o Pai, o Senhor Jesus é o Filho e o
Espírito Santo, a pessoa de ambos; não outra pessoa da trindade, ou seja, esse
meu Estudo é exatamente um contraponto na direção da tri-unidade chamada de Doutrina
da Trindade, que tem todo enunciado ou exegese puramente filosófica ─
fantasiosa, que se diga e não a séria filosofia, que é a grande ferramenta de
análise ─, e por esse motivo, difícil
para as pessoas simples entenderem... Que numa espécie de amor infundado pela
“catacrese”, uma figura de linguagem,
ver dicionários; se usou séculos a fio o termo trindade para a de fato
tri-unidade... Tendo havido várias considerações e até nominações infantis no
decorrer da história, quando os trindadistas
modernos inventaram o “trietismos”, neologismo, do que seria entendido como
politeísmo, para acusar os que vão ficando sem ter como explicar a tri-unidade, e dizem
simplesmente que Deus são três pessoas, sem dar maiores detalhes; já esses
inventaram o “unicismo”, que é
exatamente a tri-unidade ou a chamada trindade que é a secular “catacrese
tri-unidade”. Já estou sendo e vou continuar sendo repetitivo quanto a isso...
Também me permito: em função de tudo isso, ter criado o neologismo trindadistas, nesse mar de nominações
dispersivas e improcedentes.
7
O que sempre existiu desde Atanásio foi a
tri-unidade com o nome de trindade
─ que pasmem, foi inconseqüente
por parte dele e seus simpatizantes contra o seu opositor Ario ─; até Tomás de Aquino, que refutou a
Atanásio e outros quanto à denominação trindade, como informo no subtítulo Antítese da Doutrina da Trindade. Quanto
à denominação trindade, cuja sua milenar exegese sempre foi a tri-unidade e a
sua acusação de trietismo ou que isso
seria de fato o politeísmo. Isso foi e é por falta de conhecimento bíblico e
exatamente por não se darem conta, que embora no Antigo Testamento esteja a
enfática afirmação, conforme Deuteronômio 6. 4 ─ Ouve ó
Israel; o Senhor nosso Deus é o único
Senhor... Que tinha dentro de si
a preocupação didática, de também ou exatamente se contrapor ao politeísmo
(adoração a outros deuses); todavia havia também um processo paulatino de
informar a vinda do Senhor Jesus... Tivemos em Davi, cinco séculos depois, a
informação clara dessa nova situação ou relação com Deus, que contemplaria a
também de fato presença do seu Filho, o Senhor Jesus, conforme o Salmo 1. 5-6,
Salmo 8. 1-9, e o Salmo 110. 1, que será reproduzido no decorrer do Estudo mais
à frente.
8
Antes já estava informada essa
trajetória, conforme Gênesis 3. 15 ─ citado por Paulo em Romanos 16. 20 ─,
Deuteronômio 18. 15-19 ─ citado por Pedro em Atos 3. 22 ─, Jó 19. 25, Miquéias
5. 2-4 ─ citado em Mateus 2. 6 ─, Isaías 7. 14 citado em Mateus 1. 22-23,
Isaías 9. 1-7 ─ citado em Mateus 4. 12-16 ─, Isaías 42. 1-8
─ citado em Mateus 12. 18-21─, Isaías
53. 1-12 ─ citado em Atos 8. 28-36 ─, Isaías 61. 1-14 ─
citado em Lucas 4. 16-21 ─, Zacarias 9. 9-10
─ citado em João 12. 14-15 ─,
Zacarias 13. 7 ─ citado em Mateus 26.
3-32 e Marcos 14. 27-28 ─, também Malaquias
3. 1-2 ─ citado em Lucas 1. 76-79
─; e mais nove Salmos, que são citados pelo escritor aos hebreus que reproduzo
os seus endereços com detalhes no subtítulo Simetria
de Sistematização II (continuação). Todo esse elenco de textos e muitos
outros, convivendo plenamente sem confronto com o texto, também de Deuteronômio
6. 4, reproduzido acima... Sendo que essa informação é reiterada em vários
textos do livro do profeta Isaías, o profeta messiânico, dos quais destaco, 9.
1-7 e 42. 1-8, nos quais, não se viu ou se vê politeísmo entre as duas pessoas; de Deus o Pai e do seu Filho o
Senhor Jesus.
9
A trajetória que informo estar
registrada a partir do texto de Deuteronômio 18. 15-19 foi reiterada por
profetas, e na era da graça; identificada e sancionada na fala de Pedro em Atos
3. 22-23 e por Estevão em Atos 7. 37, também nenhum dos líderes da “Igreja
nascente” viram ou entenderam politeísmo em ensinar que Deus é o Pai e o Senhor
Jesus é o Filho de Deus, que pós-ressurreição assentou-se à direita do Pai,
como está ostensivamente presente na
Bíblia e estará na mesma grandeza demonstrado no decorrer desse Trabalho.
10
Não havendo informação que embasem o
conhecimento bíblico para fundamentar a doutrina da tri-unidade, não a procurem
na filosofia, e por favor não usem o sofismar, que será literalmente a
filosofia de Protágoras, com as infantis perguntas׃ Então Jesus não é Deus? ─ Agora assumo plenamente responder a
isso de maneira objetiva e direta. Não! Jesus não é Deus o Pai e sim exatamente
o que disse ser, conforme João 17. 3 e João 10. 36 ─ aquele a quem o Pai santificou,
e enviou ao mundo, dizeis vós׃
Blasfemas; porque eu disse׃ Sou
Filho de
Deus? Ou aquela outra também infantil e
provocativa pergunta: então você está dizendo que Jesus é um Deus menor? Nunca
passou pela minha cabeça essa formulação, porque o que a Bíblia me ensina é ser
Jesus, o unigênito Filho de Deus, e Deus o Pai, o Deus único... Quanto
ao Senhor Jesus ser menor; foi ele próprio quem disse ser o Pai maior do ele,
conforme o registrado em João 14. 28 ─ Ouvistes o que eu vos disse: Vou, e
voltarei para vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque
o Pai é maior do que eu. Biblicamente elementar e acessível a qualquer
pessoa que estude seriamente a Bíblia, porquanto isso visa explicar a relação
de intimidade e respeito havido entre o Senhor Jesus e o Pai, amplamente
registrado no texto sagrado, conforme vou mostrar mais à frente.
11
Desde o início deste Preâmbulo tenho detalhado o
fracionamento do Espírito Santo do ponto de vista plenamente bíblico, e quem é
o Espírito Santo na sua relação com Jesus e com Deus o Pai e a sua objetiva identificação
como a pessoa do Pai e a do Senhor Jesus; que mostra de maneira clara e
objetiva a sua função, de ser Ele, Deus presente (como a sua pessoa, por meio
Dele, o Espírito), sabendo de tudo,
em todos os lugares, junto a todos,
também dentro daquele que aceitou a Cristo como salvador, a todo o tempo, ou o
Espírito Santo, sendo a pessoa de Deus em todos os lugares presente
ininterruptamente é ciente de todas as coisas... Estude com toda atenção todo o
desenvolver desse Estudo quanto a esse
assunto.
12
Além disso, tenho que deixar definido;
que entendo que dentro dessa visão do Deus Pai, Filho e Espírito Santo serem um
─ falo isso com toda seriedade ─, existem trindadistas que pela convivência em ter que explicar algo pouco
compreensível do ponto de vista bíblico, migram para uma avaliação e
argumentação de que essa visão de três pessoas em uma só, não seria exatamente
assim ou isso “são mistérios de Deus”; para o qual, você nunca poderá
entender... Mas quem mandou construir essa idéia? E quem está cobrando o
entendimento disso ou mandando ensinar tal coisa, que não tem nenhuma base
bíblica? Cujas referências básicas estão irônica e contraditoriamente no
Evangelho de João, no qual se pretende fundamentar a tri-unidade, senão vejamos
João 15. 26 ─ Quando
vier o Ajudador, que eu vos enviarei da parte do meu pai, o Espírito
da verdade, que da parte do Pai procede, esse dará testemunho de mim
(Jesus).
13
De igual modo não diga para mim, que
dentro dessa visão dos “mistérios de Deus” eu não tenha entendido nada até
agora, com aquelas explicações filosóficas, com voz grave, solene e veemente
buscando ser didático e me dizendo:
─ “O que ensinamos é a trindade” ─ Pai,
Filho e o Espírito Santo. ─ Eu também digo exatamente isso sistematicamente, e
já disse acima: A Divindade é trina e
não triúna, nem três pessoas ─ porque o
Espírito Santo não é a terceira pessoa e sim a pessoa do Pai e do Filho,
presente em todos os lugares. Sendo essa a
questão. Porque você defensor da trindade com o componente “os mistérios
de Deus”, tem contra si (de alguma forma, neste mar de ambigüidades) Tomás de
Aquino, Isaac Newton e demais unicistas
(triunitaristas) e também eu que me
afiro e sigo o que a Bíblia ensina de maneira clara e objetiva; Deus é o Pai,
Jesus o Filho, e o Espírito Santo, a pessoa de ambos ou o modo, forma ou meio
como Eles são Oniscientes e Onipresentes. Tendo contra mim essas duas idéias
defendidas pelos trindadistas que
são de inconseqüências filosóficas e não
teológicas.
14
Jesus quando informou ser o Pai maior
do que ele (João 14. 28) foi para mostrar a sua relação de comunhão e
obediência à vontade do Pai. Sendo isso reiterado por ele várias vezes,
conforme Mateus 7. 21, Mateus 12. 50, Mateus 26. 42, Lucas 22. 41-42, João 5.
30, João 6. 38 e João 14. 31 ─ mas, assim
como o Pai me ordenou, assim mesmo faço, para que o mundo saiba que amo o
Pai. Levantai-vos, vamo-nos daqui. Essa
informação também teve o objetivo de
impedir que façamos a infantil interpretação literal de ser Jesus e o Pai a
mesma pessoa (serem um literalmente) e sim caminharmos para o entendimento de
que esse serem um refere-se à plena comunhão entre ele e o Pai; como será
amplamente explicado no subtítulo, Textos
do evangelho de João aglutinados, como o próprio Senhor Jesus explicou no
capítulo dezessete do evangelho de João.
15
Essas ponderações repetitivas e
repetitivas. São para que você que está
lendo esse Estudo; o faça dentro da visão da minha Concomitância do Contraditório, e vale à pena ler novamente o
subtítulo Considerações Iniciais que
abre o Blog, endereço www.socrateskardec.blogspot.com
, ou de fato o agir desprovido de qualquer
pré-posicionamento acirrado na defesa do que já aceitou como verdade, nem a
pré-rejeição do que está sendo apresentado e estudado aqui, sem
primeiramente analisar, ponderar e
racionalmente concluir; não importando em que direção se caminhe, desde que
seja o fruto de uma conclusão racional e sincera de acordo com o texto sagrado
e não segundo o conceito dos Medalhões do passado e os atuais.
16
Quando digo que a Doutrina da Trindade
é filosófica e a defino dentro dessa visão, como Deus físico plural uno metafísico,
usando de redundância como gosto de fazer, é para que seja entendido que
entendo perfeitamente toda essa construção já muito idosa (idade 17 séculos),
ser em linguagem didática e accessível׃
“A pessoa do Pai, a pessoa de Jesus e a pessoa do Espírito Santo, que são da
mesma essência, segundo nos diz Aquino, e que são os três a mesma pessoa...” É
isso a Doutrina da Trindade, entendida e ensinada assim como tri-unidade... Que
como tenho reiterado, na prática, se tem até contraposto de maneira controversa
a esse entendimento exegético, justamente por aquela que é a matriz ou geradora e agente histórico dessa já milenar
heresia; quando na profissão de fé católica romana, se diz: Creio
em Deus Pai todo-poderoso, criador dos céus e da terra, em Jesus Cristo,
seu único Filho que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
subiu aos céus; está assentado à direita de Deus Pai todo-poderoso. Creio
no Espírito Santo, na remissão dos pecados, na ressurreição e na vida
eterna. Amem!
17
A redundância, que Jesus também fazia,
que usei no parágrafo anterior é mais uma reiteração sobre essa definição ou
ser objetivamente redundante e repetitivo também é para chamar a atenção, que
embora essa definição e explicação já tenham se tornado senso comum ─ e pasmem, juntamente com a confissão de fé
transcrita acima ─, ela é (a definição da trindade conflita com essa profissão
de fé) totalmente desprovida de relação intrínseca com que ensina de maneira
plena, simples e didática o texto sagrado sobre o Pai, o Filho e o Espírito
Santo... Ainda explicarei melhor sobre o
Espírito Santo não ser pessoa física, e sim amorfa, pois se fraciona.
A
VERDADE SOBRE O TEMPO
18
Também é bom que se diga nessa parte inicial desse
estudo, em grandes letras; e já devia
ter dito isto desde as Considerações
Iniciais, que: Toda nossa, nós seres humanos, relação com
Deus, ou se preferirem, com a Divindade; se dá ou contempla o antropomorfismo e a antropopatia
que é atribuir a Deus forma e sentimentos humanos, e também a nossa unidade
de tempo é o cronos, hora, seus
múltiplos e submúltiplos; tanto que Deus o Pai enviou o seu Filho, o Senhor
Jesus em forma humana, antropo
(grego, άντρωπος) e relativo ao planeta Terra, onde a nossa unidade de tempo é
a hora... Também peço que esqueçam nas suas sistematizações quando das
exegeses, como alguns não têm feito, de coisas como: Teoria da relatividade
(Albert Einstein 1879 - 1955), que usa para a sua fundamentação a velocidade da
luz 300.000km/s em sentido retilíneo,
e a unidade de distância ano-luz, que
corresponde a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros; sendo o seu
referencial de efetiva construção, o já ponderado RETILÍNEO. Como informei:
essa teoria e seus mecanismos não têm nada a ver com a revelação simples da
Bíblia versus planeta Terra, cujo
movimento de rotação, sobre o seu eixo imaginário em um dia ou 24 horas e a
translação, com o seu também movimento giratório em órbita circular elíptica,
com aproximação e afastamento do sol, que gera as estações do ano; isso com a
velocidade de 30 km/s em volta do sol em 365,2422 dias ou um ano, que
decididamente não se ajustam com o retilíneo,
até porque tudo o que vou comentar aqui não colide com o enunciado por Albert
Einstein ─ O tempo é relativo e não pode ser medido
exatamente do mesmo modo e por toda a parte (relatividade relativa,
diria eu)... Tomem também muito cuidado com a ficção cultural da máquina do
tempo (H. G. Wells 1894 - 1895), época dos Artigos sobre o
assunto e posterior livro, e os congêneres contemporâneos: “De volta para o futuro, O exterminador do futuro” e coisas desse
tipo, passado versus futuro; que se
fundamentam ou se especulam erradamente a partir da teoria da relatividade,
quando diferente e obviamente, tudo que se relacione com o planeta Terra, parte
do sistema solar, deve ou deverá ser aferido ou especulado pelos seus
movimentos que são giratórios (circulares)
e não retilíneos...
19
Dentro dessa indevida especulação de “máquina do
tempo”; para que algum terráqueo possa fazer uma viagem de retorno ao passado
ou numa viagem semelhante avançar para o futuro, terá que fazer com que a Terra,
nos seus movimentos de rotação e translação, gire em sentido contrário
(passado) ou acelere (futuro), na razão de dois dias e dois anos; para cada dia (rotação) e para cada ano
(translação); quando para essa brincadeira ter lógica, seria esta a especulação correta para o nosso
planeta Terra... Naveguei!!
Desculpe o coloquial,
entretanto, se você “navegar” (plena ficção) para o passado ou para o
futuro encontrará, lá como também aqui quando
voltar, tudo dantes como antes! Todavia se esse girar for de muitos anos (no
casa disso poder ser verdade); quando você voltar encontrará o seu irmão gêmeo
já idoso, entretanto a sua idade será exatamente a mesma dele, pelo tempo dele
vivido (dentro do que preceitua Lavoisier) aqui e o seu na viagem.
Misericórdia!.. Como é possível que teólogos e pastores especulem coisas tão
absurdas e sem consistência? De igual modo, não confundir essas especulações
com os fatos dos textos de Josué 10. 12-14 (por quase um dia, portanto cronos, tempo medido) e Isaías 38. 7-8 (dez graus no relógio solar;
relativo ao dia, também cronos), e de
igual modo esqueçam de Ato, Simples,
Essência, Gênero, Primeiro Motor, Potência, Modalidade, Virtualidade, Acidente
e até do Metafísico (vide
Aristóteles), porquanto a revelação de Deus dada a nós através da Bíblia é verdadeira
e não falsa, por intermédio do fator
de tempo HORA cronos (grego, χρόνος) e
não aion (grego, αίών ─ século, época)
ou kairós (grego, καιρός – momento,
tempo oportuno) e sim o pleno e didático
ANTROPOMORFISMO e a ANTROPATIA ou Deus dentro da didática da forma e
sentimentos humanos, Isaías 6. 1 e
Apocalipse 4. 10-11, e quanto ao Senhor Jesus, os evangelhos e as epístolas, e
não o metafísico, e sim pelo pleno e
claro “teológico bíblico” amplamente ensinado de maneira didática no texto
sagrado. Também tomem todo o cuidado com a
cosmologia exacerbada dos trabalhos de Tomás de Aquino, e a anterior de
Agostinho sobre o tempo; com o querer explicá-lo numa visão cosmológica versus Teologia, quando o texto sagrado o faz de maneira elementar
através do cronos, como, por exemplo,
os setenta anos do cativeiro babilônico (Jeremias 29. 10), as setenta semanas
do ungido, que corresponderam a 490 anos (Daniel 9. 20-27), os um tempo, mais
dois tempos e metade de um tempo, também (Daniel 7. 25b, 12. 7 e (Apocalipse
12. 14), 42 meses (Apocalipse 11. 2), 1260 dias (Apocalipse 11. 3 e 12. 6), os
três períodos de tempo corresponderam a 1260 anos ─ do
imperador Diocleciano (284 - 305, período de governo) a João Calvino (1509 - 1564)
─, conforme meu primeiro livro Ceia, sim!
Cruz, não!. Ainda, as 2300 tardes e manhãs de Daniel 8. 14, os 2290 dias e
os 2335 dias de Daniel 12. 12 e 13, respectivamente.
20
A fantasia aleatória quanto ao elemento tempo,
trabalhada no mundo cosmológico, primeiramente por Agostinho e posteriormente,
mas próximo de nós, por alguns outros teólogos em função do modismo máquina do
tempo: quando afirmam sem nenhuma base bíblica, que tudo o que está
relacionado com o nosso planeta, já
aconteceu no tempo de Deus, quando ignoram o “pleno tempo” terreno usado na
Bíblia, no que, se dissermos em ritmo e velocidade normal: um
tempo, mais dois tempos e metade um
tempo; despenderemos de um espaço de tempo ou cronos ou tiempo ou time ou Zeit de cinco segundos, cuja duração será exatamente igual, seja no
observatório de Greenwich, numa ilha deserta, seja no Pólo Norte ou Pólo Sul ou
até no Espaço Sideral ─ quando, em lugares como esses últimos,
perdemos a noção de tempo ─, todavia o espaço de tempo que compreende o início
e término de qualquer contagem existirá sempre... Não misturemos isso com Deus,
que é eterno; portanto de fato atemporal, entretanto essa especulação de já
aconteceu no tempo de Deus advinda do modismo “máquina do tempo”, não tem nada
a ver com o nosso tempo plenamente cronos
e relativo (mecanismo do sistema) ao planeta Terra na revelação dada a nós no
texto sagrado.
21
Tempo ─ medida de duração de algo, de alguma coisa ou
de fato filosófico, período, parâmetro que compreendeu o início da contagem na
sua unidade até o seu término... Isso também quer dizer ou infere, ser aquilo
que é temporal (período ou tempo com medida de duração), que tem seu início e
seu fim ─ sendo essa a mais didática visão de tempo no
seu sentido pleno, que é a sua medida de existência.
22
Por saber que Deus não teve início nem terá fim; com
toda propriedade disse que Ele é “atemporal” e não corresponderia de forma
alguma ao tempo (grego, kairós), o
qual se refere a um determinado momento, embora não tenha necessariamente
duração determinada; e sim estaria mais na direção do (grego, αίών - aion), que pode corresponder a tempo de
longa ou longuíssima duração, por extensão semântica à eternidade como a
locução substantiva: séculos dos séculos
(grego, ὰιω̃̃̃̃νς τω̃ν αὶώνων), que aparece em Hebreus 1. 8b (escrito no
singular), Apocalipse 5. 13g (escrito no plural), cujo entendimento deve ser,
para sempre, eternidade; e em outros casos grafados na Bíblia, agora
exatamente diferentes, quando, inclusive, aion
(século) equivale à kosmos (mundo)
significando concupiscências (pecados) da nossa vida, conforme I Coríntios 7.
31 (kosmos, mundo), I João 5. 4 (kosmos, mundo), I João 5. 5 (kosmos, mundo); Lucas 16. 8 (aion, século), Hebreus 6. 5 (aion, século), II Timóteo 4. 10 (aion, século); sendo esta nuance
presente em todas as línguas, o que torna a obstinação pela cega fria
etimologia ─ que se constitui no grande
problema de interpretação de qualquer texto, principalmente da Bíblia ─, algo
infantil e pouco sustentável... Daí concluir que o nosso tempo do
minuto-minuto, hora-hora e dia-dia (grego, cronos)
está dentro do imensurável atemporal de Deus na medida da sua pequena duração,
e não como se fosse tão grande ou
ganhasse a dimensão de ter acontecido, estar acontecendo ou ir acontecer quando
do nosso tempo dia-a-dia para esse já aconteceu, acontece e acontecerá, ou
ainda repetir-se indefinidamente... Possivelmente não está sendo entendido
aquilo disse até agora, todavia é exatamente dentro dessas conjecturas que
poderia se encaixar a idéia mirabolante de que o que já vivemos no passado;
estamos vivendo presentemente e viveremos no futuro; “já ter acontecido no
tempo de Deus”. Não quero exatamente entrar na questão etimológica do tempo
no idioma grego, até porque o cronos,
o kairós e o aion estão dentro do atemporal de Deus; quando essa idéia de tempo
aleatória, denominada por alguns teólogos de kairós tempo de Deus, na
realidade estaria mais para o aion,
entretanto esse modo de pensar não se encaixa exatamente em nenhum dos casos ou
objetivamente em nenhum desses tempos. Senão estudemos com calma o
assunto.
23
Considerando que as coisas acontecem para nós no
inexorável da translação e rotação do nosso planeta ─ embora de maneira inevitável no Atemporal de
Deus ─; no que, nesse globo (Terra) ao qual pertence a total revelação bíblica:
nasce-se, morre-se, não! Vou fazer melhor, usando o texto de Eclesiastes 3.
1-8 ─
Tudo tem sua ocasião própria, e
há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo e
tempo de morrer; tempo de plantar, tempo de arrancar o que se plantou; tempo de
matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de
chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar
pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de
abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de
deitar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar colado, e tempo
de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
24
Objetivamente Salomão fala aqui do tempo em relação
a atos e procedimentos de nós seres humanos; entretanto tudo isso acontece de
igual modo, no mesmo tempo, com os elementos da natureza e quanto a tudo que
nesse mundo existe, inclusive quanto à vida, não só dos animais, mas também dos
vegetais e de todos os microorganismos.
25
O inconseqüente “já aconteceu no tempo de Deus”,
projeta ou projetaria, o que já morreu e se decompôs, sofrer um processo
reverso de se recompor, se tornar sadio, reviver, regredir tornando-se semente,
vegetal, criança ou filhote, animal ou o
absurdo: Aquilo que já foi e deixou de ser; voltar ao início e ser tudo agora a
segunda vez, como se fora uma reprise... Não confundir o dito aqui como uma
contraposição à ressuscitacão de Lázaro e a ressurreição de todos os que
já morreram para o futuro Arrebatamento da Igreja ─ inclusive no caso de Lázaro, o seu corpo já
estava em estado de putrefação, conforme
João 11. 39 ─ Disse
Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira
mal, porque está morto há quatro dias; que já tendo voltado ao pó ─
porquanto já morreu, como todos que nos antecederam ─, depois disso também
ressuscitará na mesma transformação dos vivos, quando da volta de Jesus. Também
a lei de Lavoisier sobre a equivalência do peso entre a massa dos produtos, e
dos reagentes utilizados numa reação; e a de Proust, na qual qualquer relação
de massas entre substancias que participam de uma reação química é sempre uma
proporção constante ─ por isso
reiteradas vezes digo, e tenho que dizer:
uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa ─; pois é fato que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma; e como
disse o nosso querido irmão Sir Isaac Newton, essas leis, como as que ele
descobriu, são antes de tudo leis previamente
estabelecidas por Deus para esse mundo chamado Natureza química,
biológica e física.
26
Ou seja, nessa visão errada de tempo, todas
as reações e transformações químicas, biológicas e físicas ─ nos
seres vivos, químicas e físicas ─ nas
coisas inanimadas, aconteceram e retro-aconteceram, acontecerão e
retro-acontecerão de forma indefinida. “Porque já aconteceram no tempo de
Deus”; e a cada evento químico-físico-biológico (seres vivos) e
químico-físico (inanimadas) há ou haverá a reprise... Entretanto, nessa
infantil suposição, é necessário ainda
saber, se há ou haverá a cada evento no seu tempo cronológico o retorno ao
ponto inicial (Rewind) ainda que rapidíssimo; ou tudo o que aconteceu no tempo
de Deus acontecerá primeiramente do fim ao início no nosso tempo (com todas as
suas reações químicas); e será feita novamente com todas as suas reações
químicas, conseqüência das leis preestabelecidas por Deus para tudo o que
acontece no mundo, ou ficando aquele ou aquilo que já aconteceu como algo
descartável no passado?
27
Considere também, que assim como Deus formou o homem
do pó da terra, e ele para lá volta quando morre (Gênesis 2. 7, 3. 19 e Eclesiastes 12. 7), de igual modo quando Deus
criara porções secas (Gênesis 1. 9-10 e Salmo 104. 6-9) ─ exatamente fazendo (cavando) existir
depressões, como mares, lagoas e vales, com isso os conseqüentes montes e
elevações (os geomorfólogos ou geomorfologistas sabem e entendem sobre o que
estou falando). O que era transformou-se; que implica (infere) dizer que, fazer
existir novamente o que existiu no passado, ter-se-á que tirar parte dele que
está ou estará compondo algo no presente ou no futuro... Note e considere com
toda avaliação filosófica, lógica, química, física, biológica e espiritual; que
para a ressurreição do Arrebatamento e do Juízo Final haverá primeiramente duas
grandes reações químicas, conforme I Coríntios capitulo 15, I Tessalonicenses
4. 13-18 ─ (...) Porque o Senhor mesmo
descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e
os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre
com o Senhor, e Apocalipse 20. 13 ─ O mar entregou os mortos que nele havia;
e a morte e o hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados,
cada um segundo as suas obras. Quanto aos seres humanos, quando os vários
elementos da Natureza devolverão os seus mortos (nos seus átomos), que numa
surpreendente e maravilhosa reação química de síntese total, na formação dos
diversos tecidos do nosso corpo; ganharão novos corpos incorruptíveis iguais aos
dos que estiverem vivos serão transformados com corpos igualmente imortais, que
remete para essas transformações; que estarão além do conhecimento dos mais
doutorados e informados dos homens das ciências, até porque será uma rápida
síntese química diferente de todas as que já aconteceram no mundo.
28
E a isto digo mais uma vez, diferente da fantasia do
já aconteceu no tempo de Deus, Ele,
Deus, traz a existência o que não existia, no seu tempo predeterminado;
usando vários elementos da Natureza, criados por Ele mesmo os quais
transformará completamente no Arrebatamento da Igreja e no Juízo Final.
29
Ainda, essa idéia é tão absurda, por ser ilógica e
desprovida do factível, pois é até uma antítese do que se pretende fundamentar;
no que, se pressupomos que todas as coisas já aconteceram no tempo de Deus,
isso infere ─ possivelmente os defensores dessa idéia
usarão muitos artifícios para me provar que isso não determinaria (essa idéia)
o inicio de Deus ─, mas com toda certeza, de maneira clara, objetiva ou
plenamente óbvia: Se “todas as coisas já aconteceram no tempo de Deus”, isso
infere ou conclui que todas as coisas já aconteceram no tempo não mensurável de
Deus, tornando-O mensurável ou exatamente com o tamanho de todas as
coisas, tendo, portanto início e fim... Massificando ou reiterando essa
conclusão clara e objetiva que torna essa idéia uma fantasia absurda e pouco
inteligente. Porquanto se “todas as coisas já aconteceram no tempo de Deus”;
então a soma dessas “todas as coisas” (o que se refere à física, química,
biologia e o espiritual) determina ou infere também de maneira plena serem elas
(sua soma), o tamanho do tempo da existência de Deus... De igual modo, por
conseqüência ou inferência, essa constatação, mostra o que argumentarei nos
exemplos do HD e do ponto zero do observatório de Greenwich, seus meridianos e
os paralelos, serem plenamente verdade ou passando a estar contido dentro do
imensurável de Deus nas suas cronologias plenamente identificadas nas suas
datas específicas, todavia Deus é de fato atemporal e o já aconteceu no tempo
Dele se constitui numa fantasia infantil que demanda uma fundamentação melhor construída, pois infere
com relação a nós seres humanos o aleatório e o inconseqüente
verso-reverso.
30
O uso da linguagem química, biológica e física, não
é um complicador ou o não ser necessário
veicular isso aqui ou insinuar-me em conhecer essas coisas elementares,
porquanto esses processos são exatamente conseqüência das leis de Deus
preestabelecidas para tudo o que acontece e acontecerá no mundo. Também uma
forma didática e lógica de argumentar contra esse pseudo direito que nos damos
de colocar dentro da teologia fantasias extra-bíblicas, que são construídas a
partir do leviano artifício: “os mistérios de Deus”.
31
Conjectura infantil e infeliz, a de que tudo o que
vemos e vivemos já aconteceram no tempo de Deus... Até porque o dito tempo de
Deus discutido aqui é o nosso tempo visto por Ele. Por ser Deus atemporal, isso
quer dizer exatamente não existir com relação a Ele o fator tempo, ou se tempo
é a medida entre o início e o fim da contagem relativa a alguma coisa,
obviamente isso não terá nada relacionado com Deus, que não teve início nem
terá fim... Atemporal, portanto!.. De
igual modo é verdadeiro e não falso; que todo esse conjunto de
ensinamentos diferentes do que é bíblico, que tenho contestado aqui; não têm de
fato nada a ver com que ensina a Bíblia; no que, prosseguir nisto se constitui
em erro doutrinário e clara heresia, e até perdoem a franqueza, em plena
infantilidade teológica; todavia não entendam como desrespeito a
infantilidade teológica, pois esta é
uma linguagem bíblica, conforme Hebreus 5. 12-14, I Pedro 2. 2; também I
Coríntios 3. 1-2, a figura criancice ou infantilidade, que é parte da carta, na
qual Paulo fala de maneira específica contra a filosofia grega e as tradições
judaicas indevidamente mescladas à verdadeira doutrina, como ainda hoje; que
ensejam usar de maneira pertinente as figuras: meninice, criancice e
infantilidade, quando se fala de alguém que
abandona o que efetivamente ensina o texto sagrado... Este parágrafo
será repetido ipsis litteris com o
número 289.
32
Ainda, sendo repetitivo, essa conjectura do já
aconteceu no tempo de Deus, além de infantil e infeliz é até, de alguma forma,
leviana quando ela se escuda nos chamados “mistérios de Deus” e não se abre para com todo o direito dado a
nós por Ele de conjeturar numa avaliação perfeitamente lógica e racional ─ que
já argumentei de maneira plena ─, de que sendo Deus atemporal (sem principio
nem fim), isso não infere nem conclui que os seus atos voltados para nós seres
humanos sejam como um pena de ave ao sabor do vento ou um objeto de peso
específico ligeiramente maior que “1” colocado no oceano, de modo que não fique
na superfície nem atinja o fundo, todavia tanto a pena como esse objeto não
tenham o seu lugar determinado nesses dois universos (o ar e o mar) e possam
estar aleatoriamente aqui e ali, como a fraca idéia do “já aconteceu no tempo
de Deus”... Não vou me alongar mais, por entender que esse tema já está
esgotado, entretanto vou dar dois exemplos, que creio mostrará o elementar
dessa questão: O que tenho dito aqui sobre o tema tempo referiu-se ao cronos versus aion ou kairós; no qual enfatizei de maneira
clara e objetiva que o relacionado a nós (cronos)
está dentro do “universo, mundo” de Deus
─ o atemporal que tem dentro de
si o cronos, kairós e o aion ─, que vou exemplificar, primeiro usando
a máquina computador, exatamente no seu
principal elemento armazenador, o HD, quando
nesse exemplo ─ permita-me,
porque o farei com todo o respeito (Deus sabe quanto) ─, pois chamarei o HD de HDeus (numa
comparação indevida, porquanto HD tem dimensão de tempo e Deus não, mas pela
força didática), no qual fazemos partições para os programas operacionais e
outras para proteger dados importantes,
em partes estanques e para fins determinados, porquanto essas partes têm
tamanho determinado ou considerando o cronos
têm também tempo determinado. O outro exemplo seria o do nosso referencial
horário, que é o ponto zero do observatório de Greenwich no seu meridiano e a
paralela chamada linha do Equador... Será que deu para entender? Nós dividimos
ou formamos partes nos HD-s lhes dando valores e ali colocando dados com o
objetivo de protegê-los e identificar onde estão, de igual modo, para se
estabelecer horários nos diversos pontos da Terra convencionou-se a linha do ponto zero do
observatório de Greenwich e os seus meridianos. Cabe agora, não a pergunta que
não quer calar ─ perdoe o coloquial ─, e sim a necessária, não exatamente
pergunta... Se nós buscamos ─ por ser preciso ─, inteligentemente
estabelecer pontos de referência para aperfeiçoar o que é da nossa vivência.
Como posso ou poderei entender e aceitar que Deus vê e trabalha tudo no
aleatório, quando tudo aconteceu, acontece ou acontecerá no não sabemos quando,
à semelhança dos exemplos da pena ao ar e do objeto perdido no oceano... Tudo
tem o seu evento com todas as implicações, quer físicas, químicas, biológicas,
espirituais e cronológicas, conhecidas e plenamente identificadas no atemporal
de Deus no seu exato momento cronológico e não no aleatório aqui e acolá não
sabendo Deus, quando e onde, senão lembre o que disse Salomão em Eclesiastes 3.
1-8 e do que Jesus disse sobre a sua volta, conforme Mateus 25. 36 ─ Daquele
dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o
Pai... Observe e considere a gravidade dessa idéia mirabolante do “já
aconteceu no tempo de Deus”, que se fora verdade, os anjos e Jesus já saberiam
a data exata; também, embora os que a defendem tenham estudado sobre os
filósofos pré-socráticos (como
Parmênides) e principalmente Sócrates, que nos disseram, que o que é
─ é o que é, e perguntou,
concordou, perguntou e concordou; até
chegar-se à verdade, como a minha Concomitância
do Contraditório, me fizeram ter que recorrer a esses exemplos extremamente
didáticos, o que torna essa idéia infeliz e por demais infantil...
33
E dentro
dessa discussão plenamente didática, também dentro dos elementos possíveis e
disponíveis ─ como o caso do computador ─, que se você, meu cúmplice aqui nesse
Estudo, está realmente acompanhando tudo o que estou buscando informar;
concluiu que o exemplo do HD é de um elemento
exatamente de tamanho determinado ou o que possa ser feito dentro desse
tamanho ─ que hoje, cada vez mais a capacidade dos HD-s tem sido aumentada;
inclusive, os notebook modernos têm HD-s de grande capacidade ─, demande ou corresponda a também um exato
espaço de tempo, dirá ou perguntará: ─ como você pode comparar Deus a um HD, se
esse componente do computador, por maior valor que tenha; isso determinará o
seu tamanho, capacidade de armazenamento e o tempo exato para esses dados? Se
você está lembrando; no parágrafo anterior, disse que a comparação era
indevida ─ até
porque não se pode de forma efetiva comparar algo que tenha tamanho com
algo que não o tem ─ mas, o esforço didático, as vezes, nos conduz
a caminhos como esse... Essa reiteração e massificação em cima do elementar;
caminha na direção de levantar uma questão final, que é afirmar que os profetas
quando das suas previsões sobre o futuro ─ porque exatamente consistiu nisso a
profecia ou o profetizar, que é prever o futuro. Os do Antigo e Novo Testamento
assim o fizeram pela ação do Espírito Santo, quando ouviram ou viram coisas
futuras ─ também vale considerar e informar que o texto de Lucas 16. 16a, que diz ter a
lei e os profetas, vigorado até João; isso não exclui profecias depois de João
Batista ─ pois essa afirmação de Jesus se refere às profecias sobre a sua vinda
como Messias e salvador da humanidade.
34
Entendo, que na Bíblia, no seu todo, estão
informados fatos proféticos, recebidos pelos profetas de forma narrativa e por
visões (que conduz a muitos a essa indevida ilação; de que eles viram, o que
“já aconteceu no tempo de Deus”), sendo essa avaliação errada e descabida, mais
presente com relação às profecias do Novo Testamento, principalmente nas do
Apocalipse, que podemos começar a avaliar a sua improcedência nesses pequenos
textos do livro de Daniel 10. 14 ─ Agora
vim, para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos
derradeiros dias; pois a visão se refere a dias ainda distantes. E o
texto do Novo Testamento em Apocalipse 1. 1-2
─ Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus
servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu
anjo, as notificou ao seu servo João; o qual testificou da palavra de Deus, e
do testemunho de Jesus Cristo, de tudo quanto viu. Daniel, João e outros profetas viram
coisas acontecendo ─ que nesse entendimento do já acontecera ou aconteceu no tempo de Deus ─ seria uma
espécie de trailer (do que já aconteceu) e que posteriormente na sua
exata data prevista haverá a reprise
para Deus ver novamente (nesse errado entender) e para nós o de fato
“um” acontecer no nosso tempo... Nada verossímil
e total infantilidade com toda certeza
essa nefanda conclusão.
35
Também, seria bom, no tempo presente, considerar os
grandes produtores e diretores de cinema como que superdeuses, que conseguem
por meio das suas equipes de computação trazer animais e coisas do passado;
cidades, máquinas, inúmeras formas de vidas, também especulando quanto ao
futuro na construção de situações e tantas coisas com tanta realidade que nos
deixam maravilhados... Porque tudo isso que enumerei em síntese, são coisas que
vemos nas telas de cinema e em nossas casas na TV, que nos são
surpreendentemente reais. Entendendo e constatando isso; aceitar e ensinar que
para algo ter sido visto por um servo de Deus no passado (profeta), terá que
já ter acontecido no tempo de Deus;
coloca esses importantes homens dos efeitos especiais ─ que
não transcrevo aqui a lista deles, para não cometer injustiça, na omissão de
merecedores ─ e também não ser censurado pela crítica
severa que faria a dois deles ─ que quase todos entendem como parte dessa
lista ─, e suas equipes de efeitos
visuais. Isso seria concluir taxativamente que os computadores do céu
são inferiores aos nossos que estamos dia-a-dia aperfeiçoando, e que esses
nossos grandes homens de efeitos visuais, já há muito tempo estão à frente em
tecnologia das hostes celestiais, de Jesus, o Filho de Deus e do próprio Deus;
porquanto conseguem criar para ser visto, o que querem do passado ou do futuro,
ainda que nunca tenham existido ou que
existirão.
36
Big
Bang
à parte e, suas fases de resfriamento, o que sabemos sobre o nosso sistema
chamado solar, as inúmeras galáxias, etc... e
etc... Não têm nada a ver com Teologia para nós de fato cristãos, pois
como já disse: o nosso “universo teológico”
revelado na Bíblia é o planeta Terra, e na mais elementar didática do antropomorfismo e a antropopatia. Se alguém quer insistir em aprofundamento científico
e respostas nessa direção sigam em frente, que vou lhe ajudar um pouco... Pense
comigo, no universo como se fosse uma panela; se colocarmos milho de pipoca,
que quando aquecida que corresponderia ao Big
Bang; com feijão, a? Com arroz, a? Com canjica, a? Com? Não, não quero
caminhar por aí!. O que quero saber é:
considerando a panela como o universo. O que será o lugar ou ambiente onde está
ou se encontra essa panela? Se você ou alguém me disser, o nome ou o que é ou
significa esse lugar onde está contido o universo (a panela), vá caminhando
nessa sua ciência que amo, e é
maravilhosa, todavia não a misturo com Teologia, e me explique onde estará
contido o que contêm, o que está contida a panela (o universo) e, continue me
explicando... Milhões e milhões de anos mais à frente, quem sabe? Você consiga
me responder de forma mais objetiva a esta pergunta.
37
Na alegoria que fiz do universo como
panela e as transformações acontecidas, segundo as teorias científicas do
resfriamento, o aparecimento do átomo e esse relógio maravilhoso chamado sistema solar; considerem o feijão como
feijoada, o arroz como arroz carreteiro e a canjica ao seu gosto... Nós que
estudamos e ensinamos a Palavra de Deus, devemos ter muito cuidado com a
qualidade e verdade dessa importante missão dada a nós, servos do Senhor Jesus,
o Filho do Deus vivo.
38
A conjectura formulada por mim quanto à
panela de pipoca que é exatamente a infantil e famosa conjectura do ovo e da
galinha é uma provocação acadêmica na direção dos eruditos; que embora mais a
frente vá usar Voltaire para bater em Spinoza, e não sendo eu spinozista, tomo dele o que creio deva
ser considerado por todos nós como um epíteto do que seria a sua conclusão
pétrea, infinitus causarum nexus; que
define de maneira lógica e prática que não há a possibilidade de panelas de
pipoca, ovos e galinhas e sim o “único princípio de tudo”, que faz todos nós,
os eruditos e os leigos cairmos no vazio comum: explicar o que, e como? Isso
sem falar em algo que dentro da escala de valores do todo; no seu bem mais
elementar, que é o também princípio ou como começou a vida, que é uma
espécie de moto-contínuo; sendo a preocupação de todo o mundo científico, e
de um modo mais específico e latente hoje, entre os microbiologistas...
39
Também, creio que o bom-senso de uma avaliação
inteligente daquilo ensinado na Bíblia sobre a Criação, chamada de Mito da
Criação (não tenho dificuldade com o
termo Mito); que corresponde ao ensinado pelo judaísmo e o cristianismo ─ que
já comentei sobre a questão
Hermenêutica ─, se comparado com os
Mitos das outras religiões, vê-se claramente, nesse, certa coerência e perfeita
interligação com a história da humanidade, no desenrolar da vida do povo judeu;
que tem no seu conjunto de ensinamentos e relatos da sua evolução histórica;
profecias que projetam ou informam acontecimentos futuros concernentes a todo o
conjunto da humanidade ─ isso, feito do
livro de Gênesis ao do Apocalipse...
Porquanto o Deus ─ que nenhuma pessoa inteligente nega que exista, pois, como
disseram os filósofos gregos do passado, é necessário que exista. Disso,
se conclui ─ com as provas cabais de toda a evolução do
povo judeu e do cristianismo, negar o que e como?! Se na realidade não sabemos
de nada conclusivo, e do ponto de vista humano nunca poderemos ir além do
quem criou quem, que criou quem ou onde está o que está; que está, onde?...
FILOSOFIA,
O ARQUÉ E
A EFETIVA METAFÍSICA
40
Tenho
ponderado desde o início, que há de fato uma total separação entre a Teologia
bíblica ensinada pelos escritores da Bíblia e a efetiva e acadêmica filosofia,
sendo isso claro na grade de ensino dos seus vários escritores; que não a
colocaram em suas ponderações e sistematizações, quando, pelo contrário, a
contrapuseram e, isso de maneira veemente, porém cuidadosa como no caso de
Paulo, evitando-lhes as terminologias, e também o já explicado desde os
registros iniciais... A contrapartida disso, foi a contaminação da simplicidade
didática do texto sagrado pelo academismo filosófico feito pelo catolicismo
romano através de suas lideranças, das quais duas ─ Agostinho e Tomás de Aquino, são
consideradas importantes e aceitas ainda hoje no meio evangélico como
autoridades, cujos postulados filosóficos não deviam ser seguidos; como tenho
demonstrado e continuarei neste Trabalho.
41
Considerei
em trabalhos anteriores, o momento em que se convencionou dividir a filosofia
em pré e pós Sócrates (470 - 399 a.C.) ou quanto aos filósofos, os pré-socráticos
e os pós-socráticos; a partir dos quais agora objetivamente vou fazer aqui
pequenas considerações quanto ao arqué
(grego, άρχή - princípio) e a efetiva metafísica, também outras rapidamente,
buscando dar a esse seguimento uma melhor ordenação.
42
A
Mesopotâmia foi a região do nosso planeta Terra, que mais teve a ver com a
história do mundo ocidental e as transformações no que tange a avaliação
antropológica e sociológica, tanto que a nossa cultura judaico-cristã tem a sua
raiz nos povos dessa região.
43
Lembremos
também, que no capítulo 2 do livro de Gênesis, que é a reiteração do capítulo
1, que fala da criação; essa mesma região, a Mesopotâmia é identificada como
sendo onde tudo começou... Se passando cerca de 2000 anos até Abrão, posteriormente chamado Abraão ─
considerando a cronologia bíblica e a convenção do início do período chamado
“história”, que aponta para 4000 anos antes de Cristo. Tem-se em todo o livro
de Gênesis, a de fato relação das pessoas ou nós seres humanos com o Deus
único; que é claramente objetiva em Noé (Gênesis capítulo 6 a 10), depois
Abraão e a sua descendência, na qual, quando da sua chamado é informada a vinda
do Senhor Jesus através dessa descendência (Gênesis 12. 1-3), e por fim a
efetiva sistematização de culto ou como relacionarmo-nos com Deus, cujos
relatos estão a partir do livro do Êxodo, através de Moisés, em quem a vinda do
Jesus que no princípio estava com Deus (João 1. 1-3), é reiterada em
Deuteronômio 18. 15-19.
44
Essa
região da Ásia Menor (a Mesopotâmia) compreendida entre os rios Tigre e
Eufrates, cuja região da antiga Babilônia corresponde hoje ao atual turbulento
Iraque; foi o berço das civilizações dos Sumérios, Acádios, Amoritas. Elamitas,
Assírios e Caldeus, de onde saiu Abraão, de quem descendem os judeus.
45
Além disso, a Mesopotâmia foi palco do surgimento
das mais importantes hegemonias políticas da Antigüidade como: Sumérios e
Acádios (2800 - 2000 a.C.), o 1o Império Babilônico (1800 - 1600
a.C.), Império Assírio (1875 - 612 a.C.), 2o Império Babilônico (612
- 539 a.C.), Império Medo - Persa (539 - 331 a.C.) Império Greco-Macedônio, que
se consolida em 331 a.C. e em 323 a.C. Alexandre o Grande morre, e o seu
Império foi divido entre quatro dos seus generais, se sustentando duas
dinastias: a do general egípcio Ptolomeu, com a capital em Alexandria, e a do
general sírio Seleuco, com a capital em Antioquia, e por fim a hegemonia romana
que se consolida como Império em 27 a.C. com Otávio chamado o Augusto; tendo
sido desdobrado em dois (2) Impérios: do Ocidente, cuja queda se deu em 476 e
do Oriente, cuja queda aconteceu em 1453... Mantive a trajetória desse
parágrafo em função da Mesopotâmia, cujos primeiros Impérios tiveram como
capital a Babilônia, porque nas hegemonias grega, que é a base deste subtítulo,
e a romana, essa região também lhes foram submissas.
46
Todo esse
caminhar cronológico ou trajetória colocado aqui, cujo início fora a partir de
povos mesopotâmicos, foi para mostrar, que embora esses povos tivessem sido
predominantemente politeístas; figurou nas suas línguas de origem semítica ─
descendentes de Sem, filho de Noé; o prefixo EL que denotava a identificação de
uma divindade única, como aparece nos escritos do Antigo Testamento, por
exemplo: EL (Deus) SHADAY (O todo Poderoso), EL (Deus) ELIOM (O Altíssimo).
Abraão quando fora chamado por Deus era de um povo de prática politeísta, como
todos os povos antigos, todavia a idéia de um ser “transcendente” ou segundo o
que veio a ser sistematizado por Aristóteles como ser metafísico imanente que
ele chamou de Natureza (grego, φύση ─ phisis,
phisi), existira desde a Antigüidade. O que estou dizendo é que já havia de
fato um precedente cultural ou efetivamente a idéia de um Deus único e
transcendente, antes do início da explosão cultural do saber grego.
47
Em
trabalhos anteriores (como comentei acima) usei filósofos e suas idéias,
identificando-as com contrapontos de Paulo em suas cartas aos de Corinto, e
agora usarei ou citarei filósofos e suas idéias na efetiva direção de
identificar o defendido pelos gregos quanto ao arqué e quanto à metafísica.
48
Quanto ao
específico arqué (princípio), teve-se
no período pré-socrático uma espécie de contraponto particular entre Heráclito
de Éfeso (535 - 475 a.C.) e Parmênides de Eléia (540 - ? a.C.), quando em
Heráclito se enunciou o Devir (as
contínuas transformações), que ele dissera: “Tudo segue o seu curso. Coisa
alguma é estável. Nunca podemos tomar banho duas vezes no mesmo rio”. “tudo flui e nada fica como é” ─ que a
nossa música popular plagiou; nada será
como antes.
49
Em Parmênides o
filósofo de fato da metafísica e preocupado com o princípio das coisas (o arqué), se contrapõe de maneira
vigorosa a está visão evolucionista que chamo de constatação elementar sem
horizonte, para qual ele fez a indagação: como pode o que é vir a ser no
futuro? Se vem a ser então não é, donde concluiu, que: O QUE É ─ É O
QUE É, que possivelmente é a origem da muito usada pergunta nas brincadeiras de
roda: o que é o que é?
50
Essa
discussão que misturava o arqué ao
Deus metafísico através de ser Ele imanente, já estava plenamente resolvida na teologia
bíblica Ele sendo transcendente, como se vê em Gênesis capítulos 1 e 2 através
da criação feita por Ele; também seu direito de criação e propriedade,
Deuteronômio 10. 14, que o Salmista repete e sistematiza no primeiro versículo
do Salmo 24. 1-2 ─ Do
Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam. Porque
ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios; no que, Deus o ser,
não simplesmente imanente, mas de fato transcendente é o que criou e também o
dono de tudo. Todavia, de forma concomitante essa discussão e busca de
definição prosseguiu e chegou até Aristóteles (384 - 322 a.C.); que veio a
incorporar a anterior idéia de Tales de Mileto (fim do séc. VII, início do séc.
VI), em quem o arqué estaria a partir
da ÁGUA, em Anaxímenes (588-524 a.C.) para quem o arqué estaria a partir do AR, e por fim em Empédocles (483-430
a.C.), que considerou os elementos ÁGUA, AR e os somou aos elementos TERRA e
FOGO... A aceitação por parte do grande Aristóteles dos quatro elementos e
não a concepção de Demócrito e Leocipo (o átomo), fez com que essa idéia
ganhasse muita força por mais de 2000 anos
─ embora Epicuro que nasceu 19
anos antes da morte de Aristóteles, o tenha ignorado plenamente quanto aos
quatro elementos e optado pelo átomo; todavia, essa conclusão de Aristóteles
fez, inclusive que esse conceito motivasse a entre os 5o e o 15o
século, o aparecimento da ALQUIMIA, que só cedeu definitivamente lugar ao átomo
de Demócrito e Leocipo no décimo oitavo século através de John Dalton, que já
detalhei em Blog-s anteriores.
51
Reiterando
essa indagação quanto ao arqué
(princípio), por conseqüência se mistura ao efetivamente metafísico, quando demandou, como constatou Voltaire: “o relógio universo tem que ter o seu
relojoeiro” ou chegar a entender quem era esse ser, se imanente ou
transcendente? Sendo isso discutido pelos pré-socráticos, a tríade socrática,
Sócrates, Platão e Aristóteles, pelos pós-socráticos, pelos renascentistas e
por fim os iluministas.
52
Não quero
caminhar de maneira mais detalhada nessa avaliação filosófica; até porque o
efetivo estudar que pretendo e já o tenho feito desde o princípio do Estudo é o
de mostrar o que realmente a Bíblia ensina na sua total simplicidade.
53
Como
mostrei; quanto ao arqué, houve uma
trajetória ascendente nos pré-socráticos, que se define e se sistematiza nos
quatro elementos em Aristóteles ignorando totalmente o átomo, que persistiu até
John Dalton. Agora quanto ao ser metafísico; para concluir rapidamente essa
questão: entendo que, a efetiva discussão sobre o agir de um ser sobrenatural
só ganha de fato a visão de sistematização em Aristóteles, todavia Parmênides o
viu “imanente ou o que sempre existe em si mesmo” num grau quase que transcendente
ou acima de tudo e todos, que me remete a já caminhar para
Aristóteles.
54
Quanto ao
entendimento metafísico de Aristóteles; ele convencionou-o como “Natureza
(grego, φύση ─ physis, fisi), o seu
Deus imanente, o primeiro Motor auto-contemplativo, puro ato que é simples e
imóvel, pois se estivesse em movimento ou se movesse, não seria o primeiro; que
se manifesta pela virtualidade ─ potência em ato à casualidade e o seu
acidente”... Não gostou? Eu também não, mas esse foi o grande filósofo
Aristóteles, que se provou grande em retórica e um mestre em dialética ─ por
esse motivo não estou detalhando toda a sua argumentação sobre o Deus Natureza.
Sendo isso mostrado de maneira contundente no seu Trabalho sobre metafísica. Já no titulado de Dos Argumentos Sofísticos, no qual ele bate violentamente nos filósofos
sofistas, de quem deriva o nosso termo
sofisma, cuja base de argumentação era e é permeada pela avaliação
profundamente semântica e etimológica ou o trabalhar em proveito próprio as
nuanças de sinônimos e construções gramaticais. Aristóteles com o seu grande
poder de dialética, faz toda uma trajetória para bater nos sofistas, quando
cita vários outros filósofos e constrói um trabalho dialético profundamente
calcado na etimologia, semântica e construção gramatical, usando inclusive
alguns exemplos coloquiais na direção da semântica, como esse, que poderia
perfeitamente ser parte do repertório de qualquer piadista de plantão: ─ “qual
das vacas vai parir na frente? Nenhuma das duas, pois ambas parirão por trás”.
55
Os
posicionamentos e sistematizações do filósofo Aristóteles foram excessivamente
transportadas ─ como vemos na Teologia, em Agostinho (embora
tenha sido ele quase que plenamente platônico) e Tomás de Aquino,
que foram porta-vozes platônicos aristotélicos
─ já disse isso e vou dizer isto
várias vezes ─, para correntes até
antagônicas como também a de outros teólogos cristãos e adaptada pelo filósofo
que nos foi mais contemporâneo Baruch de Spinoza (1632 - 1677), que era
judeu, mas negou a visão antropomórfica presente na Bíblia, criando sua metafísica panteísta, que causou repulsa em
Voltaire, como de alguma forma o fizeram e têm feito vários teólogos...
François Marie Arouet (Voltaire 1694 - 1778), no seu Filósofo Ignorante no subtítulo XXIV Spinoza, ele (Voltaire), como que usando
Spinoza como porrete para bater em
Aristóteles; faz uma avaliação da metafísica
de Spinoza, que usa o termo
“modalidade” para o “virtualidade” que fora usado por Aristóteles, a qual
transcrevo os 16o e 17o parágrafos: ─ “Os
spinozistas modernos respondem: não vos encolerizeis com as
conseqüências que nos imputais: como vos, encontramos uma seqüência de efeitos
admiráveis nos corpos organizados e em toda a Natureza” (o Deus segundo Aristóteles, inserção
minha). “A causa eterna está na inteligência eterna que admitimos e que, com a
matéria, se constitui a universalidade das coisas, que é Deus. Há somente uma
substancia que age pela “modalidade” da matéria e que constitui, assim, o
universo como um todo inseparável. ─ Replica-se a essa resposta: como podeis
prova-nos que o pensamento que faz mover os astros, que anima os homens, que
faz tudo, seja uma modalidade, e que as excreções de um sapo e de um
verme sejam outra modalidade desse mesmo soberano? Ousareis dizer que um
princípio tão estranho vos é demonstrado? Não cobris vossa ignorância com
palavras que não compreendeis?”
56
Antes dessa réplica a Baruch de Spinoza
no final do parágrafo citado acima, que é parte do subtítulo posterior, o XXIV; agora citando o final do subtítulo anterior, XXIII Um
Único Artesão Supremo, quando nesse subtítulo Voltaire se contrapõe de
maneira veemente ao maniqueísmo com
leves argumentos, que segundo ele, eram os suficientes para coisa tão
descabida; ah! Se Agostinho tivesse tido contacto com esses conhecimentos; também deu uma forte
alfinetada no complicado Deus metafísico de Tomás de Aquino e concluiu com o
seu “Deus Providencia”, que segue: ─
“Já
convencido
de
que, não conhecendo o que sou, não posso conhecer o que é meu autor, minha
ignorância deixa-me abatido a cada instante. Consolo-me refletindo sem cessar
que não importa que não saiba se meu Senhor é ou não extenso, desde que eu não
faça coisa alguma contra a consciência que me deu. De todos os sistemas que os
homens inventaram sobre a Divindade, qual adotarei? Nenhum, senão o de
adorá-lo”.
57
Quem
conhece os trabalhos de Voltaire sabe que ele não aceitou exatamente o Deus antropomórfico da Bíblia
que é claramente transcendente; pois com a alegoria de pessoa física age e
controla a Natureza, até porque ele foi um dos grandes críticos do texto
sagrado, todavia, se você analisar com cuidado o “Deus Providência” de
Voltaire, verá que esse Deus tem características muito fortes de pessoal,
pessoa física, senão. Comece pela réplica ao panteísmo de Spinoza e
o parágrafo transcrito nos textos acima.
58
Quanto a Baruc de Spinoza, embora eu faça críticas
veementes em relação às suas idéias; deixo registrado neste Estudo o quanto
abomino a maneira como ele foi patrulhado e perseguido, até pelos seus iguais;
também vou ponderar mais à frente compreendê-lo e a Aristóteles,
de alguma forma, pelas suas idéias metafísicas, cuja culpa foi de fato de
Aristóteles, quanto ao átomo; conforme já ponderei anteriormente, que
fatalmente seriam diferentes; como foi depois de vinte e cinco séculos passados,
quando se provou verdade científica definitiva para todos de nós hoje, pois a
idéia do átomo foi mantida por John Dalton (1766 a 1844), que veio sancionar a
concepção filosófica de Demócrito por meio de experiências (empírica). Ernest
Rutherford (1887 a 1937) concluiu o modelo do núcleo positivo rodeado de
elétrons em órbitas circulares. Niels Henryk Davi Bohr (1885 a 1962) concluiu o
modelo que veio a se chamado de Rutherford Bohr, que é idêntico ao anterior,
porém com órbitas quantizadas. Arnald J. W. Sommerfeld (1916) concluiu o de
elétrons em órbitas quantizadas, circulares e elípticas. Lois de Broglie (1923) e
Linus Carl Pauling (1901 a 1994) concluem o modelo Quântico-ondulatório ou
modelo de Orbitais; que em toda essa evolução do conhecimento do átomo (que
ainda continua sendo estudado) a útil e maravilhosa química tem em muito
ajudado a humanidade; também a energia nuclear, quanto aos exames e as
radioterapias, a fissão nuclear usada nas termelétricas,
também a lamentável bomba Atômica e a “fusão”
do monstro maior, a bomba de Hidrogênio.
59
Quanto a filósofos e a filosofia,
fiquemos também com mais uma afirmação de Voltaire ─ que se intitulou o filósofo ignorante; leiamos
essa também afirmação dele ─ “Um
único homem, eloqüente, hábil e acreditado, poderá muito sobre homens; cem
filósofos nada poderão, se forem apenas filósofos”. Considere que isto
não se aplica literalmente a Aristóteles, e a muitos outros filósofos, pré e pós-socráticos.
60
Concluindo essas pequenas considerações
iniciais sobre o efetivamente filosófico, gostaria de traçar uma rápida
trajetória desde Aristóteles até Aquino... Aristóteles dentro da sua conclusão
do Deus Natureza, nela contempla o éter
supralunar (hoje ionosfera), a
quinta essência, que seria uma espécie de quinto elemento. Isso me permite
retroceder ao logos de Heráclito (535
- 475 a. C.) e a Anaxágoras (499 - 428 a C.), em quem se aventou a idéia do Noús,
a razão, uma espécie de espírito controlador, que corresponderia ao
elemento “éter” em Aristóteles
─ ou mais bem próximo do Deus
providência de Voltaire. Que Sócrates no seu diálogo com Símias e
Cebes
em Fédon de Platão, Apud, obra de Anaxágoras, diz o seguinte: ─ Ora, eis que um dia ouvi a leitura de um
livro que era, segundo se dizia, de Anaxágoras, e onde se dizia o seguinte: “É
o espírito que, de modo definitivo, tudo pôs em ordem; é ele a causa de
todas as coisas” (sendo exatamente isso que ensina a Bíblia). Tal
causa constituiu uma alegria para mim; parecia-me que, em certo sentido, havia
vantagem em fazer do espírito uma causa universal: se é assim, eu pensava, esse
espírito ordenador, que realiza justamente a ordem universal, deve também
dispor da melhor maneira que puder cada coisa em particular; (...). E estas minhas esperanças eu não as
teria trocado por nenhum ouro desse mundo! Com que avidez eu me apoderei
daquele livro! Eu o lia o mais depressa possível, a fim de estar logo a par do
melhor e do pior.
61
E eis que, ao contrário do que
esperava, foi-se a maravilhosa esperança! Distanciei-me logo enormemente.
Então, avançando na leitura, descubro um homem que nada faz do Espírito, que
não lhe atribui nenhum papel nas causas particulares da ordem das coisas, alegando,
ao contrário, a esse propósito, ações do ar, do éter, da água e dando numerosas
outras explicações desconcertantes. Tendo, de alguma forma,
aceitado a idéia do espírito controlador de Anaxágoras, Sócrates, que não
defendia o átomo; divergiu de Anaxágoras; porque entendeu como contradição
dele, aceitar esse espírito controlador e a idéia dos elementos, que foi
posteriormente sistematizada em Aristóteles como sendo quatro, que
pela sua importância como filósofo, fez com que a humanidade estacionasse nesse
conceito por mais de dois mil anos em detrimento do átomo.
62
Nessa trajetória teve-se também Agostinho (345 - 430),
teólogo e também filósofo que se aferiu por Platão; como está no meu Blog
sobre A Graça ou Predestinação, na
sua doutrina da Iluminação Divina,
que teve como referencial a Alegoria da Caverna
de Sócrates em Platão, e também por Aristóteles, inclusive quanto a sua visão
metafísica.
63
Tomás de Aquino (1225-1274), no seu Compêndio de Teologia, cap. 16,
parágrafo 31 diz: ─ “Partindo dessas premissas, torna-se
também evidente ser impossível que Deus
seja corpo. Efetivamente, todo corpo é um conglomerado de partes múltiplas.
Aquele que é totalmente simples não pode, por conseguinte, ser um corpo”. Duas vezes infeliz essa conclusão
extra-bíblica de Aquino, porquanto, primeiro, Deus se apresenta no texto
sagrado por meio do antropomorfismo,
pessoa, corpo, e o Senhor Jesus, que esteve entre nós como homem, é entendido
por Aquino como Deus o Pai, na Doutrina da Trindade, que para ele é
tri-unidade. Segundo, como tenho afirmado, e continuarei; essa sua conclusão é
a metafísica dos filósofos, que não é contemplada ou estimulada na parte “a” de
Deuteronômio 29: 29 ─ o que está encoberto, não deve ser especulado
com tanto aprofundamento, por não ter sido revelado, e ponto final ─, “mas” as partes “b e c” são as que se deve
levar em conta e estudar com avidez, e
que colidem literalmente com essa
e outras premissas filosóficas suas.
64
Ainda, as suas conclusões, chegam a
causar certa repulsa ─ porque se de um lado a sua habilidade dialética nos
fascina ─ por outro lado o vemos perdido na sua auréola de filósofo erudito, esquecendo
do seu compromisso com a Teologia bíblica, que obviamente tem que vir do texto
sagrado. Também nos deixa perplexos, porquanto a metafísica de Aristóteles que
ele enuncia detalhadamente. Ainda, nesse seu Compendio de Teologia, até o capítulo 35; nele são repetidas as proposições, objeções e
todas as nuanças da sistematização de Aristóteles e com uma sofisticada maneira de sofismar, ele introduz, o “éter supralunar”
(uma espécie de quinto elemento) de Aristóteles, agora como a composição de
Deus ou da tri-unidade, na qual, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são da mesma
“essência”. Esquecendo que em Aristóteles, a Natureza e essa quinta
essência, são ou é “imanente”, quando diferentemente o Deus da Bíblia é pleno e
claramente “transcendente”. Aquino, como que pensando que essência é uma
terminologia sua; inunda esse Trabalho, que não sei exatamente para que, de
essência aqui essência ali e conclui quanto a essência, que fora usada
antes dele por Aristóteles e
por muitos da Patrística, no capítulo
26, parágrafo 54 ─ “há um outro modo de tornar isso evidente. Toda definição
consta do gênero e diferenças específicas: também aquilo que se define
propriamente é uma espécie. Ora, como ficou demonstrado acima (no capítulo 12 e
14), a “essência” de Deus não se engloba em “nenhum gênero nem em nenhuma
espécie”. Donde segue a impossibilidade de dar uma definição da mesma”.
Se ele tivesse vivido após a elaboração da primeira tabela periódica (1870),
possivelmente diria que a composição de Deus não corresponderia a nenhum
elemento presente ali ou que poderia ser descoberto e constar futuramente;
entretanto teria problemas, como continua tendo nesta afirmação acima e na
anterior, que diz que Deus não pode ser corpo; considerando o Senhor Jesus
entre nós e no céu pós-ressurreição. Se não fosse muitíssimo sério seria
cômico! Ele se preocupou em definir Deus e até do que Ele seria formado ou a
sua composição, e conclui de maneira subliminar e inconseqüente que Deus não
existe. Perdeu a oportunidade de ficar calado nesse pormenor, pois o não
englobar “nada” infere inexistência. De igual modo, nesses 35 capítulos
procurou também definir as
características intrínsecas de Deus, coisas essas que a Bíblia não se
preocupa em ensinar nem manda que se estude, entretanto Aquino escreveu muito
sobre isso, e com que habilidade!? Todavia, o que é mais importante não
aconteceu ─ pois, dentro desse seu mar
dialético e a fascinante retórica que nos prende no querer saber como, e o que
ele escreveu ─, que lhe foi peculiar, entretanto, acabou não
dizendo que DEUS É TRANSCENDENTE, até porque o Deus teológico de Aquino é o da
metafísica de Aristóteles...
65
Ainda, considerando as conclusões de
Tomás de Aquino, transcritas acima, parece-me que nelas está embutida um pleno
alinhamento, quando alude o que infere a inexistência física de Deus ─ numa clara miscelânea teológica, como já
contestei acima ─; com a filosofia do Monismo Cósmico de Tao Te Ching em
Lao-Tsé (sexto século a.C.), O
livro que revela Deus, composto de 81 poemas, que são (cada um deles)
conjuntos de aforismos sobre assuntos
diversos; quando no poema de número 14, nos diz enfaticamente em alguns dos
seus versos (aforismos) ─ Quem quer ver A Divindade. Não a verá,
Porque ela é invisível.
Quem
quer ouvir a Divindade. Não a ouvirá,
Porque
ela é inaudível. (...)
Nunca
a Divindade é inteligível,
Ela
permeia o Universo sem fim,
E
gira pelo Todo como se fosse o Nada.
A
Divindade é uma forma sem forma.
A
Divindade é o Ser sem Existir,
É
o mais Insondável de todos os insanáveis. (...).
Creio e prefiro a objetividade de Parmênides, que é contundente e plenamente
lógica, quando diz: o que é, é o que é, que é exatamente uma contraposição a
esse entendimento milenar que é amado
por milhões de pessoas, embora sendo excessivamente místico, exótico e aleatório, possivelmente
por este motivo seja amado por milhões de pessoas: A Divindade (não) é
o Ser sem Existir. Porque, reiterando: O que é, é o que é,
e se é existe de fato.
66
Parece que ele, na sua grande capacidade retórica,
municiada pelo seu “mar dialético etimológico semântico” e tudo mais; maior
ainda que Aristóteles, nesse pormenor, tivesse
─ e isso aconteceu ─, esquecido ou não notado, ou não teve consciência
de que o Deus Natureza de Aristóteles transcrito por ele para esse seu
trabalho, fora sistematizado como
“imanente”. Também esqueceu; pois no capítulo 36 alude a vários
filósofos, que de maneira um pouco diferente o Noús da metafísica em
Anaxágoras, do Logos da metafísica em Heráclito
e o da metafísica em Parmênides pelas suas construções dialéticas,
estariam entre o que se pode definir como entre o “imanente e o transcendente”;
como o é o “Deus Providência” em Voltaire, que não lhe daria o direito lógico
de criticá-los linearmente, sem ponderar sobre essas vertentes filosóficas do
período pré-socrático, como vou mostrar no seguimento.
67
O estranho do ponto de vista teológico, é que
Aquino, em primeiro lugar era teólogo,
embora também filósofo, todavia, este seu Trabalho (a Suma Teológica) é totalmente filosófico. No que, se lamenta, que
tendo ele feito crítica aos filósofos
gregos no capítulo 36, quanto à metafísica, quando estranhamente a reproduz
literalmente. No obstante ele não identifica as nuanças dos Trabalhos dos
pré-socráticos ─ as citadas acima, versus
a sistematização de Aristóteles ─ que ele reproduz na íntegra; se esquecendo ou
não teve consciência de que o Deus Natureza em
Aristóteles é “imanente”; quando de forma incoerente não informa a priori que a tri-unidade que ele
defendeu do ponto de vista bíblico é plenamente transcendente... Para
você entender Aquino e a sua dita Teologia se faz necessário, antes, entender
plenamente os conceitos metafísicos do grande filósofo Aristóteles.
68
O filósofo Baruch de Spinoza (1632 - 1677) também
repetiu ipisis litteris os conceitos metafísicos de Aristóteles,
como citei acima, sendo isso objeto de contestação veemente por parte de
Voltaire, no seu Filosofo Ignorante, subtítulo Spinoza XXIV... O que quero
concluir de maneira veemente é o fato que, até compreendo e aceito que Spinoza
ou qualquer outro filósofo (como aconteceu) tivessem seguido a Aristóteles na
sua sistematização do Deus Natureza; que por definição é imanente; entretanto,
não entendo e não posso compreender de maneira nenhuma, que teólogos ─ como
nos casos de Agostinho, Tomás de Aquino e muitos outros tenham adaptado a
metafísica de Aristóteles, que é imanente, ao Deus da Bíblia que é claramente
“transcendente”. Quando ponderei compreender Spinoza, e o faço agora com relação
a Aristóteles. Isto porque, para todo esse universo de filósofos, estava
sistematizada a visão dos 4 elementos e não a do átomo de Demócrito e Leucipo;
que só veio a ser plenamente aceita a partir de John Dalton (1766 - 1844) e os
que depois trabalharam esse nicho de conhecimento, nisso tenho a quase certeza,
de que se Aristóteles tivesse encampado a idéia do átomo; a sua visão e
conclusão metafísica teria sido diferente e conseqüentemente a dos seus
plagiadores... Embora Epicuro (341 - 270 a.C) na sua adolescência tenha sido
seu contemporâneo por 19 anos ─ 341 a 322 a.C. data da morte de Aristóteles. E amplamente tenha
fundamentado toda a sua filosofia a partir da idéia do átomo de Demócrito e
Leocipo, até sua morte em 270 a.C., mesmo assim, prevaleceu para toda humanidade a
sistematização de Aristóteles dos quatro elementos.
69
Georges Gusdorf, no seu livro Mito e Metafísica, na conclusão desse
seu trabalho cita, apud, Bulletin de la
Société de Philosophie, 1947: ─ “Quando os filósofos querem pôr a razão ao
abrigo da história, dizia Merleau-Ponty, não podem esquecer pura e simplesmente
tudo o que a psicologia, a sociologia, a etnografia, a
história e a patologia mental nos ensinaram sobre o
condicionamento das condutas humanas. Seria uma maneira muito romântica
de amar a razão, fazer assentar os fundamentos do seu reino sobre a
desaprovação dos nossos conhecimentos”.
70
Sendo este
capítulo sobre a trindade, e o estar traçando essa espécie de trajetória sobre
Deus, primeiramente pela visão metafísica dos filósofos, vale a pena também
informar que a efetiva contaminação, da Teologia pela Filosofia, de maneira
nenhuma aconteceu em Paulo, como já demonstrei, e sim teve, o seu motor, ligado
e posto em movimento no neoplatonismo
e na efetiva sistematização do gnosticismo,
no qual se fundiram em Plotino 205 - 270. Essa idéia do conhecimento (grego, gnose) como pressuposto para se chegar
até a Divindade esteve sempre presente na filosofia grega (como também em todas
as filosofias religiosas orientais); inclusive, plenamente defendida por
Sócrates em Fédon de Platão, tanto que Paulo e João no início dos seus
ministérios e nas suas cartas já batiam violentamente nisso, como já informei antes. A efervescência desse
último lampejo da cultura helênica, agora greco-romana, foi o motor que fez
surgir, naquela igreja agora nas mãos do Império Romano, pós Constantino,
caminhasse efetivamente, no que chamaríamos de “gnosticismo cristão”; que gerou primeiramente a construção erudito-filosófica
da Doutrina da Trindade em Atanásio; com contornos neoplatônicos de gnosticismo,
foi ajudada por Agostinho, na continuação dessa visão neoplatônica e gnóstica
pelos discípulos de Plotino com os quais conviveu sendo influenciado e, em
Aquino se sistematizou com a cara e toda a fundamentação de
Aristóteles, quanto à metafísica, conforme estarei detalhando no segmento deste
Estudo.
71
Quanto a Agostinho, Tomas de Aquino e
outros teólogos, lamento e, ao mesmo tempo digo de maneira veemente e sem
rancor: que a história os puna (não Deus) pela falta de respeito ao elementar e
acessível ensino e revelação de Deus aos homens, a Bíblia, que eles, por se
julgarem eruditos a rejeitaram, colocando-a de lado a favor da metafísica da
filosofia.
72
Quero deixar claro, que não estou dizendo que o
estudo teológico, não possa ou deva contemplar a leitura, conjectura,
alinhamento e comparação quanto às ciências, filosofia e todos os conhecimentos
humanos; entretanto, o horizonte disso será o de tê-los como acessórios, como
tenho feito neste Blog, ou então deixará de ser efetivamente Teologia, e sim a
filosófica metafísica, como a reproduzida por Tomás de Aquino. Ainda, se você
tem considerado o que expliquei sobre a minha Concomitância do Contraditório, verá; que ela não aceita a forma ou
fórmula como Aquino constrói a sua argumentação a partir do Silogismo de Aristóteles, no qual a norma ou idéia de proposição
maior versus proposição menor, que
para mim é o contraditório, infere, que menor é menor e, não vai dar em nada;
diferentemente contraditório é problema, conseqüentemente tem que ser
explicado para ser abandonado ou se constituir na verdade, ou ainda: ─
Proposição maior versus proposição
menor, é em linguagem simples e exemplo elementar de brincadeira de
crianças: ─ 2 para mim (prop. maior ou tese de Hegel), 1
para você (prop. menor ou antítese de Hegel), 2 para mim (prop. maior), 1 para
você (prop. menor). ─ Vencedora!! Proposição maior, agora conclusão ou síntese.
Creio que a construção acima dentro da visão jocosa ─ porém respeitosa e
perfeitamente “lógica”, como manda a dialética da lógica.
73
A discussão metafísica quanto ao ser humano não é
parte efetiva desse Trabalho, com enfoques na discussão filosófica, até porque
a “tricotomia (a verdadeira tri-unidade) bíblica do ser humano” I
Tessalonicenses 5. 23, também epístola aos Romanos, só veio a ser filosófica,
empírica e racionalmente identificada,
sancionada e de alguma forma sistematizada em Freud (1856 ─ 1939) Id, Ego e Superego, que em Jung
(1875 -
1961) o Ego ficou inchado,
se tornando “Self” ─ não sei se para significar si-mesmo ou se para benefício de si-mesmo, ─ deu
para notar que prefiro a objetividade e o pragmatismo de Freud.
74
O ruim e bom quanto ao que antecedeu a Freud (Renascimento e Iluminismo ou Idade Moderna
e a Contemporânea), foi o embate
entre os da corrente do Empirismo e
os do Racionalismo, cujo bojo ou
motivação foi a contraposição ao Teocentrismo,
que continuou empurrando a questão metafísica humana para frente, que inclusive
não fora resolvida em Aquino (1225 - 1274), o teólogo preferido dos
seminários. Em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o do “Absoluto” (1770 - 1831), isso foi
maravilhosamente conciliado, quando disse: “Tudo o que é real é racional,
tudo
o que é racional é real...” Ainda, em Friedrich Wilhelm
Nietzsche (1844 - 1900), coitado, primeira vez; irônica e tragicamente
contemporâneo “de o” psicanalista
Freud. Insurge-se de forma veemente contra a metafísica, e de maneira
mais objetiva na direção do que ele chamou ou era conhecido como cristianismo
e, se apresentou como o fantasioso anticristo
─ fantasia de um líder (indivíduo)
malvado, criada no início da era cristã e ironizada em I João 2.
18-22 ─; quando na realidade, esse
cristianismo, leia-se catolicismo romano, e hoje, alguns ramos neopentecostais,
do qual ele se disse “anti”, é o que foi
e são hoje os verdadeiros anticristos,
como também é, o catolicismo, o espólio
do decaído Império Romano... Nietzsche, coitado, segunda vez; no seu
exacerbado antropocentrismo, perdeu o bonde da história em não ter acariciado
de maneira terna os partidários de Epicuro, os saduceus, que defendiam parte dos
postulados dele, que era presente na cultura judaica 400 anos antes mesmo de
Epicuro nascer, conforme Isaías 22. 13,
não ter dedicado a Epicuro todo o amor demonstrado
para com Buda, citado carinhosamente por Nietzsche ─ tem
isso, tudo a ver sim, analise! Por fim, poderia ter sido um seguidor de Voltaire,
que bateu em tudo e em todos; inclusive no judaísmo e no catolicismo, todavia
entendeu e soube trabalhar efetivamente a questão metafísica e ao mesmo tempo
foi um ótimo Antropocentrista e uma
das maiores expressões do Iluminismo,
sendo o seu Deus metafísico “Providência” mais que imanente e quase
transcendente, bem próximo do pessoal como é mostrado na Bíblia. Nietzsche, coitado,
terceira vez; foi o homem raro referido por ele mesmo no seu Anticristo; que pelo seu tamanho não
coube dentro da sua própria mente, quando não o suportou, por ser maior que um
homem normal, daí, eu dizer, que foi irônico e trágico o Nietzsche ter sido
contemporâneo de Freud.
75
Pobre Nietzsche. Paulo, por quem ele aprendeu a
nutrir grande ódio, possivelmente por não ter tido argumentos plausíveis para
contestá-lo, ─ fora muito maior do que ele, e diferentemente
se dizia “louco” por amor ao Evangelho de Cristo. Em contrapartida, de maneira
veemente se contrapôs à ciência, filosofia e saberes outros, quando usadas
como meio, para aquele fim, que é Jesus. Esse Paulo se mostrou intelectual,
racional e cientificamente maior que muitos de sua época, e também maior que
Nietzsche, entretanto tendo cabido dentro da sua mente, pois perdeu a cabeça
ao ser decapitado e não pela loucura; mostrando para Nietzsche como poderia manter a sanidade, ainda que sendo extremamente
Antropocentrista, todavia não caindo na loucura do “niilismo”.
76
Essas rápidas considerações sobre metafísica; todos
de alguma forma sabem que são pertinentes, porquanto a tricotomia e a dicotomia
humana ainda hoje são discutidas como questão polêmica, e a margem do que a
Bíblia objetivamente ensina, porquanto no ser humano há de fato a tri-unidade,
e reconhecendo isto, como que, Tomás de
Aquino na sua Suma Teológica diz haver nove (9) erros na Doutrina da Trindade,
que seria três tri-unidades em três pessoas... Reitero de maneira veemente: não
existe tri-unidade em Deus.
77
Quanto à metafísica do ser humano no que diz
respeito à Bíblia, de alguma maneira já o fiz no Blog sobre o Espiritismo,
endereço www.socrateskardec.blogspot.com
e farei com maiores detalhes num futuro Blog
sobre o fracionamento do Espírito Santo e dos dons espirituais, no qual
isto estará a partir da efetiva Teologia; dentro (se contrapondo) do senso
comum, mais ou menos existente. Também, se você está lembrando, vezes outras,
aqui e ali falo dessa questão tricotomia humana. Voltemos aqui às considerações
objetivas sobre a Doutrina da Trindade.
78
Segundo o escritor Charles Francis
Potter, no seu livro História das Religiões; foi a partir do
início do quarto (4°) século que as questões relacionadas
com as pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, começaram a ser
discutida de maneira muito forte...
79
Lembremo-nos que como já identifiquei
no meu livro Ceia sim! Cruz não! A Igreja do nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo não estava nesses acontecimentos posteriores a Diocleciano (284
- 305) o qual é o último dos dez (10) imperadores que perseguiram a Igreja do
Senhor Jesus, sendo ele que marca o início de contagem de tempo de profecias do
livro de Daniel e Apocalipse, que são: Um tempo e tempos e mais metade de um
tempo, quarenta e dois meses ou ainda 1260 dias... Que profeticamente
correspondem ao período de 1260 anos (de Diocleciano 284 - 305 a João Calvino
1509 - 1554).
80
Foi Diocleciano também que praticamente (entre 303
a 305) acabou com toda a estrutura visível da Igreja do Senhor, tendo
matado os servos fieis do Senhor, também destruiu lugares de culto e toda a
literatura verdadeiramente cristã disponível na mão deles. Isso abriu o caminho
para o uso político da Igreja; que de fato aconteceu através do Imperador
Constantino, que ensejou a captura do espaço de ação da Igreja de Cristo, como
detalho mais a frente.
81
O momento em que a questão Doutrina da
Trindade foi discutida no concílio de Nicéia em 325; foi o momento pós
Diocleciano (284 - 305), quando se teve como imperador de Roma Constantino, que
ascendeu ao poder a partir de 312, após uma grande luta, cuja vitória
Constantino a atribuiu ao uso da cruz como símbolo, que ele dissera ter visto
em uma visão; na qual lhe era dito: “Com esse símbolo vencerás”.
82
O concílio de Nicéia em 325 foi
presidido pelo imperador Constantino e
nele foram discutidos muitos assuntos importantes, como já citei no meu
primeiro livro, e também foi nele que se discutiu e praticamente se
sistematizou a chamada Doutrina da Trindade...
83
Preliminarmente, é bom que também se
diga que a chamada Doutrina da Trindade, erra até na sua denominação ─ não estou me referindo à sua definição
filosófica construída por mim, pois a denominaram “da trindade” ─ que quanto a
isto não há problema algum, porquanto a Divindade é trina: Pai, Filho e
Espírito Santo. Entretanto, quando da sua efetiva sistematização e posterior
exaustiva exegese, que vem sendo ampliada no decorrer dos anos por ditos
mestres e doutores em Teologia, que
terminam por mergulhar, não na
conclusão trindade, e sim, estranhamente na “tri-unidade”, que é uma idéia sem
base bíblica, pois nega a presença do Pai e do Senhor Jesus no céu, quando diz
que os dois ─ não o Filho à direita do Pai, serão um
juntamente com o Espírito Santo, ou seja, a chamada Doutrina da Trindade,
quando na sua visão prática da tri-unidade, nega o seu próprio nome “da
trindade”. Chamo a atenção mais uma vez, para o fato de que defendo a
simplicidade do que é ensinado na Bíblia e o conseqüente ensinar exatamente
como ali está... Filosofia, erudição e fatores outros que se alinham com a
efetiva hermenêutica, são ou devem ser acessórios de facilitação para o estudo
tão-somente no meio acadêmico.
84
De fato, a visão dos inúmeros teólogos
importantes sobre a pessoa de Deus o Pai, é pouco trabalhada; ótimo seria, se
fosse em decorrência do texto de Jeremias 31. 34, quando nos diversos
comentários de praticamente todos eles... Não os estou listando, identificando
nem colocando no rol bibliográfico obras desses teólogos, por não estar usando
ou contestando objetivamente o trabalho completo deles, todavia, é até senso
comum o que estou dizendo ─ a Doutrina da Trindade é unanimidade, pois é
fato que praticamente todos eles não tiveram ou têm tido a preocupação efetiva
com a pessoa do Pai... A contrapartida disso é um trabalho maciço deles na
direção da pessoa do Filho, o Senhor Jesus ─ que é necessária e pertinente a
todo o momento teológico, porquanto a mensagem bíblica é Cristocêntrica... Até aí. Tudo bem! O complicador é que essa
verdade do nosso Senhor Jesus Cristo como centro, se operacionaliza através da
extra-bíblica Doutrina da Trindade, que desemboca na exegese de sistematização
da tri-unidade, que é chamada de trindade.
85
Como disse, percorrendo as conclusões
da maioria dos teólogos importantes ─ os quais, não vale a pena citar pela
mesmice dos seus postulados com formatação catalogal (rol, lista de dogmas) ─;
constatei a vertente teológica excessivamente etimológica, que é a idéia de
valorizar o etimológico de uma determinada palavra do texto e posterior
exegese, que não corresponde à regra bíblica informada em Isaías 28. 9-13, que
leva em conta e também transcende à semântica; sendo efetivamente a partir de
fatos que se interligam ─ detalhada por mim no subtítulo A questão sistematização
teológica, que é parte do que chamo de Simetria
de Sistematização. Também abordarei
no final do subtítulo O sofrimento de
Jesus na cruz, que é deste subtítulo, mostrando que assim fora praticada
pelos discípulos de forma “factual”
─ soma de fatos: um pouco aqui,
um pouco ali como manda Isaías; sendo muito claro nos discursos registrados no
livro de Atos, através de Pedro, Estevão, Filipe, Paulo ─
algumas vezes, e nas epístolas; como a de aos Hebreus, trabalhada em
endereços neste livro ─ os citados
acima ─, na qual, a conclusão, midrash ou exegese do escritor aos
Hebreus, não é um exercício retórico de etimologia, e sim uma linda e coerente
montagem de fatos, como manda Isaías 28. 9-13, que para a fundamentação e
sistematização da Divindade do Senhor Jesus, o escritor aos Hebreus usa partes
de nove Salmos e um texto de Isaías 8. 18... Semelhantemente, o restante de
toda a epístola, sobre vários outros assuntos são trabalhados a partir do
pressuposto dessa construção verdadeiramente factual para fundamentação
e sistematização teológica ou o estabelecer
princípios e doutrinas.
86
Voltando a Charles Francis Potter, ele
nos informa que em 318 d.C. Ario, prelado da igreja de Alexandria, defendeu a
idéia de que Jesus realmente era filho de Deus e, não o próprio Deus, portanto
menor que o Pai... Em pequeno concílio reunido em 321, Ario e os que defendiam
as suas idéias foram expulsos da igreja.
87
No ano de 325, no concílio de Nicéia foi
que efetivamente essa questão com relação ao Senhor Jesus e o Pai foi debatida;
tendo de um lado Ário, se contrapondo à idéia de que o Pai e o Filho não eram a
mesma pessoa, do outro lado o jovem escritor chamado Atanásio, Deão de
Alexandria, que falou em nome da maioria dos bispos (hierarquia indevida)
importantes da época, defendendo o embrião do que chamamos de Doutrina da
Trindade, Atanásio é considerado como o pai dessa doutrina.
88
Entenda-se que este memento da
história é o momento que a Igreja do Senhor Jesus já está fora dos
acontecimentos mundiais, pois ela fora totalmente destroçada por Diocleciano,
sendo este período; que passa de Constantino 312 ─ 337, por Teodósio, que em
391 torna o cristianismo religião oficial do Império e abolindo definitivamente
o paganismo. Este período é o momento embrionário do catolicismo romano.
89
Sabemos que a quase totalidade da
literatura cristã chama este período de o início do triunfo do cristianismo,
isto por desinformação total das profecias de Daniel e Apocalipse, quando na
realidade, é a partir do imperador Diocleciano e até João Calvino, o
último e mais importante reformador; que a Igreja do nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo fica fora dos acontecimentos mundiais por 1260 anos, conforme
livro de minha autoria Ceia sim! Cruz não! No qual, os textos que
sancionam e provam isto são: Daniel 7. 25b, Daniel 12. 7, Apocalipse 11. 2,
Apocalipse 11. 3, Apocalipse 12. 4, Apocalipse 12. 6 e Apocalipse 13. 5-7.
90
Os erros, que inclusive as igrejas
evangélicas têm mantido no seu corpo de doutrinas foram desenvolvidos três séculos
depois de Diocleciano, e esse quadro extra-bíblico tem se ampliado por
intermédio dos chamados neopentecostais, e alguns grupos que poderiam ser
chamados de “neoliberais”, para os quais, “os
fins justificam os meios” e a verdade bíblica é relativa e lamentavelmente
em vários casos as coisas de Deus se têm tornado um ótimo e rentável negócio.
91
A referência a neopentecostais e grupos
que tornam relativa a verdade bíblica em benefício do liberalismo moderno; não
tem a intenção beligerante de criar animosidade ou de simples crítica visando
ofender, pelo contrário, em se tratando de um estudo sobre a palavra de Deus;
estou querendo chamar a atenção para a responsabilidade que cabe a todos nós,
de buscar ensinar e praticar verdadeiramente
tudo o que está contido no texto
sagrado.
92
Retornando objetivamente á questão
Doutrina da Trindade; há dentro do exaustivo quadro da exegese de defesa dessa
doutrina, uma série de argumentos; filosóficos, comparativos e que são até
mirabolantes e infantis, como no caso do argumento a partir da figura
geométrica triângulo; isso beira a erro versus
erro, pois essa figura geométrica é símbolo esotérico, de igual modo usam a
água a partir do pressuposto do estado líquido, gasoso e sólido, o gelo; o
aparelho de som três-em-um; e também
a partir da tríade humana quando perguntam: Você não é composto de corpo,
alma e espírito e é um só? Não há nenhuma proximidade possível nessa
comparação, e intencionalmente queremos comentá-la, pois nosso corpo
corresponde ao ID de Freud; o nosso conjunto de sentimentos, na maioria das
vezes, nada dignos, o nosso efetivo comando, corresponde ao EGO, e o nosso
espírito ou a nossa parte moral e justa, corresponde ao SUPEREGO, que é vetor
na direção da vontade de Deus, conforme Romanos 8. 16 ─ O
Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus... Reiterando, existe de fato a tri-unidade humana, entretanto, não
existe, absolutamente, tri-unidade em Deus.
93
A
partir dessas conclusões; ─ que
entendo serem lógicas e contundentes, nas quais, só o corpo é físico e a alma (ou
não exatamente, porquanto ela é a nossa cognição) e o espírito metafísicos; quem seria o Pai ou o
Senhor Jesus nessa tentativa de comparação por deveras improcedente. O sério e
lamentável quanto a tudo isso é o pano de fundo ou a de fato construção
filosófica que é a sua base de fundamentação. Quando simplesmente ignora e
anula quase todo o Novo Testamento, nas suas informações sobre Jesus como
eternamente Filho de Deus, que no princípio estava com o Pai e para sempre
estará assentado a sua direita ─ coisa que o próprio Jesus afirma, conforme o
texto sagrado; de igual modo os diversos diálogos de Jesus com o Pai,
inclusive, nesses diálogos mencionando o seu relacionamento anterior à sua
condição humana e também a sua posterior
eterna presença com o Pai.
94
Vou ser repetitivo, o serei novamente ao final,
todavia isso é imperioso, porquanto decididamente não procede impingir, como tem sido feito por séculos, esse
ensinamento extra bíblico da tri-unidade ser “três em um”, que pressupõe, Jesus
hoje estar fundido ao Pai formando com Ele uma só pessoa ─ dizem que com base no capítulo 14 do
Evangelho de João, quando “esse serem um” é didaticamente explicado no mesmo
Evangelho de João no capítulo 17 quando da oração de Jesus... Meu querido
teólogo, meu também querido pastor considere com toda seriedade a sua
responsabilidade para com Deus e a sua Palavra, considere de igual modo que
Deus o Pai e o seu Filho o Senhor Jesus, são infinitamente mais inteligentes
que qualquer um de nós, tanto que para que entendamos os seus ensinamentos, nos
tem disponibilizado o seu Santo Espírito... Não inventemos, não compliquemos,
não dificultemos e principalmente não coloquemos tropeços para os mais humildes
e de pouco entendimento (Lucas 17. 1-2), e sim ensinemos o simples e elementar
contido objetivamente no texto sagrado: Deus é o Pai, Jesus o seu unigênito
Filho e Espírito Santo a presença Deles em qualquer lugar, vendo e sabendo de
tudo (onisciência e onipresença). Isso é o que a Bíblia ensina de maneira
clara, simples, didática e acessível a todos.
95
No pressuposto de realmente sermos
pessoas que estudam com seriedade as Escrituras. De maneira nenhuma
entenderemos que o pedido de Filipe ao solicitar que Jesus lhes mostrasse o
Pai; seria por não entender ser Jesus e o Pai a mesma pessoa... Porque
saber isso era muito claro para todos
eles, conforme os relatos dos três sinópticos e principalmente no Evangelho de
João; a plena existência do Senhor Jesus e o Pai. Daí esse exato pedido,
“mostra-nos o Pai”, foi o não entender a plena comunhão entre o Senhor Jesus e
o Pai; onde Ele enviou o seu Filho (João 3. 16-17) como Salvador e seu
representante legítimo: o Emanoel ─ Deus conosco, e não o céu sem Deus enquanto
Jesus esteve aqui na Terra. Cuja resposta de Jesus foi contundente na direção
de mostrar a sua plena representação do Pai junto a nós seres humanos, como o
amplamente informado por João nesse seu Evangelho, ou seja, ele foi enfático,
como demonstro na lista de endereços dos seus escritos, no início do subtítulo Simetria de sistematização II.
A TRINDADE E A FILOSOFIA VERSUS AGOSTINHO E AQUINO
96
Antes de prosseguir nessa linha mais contemporânea
sobre a improcedência dessa doutrina, temos que lembrar de Agostinho (345-430),
que também muito contribuiu e continua contribuindo para a perpetuação dessa
construção filosófica, que só não é tão marcante como a de Tomás de Aquino,
(1225-1274) pelas dificuldades que ele, Agostinho teve com Maniqueu ou Manés,
do maniqueísmo, tanto que quem estuda
Agostinho o vê com mania de amaniqueísta.
97
Tomás de Aquino, no seu Compêndio de Teologia, do
título Deus uno trino e as coisas por Ele criadas; desde o
subtítulo, capítulo terceiro Deus existe,
até o subtítulo, capítulo trinta e quatro, A
vontade divina é o próprio querer de Deus;
usa e abusa do direito de se permitir que Platão e Aristóteles ensinem metafísica com nome de teologia
através dele sendo isso um fato em seus
Estudos, tanto que, ao concluir, no subtítulo, capítulo trinta e seis, diz: “Tudo
isto foi afirmado pelo filósofos. No tópico setenta e
seis, ele diz: Tudo quanto dissemos até aqui foi sutilmente
considerado por vários filósofos pagãos, ainda que alguns deles hajam incidido
em certos erros. Os que acertaram com a verdade só conseguiram chegar a ela
após longa e trabalhosa pesquisa”. No parágrafo posterior imediato ele
faz uma crítica inconseqüente e anacrônica aos filósofos; pois toda a base
dos seus trabalhos, são de fato a partir de Platão e
Aristóteles, também de pré-socráticos, os quais Platão e Aristóteles citam,
que são também de fato pré-cristãos ou anteriores a
era cristã; não tendo nenhuma coerência ele dizer: ─ “Há, contudo, outras coisas que a
doutrina cristã nos transmite acerca de Deus. Trata-se de coisas que os
filósofos pagãos não conseguiram atingir...” Arrisco-me a dizer,
que se Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) tivessem tido
contato, vivido naquela época ou depois com os ensinamentos e até com o próprio
Senhor Jesus e com o grande sistematizador teológico, Paulo, possivelmente as
suas construções filosóficas sobre metafísica
teriam contornos completamente diferentes.
98
Da mesma forma, Tomás de Aquino, na sua
Suma teológica; questão XXXI,
Da Unidade e da Pluralidade em Deus, que vou comentar
mais especificamente no final deste Trabalho, usando-a como antítese à doutrina
da trindade em defesa da tri-unidade... Na chamada solução, que está
identificada como segunda; Aquino promove uma série de considerações dentro da
sua poderosa habilidade dialética e retórica se dando a todo o direito de
caminhar em todas as direções com um exagerado etimologismo, e chama para junto de si a cumplicidade, de alguma
forma, de: Jerônimo, Agostinho, Ário, citado duas vezes, mas não como
defensor dessa heresia, Sabélio, Ambrósio, citado também
duas vezes, e Hilário, citado três vezes, também como
partidário dessa doutrina, que recebeu prioritariamente avaliação e tratamento
filosófico e não bíblico.
99
Para voltarmos
ao estudo dessa doutrina dentro do que a Bíblia efetivamente ensina, bom seria
usar termos que Aquino e os amantes (também sou, mas, na sua devida medida) da
filosofia gostam: O estudo das
Escrituras deve tornar-nos do “Gênero” de Davi, Salmo primeiro e não um “Acidente” na nossa vida e na de ninguém;
porque a Palavra de Deus é “Simples”
e “Potente” na sua “Essência” e nos conduz, como
“Primeiro Motor” que é, a por um “Ato” de fé, sermos salvos em Cristo
Jesus, o Filho do Deus vivo... Porque Ele se revela a nós seres humanos,
através da Bíblia com toda a didática necessária do antropomorfismo e a
antropopatia, que a torna acessível à prática de todos nós, que é a sua
Palavra.
100
A Doutrina da Trindade, além de ser
de fato a metafísica dos filósofos
tem a sua efetiva tentativa (inconseqüente) de base bíblica no Evangelho do
apóstolo João, e precisamente no capítulo 14. 12-17, quando da afirmação do Senhor Jesus, “dizendo que quem vê a ele, viu o Pai...”
101
O concluir isto a partir de um texto
isolado é inconseqüente e fere a regra básica de interpretação de textos
bíblicos, que aponta para a necessidade do batimento com outros textos, a
efetiva contextura; que efetivamente considerando também que o texto mencionado no
parágrafo acima é parte de um momento que compreende os relatos do capítulo 13
ao capítulo 17 do Evangelho de João. Que obviamente, de alguma forma, os
assuntos de um determinado período de conversa se interligam, um às vezes gera
o outro e quase sempre um explica o outro; como o texto de João 14. 12-17 que é
plenamente explicado em João 17. 11-23; como aparecerá detalhadamente no
subtítulo que denominei de Textos do
Evangelho de João Aglutinados.
102
Outro texto é usado na tentativa de
legitimar essa doutrina, que é o do Evangelho de João 1. 2-3, entretanto, os
próprios defensores dela; compreendem que João fala basicamente de companhia
(estava com), e quando ele conclui, não deixa margem para se caminhar na
direção do que é efetivamente essa doutrina, que é exatamente: DEUS FÍSICO
PLURAL UNO METAFÍSICO; pois o texto, no versículo três (3) diz: E O
VERBO ERA DEUS e não O VERBO
ERA “UM” DEUS.
103
O Evangelho de João
─ diferente dos três sinópticos
tem toda uma construção, não só histórica informativa, mas principalmente
teológica e, por sua feitura ter sido no final do primeiro século (ano 90);
contempla toda uma construção de contraponto
ao gnosticismo, como também as suas
epístolas, quando esse texto do Evangelho de João busca enfatizar e condição
divina do Senhor Jesus, e ao mesmo tempo a sua condição humana eventual, tanto
que ele vai pontilhar isto mais objetivamente na sua primeira epístola, I João
4. 2
Nisto conhecereis o Espírito de
Deus; todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus.
104
Do lado da
questão divina, teve-se a preocupação de João em sistematizar exatamente o
contrário da Doutrina da Trindade, que é literalmente Deus físico plural uno
metafísico, ou exatamente a metafísica de Aristóteles na sua essência de
fundamentação.
105
O interessante dessa sistematização de
João é que ele recorreu à alegoria LOGUS, palavra, mais objetivamente o verbo,
como definiu o tradutor, que exprime ação; mas, o componente que ele insiste e
reitera é a pluralidade ─ não metafísica, mas, sim! Que existem as pessoas; do
Pai, do Filho e a pessoa de ambos, por inferência clara em muitos textos
bíblicos, que é o Espírito Santo... Há
que se considerar ainda, que o nome dado a essa doutrina; embora ela tenha uma
abundante exegese filosófica que pretende ser elucidativa; ela peca por não ser
chamada de “doutrina da tri-unidade”, pois ela é literalmente isto; o que
motiva a reiterar de maneira veemente: “a Divindade revelada a nós na Bíblia é
trina”, e de maneira nenhuma “triúna”,
pois como já foi dito, Deus é o pai, o Senhor Jesus o filho e o Espírito
Santo
que não é outra pessoa física, como o Pai e o Filho e sim como nos é
apresentado na Bíblia, o Espírito, como sendo a maneira Deles serem Oniscientes
e Onipresentes ou como se torna possível o nosso relacionamento ─
todas as pessoas em todo o mundo, com a pessoa de ambos. O interessante quanto a isso foi
que posteriormente, mesmo após a consolidação do Império Romano com Otávio, o
augusto em 27 a.C.; a cultura e o idioma grego, anteriormente difundido com o
nome de koiné (comum) ─ que carregava
também dentro de todas as ponderações que fiz sobre o vocábulo logos ─ continuaram presentes em todo o
mundo então conhecido, com a mesmo força ─ como a tinha na hegemonia
Greco-macedônia. E isto ─ como já expliquei anteriormente ─, teve a vertente
importantíssima da filosofia, que no caso específico do termo (vocábulo) logos, aconteceu precisamente a partir
dos postulados de Heráclito de Éfeso, no seu Devir, quando ele atribuiu a logos
(palavra) o também entendimento “razão”, e de igual modo ─ nesta ampliação do
entendimento do vocábulo logos,
dissera algo surpreendente do ponto de vista metafísico, na afirmação: Os
homens são obtusos com relação ao ser logos, tanto antes como depois que
ouviram falar dele; e não parecem conhecê-lo, ainda que tudo aconteça segundo o
logos...
106
Quanto ao gnosticismo contraposto por João veementemente em todos os seus
escritos, como já informei em trabalhos anteriores e no início deste Estudo,
foi a idéia filosófica do precedente do conhecimento para se chegar até a
Divindade, e que teve sua ascendência vertiginosa no período da Igreja
emergente, vindo a ser sistematizada por Plotino (205 - 270). Essa filosofia já
negava a Divindade do Senhor Jesus; por esse motivo, os discípulos batiam
sistematicamente nela, sendo que João o fez de maneira veemente e ostensiva,
por ser a época dos seus escritos, o final do primeiro século, o momento que
foi parte da trajetória ascendente dessa filosofia, que se consolidou em
Plotino, como o informado acima; sendo esse o motivo principal dos contornos de
defesa da Divindade de Jesus constantes no texto do início do seu
evangelho.
107
Nós iremos trabalhar detalhadamente a
questão da Doutrina da Trindade a partir de textos de outros autores além de
João, entretanto se faz necessário trabalhar mais esse assunto nos textos
escritos por ele... Também afirmar categoricamente o absurdo da tri-unidade em
Deus, quando, diferentemente, o que existe de fato é a tri-unidade humana (já
disse isto algumas vezes), conforme Blog sobre Espiritismo, endereço www.socrateskardec.blogspot.com
.
108
Sendo
repetitivo, a Divindade é somente trina e não triúna. Deus o Pai é divino,
Jesus o Filho é divino e o Espírito Santo, igualmente é divino. O Pai é pessoa,
conforme Isaías 6. 1-3, Apocalipse 4. 9-11. O Filho obviamente é pessoa,
conforme todo o Novo Testamento, e o Espírito Santo é amorfo, conforme Gênesis
1. 2, Números 11. 16-17 e muitos outros textos. A relação entre Deus o Pai é de
propriedade, cuja ação do Espírito Santo; que sendo Deus pessoa: por meio do
seu Espírito, Ele é Onisciente e Onipresente, conforme Provérbios 15. 3,
Zacarias 4. 6-10 e Apocalipse 5. 6, por este motivo Jesus disse à mulher
samaritana ser Deus Espírito, que como tal tudo vê e de tudo tem ciência.
109
Tenho afirmado que no capítulo
primeiro do Evangelho de João, há objetivamente a informação da pluralidade
divina. De haver de fato duas pessoas, Pai e Filho, e decididamente não haver
aqui e em nenhum texto bíblico, nem a leve indução do filosófico Deus físico
plural uno metafísico, que é a definição correta da Doutrina da Trindade.
Porquanto ainda no capítulo primeiro do
Evangelho de João, como no versículo 1, também nos versículos 2 e 3, ele reitera que o Senhor Jesus estava com
Deus: Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas
por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
110
De
igual modo, quanto a pré-existência do
Senhor Jesus junto ao Pai, conforme João 17. 4-5 Eu te glorifiquei na terra, completando a
obra que me deste a fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto a ti
mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.
111
No livro do Apocalipse, que também foi
escrito por João, Apocalipse 5. 13
Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da
terra, e no mar, e a todas as coisas que nele há, dizerem: Ao que está
assentado sobre o trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a
glória, e o domínio pelos séculos dos séculos; e os quatro seres viventes
diziam: Amem. E os anciãos prostraram-se e adoraram. João, aqui ao
reproduzir essa parte de sua visão tida na Ilha de Patmos; mostra
inequivocamente a improcedência da extra-bíblica Doutrina da Trindade, quando
neste texto aparece de maneira clara e objetiva a pessoa do Pai e a do Filho. É
João também, no seu Evangelho capítulo 10. 33-36 Responderam-lhe os judeus: Não é por nenhuma obra boa que vamos
apedrejar-te, mas por blasfêmia; e porque, sendo tu homem, te fazes
Deus. Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Vós sois deuses? Se
a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a
escritura não pode ser anulada), àquele a quem o Pai santificou e enviou ao
mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque eu disse: Sou filho de Deus?
112
Quem entende de fato como se interpreta textos
bíblicos, a sistematização; sabe que fatos narrados têm proeminência e maior
valor, peso, quando da interpretação de um texto... A passagem bíblica que
reproduzi, é a narrativa de um confronto entre o Senhor Jesus e um grupo de
judeus, que possivelmente era composto de saduceus e fariseus, que certamente
foram os inquisidores, quando, naquele momento, o tema discutido foi a
Divindade do Senhor Jesus... O método utilizado por Jesus foi o da contextura;
e o desenvolver dos argumentos de Jesus caminham na direção de objetivar os
pontos que Ele, Jesus, quer que saibamos... Dentro dessa visão de dar maior
peso ao fato ou mais importância na sistematização, gostaria de reproduzir o texto
de Apocalipse 22. 1-3 e
mostrou-me o rio de água da vida, claro como cristal, que procedia do trono
de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio,
estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em
mês; e as folhas das árvore são para a cura das nações. Ali não haverá jamais maldição. Nela
estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos os
servirão.
113
Sendo a Doutrina da Trindade
verdadeiramente, isto: DEUS FÍSICO PLURAL UNO METAFÍSICO; o Senhor Jesus, diria
no texto anterior em grandes letras: EU SOU O PAI, pois “Jesus”, que eu estou
representando é simplesmente uma manifestação minha, que sou o próprio Deus,
entretanto o que o Senhor Jesus disse, foi: A vossa lei chama de deuses aos
homens aos quais a palavra foi pregada, e pergunta o que havia de impróprio em ele
se dizer Filho de Deus, pois as
obras que ele realizava avalizavam isto.
114
Também, no Evangelho de Mateus 9. 2-8, Marcos 2.
3-12 e Lucas 5. 21-26 ─ (...). Εntão os escribas e os fariseus
começaram a arrazoar, dizendo: Quem é esse que profere blasfêmias? Quem pode
perdoar pecados, senão Deus? (...). Ora, para que saibais que o Filho do homem
tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti
digo: Levanta-te, toma teu leito e anda. Reproduzi tão-somente os
versículos 21 e 24 para não tornar muito extensa a citação, mas em resumo,
aqueles homens questionaram objetivamente
─ como no caso do texto anterior
que comentei, o pressuposto de ser o Senhor Jesus o próprio Deus, quando
arrazoaram, ser esse poder unicamente de Deus o Pai... Aqui como ponderei sobre
o texto anterior. Se a Doutrina da Trindade fosse bíblica e verdade, o Senhor
Jesus diria enfaticamente que tinha e tem poder para perdoar pecados, e de modo
diferente diria também que isso seria pelo óbvio motivo de ser ele o próprio
Deus; mas, todavia, porém, entretanto, ele, inclusive em um ato
comprobatório ─ pois pecados perdoados não têm efeito
visível; mostrou, na prática, de forma contundente o que estava dizendo... De
igual modo, de forma cabal e objetivamente clara, disse não ser ele Deus o Pai,
e pelo contrário, o Senhor Jesus disse ser o Filho do homem, a sua condição
eventual específica, que não tem nada absolutamente nada com a tri-unidade.
115
Tendo citado acima os textos de João 1. 2-3, João
17. 4-5 (Jesus ontem, no passado); João 10. 33-36 (Jesus hoje) e Apocalipse 5.
13 e também Apocalipse 22. 1-3 (Jesus eternamente). Observe, que de alguma
forma ou de fato, esse conjunto de textos mostra objetivamente momentos da
existência do Senhor Jesus em relação a nós seres humanos; que nos relatos escritor aos Hebreus 13. 8 ─ Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e
eternamente. Nos quais, vê-se nessa síntese do escritor aos Hebreus; não
somente a informação da imutabilidade do caráter e personalidade do Senhor
Jesus, mas de igual modo a informação da sua pré, atual, futura e também eterna
existência, junto ao Pai, os anjos e a nós os que herdaremos a vida eterna. Que
não teria nada a ver (reiterando) com a chamada trindade, que é explicada como
tri-unidade.
116
Para objetivar melhor essa questão vou reproduzir
textos das falas do Senhor Jesus com o Pai, no pressuposto da tri-unidade ou
ser Jesus o próprio Pai; que hesitei em fazê-lo, porque essa construção vai
tornar a Doutrina da Trindade (tri-unidade) algo ridículo, mas com seriedade,
respeito a Deus Pai, a seu Filho, o Senhor Jesus e entendendo a aprovação de
Deus através do seu Santo Espírito... Vou reproduzir sete falas do Senhor Jesus
com o Pai em negrito e os mesmos textos em itálico, sendo modificado como se
Jesus fosse Deus, o Pai, em azul para a parte modificada, que seguem: João 3.
16-17 ─ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus
enviou seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo
fosse salvo por ele. Texto modificado
─ Porque eu
amei o mundo de tal
maneira que dei a mim mesmo, para
que todo aquele que em mim crer não pereça, mas tenha a vida
eterna. Porque eu
enviei a mim mesmo ao mundo, não para que julgasse mundo, mas para
que o mundo fosse salvo por mim.
117
Mateus 11. 25-26 ─
Naquele tempo falou Jesus,
dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes
essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos. Sim, ó
Pai, porque assim foi do teu agrado. Texto modificado ─ Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças dou a mim mesmo ó eu, Senhor do céu e da terra, porque ocultei essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelei
aos pequeninos. Sim, ó eu, porque foi do meu agrado.
118
Mateus 11. 27
─ Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece
plenamente o Filho, senão o Pai; e
ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser
revelar. Texto modificado ─ Todas
as coisas me foram entregues por mim mesmo; e ninguém conhece plenamente a mim, senão eu
mesmo, e aquele a quem eu quiser revelar.
119
Marcos 9. 7
─ Nisto veio uma nuvem que os cobriu, e dela saiu uma voz que dizia: Este
é meu Filho amado; a ele ouvi. Texto modificado ─ Nisto veio uma nuvem que os cobriu, e dela
saiu uma voz que dizia: Este sou eu que me amo; a mim ouvi.
120
João 4. 23 ─ Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai
procura a tais que assim o adorem. Texto modificado ─ mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão a mim em espírito e em verdade; porque eu
procuro a tais que assim me adorem.
121
Lucas 22. 68-69 ─ E se eu vos interrogar, de modo algum me
respondereis. Mas desde agora estará assentado o Filho do homem à direita do
poder de Deus. Texto modificado
─ E se eu vos interrogar, de modo algum me respondereis. Mas desde agora estarei
assentado à
direita de mim mesmo.
122
João 11. 41-42 ─ Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando
os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me ouvistes. Eu sabia que
sempre me ouves; mas por causa da multidão que está em redor é assim que falei,
para que eles creiam que tu me enviastes. Texto modificado ─ Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando
os olhos ao céu, disse: eu, graças dou a mim
mesmo, porque me ouço, eu sabia que
sempre me ouço, mas por causa da multidão que está em redor é assim
que falei, para que eles creiam que eu mesmo me enviei.
123
Reitero, que as construções aqui postas
é de intenção espiritual e de grande seriedade. Seriedade num grau muito maior
do que a dos que têm fundamentado essa improcedente doutrina, que busca motivar
a reavaliação dessa doutrina católica romana,
do Deão Atanásio, outros teólogos católicos e os inocentes úteis
evangélicos, cuja base de fundamentação nem filosofia efetivamente é, porquanto
a sua argumentação começa com essa pretensão e ao final; a conclusão do Deus
“uno”, composto de Pai, Filho e Espírito Santo; ela apela para o subjetivo: não
nos compete especular o que não está revelado; numa flagrante
confissão de desconhecimento bíblico, pois a sua improcedência é objetivamente
clara naquilo que está revelado, conforme Deuteronômio 29. 29 parte b ─ Mas as reveladas nos pertencem a nós
e nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei.
124
Quanto a tudo o que tenho apresentado e
explicado neste Trabalho ─ que se sustenta verdadeiramente em estudo bíblico ─;
e especificamente no caso dessa doutrina quando usei várias avaliações, e
inclusive essa trabalhada agora, que a concluí com esse texto do livro de
Deuteronômio, que lamentavelmente é entendido pela primeira oração e não pela
segunda (que é precedida da conjunção adversativa: “mas”, lhe dando
proeminência sobre a anterior), que é a que tem a informação que o conjunto (as
duas) do texto quer dar ─ como já expliquei no Preâmbulo, quando
acontece nesses casos, não o não crer por não saber ler, mas, aquela coisa
nojenta que vez outra nos assalta, que é a leitura e avaliação tendenciosa, senão?
Como o discutido neste Blog é o estudo verdadeiro da bíblia, que pressupõe a
avaliação textos e contextos, quando vemos no seguimento desse mesmo livro de
Deuteronômio. As conclusões de como as coisas reveladas nos estão disponíveis
para pleno entendimento (como diz a segunda oração de Deuteronômio 29. 29) é o
que segue, conforme Deuteronômio 30.11-14 ─ Porque este mandamento, que eu hoje te ordeno, não te é difícil demais,
nem tampouco está longe de ti. Não está no céu para dizeres: Quem subirá por
nós ao céu, e no-lo trará, e no-lo fará ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres; Quem
passará por nós além do mar, e no-lo trará, e no-lo fará ouvir, para que o
cumpramos? Mas a palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração,
para cumprireis.
125
A falta de conhecimento bíblico, ou
melhor, de Sistematização Teológica, que é o ter seguido os precursores
católicos romanos, têm distanciado em muito os Seminários do ensino verdadeiro
da Palavra do nosso Deus... Amo a filosofia, e entendo que quando estou
fundamentando, explicando e sistematizando alguma coisa, a estou usando,
todavia quanto ao texto sagrado tenho parâmetros definidos ─ não contra a
filosofia, mas a favor do que Deus quer informar por meio da Bíblia aos doutos e principalmente aos indoutos;
quando se tem que ter sabedoria, sensibilidade, paciência, respeito e principalmente
espiritualidade, que contemple o que reiteradas vezes tenho repetido׃ a valorização do simples, elementar e didática contida no
ensinamento bíblico; que pode e deve ser avaliado subsidiariamente via
filosofia e outras ciências, contudo não misturando as coisas como foi e
continua sendo feito por muitos teólogos... O dito aqui, não deve ser
considerado como confronto ou acusação a doutores; mas exatamente o alinhamento
com os ensinamentos do Senhor Jesus e dos apóstolos; conforme ponderei sobre a
grade de ensino de Paulo, que não usou terminologia da filosofia e nem
objetivamente a sua metodologia e conclusões, conforme ele explica de maneira
clara no segundo capítulo da sua primeira carta aos de Corinto.
126
A base teológica de fundamentação das
pessoas, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que é a pessoa de ambos, é muito
ampla em todos os textos bíblicos, havendo inclusive dois pontos que são
básicos, e por isso trabalhado ostensivamente pelos escritores do Novo
Testamento quando das suas sistematizações. Do que, a idéia dessa minha Simetria de Sistematização nasceu
inicialmente a partir da identificação da regra das duas testemunhas, que á medida
que caminhava no estudo o texto bíblico, isso ficava cada vez mais claro e
evidente. Quando cheguei à fundamentação da Divindade do Senhor Jesus ─ não
caminhando na visão da doutrina da trindade, mas objetivamente no pessoa do
próprio Jesus. Pude observar ─ como que ao olhar para cada texto bíblico
estivesse vendo duas linhas imaginárias exatamente paralelas entre si, em
sentido horizontal, que seguiam indefinidamente até Apocalipse ─; que nos Evangelhos, no livro de Atos e nas
epístolas, essas linhas׃ uma que diz “Jesus é o Filho de Deus”, e a outra׃ que “se assenta à direita de Deus, o Pai”, mostravam de maneira
muito forte uma espécie de caminho ou norma a se seguir.
127
Rapidamente se produziu
na minha mente a idéia de dar nome a essas duas linhas imaginárias ─ que
de fato existem na argumentação dos escritores bíblicos ─, de chamá-las de Simetria de Sistematização (que são
paralelamente simétricas, daí serem elemento de sistematização), e incorporá-la
como elemento regra ao mecanismo de sistematização... Porque existindo de fato
na fundamentação da Divindade do Senhor Jesus, também tinham conexão direta com
a regra das duas testemunhas, que é a base de aferir a verdade ou lhe dar
validação ou ainda, definitivamente se
criar a verdadeira jurisprudência de
sistematização dos conceitos e princípios bíblicos; disso surgiu e se
consolidou para mim esse outro elemento-regra, de como fazer Sistematização
teológica.
128
Após a identificação dessa
vertente-regra. A incorporei dentro de um conjunto, cuja principal vertente é a
sancionada em Isaías 28. 9-13; que foi de alguma forma seguida pelos judeus
através do midrash; o Senhor Jesus a
legitimou pela prática da contextura, e apresenta um outro elemento explicado
acima; que é o parâmetro óbvio dessa
forma de interpretação, que está em João 8.16-18 ─ E, mesmo que eu julgue, o meu juízo é
verdadeiro; porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. Ora, na vossa lei está escrito que o
testemunho de dois homens é verdadeiro. Sou eu que dou testemunho de mim
mesmo, e o Pai, que me enviou, também dá testemunho de mim. Nesse texto o Senhor Jesus cria
claramente o pressuposto que para se fundamentar alguma coisa relacionada à
Palavra de Deus, há que se ter pelo menos duas citações, fundamentando-a em
textos como Deuteronômio 19. 15 e Números 35. 30 ─ dois
ou três testemunhos bíblicos... Para que não se diga que há incoerência neste
argumento; o Senhor Jesus anteriormente já havia ponderado sobre essa regra,
quanto ensinou a como inquirir a um irmão em erro, Mateus 18. 16 ─ mas se não te ouvir, leva contigo um ou
dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra
seja confirmada. Também Paulo
escrevendo a sua segunda carta aos Coríntios, veio evocar essa mesma regra, II
Cor. 13. 1 ─ É esta
a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas
será confirmada toda palavra... De
igual modo, João nas suas informações sobre o fim de todas as coisas; fala de
duas testemunhas; que no meu livro Ceia,
sim! Cruz, não! as identifiquei
como sendo Miguel e Gabriel, os dois ungidos que assistem diante de Deus,
Zacarias 4. 11-14, no sentido alegórico, o Antigo Testamento e o Novo Testamento ─ que se desdobram no
pergaminho comido (Ezequiel 3. 1-3) e o livrinho, também comido (Apocalipse 10.
8-11)), no sentido literal. Temos, de igual modo, as Duas Testemunhas, que
também ajudam a validar essa regra, conforme Apocalipse 11. 3-4 ─ E concederei ás minhas duas testemunhas
que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. Estas são as duas oliveiras e os dois
candeeiros que estão diante do Senhor de toda terra.
129
Há
ainda que se considerar com relação a essa questão regra, que assim como Isaías
não tinha a consciência de que a estava fundamentando; anteriormente esse outro
vetor, ao qual dei o nome de SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO; que é parte dessa
regra; já estava em curso desde o livro do Gênesis. Primeiro no relacionamento violento motivado
pela inveja entre Caim e Abel... Embora o jeitinho dado por Sara tenha sido a
causa do nascimento de Ismael; essa dicotomia entre Ismael e Isaque ─
problema ainda não resolvido hoje no relacionamento difícil entre seus
descendentes ─, judeus e palestinos, também de alguma forma ajudam a validar a
regra das duas testemunhas... A lista de todos os fatos que comprovam esta
regra é extensa, e não vou fazê-la agora.
130
Ainda, aproveitando toda essa trajetória expositiva
sobre a sistematização; quero considerar algo que julgo perfeitamente
pertinente. Primeiramente porque os fatos ligados ao que vou enumerar apontam
de maneira clara e contundente para o que o Senhor Jesus disse em exultação em
Mateus 11. 25-27, ser a revelação do Evangelho coisa simples e de fácil
entendimento... E eu diria, não somente o Evangelho, mas também as ciências,
que paulatinamente pessoas vão sendo no decorrer da história, motivadas por
Deus, recebendo dons de conhecimentos e habilidades como a da descoberta da
combinação binária, que permitiu a Samuel Finley Breese Morse
(1791-1872), quando da invenção do seu aparelho de telégrafo, criar através do
“binário liga-desliga” o código que leva o seu nome, o Código Morse; também o
monge Gregor Mendel (1822-1884), que nas suas 1a e 2a
leis de pesquisa genética, usando a combinação binária (cruzamento) abriu o
efetivo caminho para o entendimento do DNA (Ácido DesoxirriboNucléico), com a combinação binária CG - GC, AT - TA e o RNA (Ácido RiboNucléico), cujo
mecanismo também é da combinação binária. Por fim, o maravilhoso computador de
todos nós, tem a sua raiz ou usando a linguagem genética para essa máquina; tem
o cerne do seu Genoma nas combinações binárias do “1 e 0”, que mostram o
elementar e didático de Deus, as leis da natureza, nas coisas maravilhosas, que
demandam profundos estudos e pesquisas que
espantam e deixam-nos maravilhados... Se você percebeu, coloquei essas
considerações aqui; na alusão ou na de fato conexão com o mesmo mecanismo
binário das duas testemunhas, que como tenho defendido, de fato norteia a Sistematização
teológica, e é identificado perfeitamente na minha Simetria de Sistematização.
SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO
131
Esses dois pontos que estão dentro do
que denomino “SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO” são: A relação Deus, Pai e o Senhor
Jesus, Filho ─ isto com relação à
Divindade, ou o Pai que se assenta no trono e o Filho, o Senhor Jesus, aquele
que se assenta à sua direita...
132
Antes
de efetivamente entrar na fundamentação dessa questão Simetria de Sistematização, vou detalhar os textos bíblicos que
falam do Senhor Jesus como Filho de Deus e o também Filho que se assenta à
direita do Pai. Nos Evangelhos, como no de Mateus, Jesus como Filho de Deus, é
sistematizado pelos escritores do Novo Testamento a partir do Salmo 2. 7): Mat. 3. 17, Mat. 4. 3, Mat. 4. 5, Mat. 4. 6, Mat. 10.
32-33, Mat. 11. 25-26, Mat. 14. 33, Mat. 16. 16-17, Mat. 18. 35, Mat. 24. 36, Mat. 26. 53;
ainda Mateus, Jesus assentando-se à direita do Pai: Mat. 22. 41-44, Mat. 26.
64; cito também o Salmo 110. 1, que é a base de toda a fundamentação, inclusive
usado por Jesus, do assentar-se à direita do Pai.
133
Jesus como Filho de Deus, conforme Marcos: Mar. 1.
1, Mar. 1. 11, Mar. 2. 11, Mar. 5. 7, Mar. 8. 38, Mar. 13. 32, Mar. 14. 36,
Mar. 14. 61, Mar. 15. 39; ainda Marcos, sobre Jesus assentando-se à direita do
Pai: Mar. 12. 35-37 e Mar. 16. 19.
134
Jesus Filho de Deus, conforme Lucas: Luc. 1. 32,
Luc. 1. 35, Luc. 2. 49, Luc. 3. 22, Luc. 4. 3, Luc. 4. 9, Luc. 4. 41, Luc. 8.
28, Luc. 9. 35, Luc. 10. 22, Luc. 22. 29 e Luc. 22. 70; também se assentar à
direita do Pai, conforme Lucas 20. 41-44.
135
Agora a relação de endereços bíblicos segundo o
Evangelho de João e suas Epístolas, no qual, se constata o quão é estranha e
improcedente a sistematização trindadista
de ser o Senhor Jesus o próprio Pai, quando diferentemente, João enfatizou todo
o tempo, ser o Senhor Jesus o Filho de Deus; os endereços são: João 1. 34, João
3. 16-17, João 3. 35-36, João 5. 17-23, João 5. 25, João 5. 36-37, João 5. 43,
João 5. 45, João 6. 37, João 6. 40, João 6. 44-45, João 6. 57, João 6. 65-69,
João 8. 13-18, João 8. 19, João 8. 54, João 10. 15, João 10. 17-18, João 10.
29-30, João 10. 36, João 11. 4, João 11. 27, João 12. 49-50, João 13. 1, João
14. 1-2, João 14. 9-10, João 14. 13, João 14. 21, João 14. 26, João 14. 31,
João 15. 1, João 15. 8, João 15. 15, João 16. 3, João 16. 15, João 16. 23-24, João
16. 26, João 17. 1, João 17. 5, João 17. 11, João 17. 21, João 17. 24, João 18.
11, João 19. 7, João 20. 17 e João 20. 31; agora epístolas: I João 1. 3, I João 1. 7, I João 2. 22-23 Quem é o mentiroso, senão aquele que nega
que Jesus é o Cristo? Este mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho.
Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; aquele que confessa o Filho,
tem também o Pai; I João 2. 24, I João 3. 8, I João 3. 23, I João 4. 9-10,
I João 4. 14-15 E nós temos visto, e
testificamos que o Pai enviou seu Filho como salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o
Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus; I João 5. 5,
I João 5. 9-12, II João 1. 2 e II João 1. 9
“Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece
nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como
ao Filho”; também o Apocalipse escrito por João: Apoc. 2. 18, Apoc. 2. 27,
Apoc. 3. 5, Apoc. 3. 21.
136
Da mesma forma o Senhor Jesus como
Filho de Deus, a partir do livro de Atos até o Apocalipse: Atos 8. 37, Atos 9.
20, Rom. 1. 3-4, Rom. 1. 7, Rom. 1. 9, Rom. 5. 10, I Cor. 15. 28, II Cor. 1.
19, Gal. 1. 3, Gal 1. 16, Gal. 2. 20, Gal. 4. 4, Efésios 1. 3, Filipenses 1. 2, Col. 1. 3, Col 1. 13, I Tess. 1.
1, I Tess. 3. 11, Heb. 1. 5, Heb. 3. 6, Heb. 4. 14, Heb. 5. 5,
Heb. 5. 8, Heb. 7. 3, I Ped. 1. 3, II Ped. 1. 17.
137
Ainda, a maneira como cada um de nós enquanto
falamos àqueles que ensinamos, quer na fala ou escrita; seja como efetivos
teólogos, pastores ou simples professores da E.B.D. ou ainda como autores de
cânticos; o como interagimos com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Tem se
mostrado estranho e confuso, em pelo menos duas vertentes erradas, que se
constitui de fato em heresia...
138
A Doutrina da Trindade como tenho detalhado neste
Estudo não corresponde à verdade bíblica de ser o Pai, e o Filho, duas pessoas
distintas eternamente. Daí, a visão ou entendimento da tri-unidade gerou e continua gerando essa
confusão perigosa ─ sendo esse o motivo do eu ser repetitivo e repetitivo
quanto a isso...
139
O que estou afirmando novamente é algo plenamente
presente em quase todos os textos produzidos por pessoas que entendem a
filosófica tri-unidade como doutrina bíblica; na qual aleatoriamente se
reproduz, nesses textos e falas, a pessoa do Pai e a do Filho, como sendo a
mesma pessoa; identificando, ora um, ora outro, de maneira alternada no mesmo
trabalho como se fora isso normal.
140
Não vou reproduzir aqui textos dos vários autores e
até a letra de cânticos, porque, nas quais esse tipo de confusão acontece;
inclusive como demonstro no subtítulo Conclusão
sobre a Doutrina da Trindade, que
é parte desse Estudo; versos de quatro cânticos, nos quais Deus o Pai é anulado
no direito de ser adorado, quando se diz ─ no pressuposto da Doutrina da
Trindade; que o Senhor Jesus é o único digno de adoração.
141
O que estou afirmando e quero pontilhar
de maneira forte e detalhada é que em textos de diversos teólogos e pastores,
também em letras de cânticos ─ que alguns têm pastores como autores; vê-se
uma desavisada e aleatória troca; quando ora Jesus, é Deus o Pai, e logo em
seguida Deus o Pai é o Senhor Jesus e vice-versa. Isso de maneira considerada
normal dentro de um mesmo texto ou letra de um cântico... É exatamente isso que
é a Doutrina da Trindade, com toda a sua centenária e confusa exegese
filosófica defendida e mantida por eminentes teólogos.
142
Quando digo de forma veemente, que a Doutrina da
Trindade é exatamente filosófica ─ já fiz isso varias vezes nesse Estudo, é
porque diferentemente, os textos sagrados através dos seus escritores mostram
ser essa doutrina totalmente incompatível com o que a Bíblia ensina.
143
Quando de maneira objetiva foi mostrada a partir de
Moisés essa verdade simples e não filosófica, conforme Deuteronômio 18. 15-19 e
Isaías 42. 1-8, também nos 192 textos citados neste capítulo e alguns aqui
transcritos, foi na direção de mais e mais evidenciar essa verdade.
144
Para ver isso de maneira clara e
didática no texto sagrado, observe os trabalhos de dissertação teológica
contidas nas diversas cartas (epístolas) dos apóstolos, quando do início desses
trabalhos, eles, já o começam pontilhando de maneira objetiva, a pessoa de Deus
o Pai e a do seu eterno Filho, o Senhor Jesus... Nos três sinópticos, que são
narrativas históricas; temos essas afirmações por parte do Senhor Jesus, e no
Evangelho de João, ele o começa dizendo que no princípio, Jesus (João 1.1-2, o
verbo), estava com Deus, ou exatamente Ele já existia juntamente com Deus o Pai,
conforme João 17. 4-5 ─ Eu te
glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. Agora, pois,
glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha
contigo antes que o mundo existisse.
145
Aqui, e no início desse Evangelho de João, o que
temos é exatamente, não a defesa da unicidade ou tri-unidade e sim da plena
comunhão de Deus o Pai e o seu Filho e também a plena identificação da
Divindade do Senhor Jesus, como já listei acima, quando maciçamente, o próprio
João em suas três cartas insiste na tese de que Jesus é o eternamente Filho de
Deus... Como também fez o escritor aos Hebreus no início da sua carta, quando
usou textos de nove Salmos para fundamentar a divindade do Senhor Jesus, sendo
que o primeiro deles, o Salmo 2. 7, citado em Hebreus 1. 5 ─ Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és
meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu te serei Pai, e ele me será Filho? Quando
se constata de maneira clara e contundente, o quanto é verdade plena e
importante do ponto de vista teológico, Jesus ser o eterno Filho de Deus.
146
De igual modo, o Senhor Jesus
assentando-se à direita do Pai a partir de Atos até o Apocalipse: Atos 2.
34-35, Atos 7. 55-56, Rom. 8. 34, Efésios 1. 20, Col 3. 1, Heb. 1. 13, Hebreus
8. 1, Hebreus 10. 12 mas
este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para
sempre à direita de Deus; Heb. 12. 2, I Ped. 3. 22, Apoc. 3. 21.
147
Oportunamente no decorrer desse Trabalho estarei
listando os registros nos evangelhos, nos quais o Senhor Jesus afirmou de
maneira sistemática, que também Ele era o Filho do homem, na sua condição
eventual humana; que Mateus registrou dezessete (17) vezes, Marcos citou onze
(11) vezes, Lucas transcreveu dezessete (17) vezes, e João colocou nos seus
relatos que o Senhor Jesus o fizera nove (9) vezes.
148
Também vou listar as seis falas que estão
registradas no texto sagrado; nos quais o Senhor Jesus; para deixar claro e de
maneira contundente a sua plena e íntima comunhão com Deus, o Pai, “Ele diz que
o Pai é o seu Deus”.
149
Os dois pontos anteriores, mostrados
na lista de textos são os elementos ou fatores essenciais básicos quando da
fundamentação ou da efetiva definição de quem é o Pai, quem é o Filho e quem é
o Espírito Santo. Através desse livro maravilhoso, a Bíblia, nos é informado de
maneira didática o como entender essas questões relacionadas com a pessoa do
Pai, do Filho e do Espírito Santo, como tenho reiterado; até em função dessa
didática, quando vou reproduzir textos que são usados por inspiração do nosso
Deus; como a experiência de Moisés junto ao Pai, para nos mostrar ou dar a
idéia de um Deus, Pai, que infere a também existência do seu Filho como pessoa
distinta, e o seu Filho, como pessoas físicas, senão vejamos: No texto de Êxodo
33. 10-11 ─ Assim
via todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, e todo o povo,
levantando-se, adorava, cada um à porta da sua tenda. E falava, o Senhor a
Moisés face a face (Deus ali estar presente), como qualquer um fala com o seu amigo. Também Êxodo 33. 22-23 E quando a minha glória passar, eu te porei
numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até quer eu haja passado.
Depois, quando eu tirar a mão, me verás pelas costas; porém minha face não se
verá. Há nessa referência objetiva, elementos para entendermos Deus como
uma pessoa física dentro da didática simples do como ensinar as coisas
necessárias sobre Deus numa forma facilmente accessível a qualquer ser humano,
por mais humilde que seja...
150
Nessa relação de Moisés com Deus; esses textos nos
autorizam a dizer que o Senhor estivera presente ali em pessoa, conforme nos é
relatado até o final do capítulo 34, que obviamente também terá implicação com
os relatos dos livros de Levítico, Números e Deuteronômio; Levítico e Números,
quanto a leis e recenseamento; Deuteronômio corresponde basicamente a
reiterações, que se entrelaçam cronologicamente dentro do básico relato
histórico do livro do Êxodo. Por fim, nos é informado que essa estada de Deus
em pessoa, conforme os textos transcritos, junto ao povo e a Moisés,
terminaria, conforme Êxodo 33. 2-3
─ E enviarei um anjo adiante de ti (e lançarei fora os cananeus, e os
amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus), para uma
terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és
povo de cerviz dura; para que não te consuma eu no caminho... Aproveito
para reiterar o que estudamos no Preâmbulo
e nos seus vários subtítulos sobre a atuação do Espírito Santo, que concluímos
ser Nele, o Espírito, que Deus, o Pai e o seu Filho Jesus são Oniscientes e Onipresentes,
Provérbios 15. 3 e Zacarias 4. 6-10, ou seja, estando Deus ali junto a Moisés e
ao povo judeu, também concomitantemente estava a todo o tempo, em todos os lugares,
vendo a tudo e a todos tais como pessoas, objetos, eventos, a flora, a fauna,
fungos, bactérias e todos os microrganismos; que nesse agir do Espírito é
descaracterizada plenamente a idéia de pessoa efetivamente ligada a Ele; pois
se fraciona, sendo inclusive amorfo; entretanto sendo Ele, Deus presente em
cada uma dessas suas frações ou partes;
que também está dentro de cada um de nós que recebeu a Cristo como Salvador, ou
objetivamente “a pessoa de Deus”, construção semântica plenamente perfeita, sabendo,
agindo, tendo controle sobre tudo e todos em todo o tempo e em todos os lugares
eternamente.
151
No texto de Isaías 6. 1-3 nos é informado No ano
em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime
trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins;
cada um tinha seis asas; com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés e
com duas voava. E clamavam uns para com os outros, Dizendo: santo, santo, santo
é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. Também o texto de Atos 7. 55-56, que
estará transcrito mais à frente. Esses dois textos mostram de maneira bastante
objetiva, o Senhor nosso Deus assentado no seu trono; que evidencia a sua
condição de soberano e supremo governo, e obviamente a sua condição de pessoa
física.
152
Há muitas interpretações sobre o texto
do capítulo seis (6) do livro do profeta Isaías, inclusive a que fizemos no
preâmbulo, quanto à purificação dos lábios do profeta, e quando esse texto é
usado como referência para pregação da palavra; a homilética permite; e se
navega sem limites em todas as alegorias do texto, entretanto o que esse texto
visa objetivamente informar é a maneira didática de como entender Deus: Uma
pessoa, um rei, soberano, que obviamente reina, pois aparece sendo adorado; e a
parte que se refere a Isaías, quanto a sua purificação e a sua chamada; estão
relacionadas às suas profecias sobre o Senhor Jesus, as exortações quanto ao
momento espiritual vivido pelo povo judeu naquela época e de um modo muitíssimo
especial à regra de Sistematização teológica ensinada por ele em Isaías 28.
9-13.
153
A questão Doutrina da Trindade é tão
séria, que: Primeiro se ela é improcedente se constitui em matéria
extra-bíblica, e segundo; que embora seja elementar e cristalino nos textos
bíblicos a convivência do Senhor Jesus e o Pai durante todo o seu ministério
terreno; que aparece nos quatro (4) Evangelhos, nos quais estão relatados os
diálogos do Pai com Senhor Jesus, as falas de Jesus dirigidas ao Pai e as falas
do Pai dirigidas a Jesus e a todos nós, como nos casos do batismo do Senhor
Jesus e na sua transfiguração.
154
Diante desses fatos bíblicos
insofismáveis, estranhamente tem-se lideres ditos altamente formados em
Teologia, que através de extensa exegese, calcadas não em estudo bíblico, mas
em formulações filosóficas têm alimentado durante séculos essa heresia por demais
inconsistente.
155
Em Apocalipse 22. 1-3 E mostrou-me o rio de água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de
Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de ambos os lados do
rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês e
mês; a as folhas da árvore são para a cura das nações. Ali não haverá jamais
maldição. Nele estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus
servos o servirão.
156
A questão Doutrina da Trindade, DEUS FÍSICO PLURAL
UNO METAFÍSICO é tão absurda; que até me
impossibilita de estender o estudo de maneira mais didática a partir de uma
exegese minha; porquanto a simples citação do texto bíblico elucida a questão,
sendo essa a realidade bíblica; quando a “minha exegese” ─
força de expressão, porquanto o texto faz referência duas vezes
(versículo 1 e 3) a duas pessoas que possuem tronos (o Pai e o Filho) e
decididamente não um “Deus físico plural uno metafísico”.
157
Sobre a questão trono; lembre-se que falamos
no início de dois pontos básicos, que são, o referencial teológico de todos os
escritos do Novo Testamento; que são: A existência de fato, por toda a
eternidade de duas pessoas, o Pai e o seu filho, o Senhor Jesus; e por fim; que
Jesus (o Filho) é aquele que se assenta à direita do Pai.
158
O Salmista Davi escreveu no Salmo 110. 1-4 Disse o Senhor ao meu Senhor:
Assente-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por
escabelo dos teus pés.
O Senhor enviará de Sião o cetro do
teu poder.
Domina no meio dos teus inimigos.
O teu povo apresentar-se-á
voluntariamente no dia do teu poder, em trajes santos; como vindo do próprio
seio da alva,
será o orvalho da tua mocidade.
Jurou o Senhor, e não se arrependerá:
Tu es sacerdote para
sempre,
segundo a ordem de
melquisedeque.
159
Este Salmo veio a ser usado pelo Senhor Jesus, não
só para determinar a sua
relação de Filho com o Senhor nosso Deus, mas também a sua condição de mando,
conforme reiterou em Mateus 28.18 E
aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Essa afirmação se
deu após a sua ressurreição, no período de quarenta dias que antecederam a sua
subida ao céu, quando da ordem, que chamamos de “a Grande Comissão”. Também o
escritor aos Hebreus ─ como já comentei, usa esse texto no elenco
dos 8 Salmos nos quais fundamenta a divindade de Jesus e a sua definitiva
participação no poder junto com o Pai, quando o identificando como o sacerdote
para sempre segundo a ordem de melquisedeque.
160
O fato interessante relacionado com esse ensinamento
do Senhor Jesus sobre a sua pessoa, o Salmo 110, que Ele o usa para dar
contextura a essa sua informação teológica e importante, é que os humildes
reiteradamente o chamavam de filho de
Davi lembram do cego Bartimeu?
Entretanto Jesus repreende aos saduceus,
escribas e fariseus; perguntando-lhes porque o chamavam de filho de Davi, os
textos estão em: Atos 2. 34-35, Mateus 22. 41-44, Marcos 12. 35-37 e Lucas 20.
41-44
Jesus, porem, lhes perguntou:
Como dizem que o Cristo é filho de Davi? Pois o próprio Davi diz no livro de Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te
à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus
pés. Logo Davi lhe chama Senhor, como, pois, ele é seu filho?
161
Neste texto, o Senhor Jesus sistematiza ou na
linguagem jurídica; cria a jurisprudência de que ELE É AQUELE QUE SE
ASSENTA À DIREITA
DO PAI; tanto que nos registros
do livro de Atos e nas epístolas, há sempre
a reiteração sistemática de que Jesus é o Filho de Deus e se assenta à
sua direita; os textos: Marcos 16. 19, Romanos 8. 34, Efésios 1. 20,
Colossenses 3. 1, Hebreus 1. 3, Hebreus 8. 1, Hebreus 10. 12, Hebreus 12. 2 e I
Pedro 3. 22.
162
Esse ponto, ou elemento informado pela
afirmação assentar-se à direita é tão
importante do ponto de vista teológico, que o Senhor o fez constar no texto
sagrado; mesmo quando de maneira infame e ultrajante, Ele, Jesus foi
questionado pelo sinédrio, Mateus 26. 64, Marcos 14. 61-62 e Lucas 22.
69-70
Mas desde agora estará assentado
o Filho do homem à mão direita do poder de Deus. Ao que perguntaram todos: logo tu és Filho de Deus? Respondeu-lhe: Vos dizeis que eu sou.
163
Agora, se alguém quiser continuar dizendo, que no
céu o Senhor Jesus não estará presente
É isto a Doutrina da Trindade;
Jesus nos céus não existir; o que existe é o Pai, que é o Senhor Jesus...
Reiterando, se alguém ainda insiste; temos uma tênue referência contra o
assentar-se no trono; use o texto de Atos capítulo 7, quando da visão de
Estevão; que viu o Senhor Jesus “em pé” à direita do Pai, Atos 7. 55-56 Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando
os olhos nos céus, viu a glória de Deus, e Jesus em pé a direita de
Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o filho do homem em pé à
direita de Deus. Citei esse texto buscando certa provocação; porque há “trindadistas” que dizem que a doutrina
da trindade procede porque no céu existe somente um trono… Se esses não querem
que o Senhor Jesus se assente no trono; ─ está aí a visão de Estevão narrada em
Atos 7. 55-56, na qual ele viu o Senhor
Jesus em pé ao lado do trono do Pai; e ainda com relação a tronos, o Senhor
Jesus diz em Apocalipse 3. 21 Ao que
vencer, eu concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci,
e me assentei com o meu Pai no seu trono...
164
Pelo visto, quanto a tronos, será
difícil ajudar essas pessoas que conhecem pouquíssimo o texto sagrado, pois
João viu mais vinte e quatro tronos, Apocalipse 4. 4 Havia também ao redor do trono vinte e
quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte e quatro anciãos, vestidos
de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro. Consideremos também
algumas falas que estão no texto sagrado; mostrando inequivocamente o falar de
duas pessoas, na qual, o Senhor nosso Deus, se dirige a nós, raça humana sobre
o Senhor Jesus e Jesus a Ele, enquanto
estava ainda entre nós, conforme Mateus 3. 16-17 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água;
e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba
sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em
quem me comprazo. Também, Mateus 17. 5, a transfiguração Estando ele ainda a falar (Pedro), eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é meu Filho
amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ainda, as falas do Senhor
Jesus dirigidas ao Pai, Lucas 10. 21-23
Naquela mesma hora exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te
dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, porque ocultastes essas coisas aos
sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos; sim, ó Pai, porque assim
foi do teu agrado. Todas as coisas me
foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai,
nem quem é o Pai senão o Filho, e a quem o Filho quiser revelar. E voltando-se
para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem-aventurados os olhos que vêem
o que vós vedes. Também, em João 11. 41-43
Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos aos céus, disse:
Pai, graças te dou, porque me ouviste. E, tendo dito isso, clamou em alta voz:
Lázaro, vem para fora! E por fim, o diálogo no Getsêmane, Lucas 22.
41-43
E apartou-se deles cerca de tiro
de pedra; e pondo-se de joelhos orava,
dizendo: Pai, se queres afasta de mim
esse cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Então lhe apareceu
um anjo do céu, que o confortava.
165
Muitos
teólogos e um mar de lideranças com formação teológica têm insistido nesta
heresia que é a Doutrina da Trindade, e quando chegam aqui neste texto; ─
acontece com essas pessoas; o que literalmente o Senhor Jesus diz aos saduceus,
conforme Marcos 12. 24, aqui nesse texto, especificamente sobre ressurreição,
mas, falta de conhecimento é falta de conhecimento! Pois, quanto ao diálogo do
Getsêmane, esses; saem, do necessário antropomorfismo
e antropopatia; e vêem um Senhor
Jesus, que eles dizem ser a mesma pessoa do Pai, literalmente o mais vulnerável dos seres
humanos, quando lhes creditam: medo do sofrimento, embora o profeta Isaías
tenha dito ser Jesus homem de dores e experimentado em sofrimentos, Isaías 53.
3, e ainda depressivo, enfim alguém muito distante até dos mais fracos dos
mártires do mundo... Decididamente meus irmãos, teólogos e pastores; falta
conhecimento das escrituras e do poder de Deus... As ponderações do Senhor
Jesus na oração no Getsêmane, obviamente não têm nada a ver com medo, pois
Isaías já dissera, que Jesus era homem de dores.
166
No
querer ter respostas conclusivas ou interpretações plenas do texto
sagrado; esqueçamos esse negócio de exegese filosófica e busquemos no próprio
texto bíblico a resposta; como manda o Senhor através de Isaías 28. 9-13; no
que, para entender a questão relacionada com o sofrimento do Senhor Jesus na
cruz; aconselho a leitura do meu livro: Ceia,
sim! Cruz, não!.. E objetivamente,
leiam Hebreus 12. 2-3 fitando
os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe
estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta e está assentado
à direita do trono de Deus.
Considerai pois aquele que suportou tal contradição dos pecadores
contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas... Eu,
ou qualquer um de vocês, meus irmãos; tendo todo poder, dado por Deus Pai; não
se abalaria, sabendo que seria exatamente escarnecido, blasfemado e maltratado
por justamente aqueles a quem busca salvar? É essa a causa do drama do
Getsêmane; que é objetivamente claro ser o drama do Senhor Jesus o Filho do
Deus vivo; que também obviamente não é o Pai... Se você que está lendo este
Estudo sobre a Doutrina da Trindade tem interesse num Trabalho sério sobre O
SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ ─ é este o título do Blog já postado por mim,
endereço www.osofrimentodejesusnacruz.blogspot.com .
SIMETRIA
DE SISTEMATIZAÇÃO (continuação)
167
Voltemos ao efetivo estudo da Doutrina da Trindade,
e continuemos procurando com todo equilíbrio avaliar e avaliar cada texto, cada
informação enfim, o que realmente o texto sagrado nos ensina.
168
Não fora séria e grave a questão da Doutrina da
Trindade; seria tranqüilo observar as defesas e exegeses que chegam às raias da
tolice; quando esses defensores acompanham e avaliam todo o ministério do
Senhor Jesus, quando são reproduzidos no texto sagrado, os inequívocos diálogos
entre o Senhor Jesus e o Pai, onde essas pessoas reconhecem que de fato são
duas pessoas no sentido pleno; entretanto, considerando a volta do Senhor Jesus
aos céus, de forma mirabolante eles transformam essas duas pessoas e mais o
Espírito Santo; DEUS FÍSICO PLURAL, que seria esse o nome, ou definição até
essa fase da doutrina no pressuposto de três pessoas; e ao final DEUS UNO (três
pessoas em uma) METAFÍSICO.
169
Fora verdade isso; o texto bíblico não reproduziria
a figuração alegórica que está posta; que é tão objetiva com os dois fatores
trabalhados prévia e exaustivamente, os já explicados, que cria “luzes de
literalidade”; quando, pelo contrário, seria descrito o processo de metamorfose
do Senhor Jesus fundindo-se com o Pai… Ainda haveria a necessidade da
sinalização do fundir-se e o separar-se, considerando os vários eventos até o
Juízo Final.
170
Com relação ainda a esse ponto, que é
a relação Pai e Filho; exaustivamente os textos bíblicos chamam o Senhor Jesus
de: Filho de Deus, Senhor e Mestre, e Jesus; havendo tão somente um texto em
João 20.28, que Jesus é chamado por Tomé de Deus (grego, Θεός - Teo ou Theós). Os fatos que precederam essa
declaração de Tomé foram a de ele não crer na ressurreição do Senhor Jesus; que
quando confrontado com o Mestre, ele se emociona e o adora usando a expressão
Deus que não fora usado anteriormente por nenhum dos discípulos…
171
As ponderações que estou fazendo sobre Tomé ter,
chamado o Senhor Jesus de Deus e não de Senhor, está no efetivamente informar o
que a Bíblia diz e não na direção dicotomista
da visão de dois extremos; que pasmem, é a cultura evangélica construída pelos
nossos pseudo-ensinadores de Teologia; que têm o vício repugnante de rotular a
todos que não aceitam a Doutrina da Trindade como adeptos das chamadas
Testemunhas de Jeová… Quando falo de maneira grave sobre falsos professores (pseudo);
isso se prende ao fato ou esta na direção de líderes que nos contrapõem de
maneira superficial e dificilmente usam profundamente o texto bíblico como
tenho feito de maneira séria e sem ser tendencioso ─ não omitindo textos
ligados ao assunto, como este ─, neste Trabalho.
172
Aprendamos a nos contrapor de maneira inteligente e
efetivamente baseado em estudo sério da palavra de Deus e de uma hermenêutica
abrangente, bem conduzida e de ótima fundamentação.
173
Com toda certeza, quando Tomé chamou o Senhor Jesus
de Deus, ele não tinha em mente a pessoa do Pai ou dizendo ser o Senhor Jesus a
mesma pessoa que Deus, o Pai, e sim estava se referindo ao Senhor Jesus, porque
fora assim que todo o tempo o Senhor Jesus se apresentará aos discípulos e aos
demais, como o Filho de Deus e aquele a quem fora dado todo o poder nos céus e
na terra, conforme Mateus 28. 18; inclusive quando inquirido especificamente
quanto à sua identidade, ele disse: João 10. 36
àquele a quem o Pai santificou, e o enviou ao mundo, dizeis vós:
Blasfemas; porque eu disse: Sou Filho de Deus. Também o texto
de João 13. 13 Vós me chamais Mestre
e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou; e especificamente com
relação à maneira como Tomé chamava ao Senhor Jesus, temos esse texto de João
14. 5
Disse-lhe Tomé: Senhor,
não sabemos para onde vais, e como podemos saber o caminho?
174
O Senhor Jesus, nestes três textos do Evangelho de
João é chamado de Filho de Deus, Mestre e Senhor, e também em todo o Novo
Testamento, pelo seu nome, Jesus que é o nome acima de todos os nomes,
Filipenses 2. 9-10.
175
De volta ao ponto que é o Senhor Jesus ser o Filho
de Deus. Como disse, há dois pontos básicos de sistematização ou jurisprudência
teológica, que denominei de Simetria
de Sistematização, que são: o que já detalhei de maneira abrangente;
que é o Senhor Jesus assentar-se à direita do Pai; o segundo ponto que vamos
trabalhar agora, que é o Senhor Jesus ser efetivamente por toda eternidade,
Filho de Deus; havendo, inclusive a preocupação do escritor aos Hebreus em
informar isto, como que dizendo; que não há metamorfose no céu, para o Senhor Jesus transforma-se no Pai, Hebreus 10. 12 mas este, havendo oferecido um único
sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus.
Também o texto da carta aos Romanos 8. 34 Quem nos condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes, quem
ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também
intercede por nós; entendo esses textos dizendo, que pela eternidade
existirá o Senhor nosso Deus e o seu Filho o Senhor Jesus…
176
De fato, é a partir da chamada confissão de Pedro,
quando objetivamente foi construído esse ponto importantíssimo da questão
teológica com relação ao Senhor Jesus
─ e vou seguir essa linha de
raciocínio ─; entretanto é na epístola aos Hebreus, que é um dos grandes
tratados de Teologia Sistemática contidos na Bíblia; e acho estranho que isto
não seja dito aos quatro ventos de forma veemente, na qual se tem a formatação
teológica da pessoa do Senhor Jesus, nos primeiro, e segundo capítulos; inclusive em forma de midrash, a contextura, na sua maior
plenitude, pois a aglutinação de textos de
9 Salmos e 1 de Isaías, que nos faz ver plenamente um Jesus de fato
eterno, e não uma simples manifestação do Pai, como quer a Doutrina da
Trindade.
177
O que tenho dito com relação à
epístola aos Hebreus, e quanto a sua feitura em forma de midrash, se constitui em algo importantíssimo para a questão
divindade e a plena humanidade eventual do Senhor Jesus, pois como disse; o
escritor aos Hebreus a fundamenta, nos dois primeiros capítulos usando dez
textos do livro Dos Salmos e dois do profeta Isaías que irei reproduzir
abaixo... Primeiramente, antes de identificar os Salmos, quero lembrar quanto
ao assentar-se do Senhor Jesus à direita do Pai, que é feito também de maneira
objetiva através do escritor aos Hebreus 1. 3, Heb. 10. 12-13, transcrito
acima; e Heb. 12.2... Os textos usados pelo escritor aos Hebreus para
fundamentar a Divindade do Senhor Jesus, são: Heb. 1. 5 (Salmo 2. 7), Heb. 1. 7
(Salmo 104. 4), Heb. 1. 8 (Salmo 45. 6-7), Heb. 1. 9 (Isaías 61.1), Heb. 1. 10
(Salmo 102. 26), Heb. 1. 13 (Salmo 110. 1), Heb. 1. 14 (paráfrase do Salmo 103.
20), Heb. 2. 6 (Salmo 8. 4), Heb. 2. 7 (Salmo 8. 5), Heb. 2. 12 (Salmo 22.
22-23), Heb. 2. 13 (Salmo 18. 2 e Isaías 8. 18).
178
Voltando a Pedro, Mateus 16. 15-16 Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis
que sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
179
Jesus também foi chamado ostensivamente de filho de
Davi; isto dado à importância para os judeus, principalmente pelos humildes que
se lembravam dele como o grande rei de Israel e também os Salmos e os profetas
que o citaram em alegoria projetando para sua dinastia o surgimento do Messias,
Isaías 42. 1-8 e Lucas 1. 30-32 Disse-lhe
então o anjo: Não temas. Eis que conceberás e darás luz e um filho, ao qual
porás o nome Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; e
Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; entretanto
quando os escribas, saduceus e principalmente os fariseus o chamaram assim,
Jesus os repreendeu.
O VALOR
DOS FARISEUS
180
Aproveitarei essa referência para resgatar o valor
dos fariseus, que foram censurados por Jesus, não pelas suas desinformações da
lei, e sim, pela interpretação errônea e também pela hipocrisia de muitos deles
ou porque embora sendo repreensíveis,
seriam os menos piores. Sendo que isso me faz lembrar da escolha ou opção de
Deus pelo povo descendência de Abraão, cujo perfil foi mais ou menos esse dos
fariseus, conforme Deuteronômio 7. 6-8,
até porque eles eram judeus ou exatamente descendentes de Abraão e seres
humanos como cada um de nós; entretanto
o texto sagrado reserva lugar de destaque para alguns deles como Nicodemos 3.
1-2 e Gamaliel, Atos 5. 34-39 e Atos 22. 3
Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade (Jerusalém),
instruído aos pés de Gamaliel,
conforme a precisão da lei de nossos pais, sendo zeloso para com Deus, assim
como sois todos vós no dia de hoje. É esse aluno exemplar que fala com
respeito do seu antigo mestre neste texto, o grande servo do Senhor Jesus, o
nosso irmão Saulo de Tarso, que veio a ser o nosso fariseu Paulo, que pelos
seus conhecimentos lhe foi possível ser o grande apóstolo aos gentios,
Filipenses 3. 5 circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de
Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei fui fariseu; e Atos 9.
15-16
Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai,
porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os
gentios, e os reis, e o povo de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre
padecer pelo meu nome.
181
Os separatistas,
os fariseus, como os saduceus, filhos de Zadoque, eram os dois principais
partidos políticos, que emergiram alguns anos após a vitória dos macabeus 165
a.C. Nos tempos de Jesus, eles já eram de fato um grupo religioso, não mais
exatamente político e diferente dos saduceus que não tinham compromisso com a
lei e os profetas, e inclusive não criam em anjos e ressurreição, Atos 23.
6-9
Sabendo Paulo que uma parte era
de saduceus e outra de fariseus, clamou no sinédrio: Varões irmãos, eu
sou fariseu, filho de fariseus; e por causa da esperança de
ressurreição dos mortos é que estou sendo julgado. Ora,
dizendo ele isto, surgiu dissensão entre fariseus e saduceus; e a
multidão se dividiu. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem
anjo, nem espírito, mas os fariseus reconhecem uma e a outra coisa. Daí
procedeu grande clamor; e levantando-se alguns escribas da parte dos fariseus,
altercavam, dizendo: Não achamos nenhum mal neste homem; e, se quem sabe se lhe
falou algum espírito ou anjo?
182
Igualmente havia dois outros grupos: Os zelotes,
chamados zeladores, era uma facção política nacionalista semelhante aos nossos
guerrilheiros de hoje, e os sicários, provavelmente, os primeiros foram
oriundos de Sicar, daí o nome, que eram assassinos salteadores com motivação
nacionalista, que eram identificados
pela adaga (espécie de punhal) que usavam.
183
Os fariseus eram extremamente zelosos com relação à
lei de Deus, entretanto, pela hipocrisia de vários deles e a interpretação
errônea dos textos sagrados, Jesus os criticava ou efetivamente lhes ensinava o
correto…
184
Quando me refiro aos escribas, saduceus,
e principalmente aos fariseus; quanto à repreensão do Senhor Jesus a eles,
Mateus 22. 41-45 Ora, enquanto os fariseus
estavam reunidos interrogou-os Jesus, dizendo: Que pensais
vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe: De Davi. Replicou-lhe ele: Como
é então que Davi, no Espírito, lhe chama Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu
Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo
dos teus pés. Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho?
185
Esse
questionamento objetivo de Jesus aos fariseus, aconteceu porque de alguma forma
eles representavam as informações divinas; no que, essa declaração na boca dessas pessoas se configurava heresia,
pois eles a trabalhavam; não no sentido alegórico, como está nos escritos dos
profetas e sim literalmente visando negar a divindade do Senhor Jesus… Notem,
que na contraposição do Senhor Jesus; ele anula a controvérsia e enuncia a sua
condição de Senhor, Filho de Deus e que se assenta à direita do Pai.
186
Agora falando objetivamente sobre o ser o Filho de
Deus, temos em João 10.36 àquele
a quem o Pai santificou, e o enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque
eu disse: Sou filho de Deus? Quando, essa contraposição por demais
objetiva informa que o Senhor Jesus é efetivamente o filho de Deus. Isso torna
irrelevante, sem propósito, simples exacerbada erudição, “comichão nos ouvidos”
ou a de fato heresia, a filosófica tri-unidade católica romana herdada por nós
evangélicos.
187
A preocupação bíblica, quanto a questão
do Senhor Jesus ser filho de Deus é extremamente objetiva, intencional e não coisa aleatória de querer construir idéias
vagas a partir do texto bíblico, pois quando do batismo do Senhor Jesus; os
escritores dos Evangelhos se preocuparam com essa informação, João 1. 34, Lucas
3. 21-22, Marcos 1. 9-11 e Mateus 3. 13-17
Então veio Jesus a Galiléia ter com João, junto ao Jordão para ser
batizado por ele. Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado
por ti, e tu vens a mim? Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque
assim nos convém cumprir toda justiça. Então ele consentiu. Batizado que foi
Jesus saiu, logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de
Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus
dizia: Este é meu filho amado, em quem me comprazo.
188
Paulo,
o teólogo por excelência do Novo Testamento, sempre caminhou no seu ensino
teológico a partir dessa verdade; tanto que ao escrever aos crentes de Roma, a
carta que é um tratado muito bem elaborado de Teologia Sistemática; ele
pontilha de maneira efetiva e definitiva de ser o Senhor Jesus o Filho
unigênito de Deus, isso é pleno em toda a Teologia de Paulo, que a recebeu
diretamente do Senhor, tanto que, como está registrado em Marcos 14. 36 Jesus
ter dito Aba, Pai (paizinho), Paulo também registra essa expressão
carinhosa em Gálatas 4. 6 e Romanos 8. 15, quando em todo este capítulo oito da
carta aos Romanos Paulo sistematiza a nossa redenção em Cristo Jesus como
adoção, como fez de alguma forma em todas as suas cartas, de sermos também
filhos de Deus Pai através de Cristo Jesus, quando o importante fato teológico
de fundamentação é o de Jesus ser o unigênito Filho de Deus. A partir dessa
verdade, que é base teológica desde as profecias do Antigo Testamento, ele
desenvolve uma exegese muito interessante e de ótima construção didática,
quando diz, que quando nós recebemos de fato ao Senhor Jesus como salvador; o
Espírito Santo testifica com o nosso espírito, que agora somos filhos de Deus,
conforme Romanos 8. 16, e no versículo 17, ele conclui dentro dessa mesma
didática simples e objetiva de ser Jesus o Filho de Deus, que nós agora
adotados na salvação por ele (Jesus), nos tornamos co-herdeiros dele e futuros
participantes da sua vida junto ao Pai.
JESUS É DE FATO ETERNAMENTE O FILHO DE
DEUS
189
Conclamo e apelo, como que dizendo: ─
Vocês meus irmãos em Cristo, ovelhas, pastores, e teólogos, que entendem
e que estudam realmente a palavra de
Deus; porque a partir de agora, não passam a crer que Jesus não é simplesmente
uma manifestação do Pai a nós ─ como afirmam muitos pastores, onde essa idéia
de simples “manifestação” embute uma espécie de transitoriedade, que identifica
o ministério terreno do Senhor Jesus como que findo; quando esquecem que o
ministério de Jesus se consumou na sua morte quanto à justificação dos nossos
pecados e se projetou para a eternidade na sua ressurreição como Filho de Deus
e rei. Sendo isso tão sério, que já vi e ouvi pastores dizerem textualmente que
Deus não tem Filho... Simples
manifestação, e essa afirmação são por demais vazias e sem base bíblica, que
diz ser ele eternamente o Filho do nosso Deus, como constatou aquele centurião;
que nenhum conhecimento tinha da Palavra de Deus, como muitos nós, entretanto
concluiu, Mateus 27. 54 Ora, o
centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que
aconteciam, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era filho de Deus.
190
Avançando, nessa caminhada de estudo da questão
trindade. Parece que os trindadistas
também são portadores da síndrome de Atenas, cujo neologismo identifico
com a preocupação de não descriminar
nenhum deus, porque a Doutrina da Trindade enuncia isto de maneira muito clara,
quando por intermédio dela resistem em aceitar de fato o Senhor Jesus como
Filho de Deus, embora a Bíblia ensine isto de maneira didática e objetivamente
clara; por temor de o estarem inferiorizando; daí o partirem para a afirmação
extra-bíblica de dizer que Ele, o Filho é o Pai, pois o Jesus é a simples
manifestação do Pai.
191
Os escritores do Novo Testamento; sendo Paulo o
maior deles quanto ao volume de escritos, repetiram insistentemente reiteradas
vezes, como também temos repetido várias vezes neste Blog e até como denomino
este subtítulo׃ Jesus
é de Fato Eternamente o Filho de Deus. Paulo, para falar da sua conduta espiritual, a vincula, por
ser esse fato importante, de maneira objetiva ao Filho de Deus, quando
disse ─
Já estou crucificado com Cristo;
e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne,
vivo-a na fé no Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo
por mim.
192
Nessa espécie de mini-exegese da vida
cristã, Paulo fala da sua experiência pessoal com Cristo ─ que
deveria ser o anelo de todos os que se aproximam de Deus através do seu Filho;
quando associa o seu modo de viver a estar crucificado com Cristo “naquela
cruz”.
193
Também, aqui, ele sustenta de maneira objetiva a
linha principal de sistematização da
Divindade e efetiva relação de Jesus com o Pai, quando disse que a vida que
vivia, conseqüentemente o que ensinava,
a vivia na fé na pessoa do Filho de Deus, que vive e eternamente viverá,
como temos demonstrado neste Estudo.
194
À medida que estudamos as pessoas do Pai e do Filho,
fica cada vez mais clara a improcedência da idéia de outra pessoa física para
identificar o Espírito Santo do Senhor; que nos textos é mostrado como a
“pessoa metafísica, Espírito” do Pai e do Filho, ou seja, a pessoa de ambos e
não outra pessoa da trindade, Atos 16. 6-7
Atravessaram a região
Frígio-gálata, tendo sido impedido pelo Espírito santo de
anunciar a palavra na Ásia; e tendo chegado diante da Mísia tentavam ir para
Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. Também Romanos 8.
9 (que citei acima) ─ Vós, porém, não
estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em
vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é
dele.
195
Erradamente,
muitos têm visto um poço muito fundo entre a teologia e a ciência, quando essa
visão decorre das interpretações errôneas que têm sido feitas do texto sagrado
durante séculos e séculos; tanto que no momento do Iluminismo ou era das
luzes, século XVIII, se chegou a afirmar, que as coisas relativas a Deus
desapareciam confrontadas com o saber da
ciência, entretanto a palavra de Deus aí está viva e eficaz, com todo o
poder e espiritualidade que lhe é peculiar.
196
Essa contraposição à religião se deu em
função dos quase treze séculos de efetivo domínio romano sobre a chamada Igreja
Cristã, pelo Império e depois o catolicismo, que se constituiu na página negra
da história, tendo nesse período o feudalismo, na baixa idade média; evoluindo
para o absolutismo, que pelas profecias bíblicas correspondem a UM TEMPO, MAIS
DOIS TEMPOS E MAIS METADE DE UM TEMPO ou QUARENTA E DOIS MESES ou ainda MIL
DUZENTOS E SESSENTA DIAS (que correspondem a 1260 anos), que começou em
DIOCLECIANO 284 - 305 d.C. e se completam em CALVINO, o último importante
reformador 1509 - 1564 d.C., conforme livro de minha autoria Ceia,
Sim! Cruz, Não!
197
Estou dizendo isto porque ao longo da
história da humanidade, houve e tem havido grande dificuldade em confrontar e
trabalhar assuntos de ordem física versus
metafísica; isso, justamente pelo fato dos teólogos do passado terem
confundido o simples e elementar espiritual bíblico com o metafísico
filosófico, quando tiveram a todo o tempo dificuldades em trabalhar essa questão de maneira racional, e
porque também não dizer, de maneira inteligentemente filosófica!
198
No caso específico do Espírito Santo do
Senhor nosso Deus isto se dá em função do nosso despreparo bíblico, de maneira
muito confusa; entretanto o texto bíblico mostra de maneira contundente,
através de alegorias bem próprias, a condição metafísica e transcendente do
Espírito Santo e sinaliza didaticamente o porquê disto, através das suas ações.
199
Temos de Gênesis a Apocalipse registros do mover do
Espírito Santo na atuação em várias pessoas e em muitos eventos; quando todas
essas atuações foram e são metafísicas (espirituais), sendo essa a
característica principal da maneira de ser do Espírito Santo.
200
O que estou
querendo concluir com
relação ao Espírito Santo do Senhor, é que de fato de
Gênesis a Apocalipse, Ele, o Espírito de maneira nenhuma, nos é apresentado
como “pessoa física” e sim metafísica ou espiritual; que nos faz chegar ao
entendimento claro, de que o Espírito Santo não é outra pessoa física, cuja
característica é ter forma… Permitindo-nos isto definir e sistematizar; que o
Espírito Santo é A PESSOA DO SENHOR NOSSO DEUS e do seu FILHO O SENHOR JESUS,
senão vejamos: O Senhor Jesus, quando do seu diálogo com a mulher samaritana,
nos diz, João 4. 23-24 Mas a
hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
Espírito e em verdade, porque o pai procura que a tais que assim o adorem. Deus
é Espírito e é necessário que os que o adorem em Espírito e em verdade.
Nos textos bíblicos, desde Gênesis até o Apocalipse vemos através das
narrativas, a pessoa do Pai, a pessoa do Filho e as ações do Espírito Santo,
que é a pessoa de ambos; e aqui nesse
texto o Senhor Jesus diz que o Pai “é Espírito”… Notem que o diálogo do Senhor
Jesus com essa mulher; girou em torno do assunto adoração, tendo inclusive ela
defendido aquele lugar onde estava, o poço de Jacó como local de adoração a
Deus...
201
Esse texto não é ou não pode ser usado para definir
a idéia metafísica filosófica triunitarista
da Doutrina da Trindade, porque isso inferiria a necessidade de um processo de
metamorfose verso-reverso para a transformação de Deus em três, depois em uma
só pessoa e vice-versa, sendo isso a
doutrina da tri-unidade, chamada trindade; quando o que se tem que
entender é o que de fato está plenamente informado no texto sagrado, totalmente
diferente disso, que é em contrapartida exatamente o que tenho informado neste
Blog.
202
O Senhor Jesus ensinou àquela mulher e por
intermédio desse escrito de João, a nós hoje, algo de tremendo e profunda
conseqüência teológica; que passados quase dois mil anos; os teólogos ainda não
entenderam bem, que é, ser o Espírito Santo a pessoa dele e do Pai, pois o
Senhor nosso Deus e o seu Filho o senhor Jesus estão assentados nos céus (a
forma bíblica didática para entendermos); e a maneira ou forma, pela qual temos comunhão com Eles, é por meio
do seu Santo Espírito, e por esse simples motivo: DEUS É ESPÍRITO, ou o seu
Espírito é aquele pela qual ele se comunica conosco, e em conseqüência é também
Ele (o Espírito Santo) que torna possível chegarmos ao Pai, em nome do Senhor
Jesus, João 16. 14 Ele me
glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo quanto o Pai
tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, vo-lo
anunciará. Mateus 28:20 ─ ensinado-os
a observar todas as coisas que eu os tenho mandado, e eis que estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos. Romanos 8. 26 Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda
na fraqueza; porque não sabemos que
havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com
gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção
do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos. É
também por intermédio Dele, o Espírito, agindo em tudo e em todos ─ á
semelhança da visão e entendimento de Eliseu em porções ─ no
recebê-Lo na conversão, e no Ele estar plenamente presente em todos os lugares
a todo o tempo ─ que Deus se manifesta ou é Onisciente e Onipresente.
Não a improcedente conclusão dos sistematizadores da Doutrina da Trindade ─ que
a partir exatamente desses mesmos textos, como mostrei no Preâmbulo, identificam o Espírito Santo como outra pessoa ou a
terceira pessoa da chamada trindade.
203
Tem-se no livro de Jeremias 31. 33-34
Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias,
diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração;
e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão,
dizendo conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles
até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me
lembrarei mais dos seus pecados. Essa
promessa se consolida no evento da vinda do Messias e o seu ministério,
concluído com a sua morte e ressurreição; que após ressuscitar e ser recebido
junto ao Pai nos céus; se cumpre a profecia de Joel; que também é a promessa de
Jesus quanto ao consolador, que acontece conforme Atos 2. 4 ─ E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e
começaram falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que
falassem. Temos também em João 15. 5 ─ Eu
sou a videira verdadeira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Aqui o Senhor
Jesus quer dizer, que sem o Espírito Santo (João 16. 13-14) nada podemos fazer:
Porque o Espírito Santo também é ou representa a sua pessoa, conforme Atos 16.
7 ─
e tendo chegado diante da Mísia tentaram ir para a Bítinia,
mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. Também Romanos 8.
9 ─
Vos, porém, não estais na carne,
mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
204
Trabalhando
o concluir a questão Doutrina da Trindade; pode-se afirmar com toda certeza
bíblica, que ela é improcedente e se constitui em matéria extra-bíblica
muitíssimo séria, tanto que já está por aí há dezessete séculos sendo ensinada
e difundida…
205
E se queremos ter uma definição
quanto a isso que está posto há muito tempo e aculturado de maneira fortíssima,
inclusive sendo ensinado e defendido pelos Seminários; a Doutrina da Trindade
seria numa definição objetiva: DEUS FÍSICO PLURAL UNO METAFÍSICO; do outro modo
o que a Palavra de Deus ensina de maneira contundente e objetiva é que: O
SENHOR NOSSO DEUS é O PAI; O SENHOR e MESTRE JESUS é O FILHO de DEUS e O
ESPÍRITO SANTO é A PESSOA METAFÍSICA de AMBOS; por intermédio de quem eles têm
ciência de tudo e de todas as coisas (Onipresença e Onisciência)... Isto o
Senhor Jesus mostra de maneira contundente em João 14. 23 ─ Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar,
guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele
morada; aqui neste texto, o Senhor Jesus está dizendo de maneira
objetiva e clara que Ele e o Pai estarão dentro de cada um de nós; que pela
avaliação já feita até agora, eles estarão por meio do Espírito Santo, que é a
pessoa de ambos ─ estarão dentro dos que
amarem a Ele e ao Pai, ao redor das outras pessoas convencendo-as do pecado e
da justiça, mas não estarão como as
pessoas do Pai e do Filho; e sim como o Espírito Santo, ─ que é a pessoa
metafísica de ambos, sendo transcendente, amorfa e que se fraciona. Se fracionando
à semelhança do que acontecera com a Sua atuação nos setenta anciãos do
capítulo onze do livro de Números e nas cento e vinte pessoas reunidas no
cenáculo, conforme Atos capítulo dois, sendo isto o que esse texto
claramente informa, como também toda a Bíblia.
O ERRO
DO QUE DENOMINO
NOMISMO
(neologismo meu)
206
Quando digo que a Doutrina da Trindade é matéria
extra-bíblica, isto se fundamenta no fato dela não ter (reiterando) efetiva
base bíblica, sendo a sua exegese
basicamente filosófica, e quando tentam
a sua fundamentação no texto sagrado, o fazem a partir de pressupostos de adequá-lo
ao que se pretende ou de fato; dar ao texto usado para fundamentá-la uma interpretação que não tem
nada, absolutamente nada com o que é informado ou o que o texto quer
efetivamente dizer. Senão vejamos: A partir da informação dada a Moisés sobre a
pessoa de Deus, o Pai... Deus disse a Moisés ser Ele o EU SOU, primeira pessoa
do singular do verbo ser no presente do indicativo, e o estaria mandando a
presença de Faraó. Objetivamente em função da avaliação de tudo o que o texto
de Êxodo capítulo três (3); sendo o que o vou dizer, aceito pelos defensores
dessa doutrina, diz ou busca informar, se entende plenamente, que a questão
substantiva com relação ao nome de Deus; não estava efetivamente na direção do
nome propriamente dito, embora naquela época dos chamados dito deuses, a
questão nome de um deus fosse relevante, como vimos de maneira objetiva no
posterior evento no Monte Carmelo (I Reis 18. 19-40).
207
O EU SOU, que corresponderia às quatro consoantes no
hebraico (língua consonantal) ou segundo as Testemunhas de Jeová, ao
tetragrama, é exatamente aquele que é, o Deus único ou de fato e efetivamente O
que sempre existira, existiu, existe e existirá por toda a eternidade.
Estranhamente os trindadistas,
exatamente como as testemunhas de Jeová, que defendem e trabalham a questão o
nome de Deus em fundamentação teológica, quando procuram ─ se
fosse corretamente, tudo bem! Trazer para o Novo Testamento a expressão verbal
que corresponderia ao nome de Deus, EU SOU, aqui traduzida para o português ou
I AM, se fosse na língua inglesa; sendo que é exatamente isso que as Testemunhas
de Jeová fazem, quando preserva a expressão em hebraico, o tetragrama e usam a
adaptação Jeová... Até aí, não há muito que se contestar, a não ser que,
conforme está profetizado por Jeremias 31. 33-34, que de fato aconteceu na
plenitude dos tempos, no início da era cristã, conforme Gálatas 4. 4 e Efésios
1. 10, que já expliquei detalhadamente no início. A dicotomia ─ como
a do Carmelo, ou a dúvida ou ainda o
pressuposto entre o Deus verdadeiro versus
outro ou outros deuses ─ isso também foi explicado no subtítulo informado
acima, e nisso é rompida de maneira definitiva com o aceitar por parte do
Senhor Jesus e os seus discípulos ─ no usar o
vocábulo, palavra, substantivo do grego Θεός ─ que tem sentido generalizado, ou seja, o Deus
verdadeiro com D maiúsculo, é Teo ou Theós como está grafado no Novo
Testamento. Porquanto, só existe de fato um Deus e um unigênito Filho de Deus,
sendo essa a forma simples como a Bíblia ensina; porquanto, presentemente a
questão deuses passa pela adoração de Satanás, demônios, lideranças, riquezas e
uma série de coisas que têm ocupado o lugar de Deus em nossa vida, que são
deuses no sentido de lixo.
208
Continuando, quanto à expressão verbal EU SOU usada
por Deus para fazer-nos entender, pelo menos em parte, como diz Paulo em I
Coríntios capítulo 13, o inescrutável, que é Ele, o único Deus. Assim como
todos nós entendemos que referir-se a Deus ou não tomar o seu nome em vão;
conforme o quarto mandamento transitou na “plenitude dos tempos” em entender
que qualquer referência ao vocábulo ou a palavra Deus que
este sim, mesmo tendo sua origem na cultura grega é propriedade e de uso exclusivo
da pessoa do Pai; ainda com relação ao não tomar o nome de Deus de forma vã;
entendamos que essa restrição é ─ não na direção do nome exatamente, e sim na
referencia leviana à sua pessoa ou falar dele e nele de maneira desrespeitosa,
como por exemplo: Certa apresentadora de televisão que todos conhecemos (ser
humano maravilhoso quanto a seus propósitos); por ignorância e infantilidade,
se refere a Deus de maneira
desrespeitosa ─ sem usar o tetragrama do hebraico, o eu sou, o nome Jeová ou Deus
─, quando o chama de “o cara lá de cima”, com o pleno direito que tem
como pessoa; entretanto, sei, não faria com relação a qualquer autoridade
constituída, principalmente a um juiz... Em síntese, o não tomar o nome de Deus
de forma vã é ou tem primariamente esse respeito que entendemos necessário para
com as autoridades constituídas, agregando a isso o amor requerido de nós por
Deus no primeiro mandamento. Que transcende ao nome e se remete à pessoa Dele;
coisa essa que o povo judeu não entendeu; as Testemunhas de Jeová não têm
entendido e de igual modo, a maioria de nós outros, que dizemos entender as
coisas de Deus.
209
Embora haja de fato o pressuposto de deuses como
enumerei anteriormente, há que se chegar também de fato, não sendo isso
exercício de filosofia, a conclusão de que esses ou essas coisas nojentas, se
tornam deuses a partir da credibilidade e o endeusamento que lhes são
creditados por nós seres humanos; primeiramente isso foi ostensivamente
debatido no Antigo Testamento, no qual, enfaticamente e de maneira sistemática
é dito que o ídolo não representa nada, hoje, com o melhor entendimento que
temos sobre essas questões; podemos e devemos entender em toda a sua plenitude
o dizer do Senhor Jesus, que não podemos servir a dois senhores ou mais
objetivamente o que está em Mateus 6.24
─ Não podeis servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o
outro, ou há de dedicar-se a e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às
riquezas (Mamon).
210
Como já expliquei em trabalhos
anteriores e tenho reiterado nesse subtítulo: Primeiro não existe de fato o
pressuposto de deuses; que se materializam pelo nosso endeusamento a eles, e o
efetivo atribuir um nome específico para Deus, como fizeram os judeus e agora
as Testemunhas de Jeová, infere ou pressupõe uma espécie de panteão celestial,
no qual de fato existiriam vários deuses e o Deus verdadeiro, o Deus maior do
panteão... Entendamos que tudo isto transitou; inclusive no paganismo, que
objetivamente não existe mais. Afastar-se do ensino bíblico é tremendamente
complicado, pois o catolicismo criou a idéia extra-bíblica da Doutrina da
Trindade e também reeditou o panteão através da canonização dos chamados santos.
211
O que estou ponderando é que, embora se
entenda os pressupostos anteriores; a indevida identificação exigida pelas Testemunhas
de Jeová de se referirem a Deus através do tetragrama do hebraico ou a sua
derivação ou adaptação, o nome, Jeová e não a forma generalizada Deus (grego,
Θεός)... Os tridadistas fazem
exatamente a mesma coisa, quando buscam fundamentar, ser o Senhor Jesus o EU
SOU, que seria também exatamente dizer que Jesus deve ser chamado pelo
tetragrama do hebraico ou de Jeová, só que os teólogos trindadistas, para tornar possível essa sua tese extra-bíblica,
concordam com as Testemunhas de Jeová
─ sem admitir isto, quanto ao uso
do nome e, se tornam mais ainda contraditórios que aqueles, pois defendem e
usam indevidamente ─ não o nome, e sim, uma articulação exegética que chega às
raias de algo que pode até ser entendido como fraude ─; quando percorrem os textos do Novo
Testamento e se aproveitam ou
literalmente buscam adequar o texto ao que se quer produzir, das afirmações do
Senhor, quando informa sobre a sua pessoa
usando o verbo ser na primeira pessoa do singular no presente
indicativo.
212
Debatia com um pastor amigo e
extremamente trindadista... Ele num
dado momento do debate usa o texto referente ao fato acontecido quando da
inquirição do Senhor Jesus por parte do sinédrio, conforme o relato de Marcos
14. 61-62 ─ Ele, porém, permaneceu
calado, e nada respondeu. Tornando o sumo sacerdote a interrogá-lo,
perguntou-lhe: És tu, o Cristo, o Filho do Deus bendito? Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou; e vereis o Filho do homem assentado à direita do
Poder e vindo com as nuvens do céu. Neste
texto, cujo fato também é narrado por Mateus 26. 57-68, Lucas 22. 63-71 e João
18. 13-27, sendo que o texto de João é mais extenso e informa outras coisas e
não as que os outros três evangelistas informam. Esse pastor meu amigo,
construiu uma exegese, que é a dos teólogos trindadistas;
na qual identificam ─ e assim esse pastor fez o Senhor Jesus dizendo ser ele o
EU SOU ou o tetragrama do hebraico traduzido ou efetivamente o próprio Pai,
pois segundo os trindadistas Jesus e o Pai são um ou a mesma pessoa.
213
A obstinação (falta de racionalidade romanos
12. 1-2), seguir sistematizações filosóficas de teólogos discípulos de Platão e
de Aristóteles, têm levado pessoas que dizem amar a Palavra de Deus, a de
maneira infantil cometerem enganos em exegeses como essa, senão vejamos: O
versículo 61 do texto reproduzido acima, informa que a pergunta feita pelo sumo
sacerdote, foi: ─ És tu o Cristo, o Filho do Deus bendito? Para essa pergunta objetiva, caberia
primeiramente uma resposta objetiva de sim ou não, que no caso foi o sim, ou a
ponderação necessária para concordar com os trindadistas,
que seria: Não! Porque eu sou ─ não o
Jesus circunstancial humano, mas o próprio Deus. Todavia Jesus
respondeu exatamente o que todos os que de fato estudam a Bíblia com seriedade
sabem, porque já fora dito pelo Pai, quando do batismo de Jesus e no momento da
transfiguração, quando dissera: Este (Jesus) é o meu Filho amado em quem me comprazo; sendo exatamente isto que
o Senhor Jesus responde: Eu sou o
Filho de Deus; no que, tentar fazer entender, que Jesus ao usar
necessariamente o verbo ser para concordar ser o Filho de Deus, se
constitui em evidente tentativa de usar indevidamente (fraudar) o texto
bíblico, pois isto é muito elementar.
214
O estudar e ensinar a Bíblia são coisas
muitíssimo sérias, e por esse motivo muitos terão que dar contas a Deus, o Pai
e a seu Filho, o Senhor Jesus, quanto ao que têm usado da Bíblia de maneira
indevida, inclusive, até fraudando-a.
215
Como disse anteriormente, esse evento
de Jesus perante o sinédrio, está narrado nos quatro evangelhos. Quando no de
João, ele aborda outras afirmações (falas) e os outros três enfocam o mesmo
assunto... Observe o texto do relato de
Mateus, que fala exatamente do mesmo assunto que Marcos, no qual você
constatará que o uso indevido de um determinado texto não contempla a
hermenêutica e a mais elementar regra de contextura... Constate o que eu estou
dizendo neste texto de Mateus 26. 63-64
─ Jesus, porém, guardava silêncio. E o sumo sacerdote disse-lhe:
Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
Respondeu-lhe Jesus: É como disseste; contudo vos digo que vereis em
breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do
céu. Atente para a pergunta do sumo
sacerdote, que é exatamente a mesma pergunta registrada por marcos. No registro
de Mateus também é parte da pergunta do sumo sacerdote: uma exigência de
resposta por parte do Senhor Jesus sob conjuração ─ a
título de informação, a conjuração em nome de Deus era entendida como ter que
se fazer ou o não fazê-lo se constituiria em blasfêmia ou ofensa a Deus.
Reiterando, objetivamente, de maneira literal, Mateus informa que a pergunta
feita a Jesus pelo sumo sacerdote foi se Ele era o Cristo, o Filho de Deus
e, de maneira diferente ele, Mateus, informa exatamente o mesmo que Marcos
disse, ou seja, que o Senhor Jesus confirmou ou concordou com a afirmação
pergunta formulada pelo sumo sacerdote e, Mateus entendeu e registrou que Jesus
disse: É como disseste ─ ou
seja, tu perguntaste se sou o Filho, sim:
Eu sou o Filho de Deus.
216
Os teólogos que gostam de fazer com que
a Bíblia concorde com suas idéias
deveria agir da mesma maneira
como tentaram fazer com o texto anterior; que já usei no início deste
capítulo, como o texto seguinte que também já usei e proponho apreciar
novamente João 10. 36 ─ àquele
a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizes vós: Blasfemas; porque eu
disse: Sou Filho de Deus. Gostaria
que os trinadistas me explicassem
essa afirmação de Jesus à luz da Doutrina da Trindade.
217
Eu sou, Jorge, que sou sincero,
racional e; não vou continuar nessas explicações, por estar o que estou dizendo
dentro do elementar e simples demais para ser entendido, todavia para encerrar
essas ponderações, comento o texto do evangelho de João 15. 1 ─ Eu sou a videira verdadeira, e meu
Pai é o viticultor. Nessa
alegoria usando a videira, o Senhor Jesus diz textualmente Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é (Ele é, 3a pessoa no singular), ─
Afinal de contas! Dentro dessa visão, verbista-nomista, Jesus é o eu sou e o Pai “é”, Jesus? Ou vocês não estão fazendo uma
tremenda confusão e usando indevidamente o texto bíblico e o verbo ser (grego,
ὲιμί - ὲιμαι) de forma fraudulenta?
218
Porque
de fato, Deus, o Pai é o único Deus e Jesus, o Filho de Deus e único Senhor,
conforme I Coríntios 8. 6. Quanto ao eu sou que aparece em vários textos do
Novo Testamento, mesmo quando essa
afirmação for do Senhor Jesus, tenham todo o cuidado, respeito, interesse em entender
a verdade bíblica, levem em conta as elementares regras da nossa língua, pois
os tradutores consideraram tudo isto ao traduzi-la, dê lugar ao Espírito Santo
nesta leitura e esqueça de conceitos e sistematizações dos chamados teólogos eminentes,
às vezes, fraudulentas.
219
Dê novamente, uma olhada no início do
Estudo, no último parágrafo, do
subtítulo Considerações Iniciais;
e você verá como ou que procedimento deverá adotar para estudar a Bíblia para receber dela sérias
informações e lições maravilhosas com mais facilidade.
220
Lembremos que no início do parágrafo
que antecedeu aos dois anteriores, eu o começo dizendo: “Eu sou” sincero e
racional... A partir dessa chamada de atenção, quanto ao direito de usar o
verbo ser no Novo Testamento e também por qualquer um de nós, em qualquer
tempo, quando conversamos ou escrevemos; espero que os trindadistas, principalmente os extremados, como esse pastor meu
amigo debrucem no texto sagrado para estudá-lo sem pré-posicionamentos advindos
de teólogos (fraudadores) ditos eminentes...
221
Meu querido leitor desse Blog, deixem
que o Espírito Santo do Senhor os ensine o como estudar as Escrituras, conforme
o que disse no último parágrafo do subtítulo Considerações Iniciais... Já disse isto no penúltimo parágrafo
anterior a este, perdoe a repetição; até porque, se você não comunga comigo e
algumas outras pessoas a mesma expectativa, todavia creio que as informações
aqui contidas lhe serão deveras valiosas.
222
Eu afirmei anteriormente que esse
querer identificar as afirmações verbais do Senhor Jesus, quando Ele diz ser
alguma coisa, for de fato a identificação com o EU SOU do Antigo Testamento;
constitui-se em erro teológico ou construção extra-bíblica... Essa minha
conclusão e afirmação são perfeitamente justas, porque todos os textos do Novo
Testamento nos quais o Senhor Jesus diz “eu sou”; essas afirmações estão clara
e plenamente associadas a alguma coisa feita por ele, não sendo
decididamente, como querem os defensores
da Doutrina da Trindade com referência ao EU SOU de Êxodo capítulo 3, como
tenho demonstrado e, pedindo que vários outros textos, além dos que usei no
início desse subtítulo sejam analisados.
223
Como tenho colocado desde o início
desse Estudo e em trabalhos anteriores e dois livros já editados; além da minha
prioritária submissão a ação do Espírito Santo quanto ao estudo bíblico; também
criei o neologismo CONCOMITÂNCIA do CONTRADITÓRIO; que é o estar obrigado a
estudar aquilo que queremos, de maneira concomitante com o que nos parece
contraditório quando estamos estudando a Bíblia. O que estou dizendo é que
decididamente não fraudo, não uso o sofismar e não omito o que possa parecer
que compromete o que estou defendendo ou buscando fundamentar.
224
Tem-se no evangelho de João 8. 58 Respondeu-lhes
Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu
sou. Esse texto é usado de
maneira extremada pelos trindadistas
por causa da expressão eu sou não estar associada a Jesus ser o Filho de Deus,
entretanto, também não deveria ter a tradução para ser e sim para existir ─ que
embora o verbo que aparece no texto seja (grego, ὲιμί), que pode corresponder
a ser, ou estar no sentido de existir ─, como Jesus diz que ele existira
antes de Abraão, e conforme o mesmo João 17. 5
─ Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto a ti (estar
com o Pai) mesmo, com aquela glória que tinha contigo
antes que o mundo existisse. Não a interpretação que procuram dar, que
se constitui em uso indevido desse texto, quando o racional e coerente seria: antes que Abraão existisse, eu existira;
senão vejamos: Basicamente quase todo o capítulo 8 do evangelho de João,
excetuando os versículos de 1 ao 11, que falam sobre a mulher adúltera, do
versículo 12 ao 59, o Senhor Jesus fala da sua missão, e no versículo 12 Ele
diz: Eu sou a luz do mundo ou redentor da humanidade, sua posterior
morte, da sua efetiva relação com o Pai e também da sua “preexistência junto ao
Pai” ─
junto ao Pai e não sendo um com o Pai e de maneira nenhuma o presente do
indicativo do verbo, seja em que idioma for.
225
Vou
percorrer o que está registrado neste capítulo (João 8. 12-59); a partir da
expressão eu sou, Jesus dizendo ser... Primeiro tenhamos em mente que na expressão
eu sou... No versículo 12, Jesus diz: Eu
sou a luz do mundo, no verso 16, Ele diz: Porque
“não sou eu” só, mas o meu Pai que me enviou, no versículo 18, Jesus diz: Sou
eu que dou testemunho de mim mesmo, no
verso 28, Ele diz: Eu sou o que nada faço de mim mesmo.
226
Estabeleci
ou usei esta pequena trajetória do registrado no capítulo 8 do evangelho de
João a partir da expressão ou a efetivamente a ação verbal “eu sou” para chegar
ao versículo 58, que é um dos textos preferidos para usar artifícios da língua
na direção da Doutrina da Trindade; e o fiz, porquanto o Espírito Santo do
nosso Deus tem me conduzido a ser verdadeiro e coerente quanto ao que busco
informar.
227
Dito isto, espero ardentemente que você pondere e,
abra a sua mente para entender, não somente o que eu estou explicando ─ isso
espero que possa vir acontecer; no que, lhe dizer que busque entender, é
literalmente que com toda sinceridade leia e leia, estude e estude o capítulo 8
do evangelho de João e, não só esse capítulo, mas todos os textos que estão
sendo trabalhados neste Estudo.
228
Objetivamente, sendo repetitivo quanto ao texto de
João capítulo 8 e outros já usados nesse estudo intencionalmente;
prossigamos! O Senhor Jesus nesse
registro de João 8. 12-59, titulado pelo tradutor de Discurso de Jesus sobre a sua Missão, na parte final; diz
enfaticamente que ele existira junto ao Pai antes de Abraão ─ já dito
anteriormente ─, conforme o mesmo João
17. 5 ─
Agora, pois, glorifica-me tu, ó
Pai, junto a ti (estar com o Pai) mesmo, com aquela glória
que tinha contigo antes que o mundo existisse.
229
Repito, examine todo o evangelho de João e também as
suas epístolas, nas quais você encontrará abundantemente o Senhor Jesus dizendo
eu sou; e até chamo a sua atenção para as frases ou orações nas quais o sujeito
está oculto, como João 9. 5 ─ Enquanto
(eu) estou no mundo, (eu) sou a luz do mundo. No que é
claro Jesus ter dito: Eu sou a luz do mundo; entretanto não vincule isto ao eu
sou do capítulo 3 do Êxodo; também nos três sinópticos você encontrará essa
expressão ou essa ação verbal por parte de Jesus e outros, dizendo eu sou.
230
Agora, de maneira objetiva analise comigo o fato de
que; segundo os trindadistas a ação
verbal da primeira pessoa do singular no presente do indicativo do verbo ser, é
o nome do nosso Deus ou sua presença escrita no Novo Testamento ou a
verbalização disso, é também a pessoa do Senhor Jesus. Então estará criada a
regra de que o verbo ser nesse tempo e pessoa verbal é propriedade lingüística
dessa identificação ou então? ─ Toda a vez que alguém assim usar esse pronome
da primeira pessoa e a forma verbal correspondente para si, estará ─ esse
entendimento indevido infere isso
─, identificando-se como o eu
sou grafado no Novo Testamento, que seria o nome do Deus, o Pai e do
Senhor Jesus.
231
Ainda considere e analise, que os verbos ser e
estar (no grego, ambos correspondem a ὲιμί, ὲιμαι), como no inglês e no
alemão, e são base elementar de comunicação escrita e falada; visto que, é
praticamente impossível falar ou escrever sem usar esse verbo, ainda que seja
verdade não existir os dois nesses idiomas; no que, se retirarmos o verbo ser
na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, colocando-o, nessa
maneira de entender, como exclusivo da identificação de Deus ─ ou o
seu nome ou como querem os trindadista,
também do Senhor Jesus ─; na nossa
língua já será um grande desastre. No caso da língua inglesa, o estrago será
bem maior, pois os verbos ser e estar (to be) têm no inglês (simple present) a mesma identificação
(ou só existe um verbo para os dois casos), no que, para nós o entendimento da
função ou a presença de um ou do outro, o entendimento se dá a partir do
contexto ─ alguém com problemas de saúde diz: I am
sick (não: eu sou doente e sim estou doente). Também no tempo
futuro, quando o modal will e a expressão verbal no
gerúndio going to são usados como auxiliar, sendo que nos casos do going
to aparecerá o I am (eu sou, não exatamente ação
verbal, mas, a grafia), conforme o exemplo: I am going to the church; o I am,
como
no simple present. Pode-se,
de certa forma, agravar um pouco mais em função do uso do will, quando ter-se-ia: I
will be (I’ ll be); ou eu “ser” ou até apelando um pouco, o “eu sou” no
futuro, isso ajudado pelo auxiliar will... Porque, isso até, de alguma
forma, poderia nos remeter a Deus (se fora verdade), através da metafísica do
filósofo Parmênides e a sua discussão com Heráclito sobre o Arqué; quando afirmou categoricamente,
que o
que é, é o que é, e, não virá a ser como afirmava Heráclito no
seu Devir. Só, que esse argumento que desenvolvi aqui,
não caminha na direção de legitimar essa ação verbal como o nome de Deus. E o
forçar indevidamente o I be (eu ser) como se fora o eu
sou, que não existe no inglês, entretanto, em função de tanta infantilidade
vale a pena alimentá-la, ainda que, indevidamente a bem da didática; não
deveria estranhar e ser refutado (por não correto), porque legitimamente, num
simples e usual pedido de desculpas em inglês, aparece literalmente o eu sou
(I
am), por esse motivo até lhe faço o muito usado pedido de desculpas: I am (I’m)
sorry. Não queira me execrar em função do não existir de fato esses
dois verbos nesses idiomas, todavia, sendo repetitivo, ninguém diz I am
sick pensando eu sou doente; também ninguém diz I am inteligent pensando
eu estou inteligente e sim sou inteligente, todavia (no grego, no inglês
e no alemão), como foi visto, nos dois casos (ser ou estar), a grafia será como
se fora o eu sou.
232
De igual modo, na língua alemã os verbos ser
e estar
correspondem ao verbo sein, que no caso da identificação
de qual verbo (ação) para a leitura
feita em alemão, essa identificação se dá no entendimento de quem lê
(automaticamente, coisas de cada idioma!), como no inglês, e para nós no português,
a conclusão virá do contexto, para quando traduzirmos identificarmos cada exata
ação de um ou do outro verbo como é no nosso idioma.
233
Considerando essa visão dos trindadistas, na qual o eu sou é a identificação ou o nome de Deus; ter-se-ia
também para o alemão ich bin (eu sou) como sendo
propriedade do nome de Deus ─ obviamente nós os seres humanos e tudo no mundo
pertencemos a Deus ─, conforme nos
ensina o Salmo 24. 1 não tendo isto nenhuma relação com esse entendimento sobre
o seu nome, mal fundamentado e improcedente.
234
Desse mesmo modo de entender, o verbo sein
nesse mesmo tempo e na primeira pessoa do singular ich bin (eu sou)
no pressuposto trindadista também
excluiria esse verbo no alemão, nessa pessoa e tempo como se fosse de
propriedade exclusiva para identificar a pessoa de Deus ou o Seu nome.
Considere de igual modo que diferentemente do inglês, o verbo do alemão sein (ser
e estar) é usado, como que, nessa pessoa e tempo (ich bin) como auxiliar
para o tornar pretérito, nos verbos que indicam deslocamentos, quando aparece ich
bin (eu sou), como que (mesma grafia), no presente do indicativo. Como
nos exemplos: Ich bin geblieben (fiquei) e Ich bin aufgestanden (levantei).
235
Reitero, eu sou simples, sincero,
didático, racional, amo a Deus e a seu
Filho, o Senhor Jesus, procuro ardentemente me deixar conduzir pelo Espírito
Santo do Senhor e estudo as Escrituras com total seriedade. Daí lhe pedir que
faça assim também e busque entender na Bíblia ─ não naquilo que qualquer um de
nós quer entender e sim o que de fato ela ensina ─, definitivamente quem é o Pai, o seu Filho,
o Senhor Jesus e o Espírito Santo... Para ajudar nesta direção escrevi e estou
postando este Blog.
236
Procure na Bíblia todos os textos nos quais aparecem
a expressão eu sou e avalie o que os trindadistas
têm ensinado quanto a essa questão e conclua lendo os textos bíblicos, qual é o
verdadeiro ensinamento, ou de que maneira a expressão “eu sou” funciona em cada
frase ou oração grafada, registrada ou escrita
na Bíblia.
237
Quanto ao que tenho explicado sobre a expressão eu
sou ou efetivamente alguém dizer que é alguma coisa como o Senhor Jesus dizer:
“Eu
sou o Filho de Deus”, eu sou a luz do mundo, eu
sou a
videira, verdadeira e outros
textos são usados indevidamente, como João 14. 6 ─ Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho a verdade, e a verdade e a vida; ninguém
“vem” ao Pai, senão por mim; quando esquecem ou não têm o pleno
conhecimento das características desse texto, cujos pressupostos (e esse
pressuposto está em sua concordância verbal) são eternos, no que, estando o
Senhor Jesus à direita do Pai, isso diz a Bíblia de maneira objetivamente
clara, obviamente ninguém “vem” ao Pai,
senão por Ele, Jesus. Necessariamente não é verdade que ao dizer que ninguém
vem a quem está do meu lado, eu tenha que ser essa pessoa; tenhamos todo o
cuidado com o que fazemos do texto bíblico. Ainda, o anjo Gabriel, conforme
Lucas 1. 19 ─ Ao que
respondeu o anjo: eu sou Gabriel,
que assisto diante de Deus, (...), João Batista, no evangelho de João 1. 23
(...): Eu sou a voz do que clama no deserto:
endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. Também Paulo
conforme Atos 22. 3 Eu sou judeu, nascido em Tarso da
Cecília, (...). Paulo diz em
Romanos 1.14 Eu
sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a
ignorantes. Mais uma vez Paulo, I Coríntios 11. 1 ─ Sede meus imitadores, como também eu sou
de Cristo. Ainda Paulo I Coríntios 15. 9 Pois eu sou o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser
chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. O anjo Gabriel, João Batista, Paulo, também
eu, você e todas as demais
pessoas, temos o direito de dizer que somos isso ou aquilo... É muito
complicado e, graças a Deus, que essa postura extra-bíblica ─
nesse pormenor, não se generalizou e se tornou efetiva regra, pois
imagine o verbo ser na primeira pessoa do singular no presente do indicativo, ser suprimido da fala
e da escrita de todas as línguas ─ para
que não se tomasse o nome de Deus em vão ─, em função de uma idéia descabida
como essa; cujo objetivo é sancionar a Doutrina da Trindade por intermédio
desse artifício lingüístico que visa poder dizer que Jesus é o Pai.
Ironicamente, isso é exatamente como faziam os judeus em relação ao nome de
Deus e assim também defendem as testemunhas de Jeová.
238
A improcedência do que tenho ponderado, é de fato
não só por não ter fundamentação
lógica, mas principalmente por que a Bíblia não autoriza esse entendimento.
Quando, mesmo lá no início, quando Moisés é mandado por Deus à presença de
Faraó. As perguntas, perguntas sim, porque teriam que ser pelos menos duas
iniciais, que no responder seriam as perguntas: Quem é você? Porque embora
Moisés fosse filho adotivo da Filha de Faraó, caberia a pergunta em função do
estar liderando o povo judeu, que demandaria necessariamente a resposta “eu
sou” Moisés, que o EU SOU enviou, entretanto dentro dessa questão ação verbal
nessa pessoa e tempo, entendido exatamente o que Deus queria de fato informar;
era que Moisés dissesse: que, ELE, DEUS É AQUELE QUE É o mandara ─ não
estou construindo que o certo seria a 3a pessoa do singular, ELE É,
ou seja, quanto a ELE, o que É, não cabe nenhuma dúvida ou questionamento, pois
o EU SOU é também de fato AQUELE que É sem essa infantilidade de nomismo (neologismo meu).
239
Teve-se
no transitar desse entendimento a construção de sistematização teológica
perfeita, a partir do início da era cristã; tem-se o que Paulo chamou de
plenitude dos tempos, quando o Senhor Jesus o sancionou, por não ter contestado
o uso do vocábulo Teo ou Theós, Deus ─ que não foi inventado pelos escritores
bíblicos, e sim pelos gregos, e existia para identificar o poder Divino maior
entre eles; palavra, que se tornou substantivo próprio, o nome do Pai nos
escritos do Novo Testamento, embora o Senhor Jesus e os seus discípulos
falassem o aramaico, também eles assim entenderam, pois os que escreveram,
grafaram Teo ou Theós (grego, Θεός), e os demais evangelistas o reproduziram
nos seus escritos. Mostrando essa clara evolução; que passou pela cultura
grega, foi usada por Deus, como já expliquei no início, a qual trouxe a
expressão eu sou ou o tetragrama do hebraico (יהוה, YHWH); entendido como o nome de
Deus pelos judeus, que na realidade, como já mostrado remete para o uso na 3a
pessoa, ELE É, entretanto fica perfeitamente clara a trajetória da evolução
nesse entendimento, ou “eu” ou qualquer pessoa e em qualquer idioma, temos o
direito de dizer que somos alguma coisa; que necessariamente implicará em eu,
ou outra pessoa poder dizer: “eu sou...” Pondero, que, verdadeiramente o
vocábulo (palavra) Deus; que tem a sua origem no grego, Θεός, foi de fato
sancionado por Jesus pela inferência de não o ter questionado, senão haveria
registros sobre isso e conseqüentemente o tornado real e verdadeiro, ao ser
usado pelos discípulos e os escritores do Novo Testamento; quando de maneira
clara, entendo que a expressão verbal eu sou, pela necessidade do uso do verbo
ser em todas as línguas, o levaria, quando usado na escrita ou na fala, a uma espécie
de uso do nome de Deus em vão, entretanto, de fato, o vocábulo genérico,
efetivamente, substantivo próprio, quando com “D” maiúsculo. Deus é
verdadeiramente o nome do Pai, permitindo ainda, para efeito da comunicação
lingüística, a sua forma pejorativa usando o “d” minúsculo para identificar
pessoas e diversas coisas que indevidamente interpomos entre e nós e Deus,
considerando-as como “deuses”.
240
Hoje há compreensão e conseqüente uso, como cumprimento da profecia de Jeremias 31.
33-34, que o substantivo Deus é exclusivo e é também o nome ─ me
permita a redundante redundância, aqui necessária, de DEUS, ou seja, o nome
DEUS é exclusivamente de DEUS, até porque ninguém tem ou terá a necessidade
lingüística de usá-lo para si... Para mim e creio deveria ser a conclusão
plenamente racional e elementar de qualquer pessoa de normal cognição, o que
aqui está sendo explicado: que assim como diz o texto sagrado, conforme Hebreus 7. 18-19 ─ Pois,
com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado (anulado, suprimido) por causa da sua fraqueza e inutilidade
(pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e de sorte é introduzida uma melhor
esperança, pela qual nos aproximamos de Deus. Não tem ou terá nenhum
sentido o que os infantis ditos adoradores dizem, inclusive, em letras de
cânticos: Deus dos deuses! Não há deuses e sim somente um Deus, conforme
I Coríntios 8. 6.
241
O que eu estou concluindo é tão elementar e
de fácil comprovação bíblica; que não vemos o cuidado, a preocupação, o ensino
ou qualquer caminhar nessa direção a partir da visão trindadista, quanto a isto no texto sagrado, até porque, sendo essa
visão de trindade que é construída efetivamente a partir da
filosofia, que é a síntese da lógica;
sempre, na sua conclusão final, que colide com o claramente literal, didático e
elementar dos textos bíblicos, esses e aqueles saem pela tangente do: “Isso são
mistérios de Deus!” De Deus, não! Da trindade (tri-unidade) e dos trindadistas, sim, com toda a
certeza.
242
Quando digo, no final deste subtítulo que o nome de
Deus passou ou teve a sua formatação definitiva pela cultura grega... Quero
também que você se lembre do que tenho dito desde o início e continuei neste
subtítulo, inclusive, com severas críticas a Agostinho e Tomás de Aquino, que
foram ─ entenda exatamente pelo fato deles e doutores outros, mesclarem e
usarem sistematizações filosóficas para fundamentar doutrinas cristãs, todavia
não caminhe no confundir as ponderações que fiz no começo sobre as cartas de Paulo, que o vejo contestado filosofia,
sem usar linguagem filosófica, quando disse que a explosão cultural grega foi
uma bolha localizada antes da era cristã e, não deixe de entender, que
assim como Paulo o fez, eu não fundamentei ou fundamento a existência de Deus a
partir da filosofia, o que seria muito fácil do ponto de vista dialético, pois
a filosofia prova que Deus existe, por ser necessário que exista, todavia tenho
usado a dialética filosófica nesse Trabalho, para marcar a sua improcedência
básica na formatação efetiva de Teologia Sistemática, como Paulo assim entendeu
e procedeu... Não entenda como ambigüidade o entender e aceitar o fato do idioma
grego e o vocábulo substantivo Θεός, Deus, porque isto é totalmente diferente
do uso efetivo de filosofias em sistematização teológica.
243
Outra associação na direção da Doutrina da Trindade
é feita também a partir do substantivo pastor, quando usam principalmente o
associar o Salmo 23 (o Senhor é o meu pastor),
a todo o Novo Testamento e como base primeira para isso, o texto de João 10.
11 ─
Eu sou o bom pastor; o bom
pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Essa associação acaba sendo por
demais infantil, porquanto: não considera a possibilidade do Salmo 23 ser um
texto profético relacionado especificamente com o Senhor Jesus, como vários
outros ─
cujos textos de nove deles (dos Salmos) e um de Isaías, foram usados
para sistematizar a divindade de Jesus pelo escritor aos Hebreus no início da
sua carta, quando informei sobre isso no final do subtítulo O Sofrimento de Jesus na Cruz, como
também detalhei anteriormente quanto a Jesus estar ao lado do Pai (Salmo 110.
1). De igual modo, usando este texto novamente; agora objetivamente nessa outra
avaliação, considere o texto do Salmo 110. 1 ─ que é uma das bases de estudo
desse Trabalho sobre a trindade, que diz: ─ Disse o Senhor (Deus, o Pai) ao
meu Senhor (Jesus, o Filho de Deus);
assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos
teus pés. Também esse texto é citado em Atos 2. 34-35, Mateus 22. 41-44,
Marcos 12. 35-37 e Lucas 20. 41-44. Se você observou esse texto do Salmo 110.
1, e a maneira como o Senhor Jesus o usa para
fundamentar sua divindade; constatará
também que o substantivo Senhor aparece duas vezes, e assim concluiu o
tradutor para a presença clara de duas divindades, de maneira específica e
literal é atribuído a Deus, o Pai ─ e também de maneira concomitante, com atos
distintos, ao seu Filho, o Senhor Jesus. Donde se conclui, que é
improcedente especular, ser o Senhor nosso Deus, o mesmo que o Senhor Jesus ou
“o Senhor é meu pastor” ser o “eu sou o bom pastor”, ou de fato o pastor do Salmo
23 é especificamente o Senhor Jesus, numa visão profética, como em outros
Salmos e textos dos profetas... Para fazer você lembrar-se do perigo dessas
associações, quando indevidas; compare os textos de Isaías 40. 3, de Malaquias
3. 1 e o de João 1. 23 ─ Respondeu ele (João): Eu sou a voz do que clama no
deserto. Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. Por
João estar em profecias do Antigo Testamento e dizer eu sou; isso não
legitima ou faz com que João seja Deus, o Pai, ou você tem ou terá alguma
dúvida sobre isso?
244
Assim como decididamente, no Novo Testamento, o
Senhor Jesus não é identificado como o “Eu Sou”, de igual modo, o Pai também
não o é ─ em contrapartida Ele (o Pai) é identificado
ou chamado de Senhor 40 vezes, como Pai 154 vezes e de maneira avassaladora,
por Deus (grego, Θεός) 963 vezes; que aparecem 104 vezes nos sinópticos
(Mateus, Marcos e Lucas), no evangelho de João 51 vezes, no livro de Atos 105
vezes, nas treze epístolas de Paulo 455 vezes, em Hebreus 62 vezes, na de Tiago 11 vezes, nas
duas de Pedro 38 vezes, nas três epístolas de João 61 vezes, na de Judas 4
vezes e no Apocalipse 72 vezes. Isto quer dizer que somam 963 vezes estar
grafado (escrito), ou o Pai ter sido identificado e chamado pelos que escreveram
o Novo Testamento majoritariamente de Deus grego, Θεός, numa aprovação
contundente dessa denominação, inclusive a colocando nas falas do Senhor Jesus
─ que foram feitas em aramaico.
245
Um fato interessante que quero ressaltar, é que
sendo a epístola aos Romanos a sétima em volume de escrita no Novo Testamento;
ter 40% do volume de escrita do Evangelho de Lucas (que é o de maior escrita),
sendo também a epístola aos Romanos 16% da soma de escrita dos sinópticos; é
nela na epístola aos Romanos onde aparecem mais vezes (128) a identificação do
Pai como Deus.
246
A guisa de informação quanto a volume de escrita; o
livro do profeta Daniel, que tem 12 capítulos é considerado profeta maior, e o
do profeta Zacarias, que tem 14 capítulos é colocado entre os profetas menores;
justamente em função do volume de escrita; ─ Daniel com 12 capítulos tem 353
versículos e Zacarias com 14 capítulos tem 191 versículos.
247
Ainda quanto a números, as Testemunhas de Jeová, em
uma de suas revistas, a de título: O Nome
Divino que durará para sempre, cujo tamanho é de 23 cm x 18 cm, com 31
páginas; sendo o identificar o tamanho e o número de páginas é para mostrar que
o Trabalho pretende ser muito bem fundamentado, pois tem um grande volume de
escrita e de bom nível de argumentação.
248
Neste Trabalho, que é distribuído de casa em casa;
priorizando àqueles que buscam contestá-los, como o próprio título já diz, é
defendida a pertinência do uso do nome Jeová para se identificar a Pessoa do
Pai, no qual, entre os vários argumentos especulados por eles, está o de que o
evangelho de Mateus fora escrito inicialmente em hebraico, cujo motivo nos é
fácil saber, que é o de toda a referência ao Pai obviamente apareceria através
do tetragrama, defendida por eles, todavia, o que se sabe é que o evangelho de
Mateus foi inicialmente escrito em aramaico...
249
Mateus quando resolveu escrever a sua versão sobre
esses acontecimentos, o seu evangelho, fatalmente sabia, ainda que a sua
cultura fosse fortemente judaica; como detalhei num Trabalho opondo-me a
alienação chamada Discipulado que não deveria fazê-lo em hebraico; se é que
estava apto para isso, em função da plena convivência com o grego e o aramaico;
pois a plena definição ou entendimento dessas informações em hebraico (idioma
consonantal) demandaria acompanhamento oral ─ a tradição oral, porquanto a
escrita massorética, que usa sinais
para representar as vogais; ainda não havia sido inventada e, até também porque
as línguas popularmente faladas naquela região eram o grego koiné e o aramaico;
no que, é perfeitamente aceitável a sua opção pelo aramaico, que como é sabido,
foi logo depois vertido para o grego.
250
Com relação às línguas faladas antes e depois do
ministério do Senhor Jesus. Para melhor fundamentar biblicamente a questão
idiomas falados no período do Novo Testamento; teve-se com o evento da
hegemonia babilônica; também o cativeiro do povo judeu (587 a.C. período do
segundo Império babilônico); que marcou o início da perda, por parte dos
judeus, da sua identidade quanto a sua língua, o hebraico e o paulatino
crescimento da influência do aramaico, que ganha plenitude de uso popular a
partir do período dos Macabeus (início do II século a C.).
251
De igual modo, o idioma e toda a cultura grega, de
maneira avassaladora ganha importância em praticamente todo o mundo antigo
conhecido, a partir das conquistas e efetiva hegemonia Greco-macedônia, através
de Alexandre o Grande em 333 a.C..
252
Por volta do ano 58, quando Paulo voltou a
Jerusalém, embora sabendo por informações proféticas que seria preso, de fato
ele, quando no templo, é atacado a mando de líderes judeus, que intentaram
matá-lo. Paulo foi salvo e preso por uma guarnição de soldados romanos e,
quando conduzido preso à fortaleza, Paulo perguntou ao comandante: (Atos 21.
37) ─ (...) É-me permitido dizer-te alguma coisa? Respondeu-lhe ele: Sabes
o grego? Inicialmente essa pergunta desse superior dos soldados nos
conduz a entender, que os que ali estavam falavam em aramaico e; o interesse
desse comandante em que Paulo falasse em grego estava possivelmente em ser esse
idioma o que melhor ele entendia; para ter melhor controle do que Paulo
falaria... Paulo, pela sua habilidade espiritual, política e cultural, resolve
causar um impacto junto àqueles seus
perseguidores que ali estavam, quando lhes falou em hebraico, da sua
conversão e seriedade para com Deus, Atos 21. 40 ─ E, havendo-lho permitido o comandante. Paulo em pé na escada, fez sinal
ao povo com a mão; e, feito grande silêncio, falou em língua hebraica
dizendo: (...); ler todo o capítulo 22 do livro Atos dos Apóstolos.
253
Creio, que só esse pequeno texto ─ para àqueles que
conseguem lidar bem com hermenêutica e inferências e levam a sério o estudo
bíblico; entenderá que o livro de Atos
dos apóstolos carrega dentro de si lições e o caminho para vertentes de estudos
muito importantes dentro do que ele objetiva e também de outros assuntos que se
lhes possam interligar.
254
Como disse, antes dessa explicação sobre idiomas,
esse Trabalho, a revista das Testemunhas de Jeová, datado de 1984, da sua sede
nos EUA e distribuído em vários países, é algo interessante, pela maneira como
é argumentado e, eles o usam ─ entregam
a pessoas que são mais reticentes ─ como eu ─ quando em diálogo com eles, porque
não é um material de pouco custo como os folhetos, numa visão de elemento
nocauteador quanto a questão referente ao nome de Deus. Entretanto ─ sem entrar
em questões infantilmente arroladas por eles; quanta aqui e ali identificaram
inserções do tetragrama e algumas formas
alternativas do nome de Deus, que estão presentes em templos católicos romanos
e monumentos; quando se esqueceram de citar
─ e teriam farto material para
isso, inclusive, tudo o que certos ramos ditos evangélicos e algumas igrejas
sérias, por ignorância, têm usado ostensivamente de maneira indevida, símbolos
e formulações judaicas, que várias são específicas dos judeus e outras
comprovadamente passadas. Eles também não levaram em conta a validação canônica
do Senhor Jesus; pois Ele sabia que tudo o que estava ensinando em aramaico
seria escrito em grego, tanto que isso posteriormente aconteceu e, é essa a
realidade da revelação de Deus a humanidade
─ a LXX (septuaginta – A. T.) e o
Novo Testamento escrito no grego. Continuando, nesse Trabalho; verdadeiramente!
Eles, também não explicaram como podem ter um Novo Testamento que não seja a
partir do grego, no qual para o Pai esta grafado ou escrito, Deus, grego, Θεός.
Também atribuíram, reitero, parece que não notaram, a Jeová ou o chamaram de
fato pelo nome “Deus” 214 vezes e de Jeová 119 vezes ou mais precisamente 99
vezes Jeová e 20 vezes Javé para
conseguir fazer toda a argumentação que fizeram nesse Trabalho...
255
Também, toda argumentação desse Trabalho acabou
mostrando efetivamente que de fato as Testemunhas de Jeová não têm uma
argumentação consistente quanto à pertinência do uso do nome Jeová; tanto que
admitem até o nome Javé, mas defendem o nome Jeová por entendê-lo como, de
alguma forma, o solidificado na cultura mundial.
256
Na esperança
que várias Testemunhas de Jeová venham ler este Blog ─ digo
esperança, porque eles são ensinados a não examinar nada que não seja a sua
literatura ─; proponho ou apresento ou
mostro, que se esse Trabalho deles comentado aqui; consistisse em frases que
dissessem: o “nome de Jeová não é Deus ou
o nome Deus não é o nome de Jeová”. O
resultado desse trabalho com essas duas opções seria o de estar escrito, grafado
o nome Jeová 214 vezes, mas também inevitavelmente o nome Deus 214, como está nesta
revista deles.
257
Um pouco mais sobre as Testemunhas de Jeová, nos
mostra que eles se referendam ou buscam contextura excessivamente no Antigo Testamento para a fundamentação
de suas doutrinas, sendo inclusive de maneira obstinada no livro de Provérbios,
que é essencialmente de princípios éticos, morais e lógicos, que é um livro
inspirado por Deus, é o que creio, todavia, não para ser usado da maneira como
é pelas Testemunhas de Jeová e também muitos ramos ditos evangélicos. Ainda,
não somente quanto a eles, mas também os defensores da Doutrina da Trindade. O
nome Deus, como preceitua o 4º mandamento, não poderia ser usado normalmente por ninguém, entretanto
pessoas são registradas e têm legitimamente o nome Jeová, de igual modo
milhares de pessoas, em muitos lugares e vários idiomas, dizem, com toda
legitimidade e direito: “eu sou”, e em alguns casos em que se chamam Jeová,
dizem legitimamente: “eu sou Jeová” ─ entendam e considerem que estou dizendo
isto com toda a gravidade e respeito que esse assunto merece.
258
Ainda, com relação ás Testemunhas de Jeová;
ressalvando a tentativa salutar deles em dar uma definição didática para o
Espírito Santo do Senhor, quando dizem ser Ele: a Força Ativa de Jeová,
definição esta muito pobre de significado real de quem é o Espírito Santo.
Quando não analisam que força (ainda que ativa), em síntese corresponde à
simples capacidade de executar determinado trabalho mecânico. Diferentemente
(sendo repetitivo), o Espírito Santo é a plena presença do poder e inteligência
de Deus, o Pai, e por extensão a do Senhor Jesus. Porquanto, sendo o Espírito
Santo amorfo e se fracionando quando atua; é Ele quem promove a presença
ininterrupta de Deus em todos os lugares, a todo tempo; e é nisto ─ nesta
atribuição do Espírito, que é atributo e propriedade de Deus ─, que Deus é Onipresente e Onisciente (atos
ou ações de pleno poder e cognição inteligente); sendo também Onipotente ─ o
que teria alguma conexão com força. Entretanto, a denominação: Força Ativa
não contempla nenhuma das ações bíblicas (verbais) descritas sobre Ele, como: O
Espírito Santo ensina: Lucas 12.12
─ Porque o Espírito vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer, I Cor. 2. 13 ─ as quais também falamos, não com palavras
ensinadas pela sabedoria humana, mas com as palavras ensinadas pelo Espírito
Santo, comparando coisas espirituais com espirituais; o Espírito Santo falou:
Atos 28. 25 ─ E
estando discorde entre si, retiram-se, havendo Paulo dito essas palavras: Bem falou
o Espírito Santo aos vossos pais pelo profeta Isaías, Dizendo: (...), Hebreus
3. 7 ─ Pelo que, como diz o Espírito
Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz (...), o Espírito Santo nos ajuda e
intercede por nós: Romanos 8. 26 ─ Do
mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o
que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede
por nós com gemidos inexprimíveis. Essas citações, no decorrer de séculos
vêm sendo trabalhadas, inclusive por reformadores importantes; no que, terminou
por consolidar como senso comum o Espírito Santo do Senhor, sendo a terceira
pessoa da chamada trindade, quando isto, essas ações, provam (diferentemente) a
Onipresença e Onisciência de Deus... Sendo oportuno, vale ou é devida, a
ponderação quanto ao nosso indevido e desproporcionado patrulhamento
contra as Testemunhas de Jeová ─ cuja ironia, é ser exatamente por causa da
improcedente Doutrina da Trindade que elas não aceitam... Quando não o fazemos
contra denominações que se dizem evangélicas e na realidade não têm o mínimo
compromisso com as verdades bíblicas e sim com o tomar dinheiro das pessoas a
todo o custo; coisa essa que não é feita pelas Testemunhas de Jeová... Longe de
mim o me colocar como exato advogado delas, até porque, as tenho confrontado sobre
algumas questões: pessoalmente e neste Blog, todavia é legítimo e necessário
que eu faça aqui este registro e outros de justo reconhecimento; não
necessariamente comungando com elas, mas, que entendamos que esse
tipo de animosidade cabe sim, contra os vendilhões da fé, que agem
conforme o registrado em ─ Mateus 21. 12-13, Marcos 11. 15-17, Lucas 1.
45-46 e João 2. 13-17.
259
Deveria ser motivo de envergonharmo-nos, o fato de
serem elas, para o constrangimento da maioria de nós evangélicos, os que
efetivamente cumprem a Grande Comissão do Senhor Jesus... Sem as mirabolantes
estratégias e sim com a simples e “verdadeira estratégia” bíblica do ir de dois,
de casa em casa, conforme a Comissão dos Doze e dos Setenta, cumprindo
exatamente o comunicar a cada pessoa e a cada família o mandado de Jesus, cuja
conversão dessa ou daquelas pessoas, será exclusivamente obra do Espírito
Santo. Quanto ao erro doutrinário pregado por elas... Tem você capacidade, e
tem buscado ensinar a eles o que é de fato verdade? Ou simplesmente os
hostiliza, quando não o faz contra os vendilhões da fé, porque na realidade elas
─ que nos tratam como evangelizáveis, também deviam ser tratadas assim por nós
evangélicos ─ me permitam! Como eu tenho feito sistematicamente. Também devemos
ter todo o respeito e preocupação com os Adventistas
do Sétimo Dia, porque graças a eles somos obrigados a estudar melhor sobre
o sábado ─ como o fiz no meu livro Ceia, sim! Cruz, não!, e neste Blog farei no novamente no decorrer
do seguimento. Também a Escatologia deles, que mesmo tendo errado sobre vários
pontos, mais precisamente quanto ao ano
1844 baseando-se nas 2300 tardes e manhãs de Daniel 8. 14, cuja
improcedência já demonstrei detalhadamente no Blog, endereço www.esdraseneemias.blogspot.com
, todavia, mesmo assim merecem respeito e tratamento quanto aos ensinamentos
bíblicos diferentes daqueles que vendem a fé.
260
Voltando ao Novo Testamento; outra informação
importante quanto à maneira como Deus, o Pai, é chamado no Novo Testamento ─
como já informei; tendo sido grafado para a identificação do Pai, o substantivo
Deus, que se torna efetivamente a forma como devemos nos dirigir a Ele 963
vezes; também como Pai 154 vezes e como Senhor 40 vezes... Lembremos que todas
as igrejas no ensinamento dos novos convertidos usam o Evangelho de João e a
epístola de Paulo aos Romanos como base para esse início de ensinamento.
261
Dito isso, considere que é justamente no evangelho
de João, que é usado indevidamente para
fundamentar a Doutrina da Trindade, que o Senhor nosso Deus é chamado por João
pelo substantivo Pai 88 vezes; mais que em qualquer outro livro no Novo
Testamento, sem considerar, que na pequena e nas duas mini-epístolas de João, o
Pai do Senhor Jesus é chamado de Deus 61 vezes e de Pai 12 vezes, de igual
modo: na epístola de Paulo aos Romanos temos a identificação ou Paulo chama o
Pai pelo nome de Deus 128 vezes, também mais que em qualquer outro livro do
Novo Testamento.
262
Espero que essas informações possam melhor
visualizar e fundamentar o que tenho dito sobre a questão o nome do nosso Deus.
Que não foi a visão judaica do Eu Sou, o tetragrama do hebraico (יהוה, YHWH); não é e nem será também a
especulação do tetragrama do hebraico, que seria (como defendem) exatamente o
Eu Sou associada à visão nomista Jeová
das Testemunhas de Jeová, e muito
menos, a construção filosófica da Doutrina da Trindade; e sim, o que
didaticamente e de forma simples nos é ensinado na Bíblia.
263
Já caminhando para argumentação mais conclusiva,
estou reproduzindo textos aglutinados ou somados à semelhança do midrash, justamente no Evangelho de
João, que é tido pelos que defendem essa doutrina como a maior fonte para a
sua fundamentação, e para que você
visualize o que efetivamente a Bíblia ensina de maneira clara; que não tem nada,
absolutamente nada, a ver com a Doutrina da Trindade ou podem no seu conjunto
servir como argumento para se caminhar nessa direção; até porque a
fundamentação da doutrina da “tri-unidade”
propriamente dita é feita através
de textos isolados.
TEXTOS DO
EVANGELHO DE JOÃO AGLUTINADOS
264
João 10.29-30 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos;
e ninguém pode arrebatá-las da minha mão do meu Pai. Eu e o Pai somos
um.
João 14. 1 ─ Não se turbe o vosso coração; credes em
Deus, credes também em mim.
João 14.8-11 Disse-lhe Felipe: Senhor mostra-nos o Pai,
e isto nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco, e ainda
não me conheceis, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai: Como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não
crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras
que eu vos digo, não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece
em mim, é quem faz as suas obras. Crede-me que estou no Pai, e que o
Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que
crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores que estas;
porque eu vou para o Pai;
João 14.26 Mas o ajudador, o Espírito Santo a quem
o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará
lembrar todas as coisas, e vos lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.
João 14.28 Ouviste
que eu vos disse: Vou, e voltarei a vos. Se me amásseis,
alegrar-vos-íeis de que eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu.
João 15.16 Se guardardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos
de meu Pai, e permaneço no seu amor.
João 17.2-3 Assim como lhe deste autoridade sobre toda
a terra, para que lhe dê a vida eterna a todos aqueles que lhes tens dado. E a vida eterna é essa: que te
conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,
aquele que tu enviaste.
João 17.11 Eu não estou mais no mundo; mas eles estão
no mundo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um,
assim como nós. Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade.
João
17.18-26 Assim
como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles eu me
santifico, para que eles também sejam santificados na verdade. E rogo não
somente por esses, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em
mim; “para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu
em ti, que também eles sejam um em nós”;
para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu lhes dei a glória que a mim me deste, “para que sejam um, como
nós somos um”; “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam um
perfeitos em unidade”, a fim de que o mundo conheça que tu me enviastes, e
os amastes a eles, assim como amastes a mim.
Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens
dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste
antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te
conheço; e estes conheceram que tu me enviaste; e eu lhes fiz conhecer o teu
nome, e lho farei conhecer ainda, para que haja neles aquele amor que me
amaste, e também eu neles esteja.
265
Novamente, quero chamar a atenção, para
o fato e conclusão objetiva; de que a interpretação literal de João 10. 30 Eu e o Pai somos um é de total
improcedência e insustentável, como também João 14. 9 Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me
conheces, Filipe? Quem viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?..
Senão vejamos! Os textos do capítulo treze ao final do capítulo dezessete,
retratam o momento da celebração da páscoa e instituição da ceia; e são nesses
textos que o Senhor Jesus, principalmente à partir do capítulo dezessete;
quando Jesus ora pelos discípulos e também por nós e fala efetivamente em
comunhão. E diz que essa comunhão, pode e deve ser também entre o Pai, o Senhor
(ele) e todos os que o recebam como salvador e Senhor ─ não valendo dois pesos
e duas medidas; de se dizer que quando o Senhor Jesus fala “que ele e o Pai são
um”, seja literal e quando o Senhor Jesus diz “que sejamos um com ele e o Pai”,
aqui seja figurado. Lê-se em João 14. 20
Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em
mim, e eu em vós. Também João
17. 21 Para
que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti,
que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me
enviaste. É elementar a conclusão, de que aceitando a interpretação literal
para esses textos, estaremos sem sombra de dúvida; fundamentando e legitimando,
com toda a grandeza, a procedência da
filosofia PANTEÍSTA de Baruc de Spinoza, que conclui na sua sistematização, que
nós seres humanos e todos os elementos
da natureza somos ou formamos um todo com Deus; no que, devemos ter todo o
cuidado no estudar efetivamente as Escrituras; cuidado esse, que para impedir
essas distorções. Ao reproduzir esse texto, que consta dos que foram
aglutinados à semelhança do Midrash,
também de João 14. 28 Ouviste
o que eu vos disse: Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para meu Pai;
porque o Pai é maior do que eu; ou precisamente nessa direção; o Pai
é um e eu sou o outro, Jesus, Seu Filho
unigênito; tudo isto, dentro da visão didática e acessível a todos nós seres
humanos, de que podemos, conforme a oração de Jesus, sermos um em comunhão
com ele e o Pai.
266
Como o já demonstrei reiteradas vezes,
inclusive com a série de textos do Evangelho de João aglutinados ou ordenados
para mostrar o quanto é claro o que tenho defendido, justamente nos escritos
dele ─ aqui no seu evangelho; o quanto é
improcedente essa idéia da tri-unidade ou a de Jesus ser o próprio Pai.
Inclusive, agora, essa consideração a partir desse texto de João 14. 28c; que
já usei no elenco dos textos do
evangelho de João aglutinados. Ainda,
─ Eu e o Pai somos um, no qual se lerá com toda tranqüilidade
semântica, considerando o contexto dos outros três evangelhos e de todo esse de
João, principalmente o capítulo 17: Eu e o Pai temos plena comunhão, em tal
grandeza que Ele me mandou representá-lo junto aos seres humanos, me dando todo
o poder (Mateus 28. 18) e um nome que é acima de todo nome (Filipenses 2.
9-11)... Como ele próprio disse João 5. 26
─ Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho
ter vida em si mesmo.
267
Do mesmo modo como Jesus; quando quis
que ficasse registrado ─ para que os discípulos e nós
aprendêssemos ─ que Jesus é o Filho unigênito de Deus (Mateus
16. 13-17 e que se assenta à direita do Pai, conforme Mateus 22. 41-44, Marcos
12. 35-37 e Lucas 20. 41-44 ─ nessa argumentação já amplamente feita, que
vale a pena continuar...
268
Entretanto, como sinalizei no início do
parágrafo anterior; quero agora trabalhar de maneira mais efetiva essa
informação do Senhor Jesus quanto ao Pai, quando diz que o Pai é maior que ele,
nesse outro registro em João 14. 28c, que objetiva um informar sistemático com
propósitos perseguidos e trabalhados de forma clara e didática.
269
Essa fala de Jesus registrada por João,
obviamente foi intencional; e sendo intencional, demonstra claramente um ensino
que se pretendeu dar com isso; tanto que, já fora feito num relato anterior
desse mesmo evangelho (já transcrito acima), João 10. 29-30 ─ Meu
Pai que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de
meu Pai. Eu e o Pai somos um. Observe que no versículo 29 o Senhor Jesus
diz ser o Pai maior que todos ─ embora no versículo 30 ele diga que ele e o
Pai sejam um, no seguimento, João 10. 36, ele diz também, ser o Pai maior do
que ele ─ como de igual modo, posteriormente repetiu
essa mesma afirmação João 14. 28 ─ Ouvistes
o que eu disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-eis de que
eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu. Que infere
concluir, que quando ele disse que o Pai é maior que todos, isso
incluiria também a sua pessoa, que não é o Pai... Entenda de igual modo, que
toda essa construção, que basicamente
norteia todos os escritos de João, tem a preocupação de informar; ser a
comunhão do Senhor Jesus com o Pai próxima ou parecida com o serem um, e
ao mesmo tempo enfatizar que os dois são duas pessoas distintas... Observe também que neste capítulo, o número 10. 22-
41 ─
que já comentei anteriormente; o assunto tratado foi a acusação dos
fariseus de Jesus se apresentar como
sendo o próprio Deus. Coisa que primeiramente Jesus mostrou que poderia fazê-lo
do ponto de vista semântico, pois há Deus e deuses, citando o Salmo 82. 6 e depois afirmou veementemente ─ àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas;
porque eu disse: Sou Filho de Deus.
270
Considere ainda: Se a Doutrina da
Trindade defende que quando Jesus disse que “Ele e o Pai são um” (João 10. 30),
isso seria literal, como provei com o capítulo 17, ser figurado. O pressuposto
de ser literal como defendem os
trindadistas, exclui o Espírito Santo ou “um” seria somente o Pai e o
Filho. Tomemos todo cuidado com o que apressadamente concluímos do texto
sagrado, ou o que estudamos e estudamos a partir de ditos eminentes
teólogos ─ que são importantes na ajuda do nosso Estudo,
todavia, às vezes exatamente como contraponto ou aquela bigorna (em quem bater,
contrapor-se) de sedimentação que conjeturei no Preâmbulo.
ANTÍTESE DA
DOUTRINA DA TRINDADE
271
Após você ter lido até
aqui o subtítulo sobre a avaliação textos de João e a anterior aglutinação de
textos do evangelho dele; e ainda continuar a defender essa doutrina; meu
querido irmão, nós estaremos com sérios problemas de racionalidade e fé eu e
você. Eu porque estudei, avaliei e escrevi tudo isto baseado no texto sagrado
e, segundo você eu estaria errado... E você, que embora tenha lido e avaliado
todos os textos que citei; não conseguiu entender e aceitar... Realmente, nós
teremos um grande e sério problema de Romanos 12. 1-2, e deveremos continuar
orando e estudando cada vez mais essa maravilhosa Palavra e, desde o começo,
porque até agora nada teríamos aprendido desse manancial inesgotável.
272
Para
começar a fechar, o que já estaria concluído e terminado sobre a Doutrina da
Trindade, que de fato assim não será, pois mesmo crendo que seria o suficiente,
muito ainda se dirá, nisto; parece-me que não foi suficiente o aqui trabalhado
inúmeros fatos narrados e textos discursivos de muito peso teológico; vou
trazer (eu é você que está lendo este Estudo) à memória em destaque quatro (4)
textos que são uma espécie de ANTÍTESE da improcedente Doutrina da Trindade,
que são: João 3. 16 Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna, no
que, pelo amor de Deus trindadistas! Deus
enviou o seu filho, enviou o seu filho, enviou o seu filho; porquanto o
Senhor Jesus é o Filho do Senhor nosso Deus, o Pai; e esse texto mostra
claramente a existência dessas duas pessoas. Também Filipenses 2. 5-11 Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual
subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus coisa a que se
devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
tornando-se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si
mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também
Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é acima de todo nome;
para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus,
e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo
é Senhor, para a glória de Deus Pai. Por mais que se tente sofismar a
favor da extra-bíblica Doutrina da Trindade que tem um grande peso, pelos seus
dezessete séculos de existência e prática, textos como esse, é motivo de não
permitir decididamente, que se perpetue algo tão absurdo em termos
teológicos... De igual modo, João 17. 3
E a vida eterna é esta: Que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro,
e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste. Que embora seja objetivamente
claro; os “trindadistas” conseguem
fazer do Senhor Jesus, nesse e outros textos, ser uma simples manifestação do
Pai. E por fim o texto de I Coríntios 8. 6
todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as
coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual
existem todas a coisas, e por ele nós também… Se você conseguir construir
para esse texto obviamente de duas pessoas, num discurso teológico objetivo, e
numa exegese que conclua o uno
metafísico, uma só pessoa… Terá conseguido invalidar praticamente toda
a fé cristã.
273
É oportuno que se diga nesse caminhar
para o término desse Trabalho, que a maioria das pessoas que defendem a chamada
Doutrina da Trindade; o fazem a partir de textos não efetivamente
sistematizados dentro de uma contextura ótima, quando apelam para exclusão de
textos optando tão-somente por aqueles que convêm ao que pretendem fundamentar,
que lhes são objetivamente contrários, e o caminho via filosofia torna-se uma
muleta importantíssima para fundamentá-la; sendo também por esse motivo que
busquei ostensivamente trabalhar a improcedência dessa doutrina principalmente
nos escritos de João, todavia, o peso dessa doutrina é muito grande pelo seu
tempo de existência; reitero; embora já tenhamos estudado bastante os textos de
João; apelo para que você que está lendo esse Blog, que carinhosamente leia
todo o evangelho de João e as suas três Epístolas, na qual você verá de maneira
muito clara o que a Bíblia ensina de forma didática e objetiva sobre o Pai, o
Filho e o Espírito Santo... Quando você o fizer, dê uma especial atenção para
os textos seguintes: I João 2. 21-24, I João 5. 5, I João 5. 10 e II
João 1. 9.
A
AMBIGÜIDADE FILOSÓFICA DE
AQUINO NA TRINDADE
274
Ainda dentro do que chamo de
antítese dessa doutrina, gostaria de
citar Tomás de Aquino, que assim como Agostinho, não deveria estar dentro dos
Seminários evangélicos como base
para sistematização... Na sua Suma Teológica; questão XXXI; Da Unidade
e da Pluralidade em Deus; em quatro
artigos filosóficos, que tenho certeza; Platão e Aristóteles, dos quais ele e
Agostinho são discípulos; não assinariam em baixo, dessa “mais plena
ambigüidade teológica”, quando ele diz no quinto parágrafo do art. I: “Em tudo
que se diz de Deus, o concreto é
predicado do abstrato; assim a deidade é Deus e a paternidade é o
Pai. Ora, à trindade se não pode chamar trina, porque então haveria
nove realidades em Deus, o que é errôneo. Logo, não se deve
aplicar o nome trindade a Deus. Mas, em contrário, diz Atanásio: Devemos
venerar a Unidade na trindade e a Trindade na Unidade”... O caldeirão
de ambigüidade no qual está contido a Doutrina da Trindade ─ falando com toda
gravidade, permitiu a Aquino se contrapor de maneira veemente a Atanásio aqui nesse axioma jocoso que se resume
numericamente em três tricotomias humanas ou nove realidades em Deus,
decorrentes das três pessoas da trindade. Vê como Aquino mistura as coisas! E
ao mesmo tempo buscou ser contundente; só que por intermédio de uma espécie de antolho,
no qual, com essa sua estreita derivação filosófica ele resolve abandonar o
caminho da trindade, que é próximo do elementar e didático bíblico; para seguir
pela radical visão da tri-unidade, que é a negação total de toda a Bíblia.
275
Toda essa questão denominada: Da unidade e da Pluralidade em Deus, nos seus quatro artigos e oito parágrafos (cinco no primeiro
art. e três no terceiro art.), com as suas dezesseis respostas e também as suas
quatro soluções, deveriam conduzir àqueles que se pautam por Tomás de Aquino; a
romperem com ele e também com Agostinho pelo grau exacerbado de valorização
dado aos filósofos quanto ao que é metafísico,
pondero, para o qual, só a Bíblia por meio dos seus escritores, têm toda a
legitimidade para fazê-lo quando pertinente; sendo que Paulo, o grande teólogo
do texto sagrado, diz que só conseguiremos avançar nesse conhecimento “até o
que é em parte”, conforme I Coríntios
13. 9-12.
276
Efetivamente quanto a essa “Questão XXXI” da Teologia de Aquino; eu
a identifico como uma verdadeira “antítese” à Doutrina da Trindade; pois de
fato essa sistematização de Aquino é um receituário filosófico etimológico para explicar o metafísico, num etimologismo, mais parecido com ficção, que na realidade ninguém
até hoje se aventurou a de fato concluir sobre isto de maneira tão
subjetiva e relativa. A ambigüidade teológica em Tomás de Aquino é algo que se
constata com facilidade, até porque isto decorre do que ele diz nos seus
Trabalhos. Tudo o que é discutido em Aquino tem o pressuposto da separação de
pontos distintos (nichos estanques), quando para cada Tema ou assunto há regra
específica, informada a priori em
cada uma delas: (Essa ou aquela questão em apreço) → Discute-se assim...
Decididamente, coisas desse tipo não passa pelo crivo da minha Concomitância do Contraditório.
277
Essa constatação final quanto ao
exacerbado filosófico etimológico de Tomás de Aquino me
permite mais uma vez lembrar a regra bíblica de sistematização que está em
Isaías 28. 9-13, que não tem nada a ver com raiz lingüística (etimologia) e posterior exegese, também
reiterar a necessidade, em estudo sobre a Bíblia, do uso do método por mim
proposto, o da Concomitância do
Contraditório; que você poderá começar a fazê-lo, principalmente alguns
seminaristas, que são fascinados pela dialética de Aquino, nesse seu Trabalho
citado acima, no qual, se têm soluções e respostas que se contradiriam, se
usado a minha Concomitância do Contraditório, senão, compare o
inciso 3 do art. III com a resposta terceira, dessa Suma Teológica dele.
278
Sinceramente não gostaria de ter
elementos para constatar e concluir a visível veia cosmológica de Tomás de Aquino, que tendo se aferido
basicamente na sua Teologia, que, leia-se metafísica, considerando
ele, a partir de filósofos gregos principalmente Platão (nas falas de
Sócrates) e Aristóteles; ─ na qual parece que Aquino não se deu conta que
eles, a despeito do “ser e não deixar de ser e ser necessário que
Deus exista”; de maneira muito bem
definida e clara; os gregos optam por divindades humanas, ou
seja, o antropomorfismo, deuses com forma humana, ver
primeiramente em Hesíodo, em sua Teogonia;
as diversas obras de Platão, quando
nos diálogos dos diversos filósofos é feita por parte deles menção de crença e
respeitos aos deuses, conforme, inclusive, Atos 17. 16-34,
quando no versículo 18, filósofos epicureus
e estóicos aludem a Paulo o pregar
deuses diferentes dos deuses gregos... Isto compromete tremendamente a Teologia
de Aquino; que de maneira muito clara tem dificuldades em tratar com o
verdadeiro e pleno antropomorfismo e a antropopatia
usados por Deus na sua revelação junto a nós seres humanos através das
Escrituras, no ensinar e efetivamente se relacionar, até porque o Senhor Jesus
tomou forma humana.
279
Se ninguém objetivamente avisou e
impediu a Tomás de Aquino de migrar para a cosmologia
─ parece
que tinha mania disso; ainda há tempo para a conscientização de todos nós; de
que a Teologia se faz basicamente com a Bíblia e obviamente a partir do como
ela nos ensina; e decididamente abandonarmos a Tomás de Aquino como plena
referência para aprendizado, ensino e qualquer sistematização.
280
E quanto à conclusão metafísica de Aquino no seu tratado
primeiro, subtítulo Deus existe; sobre a “caixa e a cama, usando a serra e
o machado, demandar a intervenção de um carpinteiro”; prefiro o
RELOJOEIRO citado por Fraçois Marie Arouet (Voltaire 1694 - 1778), a
“metralhadora giratória do pensamento iluminista”
─ visão minha ─; pois na boca de
Voltaire isso soa muito mais enfático e contundente, porquanto a visão cética e
crítica de todas as suas conclusões, sobre esta e outras inúmeras questões, a
partir de uma hermenêutica abrangente e bem fundamentada o torna muitíssimo
mais importante que Tomás de Aquino.
281
Agostinho e Tomas de Aquino,
como qualquer pensador eminente, podem e devem estar dentro dos Seminários
evangélicos, entretanto considerando o que eles nos têm ensinado; eles deveriam
ser utilizados como bigorna ou
efetivamente aquilo que não é verdade bíblica, até porque eles são genuinamente
católicos romanos.
CONCLUSÃO
SOBRE A DOUTRINA DA TRINDADE
282
Não sou contumaz contestador, como objetivamente já
detalhei no texto da apresentação do meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! A
questão é que; em face da responsabilidade que temos ─
todos nós a temos diante do nosso Deus, e não nos é permitido
contemporizar com essa secular idéia extra-bíblica, que tem feito com que
muitas pessoas já evangelizadas, sejam convencidas a ingressarem na religião
das Testemunhas de Jeová, cuja membresia é composta
linearmente de mais de 50% de ex-evangélicos. Porquanto o que torna possível
essa migração, é exatamente a fragilidade e improcedência bíblica dessa
doutrina, cuja falta de consistência teológica têm feito com que as testemunhas de Jeová usem essa doutrina
para fazer o seu eficiente trabalho de proselitismo, no qual induzem aos
evangélicos que conseguem arrebanhar; a confessar e defender que o Senhor Jesus não é digno de adoração. E
do lado dos trindadistas; tem-se a
confusão, de que o Senhor Jesus é o próprio Deus, o Pai, senão, não teria o
direito de ser adorado; em contrapartida ─
exatamente como um contraponto, dizem que o Senhor Jesus é uma simples
manifestação do Pai a nós seres humanos; literalmente um Jesus terreno com
início e fim, esquecendo, ou não
tendo efetivamente conhecimento do que diz Paulo ─ como já citei acima sobre
sua carta aos Filipenses 2. 10-11 para
que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra,
e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a
glória de Deus Pai... Não sendo isto uma simples questão de ter ou não ter
fé, e sim, plena confusão teológica e a mais clara e secular construção
extra-bíblica.
283
O maior problema quanto à questão Doutrina da Trindade
versus testemunhas de Jeová, é que
alguns pastores e ditos defensores da fé cristã; inclusive existe um órgão específico para isso (Apologética cristã), que têm produzido
uma determinada literatura e cursos a partir dela, que municiam os que freqüentam
a esses cursos, motivando-os a debaterem com as testemunhas de Jeová sobre doutrinas bíblicas; quando esses cursos
buscam enfatizar a questão trindade, deixando de enfatizar o que de fato é
errado na visão deles, que é afirmar que Jesus não é digno de adoração ou não o
lhe ser devida essa adoração. Essas pessoas mal formadas e também mal
informadas começam a citar aquele rol de textos bíblicos que visam legitimar a
Doutrina da Trindade e mais aquela exegese
filosófica que lhe é peculiar... O fim disso, nós já sabemos; a maioria
desses irmãos que tentam fazer esse trabalho acaba ─ isto é um fato, se tornando membros da
religião Testemunhas de Jeová. Quando digo que é um fato a
migração de evangélicos em número elevado para essa religião; também volto a afirmar
que a causa disto é exatamente o tentar junto a eles a defesa da Doutrina da
Trindade, que facilmente eles conseguem destruir com a simples leitura de
textos bíblicos, que eles pedem seja lido em qualquer Bíblia, todavia após ter
te vencido quanto à trindade, buscam estabelecer que o Senhor Jesus não é digno
de adoração, agora usando a Bíblia, na tradução Novo Mundo, que é a tradução
deles.
284
Como prometi no início desse Estudo,
vou listar os textos nos quais o Senhor Jesus afirmou ser Ele o Filho do homem:
Mat. 9. 6, Mat. 11. 19,
Mat. 12. 8, Mat. 12. 32, Mat. 13. 37, Mat. 13. 41, Mat. 16. 27-28, Mat. 17. 9,
Mat. 17. 12, Mat. 17. 22, Mat. 18. 11, Mat. 20. 28, Mat.
24. 27, Mat. 24. 37-39, Mat. 25. 31, Mat. 26. 24 e Mat. 26. 45; também Marcos
2. 10, Mar. 2. 28, Mar. 8. 31, Mar. 8. 38
Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se
envergonhar de mim e de minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do
homem quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos; Mar. 9. 31,
Mar. 10. 33, Mar. 10. 45, Mar. 13. 26, Mar. 14. 21, Mar. 14. 41, Mar. 14.
61-62
Ele porém, permaneceu calado, e
nada respondeu. Tornou o sumo sacerdote a interrogá-lo, perguntando-lhe: “És
tu o Cristo, o Filho do Deus bendito?” Respondeu-lhe Jesus: “Eu
sou; e vereis o Filho do homem assentado à direita do Poder e vindo
com as nuvens do céu”; agora Lucas 5. 24, Luc. 9. 22, Luc. 9. 26, Luc. 9.
44, Luc. 9. 56, Luc. 11. 30, Luc. 12. 10, Luc. 17. 22, Luc. 17. 27, Luc. 17.
30, Luc. 18. 8, Luc. 18. 31, Luc. 19. 10, Luc. 21. 27, Luc. 22. 22, Luc. 22.
48, Luc. 22. 69-70; de igual modo, João 1. 51, João 3. 13-14, João 5. 27, João
6. 27, João 8. 28, João 9. 35, João 12. 23, João 12. 34 e João 13. 31.
285
Da mesma maneira o “Senhor Jesus disse
ser o Senhor nosso Deus era o seu Deus”, e Paulo que sistematicamente ensina
que o Senhor Jesus é o Filho unigênito de Deus e que está assentado à direita
do Pai; também afirma ser o Senhor Jesus, o Filho do homem, conforme Efésios 1.
17; sendo os outros textos os seguintes: Mat. 27. 46, Mar. 15. 34, João 20.
17
Disse-lhe Jesus: Deixa de me
tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu
subo para o meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus; também Apoc.
3. 2 e Apoc. 3. 12. Temos ainda essa afirmação pelo Senhor Jesus no seu brado
naquele momento grave e dramático da sua crucificação; que é exatamente o texto
do Salmo 22. 1, que aparece em Mat. 27. 45 e também Mar. 15. 33-34 E, chegada
a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona. E, à hora nona,
bradou Jesus em alta voz: Eloi, Eloi, lamá sabactani? Que, traduzido, é: Deus
meu, Deus meu, porque me desamparaste?.. Esta parte final do versículo
trinta e quatro, o brado do Senhor Jesus na cruz, é literalmente o versículo
primeiro do Salmo vinte e dois. Este Salmo, o de número 22 é um texto profético
sobre a pessoa do Senhor Jesus; por esse motivo vou reproduzir os versículos
16, 17 e 18 que informam de maneira literalmente clara fatos acontecidos no
momento da crucificação: Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de
malfeitores me cerca; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar
todos os meus ossos (não foram quebrados). Eles me olham e ficam a mirar-me.
Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam
sortes.
286
Para que você tenha uma idéia do
desastre dessa doutrina, vou reproduzir os primeiros versos de dois cânticos,
onde de maneira didática, objetiva e popular se poderá visualizar a heresia que
ela é, e a heresia que ela produz: o cântico Rei dos reis; na sua primeira
estrofe diz: Ao único que digno de receber / a honra e a glória, a força e o poder /; o cântico Meu bom Jesus, que também na sua primeira estrofe
diz: És
tu a única razão / para minha adoração ó Jesus
/; o cântico Consagração/Louvor ao Rei nas suas seis estrofes
identifica Deus o Pai como sendo Jesus e a versão do cântico Draw Me Close, para o que seria
correto, conforme a tradução do refrão: Ajuda-me a saber que tu (Jesus) estas
perto/, para o indevido: Adorarei somente a
ti Jesus/... Esses quatro cânticos excluem
literalmente a pessoa do Pai como digno de adoração, pois embora seja lícito e
correto que se diga que o Senhor Jesus é o único Salvador e Mediador, conforme
Atos 4. 12 e I Tim. 2. 5 Porque
há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens. Cristo Jesus, homem; e
até que o Senhor Jesus seja a única esperança de salvação, como foi o tema da
campanha de nós Batistas, quando o evangelista Billy Grahm aqui esteve;
entretanto é impróprio e se constitui em erro dizer que o Senhor Jesus é o
único digno de adoração; porquanto isso está a partir do pressuposto de ser o
Senhor Jesus o próprio Deus, o Pai, sendo isso gerado pela doutrina católica
romana chamada da trindade, que contradiz o que ensina efetivamente a bíblia
sobre as pessoas do Pai e do Filho e do Espírito Santo; como está no texto de
Apocalipse 5. 13. Quanto à cânticos há ainda uma séria observação a se fazer no
que diz respeito ao Espírito Santo; a quem
indevidamente são dirigidas orações sendo isso feito de maneira efetiva, quando na letra de cânticos
─ tornando-se isso preocupante, pelo fato de ter passado pelo crivo de pastores
desses autores, de pastores amigos desses autores e pastores amigos dos
pastores desses, e ainda o pior ─ quando em alguns casos, serem pastores os autores
dos cânticos quando se alterna a pessoa do Pai e do Filho e de adoração e
oração ao Espírito Santo. Porque como estudamos detalhadamente até aqui e ainda
farei; em nenhum texto bíblico é
estimulado e ensinado que se deva adorar ou orar ao Espírito Santo do
Senhor ─
que não é a terceira pessoa da trindade e sim a pessoa de Deus Pai e do
Filho, conforme Atos 16. 6-7. Ou o Espírito Santo é de Deus, de sua
propriedade, como é exaustivamente ensinado de Gênesis a I João que escreveu o
Apocalipse׃ Gênesis 1. 2
─ (...), Mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas e I João 4. 2 ─ Nisso conhecereis o Espírito de Deus; (...). Sendo o nosso
enaltecê-lo, o referirmo-nos sempre a Ele como aquele, que da parte do Pai e do
Filho, nos consola, capacita, ouve e nos fala...
287
Um ótimo
exemplo de cântico com letra correta do ponto de vista teológico, é o de número
quinze do cantor cristão, titulado de
Exultação ─ A
Deus demos glória / com grande fervor;
Seu Filho bendito por nós todos deu; / a graça concede ao mais vil pecador, /
abrindo-lhe a porta de entrada no céu.
Exultai! Exultai! Vinde todos louvar /
A Jesus, Salvador,
a Jesus redentor;
A Deus demos glória, porquanto no céu /
Seu Filho bendito
por nós todos deu. Quem conhece
esse cântico sabe, e quem não conhece tendo contato com todo ele ─ que
só reproduzi a primeira estrofe, verá essa coerência e assertiva teológica que
tenho defendido aqui; que infelizmente a maioria dos hinos e cânticos não têm
em suas letras.
288
Anjos
receptores de orações de crentes é heresia do erro de interpretação do texto de
Apocalipse 8. 3-4, senão veja Romanos 8. 26-27. Também estranha
e lamentavelmente, vê-se quando do sermão, a homilética dos diversos pregadores;
a dificuldade de muitos pastores quando detalham o relacionamento entre o
Senhor Jesus e o Pai e, por força de vários textos nos quais o Pai é chamado de
Deus, e o Filho de Senhor Jesus... Visivelmente eles entram em conflito
explícito e, começam a afirmar reiteradas vezes: Jesus é o próprio Deus, Jesus
é o próprio Deus, Jesus é o próprio Deus! A causa objetiva desse procedimento é
que a Doutrina da Trindade, ou mais precisamente da tri-unidade é improcedente
e até impraticável por parte dos que a defendem, pois quando se vêem em
conflito numa simples verbalização sobre o assunto, como o descrito acima, os
leva a naquele momento a quase refletir, entretanto continuam nessa conduta
extra-bíblica de heresia.
289
O livro do Apocalipse fecha, termina e
conclui a Bíblia Sagrada, e é esse endereço acima, cujo texto é reproduzido a
seguir, que fala da consolidação do reino do Senhor Jesus, que têm e terá a
nós, a sua Igreja como súditos... Cito o texto abaixo que também ajuda a
encerrar esse capítulo de maneira objetiva; com esse texto de Apocalipse 5.
13
Ouvi também a toda criatura que
está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que
nele há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o
louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos...
O Senhor Jesus, o Cordeiro, sendo adorado junto ao Pai; não formando com
Ele um único ser, como enuncia exaustivamente a errada Doutrina da Trindade,
mas em perfeita comunhão, aqui de forma alegórica como se fossem um em
comunhão, conforme João 10. 30, pelos séculos dos séculos.
290
É inconcebível o que afirma essa doutrina, que se traduz na sua exegese
como tri-unidade, que diz ser Deus o Pai e o seu Filho o Senhor Jesus uma única
pessoa, se assim é; por cerca de trinta e três anos tivemos Deus aqui na Terra
e a sua conseqüente ausência nos céus, que sendo isso verdade, também
seria verdade que Deus se esquecera de dizer isto ao Senhor Jesus ou conforme a
Doutrina da Trindade; não teria dito a si mesmo e aos discípulos, pois
eles ensinaram exaustivamente durante todo o tempo; que existirão eternamente
o Pai e o Filho, e se assentarão um ao
lado do outro por toda a eternidade, como Paulo diz, em outros
e nesse texto, conforme Colossenses 3. 1
Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas
que são de cima, onde Cristo está, assentado à destra de Deus. Isso é o que a Bíblia ensina de maneira
didática, simples e da forma mais elementar possível. Entretanto, se você quer
considerar a metafísica ou o panteísmo ou ainda alçar um vôo
filosófico maior do que procurei trazer para esse Trabalho ─ como
já ponderei quanto ao tempo e a criação, quando pedi e lhe dei milhões de anos
à frente para respostas ─ agora lhe peço tão-somente alguns anos; pois
a volta do Senhor Jesus está próxima
─ porquanto Paulo nos diz que “conheceremos como somos plenamente
conhecidos”... É só conviver um pouco mais com o elementar antropomorfismo e a antropopatia, que todos nós entendemos (em parte) e quando ele
voltar entenderemos tudo plenamente.
291
Já estando na
fase conclusiva desse Estudo, no qual aconteceram varias reiterações visando um
melhor entendimento; creio valer a pena continuar um pouco mais usando e
abusando da sua paciência e atenção.
292
Há correntes que estudam um pouco mais
o texto sagrado e concluem que como já provei neste Estudo A Doutrina da Trindade É
Heresia; concordando que o texto
sagrado ensina que o Senhor Jesus e o Pai são duas pessoas de fato distintas,
entretanto, como se estivessem presas e compromissadas com essa idéia
extra-bíblica; ponderam, que os discípulos assim informaram, por não terem
chegado a entender que o Senhor Jesus é Deus, o Pai... Sendo essa conclusão por
demais perigosa, pois, não só atribui a Atanásio o direito pós-bíblico de
acrescer o texto sagrado, sendo dele a paternidade dessa pretensa revelação,
adaptada posteriormente à metafísica, também legitimaria que a
revelação de Deus ao mundo, ainda estaria por se completar, ensejando também a
necessidade de canonizar informações pós Novo Testamento já passadas, e algumas
que poderão ainda aparecer.
ERUDIÇÃO VERSUS
TRADUÇÃO
293
Ilustres senhores teólogos e
professores dos Seminários, tão bem informados sobre filosofia e a muitíssimo
estudada metafísica; exercitem as suas mentes e procurem lembrar-se do que
têm estudado e ensinado sobre a Bíblia;
porquanto Paulo e os demais escritores bíblicos conheciam tudo sobre as
conclusões metafísicas quanto ao Ato,
Simples, Imóvel, Potente e Primeiro Motor, pois
desde os pré-sócraticos, Sócrates,
Platão e Aristóteles, que sistematizou a lógica
e a metafísica; isto era muito claro para todos e
amplamente difundido antes e durante a
era cristã; entretanto eles preferiram ficar com o ensinamento bíblico que
contempla o pleno antropomorfismo e a
antropopatia dentro da didática do teológico acessível aos “pequenos
incultos” quanto às revelações dadas a eles e, as transmitiram a nós através
desse mesmo texto sagrado e com as mesmas características de como
receberam.
294
De igual modo é verdadeiro e não falso;
que todo esse conjunto de ensinamentos diferentes do que é bíblico, que tenho
contestado aqui; não têm de fato nada a ver com que ensina a Bíblia; no que,
prosseguir nisto se constitui em erro doutrinário e clara heresia, e até
perdoem a franqueza, em plena infantilidade teológica; todavia não entendam
como desrespeito a infantilidade
teológica, pois esta é uma linguagem bíblica, conforme Hebreus 5.
12-14, I Pedro 2. 2; também I Coríntios 3. 1-2, a figura criancice ou
infantilidade, que é parte da carta, na qual Paulo fala de maneira específica
contra a filosofia grega e as tradições judaicas indevidamente mescladas à
verdadeira doutrina, como ainda hoje; que ensejam usar de maneira pertinente as
figuras: meninice, criancice e infantilidade, quando se fala de alguém que abandona o que efetivamente ensina o texto
sagrado.
295
Entendam, reitero, que a minha
veemência busca alinhamento com as ponderações de Paulo, que são veementes e
pertinentes, e num grau elevado; nas quais me arrisco a concluir; que tem
havido no decorrer da história por parte dos teólogos e dos que se dizem
defensores das coisas de Deus, um claro e exacerbado demonstrar de erudição em
cima da simplicidade da revelação dada a nós seres humanos através do texto
sagrado; complicando com isto o seu fácil e pleno entendimento segundo os
propósitos de Deus; para os quais criaram ainda, o pressuposto da necessidade
de se conhecer e falar o grego e “até o hebraico” para se interpretar a Bíblia,
a partir de quais de fato textos isentos de uma avaliação mais aprofundada?
Também em vários Trabalhos sobre Teologia e em muitas obras da literatura
evangélica se têm usado de maneira impertinente o grafar no grego e no
hebraico, textos bíblicos, sem a devida necessidade de esclarecer problemas de etimologia
quanto à tradução, numa clara demonstração intencional de erudição. Embora o
conhecimento pleno do grego seja bom, como o é importante o do inglês hoje, não
esqueçamos ou tenhamos a consciência de ser um fato concreto o não existir
discussão substantiva sobre as traduções da Bíblia, também, como todos nós
sabemos, o que marcou o efetivo conhecimento popular contemporâneo do texto
sagrado, foi a visão maravilhosa de Lutero que acabou contagiando o mundo, ao
traduzir o Novo Testamento para a sua língua, o alemão, que marcou de maneira
decisiva, essa verdade contundente, de ler, interpretar e ensinar as coisas de
Deus contidas na Bíblia, na língua de cada povo a que pertençamos. Como já
fizera João Wycliffe, A estrela Matutina da Reforma a partir de 1373; que aos poucos foi promovendo a
tradução da Bíblia do latim para o inglês; e à medida que traduzia partes, já
as ia distribuindo com seus alunos e o povo; pois assim como aconteceu e o
continuar acontecendo, estar-se-á desse modo, em pleno acordo com o dissera o
Senhor Jesus em exultação; que a revelação do seu Evangelho é principalmente
para os menos doutos, conforme Mateus 11. 25-26
Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou ó Pai, Senhor do seu
e da terra porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as
revelastes aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tenhamos
cuidado com a interpretação dada a esse texto, que diz serem, os pequeninos, os
“doutores que são humildes” ─ claro que também estão incluídos, quanto a
revelação, mas estamos falando objetivamente dos sábios e entendidos em
hebraico e grego e demais em outras áreas, e o fato é que, como tenho
insistido, a revelação do Evangelho do Senhor Jesus visa a todos,
conseqüentemente a sua apresentação terá que ser elementar, didática e accessível a todos.
296
Do
início e ao final do Preâmbulo,
prometi que repetiria três parágrafos relacionados com a questão tradução do
texto bíblico e vou fazê-lo na sua integridade, mesmo sendo repetição de
considerações sobre Lutero, que já estão ditas acima, que são os seguintes:
Dentro dessa questão. Houve sistematizações quanto aos ensinamentos das leis e
profecias do Antigo Testamento, por exemplo, a Quarta Filosofia, fundamentada a partir de textos de Daniel capítulo
2 e 7, que é detalhada no meu livro Ceia,
sim! Cruz, não; que se deram de forma concomitante ao período, por
intermédio dos escribas e doutores da lei, posteriormente os efetivos
rabinos... Jesus começa o seu ministério praticamente revisando todas as sistematizações
das tradições judaicas e as suas interpretações das leis e profecias desses
doutores da lei; estabeleceu o Colégio Apostólico; que é a figura dos nossos
Seminários de hoje, entretanto não havendo sucessão apostólica pós Matias e
Paulo, cujos discípulos continuaram essa revisão das sistematizações e as
reproduziram na doutrinação da Igreja primitiva emergente.
297
A sistematização paralela ao Antigo
Testamento fora feita basicamente em hebraico e aramaico ─ que creio ter sido o
início da trajetória de chegarmos a usar a Bíblia traduzida na nossa própria
língua, por meio do grego koiné.
298
O Senhor Jesus, na sua sistematização, explicação e
aplicação das informações do Antigo Testamento, a fez exatamente nessa forte contraposição, como
desde início do seu ministério, as fez falando em aramaico. Os discípulos após
terem aprendido diretamente com Jesus e Paulo por revelação, Gálatas 1. 15-16,
fizeram as suas pregações em hebraico ─ Paulo, Atos 21. 37-40, também em aramaico e em grego ─ dentro dessa interessante trajetória de
diversificação lingüística, concomitante ─;
posteriormente escreveram em grego, o que está canonizado; para que
através desse idioma, as verdades de Deus chegassem a cada povo e língua.
Conforme ficou marcado, de maneira grave, num momento igualmente grave da
história; o início da consolidação desse processo, com a tradução do Novo
Testamento para o alemão, feita por nosso irmão, o ex monge católico romano
Martinho Lutero ─ que o fez a partir do texto grego do Novo
Testamento de Desidério Erasmo, o maior
erudito da reforma, conhecido como Erasmo de Rotterdam (1466 - 1536), publicado em 1516 usando o latim e o grego,
dispostos em duas colunas. O que estou efetivamente dizendo é
que a Bíblia traduzida para o meu, o seu idioma ou o de qualquer pessoa, é toda
suficiente para que estudemos com segurança as verdades de Deus contidas nas
suas páginas; sem nos esquecermos do Trabalho pioneiro de João Wycliffe (1320 -
1384) professor de Teologia da Universidade de Oxford, a Estrela Matutina da Reforma, em quem se cumpriu os 1290 dias de
Daniel 12. 11, que começou a traduzir o texto sagrado para o inglês, e à medida
que o ia fazendo, os distribuía aos seus alunos e demais pessoas.
299
Continuando
quanto a essa questão idioma do original bíblico versus traduções ou a visão elitista-lingüística dessa
dependência... Há que se considerar preliminarmente que essa pseudo-dependência; só é ou foi
verdadeira até o momento em que de fato se consolida ou se consolidou com a
tradução, que inclusive pressupõe o fato de que a recíproca é verdadeira ou o
valor dito maior desse ou daquele idioma versus
tradução, está transitória e simplesmente parametrizado ao momento em que se
conclui a efetiva tradução ─ obviamente o ser recíproco infere que o idioma A
está para o idioma B, assim como o idioma B está para o idioma A, portanto com
importâncias iguais.
300
Há que se fazer exegese em hebraico e em grego!..
Isto é o que exige essa visão elitista-lingüística da bitola acadêmica dos
Seminários de Teologia, entretanto esse pressuposto é ou só será de fato
verdadeiro quando dois lingüistas versados nesses idiomas se entendem: um como
o emissor, aquele que apresenta a exegese e o receptor, aquele que a ouve ou a
lê... Essa seria a efetiva exegese nesses idiomas, que para acontecer
demandaria da parte de ambos, o pleno conhecimento da história, dos mitos, das
leis, costumes, nuanças culturais e folclóricas dos povos dessas línguas,
antropologia e sociologia. Quero falar agora do que chamei de volta no
início, mas, antes disso, lhe peço que tenha em mente o pressuposto de agora, que
são os dois lingüistas, cuja volta (tradução) infere que esses também sejam
efetivamente versados na língua portuguesa... Não sei se você está
entendendo; todavia creio que estivemos conjeturando, não sobre aquele que está
estudando o texto sagrado e sim exatamente sobre tradutores, que já fizeram
esse trabalho na tradução séria de todos os textos, para os quais, de alguma
forma, alguns dessa vertente lingüística ─ achando necessária essa dependência
acabam criando dificuldades.
301
Do outro modo, repudio os arranjos, que são
paráfrase do texto já traduzido e também são literalmente o acrescentar
advertido em Apocalipse 22. 18 chamados de Bíblia na linguagem de hoje, versão
jovem, também outras e principalmente, pela sua denominação injuriosa e
indevida a versão chamada de Bíblia viva, cujo desaviso quanto à
inferência, agride a tradução séria, quando literalmente a estariam chamando
de morta, mas de fato o pressuposto é contra a Bíblia... Porque
decididamente, não há nem de leve a possibilidade de Jesus ter usado o
coloquial ou gíria ─ embora tivesse mais vezes falado a pessoas
simples e humildes e a poucos letrados ─; daí uma fala não culta ou sempre
coloquial, como especulam alguns de visão popularesca, todavia, nos dois casos
Ele seria seriamente criticado pelos sacerdotes e doutores da lei, quando, pelo
contrário eles elogiaram a sua autoridade e maneira como falava, que com
certeza fora didática, acessível, todavia solene. Pastores sérios repudiem
comigo, o que tenho ponderado aqui!
302
Parece que todas as coisas sérias que buscamos
aprender e ensinar estão dentro do que Thomas More enumerou em sua Utopia, a sua sátira veemente à
sociedade inglesa e européia, e de um modo geral, foi e, porque não dizer,
continua sendo uma crítica de fato pertinente a tudo o que aconteceu e acontece
no nosso mundo contemporâneo... Isso torna oportuno e bom citar o que Morus
reivindica no subtítulo: Das viagens dos
utopianos e outros assuntos diversos,
na página 74 do seu livro A Utopia,
quando diz: “Aprendem (os utopianos) as ciências na sua própria língua,
rica em expressões, harmoniosas ao ouvido e apta para interpretar fielmente
o pensamento”. Também, segundo Charles Francis Potter no seu livro História das Religiões; quando fala do
grande erudito da reforma Desidério Erasmo o Erasmo de Rotterdam, cita o
prefácio do Novo Testamento traduzido por ele em 1516, no qual se vê uma coluna em latim e outra em grego, a
partir do qual Lutero o traduziu do grego para o alemão, reiterando. Assim se
lê o prefácio de Erasmo, como nos informa Potter: Apud ─ “Quisera fossem eles (evangelho e
epístolas) traduzido para todos os idiomas que pudesse... o lavrador cantar um
ou outro verso, ao seguir o arado, o tecelão trauteá-los ao som do tear, e o
viajante, matar o tédio da jornada com suas histórias”. Considerem
também que essa tradução do autor de Elogio
da Loucura, o grande Erasmo de
Rotterdam, visou escandalizar a igreja romana que tinha tornado o latim e não o
grego como a língua bíblica. Vejamos também o que ele diz em Elogio da Loucura sobre idiomas e de um
modo especial o grego, na defesa da tradução na própria língua de cada
povo ─
“A esse respeito, pareceu-me igualmente oportuno imitar os retóricos dos
nossos dias, que se reputam outras divindades, uma vez que podem gabar-se de
outras línguas como a sanguessuga (língua bifurcada) e
consideram coisa maravilhosa inserir nos seus discursos, de cambulhada, mesmo
fora de propósito, palavrinhas gregas, a fim de formarem belíssimos
mosaicos. E, quando acontece que um desses oradores não conhece as línguas
estrangeiras, desentranha ele de rançosos papeis quatro ou cinco vocábulos, com
os quais lança poeira aos olhos do leitor, de forma que os que o entendem se
orgulhem do próprio saber e os que não o compreendem o admirem na proporção da
própria ignorância”. Vale à pena e é oportuno que se credite a Morus e
Erasmo a total e plena autoridade para esse tipo de crítica, pois
tinham conhecimento e familiaridade com o idioma grego e outras línguas.
303
No meu pequeno segundo livro, A Noiva aprovada por Ele; no primeiro capítulo me insurjo contra a
defendida significação para Eclésia
(grego, ’Еκκλεσία), Igreja,
assembléia, como sendo “chamados para fora”, que segundo alguns viria da raiz
etimológica da palavra. Tem-se no livro As
igrejas do Novo Testamento do irmão MC Daniel, em um estudo sobre isso,
defendendo esse entendimento. Só que aquele estudo já identifica uma espécie de
opção confronto ao pretenso direito de “A Igreja” ostentado pelos
católicos romanos, daí pode se concluir, como diz o ditado popular׃ a emenda ficou pior que o soneto,
pois Senhor Jesus ensinou enfaticamente
(João 17. 9-18) que a igreja está no mundo ─ à semelhança da arca, que estivera
no mundo inundado na época de Noé, que produz naturalmente uma significação
exatamente contraria, se necessária fosse! Que seria literalmente׃ chamados para dentro, e
seria uma aplicação perfeitamente verossímil, porquanto o Senhor Jesus fez essa
construção em Mateus 24. 37-41 e Lucas 17. 26-27 ─ Como aconteceu nos dias de Noé, assim será
nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento,
até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e os destruiu a todos;
sendo repetitivo: estavam todos no mundo (do lado de fora da arca), ignorando o
aviso de Noé, entretanto, os animais e os que estavam dentro da arca se
salvaram. Nesse livro o irmão Daniel identifica modos e formas como a palavra Eclésia é usada no texto sagrado ao
referir-se a essa assembléia, a Igreja de Cristo, coisa perfeitamente normal
quanto a muitos e muitos vocábulos nas diversas línguas, que ganham
efetivamente essa ou aquela final significação dentro de textos em função da nuança
semântica dos mesmos, nos quais a questão etimológica fica de certa
forma relativa pela importância da semântica.
304
Isso é tão sério; que o elenco de significações
dentro de nuanças semânticas, que o livro não sinaliza é colocado para a Igreja
como instituição, que no sentido plenamente etimológico, são as organizações
humanas; para textos que falam objetivamente da Igreja que não é visível
obviamente não sendo instituição, que é organização humana; cujo texto
primeiro e básico é o da pergunta feita por Jesus aos discípulos sobre o que as
diversas pessoas e eles pensavam ser Ele, conforme Mateus 16. 13-19, que é o
principal texto que fala da Igreja׃ Instituída, edificada, criada, constituída... Todavia, de
maneira nenhuma instituição, mas aquela que tem dentro de si as diversas
instituições, denominações, até porque contra ela não prevalecem as
portas do inferno, entretanto, prevalece sim, sobre as igrejas instituições,
que têm dentro de seus membros joio e trigo ou lobos e ovelhas. Nesse livro de
MC Daniel é feita essa confusão mostrada aqui; que acontece exatamente quando
se perde a visão semântica dos textos e se entra na indevida camisa de força ─ a
linguagem figurada está sempre presente! Da chamada raiz lingüística
(etimologia) da pré-dependência do idioma original, já plenamente traduzido.
305
O texto principal citado acima agora o transcrevo,
Mateus 16. 18-19 ─ Pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela; dar-te-ei as
chaves do reino dos céus; o que ligares, pois na terra será ligado
nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus. Sendo repetitivo quanto a esse texto ─ por
coerência com a regra que enunciei e por que esse assunto merece.
Decididamente, para essa Igreja descrita
aqui nesse texto, não existia nenhum termo grego para lhe dar nome com
característica intrínseca etimológica, pois como já expliquei, sendo isso muito
claro no texto, Ela não é instituição, sendo transcendente, tendo como
membros somente os salvos, portanto sem nenhuma relação etimológica com a
língua grega... Por conseguinte ou exata necessidade no escrever no grego, foi
denominada de Eclésia pelos
evangelistas dentro da visão semântica possível, e perfeitamente compreensível,
que não traz para si a etimologia do inicial do vocábulo, mas sim o que na
prática objetivamente significava naquela época e era assim entendido... Para
não complicar mais ainda não vou considerar para análise a contaminação do
idioma grego para o que está traduzido para inferno, que é o inferno da
mitologia grega: o Hades, que, inclusive tinha um deus com o mesmo nome que era
irmão do deus Zeus, o maior do Panteão da Mitologia grega.
306
O texto acima é o básico ou principal com relação à
Igreja e todas as igrejas que a compõem, que o irmão Daniel chama no seu livro
de instituição, todavia é óbvia a improcedência dessa classificação, porque
para classificar a transcendente Igreja de Cristo como organização ou
instituição, ter-se-á invariavelmente que adjetivá-la, de transcendente ou
invisível, como fez o nosso tradutor, na Bíblia, ou outro adjetivo que possa
fazer com que as terminologias para coisas humanas possam ser usadas para
ela... Dentro disso tem-se no texto sagrado para essa Igreja que não é
instituição, os textos de: Mateus 16. 18, o transcrito acima, Gálatas 1. 22,
Efésios 1. 22, Efésios 3. 10, Efésios 3. 21, Efésios 5. 23, Efésios 5. 24, Efésios 5. 25, Efésios
5. 27, Efésios 5. 29, Efésios 5. 32, Filipenses 3. 6, Colossenses 1. 18, Colossenses 1. 24, I Timóteo 3. 15, Hebreus
12. 23, e para igreja como corporação ou instituição os demais 93 textos. Do
total de 109 textos conforme o próprio irmão Daniel informa no seu livro sobre o
assunto.
307
É objetivamente claro que as ponderações que estou
fazendo aqui não têm absolutamente nada a ver com esse Estudo sobre a
tri-unidade, todavia esse posicionamento meu contra a valorização exacerbada
da etimologia, tem estado presente em
tudo o que escrevo; e aqui nesse texto aparece algo que é considerado por
muitos como polêmico, quanto ao poder da Igreja e outra questão que alguns
entendem como perda de salvação. Vale a pena caminhar um pouco mais no mesmo.
308
Como já expliquei, é perfeitamente claro nesse texto
que o Senhor Jesus está falando de uma Igreja que não é uma instituição
terrena, com C.N.P.J. ou autorização dos Impérios ou reinos para existir, se
nos reportarmos para aquela época, e como também se constata, de fato sobre
essa Igreja não prevalecem a portas do inferno, reiterando, pelo fato dela não
ser instituição terrena... Essa Igreja é transcendente e não pode ser
atingida por Satanás e é a mesma que pela aceitação de Jesus como salvador liga
definitivamente o pecador com os céus... Agora quanto a inferência que você
possa estar ou querendo fazer, no que diz respeito ao desligar dos céus;
considere também o versículo que diz que Satanás não tem poder sobre ela, que
disso se conclui: No Antigo Testamento Deus diz enfaticamente que não tem
prazer na morte do ímpio, João diz que Deus mandou seu Filho Jesus para morrer
pela raça humana porque os ama, e Pedro na sua segunda epístola 3. 9, diz que
Deus não quer que ninguém se perca. Se Deus não quer que ninguém se perca, as
portas do inferno não prevalecem contra a Igreja; esse poder para desligar é
simplesmente a informação retórica de que Cristo a cabeça da Igreja tem poder
para ligar e desligar, perdoar pecados e dar vida a quem quiser, conforme o
texto de João 10. 18.
309
Os escritores do Novo Testamento quando fizeram os
registros dos fatos relacionados com os atos de Jesus e os seus ensinamentos,
também quando das cartas, o livro dos Atos dos Apóstolos e o Apocalipse; não
criaram termos ou palavras novas para o idioma grego e sim usaram as existentes
e perfeitamente associadas ao cotidiano dos que usavam essa língua, como já
ponderei nesse capítulo sobre o substantivo Teo ou Theós (grego, Θεός), que
eles também usaram para identificar o Ser Supremo revelado ao povo judeu, o
Deus que adoramos... Decididamente não existe ou existiu o idioma grego
evangélico; do latim até pode ser, pois o catolicismo criou efetivos termos
dito eclesiásticos para si.
310
O substantivo eclésia,
assembléia foi usado pelos escritores do Novo Testamento a partir da idéia
vigente sobre essa palavra nas nuanças do uso desse termo para essa ou aquela
assembléia, que no caso da Igreja de Cristo ─
um reunião ou grupo de pessoas ─, é adjetivada como imaculada por
pertencer a Cristo, sendo sua Noiva, e na
visão lingüística objetiva, definitivamente; “A Igreja” é a assembléia
universal composta de santos e pertencente a Cristo. Não que esses que o
aceitaram a como salvador, estivessem
─ e os que irão aceitar,
estejam ─, dentro (na superfície) do planeta terra ou
mundo, foram ou sejam entendidos agora de chamados ou tirados para fora... Para onde, em que lugar?.. Vou responder de
maneira curta e objetiva. Se estavam dentro da Terra (sua superfície) ─
diferente do etimológico defendido, que é dentro de num recinto ─, que
também está dentro do cosmos; só há uma conclusão para onde podem ser tirados
ou chamados: “para o infinito e além!” ─ como é o bordão do
personagem astronauta de Toy History, Bass light year... Tudo isso que estou
dizendo aqui é facilmente identificado nos textos traduzidos em português.
Novamente aqui, aquela mesma intenção de mais um assunto, mostrando com mais
esse fato o quanto temos nos afastado do que é efetivamente bíblico; tanto no
entender e principalmente no como estudar, na direção do nosso próprio idioma e
mais uma vez, sendo repetitivo; mostrando a improcedência da exacerbação da
etimologia no idioma original ─ contra isto me insurjo, não contra o grego ou
qualquer que possa nos ajudar a melhor entender essa ou aquela questão ─,
quando esquecemos principalmente da semântica, para textos já convenientemente
traduzidos...
311
O que preciso dizer de forma objetiva com relação ao
termo eclésia é que as ponderações
feitas aqui sobre a questão etimologia, decididamente não têm ou terá nada a
ver com os lexicógrafos e as suas conclusões, porque como já expliquei de
maneira detalhada. A Igreja de Cristo constituída no início do seu ministério
foi posterior à criação dessa e de outras palavras (vocábulos); que estão
diretamente ligadas ao povo grego e o inicio e evolução da sua existência ─ não
tendo a Igreja de Cristo nenhuma relação com o etimológico desse termo ─ já
disse isso várias vezes. O lamentável quanto a isso é que de maneira errada e desavisada; pastores têm inventado
até explicações para ajustá-las a essa deformação, como: o tirados para fora
significar que as igrejas não devem ficar dentro das quatro paredes de seus
templos, e sim sair para evangelizar. Quando na realidade (perdoe o
coloquial), uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
312
Agora, para concluir esse assunto; imagine uma
assembléia (grego, eclésia) de um
clube de futebol ou determinado condomínio ou pior, a reunião (assembléia) dos
acionistas de uma determinada empresa; considerando que assembléia significaria
no grego, chamados ou tirados para fora, essas reuniões teriam que ser
realizadas em local público, na rua. Decididamente, parece que não temos
entendido nada sobre Teologia e Lingüística... Sobre eclésia falarei um pouco mais quando falar do assunto pastores,
relacionando-os a ela.
313
O elenco de coisas enumeradas até agora faz também
lembrar, que a “Pedra Roseta”, só é
importante hoje, como acervo histórico do museu Britânico de Londres; porquanto
o que conta como relevante quanto a ela e o seu texto, foi e é a tradução ou
decifração, descoberta do que fora convencionado para esse escrito feito por
Jean François Champollion; que a colocou cronologicamente dentro de uma das
quatro heranças políticas do Império de Alexandre o Grande, a dinastia helênica
dos egípcios que começou com o general Ptolomeu e terminou em Cleópatra; sendo
que essa decifração ou tradução permitiu entender melhor, os escritos sobre o
misterioso e fechado Egito antigo, sendo também esse período o da LXX, setuaginta, tradução do Antigo
Testamento para o grego.
314
Interessante é continuar lembrando tudo isso, nos remete a trazer para
bem próximo de nós incultos, a mais elementar visão de gramática; que demandou
inicialmente descobrir em cada língua, o conjunto de regras a serem
convencionadas para a seu efetivo uso operacional ─
convenção é a palavra chave!.. Tenho por hábito brincar quanto a isso
usando a maneira mais elementar possível, quando digo que o estabelecer
convenções quanto a termos (palavras) das línguas é na prática convencionar a
definitiva convenção, por exemplo: isto aqui é tá, tá, tá ─ tá, tá, tá,
ok? e aquilo ali é ti, ti, ti ─ ti, ti, ti, também ok? O processo, que tem esse início e
característica por demais elementar, se sofistica e caminha na direção de
abrangência maior, entretanto parametrizado pelo elementar mecanismo da
convenção, que o sistematiza como gramática; que ao fim, gera na relação de uma
língua (idioma) com a outra, o conhecer claramente de maneira definitiva, quem
é e o que são os tá, tá, tás, e quem são e o que são os ti, ti, tis.
315
Depois
dessa série de considerações sobre a questão tradução, quero mostrar que a
Bíblia legitima o caminhar nessa direção... Primeiro quero também informar que
essa tendência de valorizar em demasia as línguas originais do texto sagrado
tem conexão com um texto profético do livro de Amós 8. 11-12, que fala da
supressão da Palavra, a Bíblia, e é usado por muitos estudiosos de Escatologia
que dizem estar ainda por acontecer
─ isso por falta de conhecimento
bíblico, pois hoje isso seria impossível de se concretizar; não sendo preciso
enumerar os óbvios porquês, quando na realidade isso já aconteceu desde o
imperador Diocleciano e até a chamada Reforma Protestante ─ durante 1260 anos,
portanto, cujos pontos importantes contemplaram dentro de si a tradução do Novo
Testamento para o alemão... Esse período contemplou no seu início nos anos 303
a 305 a matança de todas as lideranças da verdadeira Igreja de Cristo, a
destruição de todos os lugares de culto e a destruição de toda a literatura
cristã existente com os crentes; esse processo, no seu início, teve um
desdobramento no final desse 4o século, que foi a tradução da Bíblia
para o latim; se tornando por imposição católica romana a língua oficial do
texto sagrado; tanto que monges ignorantes se escandalizaram quanto ao Novo
Testamento latim e grego de Erasmo; quando estranharam
escandalizados e entenderam como heresia o idioma grego sendo usado nas
Escrituras ─ porquanto a partir da
tradução latina de Jerônimo se perdeu até Erasmo a verdade do original bíblico
ser grego, incluindo a LXX ─, e como estava profetizada por Amós (Amós 8. 11) a
supressão através da negação da Bíblia para os leigos, que continuou até o
evento da Reforma.
316
Em segundo lugar, como disse anteriormente, a
própria Bíblia legitima de maneira contundente a sua tradução para todas as
línguas, contudo consideremos que a tradução para o latim chamado Vulgata teve
motivação de “romanizar” o texto sagrado e restringi-lo ao clero, como foi
visto na história. Porquanto a partir do relato da descida do Espírito Santo, o
Pentecostes; e quanto ao “entender em
suas próprias línguas” é um texto
profético claramente na direção desse processo de universalização do
texto sagrado por meio da tradução para todas as línguas; conforme Atos
2.4-6 ─
E todos ficaram cheios do
Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas (grego,
γλωσσα ou γλωττα ─ glossa, língua),
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Habitavam então em
Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouviu-se, pois, aquele
ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia
falar na sua própria língua (grego, διάλεκτος - dialektos, idiomas). Como foi visto no
texto acima em português, é objetivamente claro que línguas do verso quatro
denotam na sua construção, ser uma fala (língua) desconhecida, conforme I
Coríntios 14. 2; do outro modo o versículo seis mostra na construção desse
último período da constituição do texto, ser línguas aqui, idiomas e
dialetos... O estranho e complicado é que naquilo onde a questão do que está no
original grego pode de fato ajudar e até elucidar a possível
controvérsia no presente, pois
quanto à tradução, a semântica já objetivou o entender o texto em português;
não se vê por parte dos lingüistas
─ que defendem essa dependência
─, a efetiva, oportuna e necessária valorização desse fato presente no texto
bíblico e aqui objetivamente mostrado.
317
O que foi visto nesse texto mostra uma sinalização
da parte de Deus por meio da ação do seu Santo Espírito; quanto ao valor e a
necessidade de cada um ter disponível em
sua própria língua todas as informações sobre as coisas referentes a Ele e o
seu Filho, o Senhor Jesus, que como disse acima; o Espírito Santo capacitou aos
que ali estavam reunidos no cenáculo a falarem uma língua não compreensível por
vias normais ─ como detalharei no Estudo sobre dons espirituais ─; pois como mostrado aqui foi de forma
sobrenatural que se traduziu de maneira simultânea e individual, o que estava
sendo dito por intermédio daquela fala estranha; para o entendimento das várias
pessoas de idiomas e dialetos diferentes, que ali estavam; numa clara aprovação
e sinalização profética de que essa seria a óbvia forma (tradução) pela qual o
Evangelho chegaria a todos os povos e todos os idiomas e dialetos.
318
Isso que tenho ponderado aconteceu no ministério do
Senhor Jesus, quando do confronto com os doutores da lei, que nessa
denominação dada a esses que tinham a missão de ensinar ao povo; por si já
mostrou e mostra o perfil extremamente acadêmico daqueles. A contrapartida
disso foi o ensino didático e elementar de Jesus, que foi todo suficiente,
justamente na direção dos humildes, e ao mesmo tempo no de dar aos que irão
cumprir a “grande comissão” ─ Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, (...), ensinando-as a observar todas as coisas que eu vos tenho
mandado, (...), todo o respaldo simples e elementar para tornar fácil e
accessível esse importante trabalho de ensino... A lista de ponderações acima objetiva e resume o que tenho
explicado sobre o não ser imprescindível o grego e muito menos o hebraico para
se interpretar o texto sagrado, já traduzido para o idioma de quem quer que
seja.
319
Após todas essas ponderações, veementes, porém
sinceras, abro o meu coração aos queridos e ilustres doutores, professores
altamente versados em hebraico e grego... ─ Não tenho nada absolutamente nada
contra os senhores, pelo contrário, se Deus me der tempo e condições ainda
chegarei ao nível de mestres que sois. Entretanto entendam que tudo o que disse
aqui está exatamente na direção do entender essa questão línguas como objetivo
de quem estuda perseguir nesse objetivo,
até porque, entender e falar efetivamente qualquer língua (idioma) são
coisas muito difíceis, ainda que com garra no atingi-lo, todavia, não como de
fato necessidade; considere também o grande amor que tenho pela Palavra do
nosso Deus e do seu Filho o Senhor Jesus, no nome de quem peço ao Pai, que pela
ação do seu Santo Espírito preserve a Bíblia na sua forma o mais simples
possível em cada língua para acesso e entendimento fácil dos pequeninos, ainda
que seminaristas.
320
De igual modo é importante que fique bem claro que
em momento algum eu tenha dito, aqui neste Blog, em outro, em livros, em
ensaios sobre vários assuntos, que tenho feito e até em of; que não se
deva sinalizar e dar aos seminaristas; os primeiros contatos com o hebraico
(nem tanto) e o grego, no estudo dessas línguas nos Seminários e se estimule de
maneira firme a importância do estudo de línguas, objetivando para o
seminarista o bom e importante continuar a estudar o grego; todavia reitero, o
não precisar delas para interpretar “convenientemente” o texto sagrado
traduzido na nossa língua... Creio que agora posso caminhar no concluir esse
Estudo...
321
Neste final de Estudo, digo que, não posso fechar
questão sobre o que seja realmente a total e plena verdade sobre Deus
Pai, seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo, porquanto estou plenamente
de acordo com Paulo (I Coríntios 13. 12), quando diz que agora conhecemos em
parte. Todavia confesso que do ponto de vista dialético, a idéia filosófica do Deus-uno-metafísico ou três pessoas
serem uma, é sedutora do ponto de vista do blá, blá, blá, acadêmico; entretanto
defendo intransigentemente a revelação, simples, elementar, didática e
acessível do antropomorfismo e antropopatia como são encontradas na
Bíblia, que insisto veementemente deve ser respeitada, entendida e ensinada com
todas as suas características intrínsecas. Porque ainda que quisesse caminhar
na direção da tri-unidade (chamada de Doutrina da Trindade) e conjeturar ser a
pessoa do Senhor Jesus a forma ou o meio pelo qual se torna possível o nosso
futuro conviver com Deus o Pai, pois, como dizem, não resistiríamos a sua
presença... Considerando até todos aqueles argumentos: do Emanoel ─ que seria o
próprio Deus encarnado e não o seu Filho representando-O como afirma de maneira
clara o texto sagrado ─; sendo a forma
humana que Jesus tomou para vir até nós, nos redimir e se tornar o noivo da
Igreja composta de muitos que já aceitaram e os que o aceitarão; e sim seria o
Senhor Jesus o próprio Deus, o Pai que governará eternamente com os homens,
como se na realidade Jesus sempre tivesse sido o Pai.
322
Seria essa conjectura mais uma tentativa de
legitimar a tri-unidade; entretanto Paulo se preocupou em falar muito sobre
isso, para esclarecer essa questão de maneira bem clara e definitiva, como o
fez nas suas diversas epístolas, e de um modo mais abrangente quando
escreveu aos de Corinto, inclusive no
texto que já transcrevi no início desse capítulo (I Coríntios 8. 6); que é plenamente elucidativo como esse de I
Coríntios 15. 24-28 ─ Então virá o fim quando ele entregar o
reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo o domínio, e toda
autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto
todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é
a morte. Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando
diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que
lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas,
então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe
sujeitou, para que Deus seja tudo em todos... Coisa essa, que
acontecerá na sua exata plenitude e consumação de tempo; após o término do
Milênio e o subseqüente Juízo Final, como nos informa Paulo nesta fala aos
irmãos de Corinto, quando se consolidará todo o Ministério do Filho Messias
Salvador (propiciação pelos nossos pecados), o nosso Senhor e Jesus Cristo, na
total entrega do reino ao Pai para sempre, conforme versículos vinte quatro, e
vinte e oito.
323
Pode ser sedutora, engenhosa e altamente filosófica,
mas essa infeliz idéia da tri-unidade em Deus não se sustenta do ponto de vista
bíblico, porque qualquer construção cristã-platônica-Aristotélica irá
esbarrar na morte, quando da crucificação, ressurreição e o posterior
assentar-se à direita de Deus, o Pai, ou seja, um Jesus ressuscitado
vivendo eternamente junto ao Pai. Entendo
nessa mesma direção, e assim deve pensar o verdadeiro cristão ─ creio eu, que o pressuposto de Dr. em
Divindade, divindades pode ser, não é e nunca será o profundo
conhecimento acadêmico sobre mitos e crenças dos diversos povos, e sim o
conhecimento de Deus, o Pai, seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo ─
esse doutorado seria correto, se fosse possível; que por mais que estudemos
sobre essa questão, o conhecimento será no máximo “em parte” ─ que infere o não ser possível de
fato o doutoramento sobre esse assunto.
324
Vou de alguma forma repetir o que já foi dito no
parágrafo anterior sobre ressurreição, porque entendo ser de suma importância o
reiterar que a ressurreição e posterior ascensão do Senhor Jesus aos céus e o
assentar-se à direita do Pai, é um exato contraponto à doutrina da tri-unidade,
pois como encontramos literalmente e de maneira clara no texto sagrado; o
Senhor Jesus foi crucificado, morreu e ressuscitou com um corpo glorificado,
que Paulo em analogia com a nossa ressurreição, diz em I Coríntios 15. 20, ser
a ressurreição de Jesus as “primícias dos que dormem” ou o protótipo da nossa
ressurreição, que teve o seu referencial profético e alegórico no primeiro dia
(domingo) do Pentecostes, conforme estarei detalhando no Estudo O Batismo Inaugural do Espírito Santo.
325
Reiterando pela segunda vez, até parece que todos
nós estamos na fase do leitinho espiritual do conhecimento, inclusive os
doutos teólogos, que não percebem o principal e elementar fato importantíssimo;
que é a base de fundamentação do cristianismo, a ressurreição do Senhor Jesus e
o seu posterior assentar-se a direita do Pai, que como já disse: é uma
perfeita antítese, pois zera, e torna exatamente impossível a idéia de
tri-unidade, como ensinamento compatível com o que o texto sagrado ensina. ─ Há
de fato muitas coisas a serem estudadas por todos nós na Bíblia!
326
Estou aqui novamente ponderando e massificando ou
efetivamente repetindo o que já ostensivamente expliquei, justamente para
sinalizar e enfatizar o quanto foi e é sedutora a construção filosófica da
tri-unidade; que estranhamente tem
contraponto lógico e natural, sendo assim, é plenamente filosófico, pois
sendo Jesus o eterno Filho de Deus, como ensina detalhada, didática e
incisivamente a Bíblia (Hebreus 10. 12)... Decididamente não caberia nem de
leve a possibilidade de Jesus ser o próprio Pai. Como Paulo ─ reiterando, nos
declara enfaticamente no texto titulado pelo tradutor de Cântico de vitória, conforme Romanos 8. 34 ─ Quem nos condenará? Cristo é quem morreu, ou antes, quem ressurgiu
dentre s mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por
nós.
327
A solução filosófica simplista e sedutora, das três pessoas em uma ─ sendo repetitivo e
repetitivo ─ tem de forma direta, como contraponto a si, uma exatamente
simplíssima conclusão verdadeiramente bíblica, que é ser Jesus o Filho unigênito
de Deus ─; sendo isso a base áurea de fundamentação do cristianismo, que tem
também como texto áureo, sendo isso entendido por todos os que estudam a
Bíblia, em João 3. 16... Que em uma paráfrase sobre esse texto, teríamos mais
ou menos o seguinte: ─ Deus, que junto a si tinha a todo o tempo o
seu Filho o Senhor Jesus (João
1. 2-3 e 17. 5), amou o mundo de tal
maneira, que o enviou para morrer
pelos nossos pecados e posteriormente ressuscitar para novamente com Ele estar.
A Doutrina da Trindade pode ser sedutora do ponto de vista filosófico,
entretanto não tem nada a ver com o que a Bíblia efetivamente ensina de maneira
didática a todos e principalmente aos que não têm conhecimento de filosofia.
328
Em um parágrafo anterior, o quarto, e justamente no
que falo da sedução da tri-unidade; denominei a fundamentação dessa doutrina de
forma veemente, coloquial e jocosa de blá, blá, blá filosófico, para criar mais
um espaço ou a possibilidade real de novamente mostrar, dentro da visão de
sucessivas reiterações, que a despeito da Doutrina da Trindade ter quase
dezessete séculos de existência, isso não a torna ou tornaria pertinente.
Entretanto tenho que concordar que essa sua idade milenar e o senso comum por
ela adquirido; demanda que eu seja redundante
repetitivo e tudo o que se possa contra ela na direção de poder melhor
explicar a sua improcedência.
329
O coloquial blá, blá, blá, embora seja provocativo,
é de fato o que corresponde à idéia da tri-unidade e toda a sua argumentação,
como tenho demonstrado nesse subtítulo, mostrando aqui e ali reiteradas vezes a
sua inconsistência... E o fazendo mais uma vez sou levado a lembrar que essa
doutrina afirma de maneira categórica ser Deus três pessoas; até aqui, Deus
físico plural, que considerando a volta do Senhor Jesus aos céus, agora Deus
seria somente um ser amorfo e até o que não se engloba em nada, segundo Aquino
ou “o Deus mistérios Dele mesmo”.
Que remete à conseqüente e pertinente “pergunta que nunca quererá calar”
bordão perfeitamente pertinente, muito usado por pastor amigo: Afinal, são três pessoas ou
uma? Ainda, considerando que o texto sagrado ensina como demonstrei no preâmbulo e nesse Estudo não ser o
Espírito pessoa física; e os próprios trindadistas
não se resolvem quanto a isso, caberia uma outra pergunta ─ não estou aqui
brincando quanto a essas perguntas, porquanto é exatamente isso essa doutrina
projeta na direção do procurar entendê-la, nas suas incongruências e
ambigüidades...
330
No que, essa construção coloquial provocativa até
funciona como uma forma de causar um choque, e motivar o ver que é elementar
demais o concluir como improcedente essa estranha doutrina... Entenda o blá,
blá, blá, assim: como exatamente um grito de apelo lancinante na direção do
motivar a melhor e mais sincera análise daquilo que se tem aceitado
tranqüilamente como verdade bíblica como se fossemos néscios.
331
Também essa questão
quantitativo-filosóficas de Jesus 100% homem, 100% Deus, é estranha à Teologia
bíblica, que diz de maneira simples e clara: O Senhor Jesus é o Filho unigênito
de Deus, sem essas considerações filosóficas, que conviveram e convivem com a
Teologia bíblica, não a tendo penetrado ─ graças a Deus por isso ─; nem por meio de Paulo, que as conhecia
plenamente (as diversas vertentes filosóficas), todavia não as usou como
material didático na sua grade de ensino.
332
O que estou efetivamente dizendo e
concluindo nestes últimos parágrafos, é que entender de fato a Divindade ─
estou falando do Deus vivo, seu Filho, o Senhor Jesus e do Espírito Santo que
habita em nós, sua efetiva vontade, os seus juízos, os pormenores de todo o seu
ser, o universo, enfim! Tantas e tantas coisas que não sabemos; é que reconheço
que o pleno saber sobre Deus está no inacessível e inescrutável para mim e a
qualquer ser humano, ainda que legitimamente doutores em várias áreas; remete-me
a concordar literalmente sem nenhuma leviandade e tentativa de erudição com o
filósofo Sócrates, quando dissera que o conhecimento consiste em saber que
nada sabemos... E mesmo que busquemos o conhecimento que vem de Deus
através do seu Santo Espírito, ainda estaremos aquém da sua plenitude, conforme
nos diz Paulo em I Coríntios 13. 12
Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos a
face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como
também sou plenamente conhecido. Ensinemos
a Bíblia conforme a simplicidade nela contida; sem as essências, as imanências,
as transcendências e etc.. Mas, tão-somente com o simples e elementar revelado
aos pequeninos (Mateus 11. 25-27)... Para informação de muitos que não sabem (tem
informação) da capacidade e conhecimento de Paulo sobre a filosofia grega e as
obras de Platão. O texto de I Coríntios 13. 12 é uma paráfrase da Alegoria da
Caverna de Sócrates em Platão na sua obra A
República.
333
Sendo intencionalmente repetitivo para
terminar este Estudo, lembremo-nos do que disse em outros Blogs-s e no
subtítulo Sistematização Teológica; sobre
o princípio verdadeiro de que a Bíblia interpreta a própria Bíblia que
não é mera regrazinha de sistematização estabelecida por teólogos, e sim
um fato... Pelo fato do legítimo ser o que todos os escritores do Novo
Testamento, explicaram, concluíram ou efetivamente sistematizaram... Não coube,
cabe ou caberá nenhum posterior reparo por qualquer teólogo, por mais brilhante
que seja, que não se alinhe ao que eles sinalizaram como caminho e verdade;
porque do mesmo modo seria o caos e vazio de legitimidade, ou tem caminhado
nessa direção, como tenho contraposto de maneira veemente neste Trabalho. Se a sistematização feita pelos autores do
Novo Testamento não é definitiva para
ser seguida, e cabe-lhe revisão ─ não estou falando contra a hermenêutica por
parte de teólogos posteriores ─ já chamei a atenção para isso reiteradas
vezes, intencionalmente, sendo repetitivo e até chato ─
estará de fato ou já está estabelecido o caos teológico, ou quem terá
esse pseudo direito final, ou até eternamente continuado de sistematizador
final?
334
Ilustres teólogos, professores de
Sociologia, Filosofia, Psicologia e Lingüistas; peço a máxima compreensão
quanto às ponderações e exemplos extremamente elementares e didáticos usados
por mim até o momento ─ como fiz com a Filosofia, a Psicologia (que
muito amo) e as línguas, cujo objetivo não foi predatório ou difamatório ─ quem seria eu para tal!.. E sim, e não é
outro senão o de exatamente motivar a leigos como eu e a seminaristas; ao
efetivo acreditar em seu próprio potencial, entendendo que podem caminhar no
pleno buscar conhecer a Deus, independente do inicial inatingível grego
e do hebraico.
335
Que nesse didático e elementar ─
sendo repetitivo e redundante ─; creio eu, de fato se poderá
instrumentar um paulatino e firme maior interesse no estudo bíblico, e
inclusive também no efetivo estudar o grego e o hebraico (nem tanto), agora com
esse entendimento; de maneira tranqüila, passo a passo e dissociada dessa
dependência, entretanto segura e até melhor fundamentada, pelo agora maior
conhecimento bíblico adquirido no próprio idioma de cada um de nós.
336
Para terminar esse Estudo, gostaria de
fazê-lo de maneira bem interessante no que diz respeito ao seu conteúdo;
repetindo quatro falas de pólos diferentes quanto ao intrínseco entendimento
teológico dos emissores, e ao mesmo tempo
convergentes quanto ao seu cerne ou essência ─ a primeira de Voltaire, a
segunda de João e que já constam desse capítulo a terceira de Pedro,
que foi um lembrar aos irmãos, o como ele por meio do Espírito Santo revelou
ser o Senhor Jesus o eterno Filho de Deus, e como isso fora posteriormente dito
diretamente a eles pelo próprio Deus, e a quarta de Paulo quando falou
da gloria anterior do Senhor Jesus como Filho de Deus, seu ministério humano e
a sua final exaltação para a gloria do Pai...
337
Voltaire, quando se contrapondo às
várias concepções filosóficas e
teológicas sobre Deus; porque ele foi um contumaz contestador de tudo e de todos, embora com muita
coerência, principalmente do catolicismo; quando disse no seu Dicionário Filosófico; subtítulo, Um Único Artesão Supremo, quando fala do
seu Deus Providência, que era mais que imanente, quase transcendente e pessoal
como Ele nos é apresentado e ensinado na Bíblia
─ “Já convencido de que, não
conhecendo o que sou, não posso conhecer o que é meu autor, minha ignorância me
deixa abatido a cada instante. Consolo-me refletindo sem cessar que não importa
que eu não saiba se meu Senhor é ou não extenso, desde que não faça coisa
alguma contra a consciência que me deu. De todos os sistemas que os homens
inventaram sobre a Divindade, qual adotarei? Nenhum, senão adorá-lo”.
338
Na mesma direção do adorar e na plena
intenção de uma relação de equilíbrio racional, o apóstolo João relata dentre
as suas visões, a quando diz, no seu Apocalipse capítulo 5. 13 ─ Ouvi também a toda criatura que está no
céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e todas as coisas que nela há,
dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o
louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos; e os
quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.
339
Ainda,
a fala de Pedro, a qual me referi, ser essa que se constituiu numa denúncia e
profecia, do que fariam com relação à
pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo (nessa pretensa engenhosa Doutrina da Trindade) que está
registrada em I Pedro 1. 16-17 ─ Porque
não seguimos a fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua
majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando pela
Glória magnífica lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo; essa voz, dirigida do céu, ouvimo-la nós
mesmos, estando com ele no monte santo.
340
Por
fim, Paulo disse na sua carta aos Filipenses 2. 5. 11 ─ tende em vós o mesmo sentimento que houve
em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual
a Deus coisa a que devia se aferrar, mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando se semelhante aos
homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se
obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou
soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome
de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo
da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de
Deus Pai.
341
De igual modo, lembrar aqui nesse
término de capítulo, o que transcrevi no final do Blog Coisas Importantes sobre
Igrejas em Células, quando reproduzi o que fora dito pelo físico,
matemático, astrônomo e também teólogo Isaac Newton, que aparece na conclusão
dos seus manuscritos sobre Teologia e Escatologia, denominado Theological Manuscript, disse: ─ “Um homem pode imaginar coisas que são
falsas, mas só pode compreender aquilo que é verdadeiro...” É
exatamente assim que também penso.
342
Que Deus nos abençoe, e por meio do seu
Santo Espírito nos ensine a sermos racionais e cuidadosos quanto a tudo o que
estudamos e ensinamos, e, sobretudo sejamos espirituais, para que a atuação do
seu Santo Espírito seja plena em todos os nossos atos, no pregar e
principalmente no ensinar... Amém! MARANATA.
343
Vou
parar por aqui, e quanto à crucificação de Jesus; a cruz, como instrumento de
pena capital, o seu uso indevido como símbolo cristão, As Cruzadas ─ termo oriundo da força dada a ela como símbolo ─, a
sua identificação maior, que é o sinal que identifica a maior hegemonia mundial
profetizada no livro do Apocalipse (o sinal da besta); quando explico com
detalhes tudo isto no livro que quero editar: O QUE PRECISAMOS SABER PARA
COMEÇAR ENTENDER ESCATOLOGIA, no qual, precisamente na resposta de número treze
detalho tudo sobre a cruz... Ver um pouco sobre este livro em sete fragmentos
do mesmo, postados no Blog: IGREJA MIL MEMBROS OU O EVANGELHO HORIZONTAL,
endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com .
LEMBRETE ou
ADVERTÊNCIA ─ Se qualquer um de nós tem entendido,
ensinado e praticado ─ em oração, adoração e louvor ─, que Deus o Pai é o Senhor Jesus;
fazendo isto, está sistematicamente excluindo Deus o Pai nesta relação ou
exatamente dizendo que Ele não existe... Sendo isto feito por alguém humilde e
de pouco conhecimento; entendo que a grande misericórdia de Deus levará em
conta esse estado de ignorância, conforme Atos 1.17; entretanto: teólogos,
professores de Seminários, pastores e diversos líderes de organizações nas igrejas
terão que dar conta de tudo quanto têm ensinado de errado sobre Eles e tudo
mais que é ensinado na Bíblia.
ENDEREÇOS DOS BLOGS
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
CARTA ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE É O PLC 122 OU A DITA LEI HOMOFÓBICA? (sinopse do anterior) www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O DITO CASAMENTO GAY, A ADOÇÃO E O ENSINO
HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM
SOBRE O PLC 122
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE, ORIGEM GENÉTICA DO HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO DE SUGESTÃO À FEITURA DE LEI
SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU
OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS
LEGAIS, E PAI OU MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM ─ www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS BLOGS
SEXO ANAL NO CASAMENTO É PECADO?
EXISTE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA?
(inclui um estudo sobre crimes dolosos
contra a vida) ─ www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO
VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com Sobre o amor Eros
(lesbianismo, pederastia e o heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de
Platão, e Machado de Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor
(heterossexual); Estudo este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange
ao amor Eros.
DOUTRINA DA
ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS
LIVRE-ARBÍTRIO www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA MIL MEMBROS
OU O EVANGELHO
HORIZONTAL (+ sete fragmentos: sinopse sobre Escatologia) ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
O DÍZIMO II OU QUERO
A BENÇÃO E FICAR RICO
A NECESSÁRIA TEOLOGIA
CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO E DO EVANGELHO ─ www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO
ALLAN KARDEC
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF
THE TRINITY IS HERESY
‘
FINAL I
Esse é o meu vigésimo Blog,
conforme expliquei no início nas Considerações
Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo
postar. Sendo que o seguinte a ser postado ─ contrariando o até agora anúncio
do Tema seguinte ─, será sobre aquilo
que mover meu coração (cognição é o correto) no momento. Com relação aos meus
Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de
acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor (abaixo do meu retrato), a lista de todos os
Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título
correspondente.
FINAL II
Quanto ao conteúdo do
Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos
mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:
Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado não
tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua
citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de
maneira justa e de acordo com a lei.
Jorge Vidal Escritor autodidata
Email egrojladiv@yahoo.com.br