sábado, 9 de maio de 2015



A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE        DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY

O estudar e ensinar a Bíblia são coisas muitíssimo sérias, e por esse motivo muitos terão que dar contas a Deus, o Pai e a seu Filho, o Senhor Jesus, quanto ao que têm usado da Bíblia de maneira indevida, inclusive, até fraudando-a para ganhar dinheiro.

A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA

RECURSO PARA TRADUÇÃO EM OUTROS IDIOMAS
         O texto que você começou ler é integral em português, entretanto, se for traduzido para outro idioma; o sistema Google somente o fará até o parágrafo de número 113, devido à extensão (tamanho) do texto que vai até o parágrafo 343; sendo necessário para traduzir automaticamente todo o texto, a leitura em três Blogs.
         Querendo você continuar a leitura do   Estudo no seu todo em outro idioma, que não seja o português, que aqui é integral. Leia no idioma que você preferiu até o parágrafo 113, que estará traduzido. Volte aqui a este lembrete e clique neste endereço www.heresiadatriunidadetrad.blogspot.com , o qual, lhe remeterá a outro Blog com a continuação do assunto a partir do parágrafo 114 que poderá ser traduzido, completando assim o texto total do Estudo no idioma que você desejou.  
   AGRADECIMENTO
a
         Aproveito para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais agora dezenove Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e em mais trinta (30) países alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no Brasil  ; e agora este, para o qual peço a mesma atenção.  Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Também informo que este Tema ganha presentemente a sua prioridade em função de solicitação de amigos... Para acessar os demais, dos atuais dezessete Blogs, clique no link perfil geral do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de cada um para acessá-lo.
b
 Esse é o meu décimo nono Blog, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Embora tenha dito no décimo sexto que o seguinte a ser postado (o décimo sétimo), cujo Tema ainda não teria definido; se sobre a TRINDADE entendida e estudada no decorrer da história como tri-unidade , o ESPIRITISMO ou que poderia até se fazer necessário abordar outro Tema antes desses, de fato, mais uma vez adiei estes assuntos naquele momento em função do novo Tema, que foi décimo sétimo Blog, endereço  www.paradocola.blogspot.com , e não o Tema Espiritismo que se tornou o décimo oitavo... Agora, neste Blog, o Tema DOUTRINA DA TRINDADE será estudado com todo equilíbrio e seriedade e nele se cumprirá essa minha anterior promessa sobre este assunto.
c
Ainda, vale à pena informar de forma antecipada aos estudiosos de filosofia  que possivelmente discordarão da leitura que faço das obras de Platão nos comentários feitos neste e outros Trabalhos  ; que antes de estribarem-se naquilo que têm aprendido sobre elas no decorrer da história quanto  à autoria atribuída a Platão, por exemplo: da “Alegoria (não mito) da Caverna”, e outras coisas atribuídas a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu primeiro Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO (clicar link do perfil do autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá); no qual identifico o genialíssimo Platão como MODERADOR CONTEMPLATIVO    aquele que não emite opinião, nem  modera de forma incisiva os debates nos fóruns criados por ele em cada uma de suas obras sobre vários assuntos e os legou a nós, toda humanidade... Ainda, se você não consegue entender o que um brasileiro simples morador no Rio de Janeiro, na criticada Baixada Fluminense: diz aqui sobre as obras de Platão. Pense primeiro no que disse Maquiavel sobre a opinião da Maioria e Nelson Rodrigues   parafraseou. Caminhe até próximo de Platão em seu aluno Aristóteles, que escreveu a obra A Política: uma exata antítese da obra A República de seu mestre Platão, também fez sérias críticas a Sócrates em outra obra: Ética a Nicômaco. Do que, quanto à leitura da Maioria, diferentemente, Aristóteles leu e entendeu: como eu, exatamente aquilo que cada filósofo disse nessa e naquela obra, e em A República. Quando nesta Sócrates em debates maiêuticos com Glauco e Adimanto,  irmãos de Platão: produziu a pérola socrática, conhecida mundialmente como A Alegoria da Caverna ─ que não pode, nem deve ser chamada de Mito. E quanto aos reparos que fez: contestou nominalmente a Sócrates em alguns de seus postulados; porquanto foi assim que Aristóteles entendeu o que Platão escrevera em seus, não diálogos e sim debates, de igual modo eu assim entendo e todos deveriam racionalmente ler e entender os escritos de Platão, pois não há opinião objetiva dele  em suas obras... Reiterando: leia com carinho e atenção suas obras, nas quais, você o verá intencionalmente não emitindo opinião e sim registrando a de outros filósofos, principalmente as do seu mestre Sócrates.         
d
           LEMBRETE ou ADVERTÊNCIA ─ Se qualquer um de nós tem entendido, ensinado e praticado    em oração, adoração e louvor  ─, que Deus o Pai é o Senhor Jesus; fazendo isto, está sistematicamente excluindo Deus o Pai nesta relação ou exatamente dizendo que Ele não existe... Sendo isto feito por alguém humilde e de pouco conhecimento; entendo que a grande misericórdia de Deus levará em conta esse estado de ignorância, conforme Atos 3.17; entretanto: teólogos, professores de Seminários, membros do clero, pastores e diversos líderes de organizações nas igrejas terão que dar conta de tudo quanto têm ensinado de errado sobre Eles e tudo mais que é ensinado na Bíblia... Vou repetir esse parágrafo ao final do Estudo.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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         Como prometi desde o meu décimo quinto Blog que postaria um Estudo sobre a Doutrina da Trindade, agora, neste estou cumprindo essa minha promessa, para a qual peço a todos que o lerem: o máximo de paciência, equilíbrio cognitivo na leitura e sincera pesquisa e avaliação de tudo quanto cito como base de fundamentação; quer Filosofia, Historia, Física, Literatura, Antropologia, Sociologia e principalmente tudo aquilo que diz respeito ao que está escrito na Bíblia, que para este assunto, aquilo que de fato bíblico é que deverá prevalecer, quando devidamente interpretado... A conclusão prática do que estou dizendo nessas considerações iniciais é que há pelo menos quatro maneiras de estudarmos a Palavra de Deus.  Por esse motivo quero identificar exatamente o “eu” que comecei e estarei usando em todo o livro. As quatro formas de estudarmos a Bíblia são: Caminhar para o estudo das Escrituras levando para ela interpretações já formatadas por teólogos e doutores cridos como entendidos nesses assuntos, que servirão de caminho para as conclusões já previamente definidas. A segunda é semelhante a essa primeira; e consiste em ser guiado por somente um importante “Medalhão”, cujas conclusões terão os mesmos contornos da primeira ponderação. A terceira consiste em confiar de maneira  “exagerada” nas suas próprias conclusões    não sendo esta a minha conduta ao estudar a Palavra de Deus. Por fim, a quarta: é fazer a leitura da Bíblia de maneira tranqüila, sem prévio posicionamento quanto às conclusões e deixando que o Espírito Santo nos vá ajudando e ensinando-nos como entendê-la    é assim que eu estudo a Bíblia... Não confundir isto, com particulares revelações mirabolantes, pois a revelação de fato é o que está escrito na Bíblia; que qualquer um que saiba ler poderá entendê-la na tradução da sua própria língua, também que sejam  consideradas as ponderações dos escritores aos Hebreus 4. 12-13  e Paulo em I Coríntios 2. 1-16.


PREÂMBULO
1
            A improcedência da Doutrina da Trindade leia-se tri-unidade, demanda ou de fato grita há séculos por uma contestação veemente e bem fundamentada, entretanto sendo ela extra-bíblica, se torna estranho constatar que o contestá-la  choca e até escandaliza    eu sei muito bem a causa disto!.. Os quase dezessete séculos de sua existência criaram o senso comum fortíssimo e muitos pagaram com a vida por isso, de que o negá-la seria estar contra o Senhor Jesus. Entretanto, Paulo, como que por antecipação a contesta, quando se contrapondo às tradições judaicas e a filosofia grega junto aos de Corinto, nesse texto que transcrevo aqui, e vou usá-lo novamente mais à frente; ele disse em I Coríntios 8. 6    Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também. Paulo, ainda, no registro e ensinamento didático elementar de ser Deus o Pai e Jesus o Filho, prosseguiu em dizer em Coríntios 11. 31 ─  Deus e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto. Também essa outra citação de Paulo quando da sua primeira carta ao seu filho na fé, conforme I Timóteo 2. 5    Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus homem.  Será em função dessas e de muitas outras citações, óbvias e elementares do texto sagrado e em concomitância com a avaliação do posicionamento de teólogos, de filósofos e pensadores; que procurarei trazer a dita Teologia histórica, que é de catálogos (conjunto de regras e dogmas), para a verdadeira discussão bíblica, que espero venha acontecer. Também, como no subtítulo Considerações Iniciais, em contraposição também a mofa que sofri por ter dito e reiterado, ser de Maquiavel (como consta na sua obra O Príncipe) a afirmação de que “os fins justificam os meios”; justamente porque alguns eruditos e acadêmicos defendem que essa expressão fora plantada nessa obra ─ infelizmente assim caminha o cego no depender dos eruditos ─, entretanto mostrei como o informado anteriormente (e quem a conhece sabe) que a obra de Maquiavel O Príncipe é  exatamente uma cartilha de como ter os meios justificados pelos fins, explicado ao final das Considerações Iniciais no Blog Sócrates versus Platão versus Machado versus o Amor, endereço www.socratesplataomachado.blogspot.com     ... É nessa não pacífica dependência de doutores do passado e de cridos e venerados Medalhões que quero caminhar nesse Estudo sério da Doutrina da Trindade. Que pelo o já estudado com relação ao Espírito Santo no Blog sobre o Espiritismo (que terá incremento nesse Trabalho), creio, que ficará cada vez mais evidente a improcedência dessa doutrina como verdadeiro ensinamento  bíblico.
2
         O escritor aos Hebreus    que entendo ser Paulo agindo de forma anônima ─, conforme Hebreus 13. 22-25; num lindo Midrash    eu já disse isso  ─, ou quero afirmar novamente que esta obra é um ótimo Trabalho (a epístola aos Hebreus) de Teologia Sistemática, no qual digo estar o roteiro ou plano de estudo da Bíblia; pois, fez nessa sua carta, uma perfeita ordenação de todo o ministério do Senhor Jesus, no qual, nos dois primeiros capítulos ─ após uma sinopse inicial de quatro versículos apenas  ─, explicou toda essa missão do Senhor Jesus; e usando textos de nove Salmos e um de Isaías 8. 18, concluiu de maneira didática e objetiva a Divindade do Mestre... No subtítulo Simetria de Sistematização II (continuação) vou novamente fazer comentário sobre esse Trabalho do escritor aos Hebreus; mas aqui nesse início de capítulo quero de forma objetiva trazer dois pontos importantíssimos de toda a verdadeira sistematização bíblica, para a questão da chamada  trindade. Como estará explicado no subtítulo citado acima, no texto de Hebreus 2. 4-6 aparecerá; aqui transcreverei a mesma referência em seus outros versículos, conforme o texto de Hebreus 2. 6-11     Mas em certo lugar (Salmo oito) testemunhou alguém, dizendo:
Quem é o homem, para que te lembres dele?
ou o filho do homem para que tu o visites?
Fizeste-o um pouco menor que os anjos. De glória e de honra o coroaste,  todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés.
Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que não lhe fosse sujeito. Mas agora ainda não vemos todas as coisas sujeitas a ele; vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.
Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem tudo existe, em trazendo muitos filhos à gloria, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles.
Pois tanto o que santifica, como os que são santificados, vêm todos de um só; por esta causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos.

3
         Paulo escrevendo aos Romanos e aos Gálatas, nessa mesma visão do Jesus  Filho de Deus; como citei em Estudo sobre igrejas em células, postado em Blog. No qual, também contestei David (Paul) Yonggi Cho quanto à improcedência da maximização de palavras no grego com entendimento específico evangélico; porque a coisa é exatamente o contrário, como mostrarei nesses dois textos que vou transcrever. Que é feito ali um desdobramento pelo escritor aos Hebreus na direção de sermos nós os que temos aceitado ao Senhor Jesus como Salvador; agora filhos de Deus, herdeiros como Jesus e co-herdeiros com ele, conforme também Romanos 8. 14-17 ─  Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com eles sejamos glorificados.  De igual modo, como o registrado aqui; no ano 57, Paulo já escrevera sobre esse mesmo assunto, filiação e herdeiro, no ano 53 quando  doutrinando os Gálatas 4. 6-7    E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito que clama: Aba, Pai!  Portanto já não és mais servos, mas filho; e se és filho, és também herdeiro por Deus. Sobre os dois textos acima e o de Marcos 14. 36, e o todo o entendimento e uso que lhes possam ser pertinente: quanto ao filho, herdeiro e co-herdeiro, dentro do específico voltarei a comentar  no subtítulo O Valor dos fariseus; para melhor marcar e fixar esse entendimento, porquanto todas essas questões são muito importantes do ponto de vista teológico. 
4
         Você que já conhecia o texto do Salmo 8, e o seu uso  pelo escritor aos Hebreus, quanto ao que ele constrói no capítulo  2. 6-11, e até então não tinha dado importância a isso... E você que não conhecia. Não pense agora na direção das Testemunhas de Jeová, porque isso (o meu posicionamento) não terá nada a ver com os conceitos e entendimentos deles; como explicarei no subtítulo O Erro do que Denomino Nomismo. Pelo fato de usarem esse texto de maneira  ostensiva buscando fundamentar ser Jesus um ser criado por Deus e não de pré-existir como Filho junto com o Pai, mas na visão literal como eles entendem, conforme essa parte de Hebreus 2. 9    vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos; justamente em função da parte sublinhada acima, para o qual, associam indevidamente o semântico (feito, criado)    que tem aqui a intenção de ressaltar a também plena humanidade eventual de Jesus ─; com o real e de fato “gerar, fecundar”, que é totalmente diferente do criar, conforme Gênesis 2. 7, tanto que, o escritor já usara esse perfeito entendimento em  Hebreus 1. 5-6    Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho
Hoje te gerei?
Eu lhe serei Pai
E ele me será Filho?
E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E que todos os anjos de Deus o adorem, texto este que é uma citação do Salmo 2. 7 e aqui se associa ou se  interliga plenamente ao que todo o texto sagrado ensina quanto à relação de Jesus com Deus, ou exatamente: Deus, o Pai; Jesus, o Filho como em Lucas 1. 26-35 (...) Respondeu-lhe o anjo: Virá  sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus... Decididamente, entendamos todos nós de maneira definitiva e de forma serena, inclusive com os componentes didáticos e elementares dos ensinamentos de Jesus, que Deus é o Pai e o Senhor Jesus é o Filho; e o que defendem as Testemunhas de Jeová é inconseqüente e não corresponde totalmente à verdade. Também não despreze esse início de capítulo, e muito menos faça como os teólogos trindadistas, no ignorar ou agir como se esse texto não existisse e também outros, por não ter como explicá-los em função do  secular entendimento que você possa ter da tri-unidade, que diz que Jesus é uma simples representação de Deus o Pai; que de igual modo comentarei no subtítulo  Jesus é de fato eternamente o Filho de Deus... Não se escandalize, porque possivelmente você está esquecendo que a base de fundamentação de tudo na Bíblia, é o Cristo ressuscitado que se assentou à direita de Deus o Pai; pois isso é estudo bíblico sério... E continue lendo com atenção e respeito ao estudar e principalmente a Deus, no que Ele  mostra de maneira didática na sua Palavra... Em função do que já foi dito até agora, vale a pena e é também necessário dar novamente uma olhada criteriosa  na sinopse de todo o plano de Deus, que está nos três iniciais versículos do capítulo primeiro da carta aos Hebreus.                            
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         Outra questão que a priori me preocupo em dar resposta é a também possível contestação a este Trabalho que dirá que a Doutrina da Trindade, diz sistematicamente ou fala em Jesus e o Pai ou ainda, fala no Pai, o Filho e o Espírito Santo, trindade, portanto. Se você observou, a frase que inicia ou abre esse Preâmbulo, ela já objetiva o que se pretende nesse Estudo sobre essa doutrina, no que, preliminarmente estou chamando aos que estão lendo este Blog, a estudarmos; que da minha parte, haverá uma sincera avaliação, não quanto à questão trindade e sim a “tri-unidade”, que inclusive como se verá à frente no comentário da Suma Teológica de Tomás Aquino, ele diz que o conceito trindade é impróprio, pois envolve nove erros, que segundo os defensores dessa doutrina    não os milhões de indivíduos inocentes úteis do senso comum ─, seria exatamente o Deus Físico Plural uno Metafísico, a minha definição filosófica da tri-unidade ou Doutrina da Trindade.
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         Objetivamente para evoluir no estudo sobre essa doutrina. A Bíblia ensina de maneira clara, didática e acessível a qualquer pessoa simples, que Deus é o Pai, o Senhor Jesus é o Filho e o Espírito Santo, a pessoa de ambos; não outra pessoa da trindade, ou seja, esse meu Estudo é exatamente um contraponto na direção da tri-unidade chamada de Doutrina da Trindade, que tem todo enunciado ou exegese puramente filosófica ─ fantasiosa, que se diga e não a séria filosofia, que é a grande ferramenta de análise  ─, e por esse motivo, difícil para as pessoas simples entenderem... Que numa espécie de amor infundado pela “catacrese”,  uma figura de linguagem, ver dicionários; se usou séculos a fio o termo trindade para a de fato tri-unidade... Tendo havido várias considerações e até nominações infantis no decorrer da história, quando os trindadistas modernos inventaram  o “trietismos”,  neologismo, do que seria entendido como politeísmo, para acusar os que vão ficando sem ter  como explicar a tri-unidade, e dizem simplesmente que Deus são três pessoas, sem dar maiores detalhes; já esses inventaram o “unicismo”, que é exatamente a tri-unidade ou a chamada trindade que é a secular “catacrese tri-unidade”. Já estou sendo e vou continuar sendo repetitivo quanto a isso... Também me permito: em função de tudo isso, ter criado o neologismo trindadistas, nesse mar de nominações dispersivas e improcedentes.   
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O que sempre existiu desde Atanásio foi a tri-unidade com o nome de trindade    que pasmem, foi inconseqüente por parte dele e seus simpatizantes contra o seu opositor Ario  ─; até Tomás de Aquino, que refutou a Atanásio e outros quanto à denominação trindade, como informo no subtítulo Antítese da Doutrina da Trindade. Quanto à denominação trindade, cuja sua milenar exegese sempre foi a tri-unidade e a sua acusação de trietismo ou que isso seria de fato o politeísmo. Isso foi e é por falta de conhecimento bíblico e exatamente por não se darem conta, que embora no Antigo Testamento esteja a enfática afirmação, conforme Deuteronômio 6. 4 ─  Ouve ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor... Que tinha dentro de si a preocupação didática, de também ou exatamente se contrapor ao politeísmo (adoração a outros deuses); todavia havia também um processo paulatino de informar a vinda do Senhor Jesus... Tivemos em Davi, cinco séculos depois, a informação clara dessa nova situação ou relação com Deus, que contemplaria a também de fato presença do seu Filho, o Senhor Jesus, conforme o Salmo 1. 5-6, Salmo 8. 1-9, e o Salmo 110. 1, que será reproduzido no decorrer do Estudo mais à frente.
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         Antes já estava informada essa trajetória, conforme Gênesis 3. 15 ─ citado por Paulo em Romanos 16. 20 ─, Deuteronômio 18. 15-19 ─ citado por Pedro em Atos 3. 22 ─, Jó 19. 25, Miquéias 5. 2-4 ─ citado em Mateus 2. 6 ─, Isaías 7. 14 citado em Mateus 1. 22-23, Isaías 9. 1-7    citado em Mateus 4. 12-16 ─, Isaías 42. 1-8 ─  citado em Mateus 12. 18-21─, Isaías 53. 1-12    citado em Atos 8. 28-36 ─, Isaías 61. 1-14 ─ citado em Lucas 4. 16-21 ─, Zacarias 9. 9-10    citado em João 12. 14-15 ─, Zacarias 13. 7  ─ citado em Mateus 26. 3-32 e Marcos 14. 27-28 ─, também Malaquias  3. 1-2  ─ citado em Lucas 1. 76-79 ─; e mais nove Salmos, que são citados pelo escritor aos hebreus que reproduzo os seus endereços com detalhes no subtítulo Simetria de Sistematização II (continuação). Todo esse elenco de textos e muitos outros, convivendo plenamente sem confronto com o texto, também de Deuteronômio 6. 4, reproduzido acima... Sendo que essa informação é reiterada em vários textos do livro do profeta Isaías, o profeta messiânico, dos quais destaco, 9. 1-7 e 42. 1-8, nos quais, não se viu ou se vê politeísmo entre as duas  pessoas; de Deus o Pai e do seu Filho o Senhor Jesus.
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         A trajetória que informo estar registrada a partir do texto de Deuteronômio 18. 15-19 foi reiterada por profetas, e na era da graça; identificada e sancionada na fala de Pedro em Atos 3. 22-23 e por Estevão em Atos 7. 37, também nenhum dos líderes da “Igreja nascente” viram ou entenderam politeísmo em ensinar que Deus é o Pai e o Senhor Jesus é o Filho de Deus, que pós-ressurreição assentou-se à direita do Pai, como está ostensivamente  presente na Bíblia e estará na mesma grandeza demonstrado no decorrer desse Trabalho.
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         Não havendo informação que embasem o conhecimento bíblico para fundamentar a doutrina da tri-unidade, não a procurem na filosofia, e por favor não usem o sofismar, que será literalmente a filosofia de Protágoras, com as infantis perguntas׃ Então Jesus não é Deus? ─ Agora assumo plenamente responder a isso de maneira objetiva e direta. Não! Jesus não é Deus o Pai e sim exatamente o que disse ser, conforme João 17. 3 e João 10. 36 ─ aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós׃ Blasfemas; porque eu disse׃ Sou Filho de Deus? Ou aquela outra também infantil e provocativa pergunta: então você está dizendo que Jesus é um Deus menor? Nunca passou pela minha cabeça essa formulação, porque o que a Bíblia me ensina é ser Jesus, o unigênito Filho de Deus, e Deus o Pai, o Deus único... Quanto ao Senhor Jesus ser menor; foi ele próprio quem disse ser o Pai maior do ele, conforme o registrado em João 14. 28  Ouvistes o que eu vos disse: Vou, e voltarei para vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu. Biblicamente elementar e acessível a qualquer pessoa que estude seriamente a Bíblia, porquanto isso visa explicar a relação de intimidade e respeito havido entre o Senhor Jesus e o Pai, amplamente registrado no texto sagrado, conforme vou mostrar mais à frente.                         
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         Desde o início deste Preâmbulo tenho detalhado o fracionamento do Espírito Santo do ponto de vista plenamente bíblico, e quem é o Espírito Santo na sua relação com Jesus e com Deus o Pai e a sua objetiva identificação como a pessoa do Pai e a do Senhor Jesus; que mostra de maneira clara e objetiva a sua função, de ser Ele, Deus presente (como a sua pessoa, por meio Dele, o Espírito), sabendo  de tudo, em  todos os lugares, junto a todos, também dentro daquele que aceitou a Cristo como salvador, a todo o tempo, ou o Espírito Santo, sendo a pessoa de Deus em todos os lugares presente ininterruptamente é ciente de todas as coisas... Estude com toda atenção todo o desenvolver desse Estudo quanto a esse  assunto.    
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         Além disso, tenho que deixar definido; que entendo que dentro dessa visão do Deus Pai, Filho e Espírito Santo serem um ─  falo isso com toda seriedade  ─, existem trindadistas que pela convivência em ter que explicar algo pouco compreensível do ponto de vista bíblico, migram para uma avaliação e argumentação de que essa visão de três pessoas em uma só, não seria exatamente assim ou isso “são mistérios de Deus”; para o qual, você nunca poderá entender... Mas quem mandou construir essa idéia? E quem está cobrando o entendimento disso ou mandando ensinar tal coisa, que não tem nenhuma base bíblica? Cujas referências básicas estão irônica e contraditoriamente no Evangelho de João, no qual se pretende fundamentar a tri-unidade, senão vejamos João 15. 26    Quando vier o Ajudador, que eu vos enviarei da parte do meu pai, o Espírito da verdade, que da parte do Pai procede, esse dará testemunho de mim (Jesus).                      
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         De igual modo não diga para mim, que dentro dessa visão dos “mistérios de Deus” eu não tenha entendido nada até agora, com aquelas explicações filosóficas, com voz grave, solene e veemente buscando ser didático e me dizendo:    “O que ensinamos é a trindade”    Pai, Filho e o Espírito Santo. ─ Eu também digo exatamente isso sistematicamente, e já disse acima:  A Divindade é trina e não triúna, nem três pessoas    porque o  Espírito Santo não é a terceira pessoa e sim a pessoa do Pai e do Filho, presente em todos os lugares. Sendo essa a  questão. Porque você defensor da trindade com o componente “os mistérios de Deus”, tem contra si (de alguma forma, neste mar de ambigüidades) Tomás de Aquino, Isaac Newton e demais unicistas (triunitaristas) e também eu que me afiro e sigo o que a Bíblia ensina de maneira clara e objetiva; Deus é o Pai, Jesus o Filho, e o Espírito Santo, a pessoa de ambos ou o modo, forma ou meio como Eles são Oniscientes e Onipresentes. Tendo contra mim essas duas idéias defendidas pelos trindadistas que são  de inconseqüências filosóficas e não teológicas. 
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         Jesus quando informou ser o Pai maior do que ele (João 14. 28) foi para mostrar a sua relação de comunhão e obediência à vontade do Pai. Sendo isso reiterado por ele várias vezes, conforme Mateus 7. 21, Mateus 12. 50, Mateus 26. 42, Lucas 22. 41-42, João 5. 30, João 6. 38 e João 14. 31     mas, assim como o Pai me ordenou, assim mesmo faço, para que o mundo saiba que amo o Pai. Levantai-vos, vamo-nos daqui. Essa  informação também teve o objetivo de impedir que façamos a infantil interpretação literal de ser Jesus e o Pai a mesma pessoa (serem um literalmente) e sim caminharmos para o entendimento de que esse serem um refere-se à plena comunhão entre ele e o Pai; como será amplamente explicado no subtítulo, Textos do evangelho de João aglutinados, como o próprio Senhor Jesus explicou no capítulo dezessete do evangelho de João.        
15
         Essas ponderações repetitivas e repetitivas. São  para que você que está lendo esse Estudo; o faça dentro da visão da minha Concomitância do Contraditório, e vale à pena ler novamente o subtítulo Considerações Iniciais que abre o Blog, endereço www.socrateskardec.blogspot.com ,  ou de fato o  agir desprovido de qualquer pré-posicionamento acirrado na defesa do que já aceitou como verdade, nem a pré-rejeição do que está sendo apresentado e estudado aqui, sem primeiramente  analisar, ponderar e racionalmente concluir; não importando em que direção se caminhe, desde que seja o fruto de uma conclusão racional e sincera de acordo com o texto sagrado e não segundo o conceito dos Medalhões do passado e os atuais. 
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         Quando digo que a Doutrina da Trindade é filosófica e a defino dentro dessa visão, como Deus físico plural uno metafísico, usando de redundância como gosto de fazer, é para que seja entendido que entendo perfeitamente toda essa construção já muito idosa (idade 17 séculos), ser em linguagem didática e accessível׃ “A pessoa do Pai, a pessoa de Jesus e a pessoa do Espírito Santo, que são da mesma essência, segundo nos diz Aquino, e que são os três a mesma pessoa...” É isso a Doutrina da Trindade, entendida e ensinada assim como tri-unidade... Que como tenho reiterado, na prática, se tem até contraposto de maneira controversa a esse entendimento exegético, justamente por aquela que é a matriz ou geradora e agente histórico dessa já milenar heresia; quando na profissão de fé católica romana, se diz: Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador dos céus e da terra, em Jesus Cristo, seu único Filho que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; subiu aos céus; está assentado à direita de Deus Pai todo-poderoso. Creio no Espírito Santo, na remissão dos pecados, na ressurreição e na vida eterna. Amem!
 
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         A redundância, que Jesus também fazia, que usei no parágrafo anterior é mais uma reiteração sobre essa definição ou ser objetivamente redundante e repetitivo também é para chamar a atenção, que embora essa definição e explicação já tenham se tornado senso comum ─  e pasmem, juntamente com a confissão de fé transcrita acima ─, ela é (a definição da trindade conflita com essa profissão de fé) totalmente desprovida de relação intrínseca com que ensina de maneira plena, simples e didática o texto sagrado sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo...  Ainda explicarei melhor sobre o Espírito Santo não ser pessoa física, e sim amorfa, pois se fraciona.

                                             A VERDADE SOBRE O TEMPO
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Também é bom que se diga nessa parte inicial desse estudo, em grandes letras; e  já devia ter dito isto desde as Considerações Iniciais, que:    Toda nossa, nós seres humanos, relação com Deus, ou se preferirem, com a Divindade; se dá ou contempla o antropomorfismo e a  antropopatia que é atribuir a Deus forma e sentimentos humanos, e também a nossa unidade de tempo é o cronos, hora, seus múltiplos e submúltiplos; tanto que Deus o Pai enviou o seu Filho, o Senhor Jesus em forma humana, antropo (grego, άντρωπος) e relativo ao planeta Terra, onde a nossa unidade de tempo é a hora... Também peço que esqueçam nas suas sistematizações quando das exegeses, como alguns não têm feito, de coisas como: Teoria da relatividade (Albert Einstein 1879 - 1955), que usa para a sua fundamentação a velocidade da luz 300.000km/s em sentido retilíneo, e a unidade de distância ano-luz, que corresponde a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros; sendo o seu referencial de efetiva construção, o já ponderado RETILÍNEO. Como informei: essa teoria e seus mecanismos não têm nada a ver com a revelação simples da Bíblia versus planeta Terra, cujo movimento de rotação, sobre o seu eixo imaginário em um dia ou 24 horas e a translação, com o seu também movimento giratório em órbita circular elíptica, com aproximação e afastamento do sol, que gera as estações do ano; isso com a velocidade de 30 km/s em volta do sol em 365,2422 dias ou um ano, que decididamente não se ajustam com o retilíneo, até porque tudo o que vou comentar aqui não colide com o enunciado por Albert Einstein    O tempo é relativo e não pode ser medido exatamente do mesmo modo e por toda a parte (relatividade relativa, diria eu)... Tomem também muito cuidado com a ficção cultural da máquina do tempo (H. G. Wells    1894 - 1895), época dos Artigos sobre o assunto e posterior livro, e os congêneres contemporâneos: “De volta para o futuro, O exterminador do futuro” e coisas desse tipo, passado versus futuro; que se fundamentam ou se especulam erradamente a partir da teoria da relatividade, quando diferente e obviamente, tudo que se relacione com o planeta Terra, parte do sistema solar, deve ou deverá ser aferido ou especulado pelos seus movimentos que são giratórios (circulares) e não retilíneos...
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Dentro dessa indevida especulação de “máquina do tempo”; para que algum terráqueo possa fazer uma viagem de retorno ao passado ou numa viagem semelhante avançar para o futuro, terá que fazer com que a Terra, nos seus movimentos de rotação e translação, gire em sentido contrário (passado) ou acelere (futuro), na razão de dois dias e dois  anos; para cada dia (rotação) e para cada ano (translação); quando para essa brincadeira ter lógica,  seria esta a especulação correta para o nosso planeta Terra...    Naveguei!!    Desculpe o coloquial, entretanto, se você “navegar” (plena ficção) para o passado ou para o futuro     encontrará, lá como também aqui quando voltar, tudo dantes como antes! Todavia se esse girar for de muitos anos (no casa disso poder ser verdade); quando você voltar encontrará o seu irmão gêmeo já idoso, entretanto a sua idade será exatamente a mesma dele, pelo tempo dele vivido (dentro do que preceitua Lavoisier) aqui e o seu na viagem.  Misericórdia!.. Como é possível que teólogos e pastores especulem coisas tão absurdas e sem consistência? De igual modo, não confundir essas especulações com os fatos dos textos de Josué 10. 12-14 (por quase um dia, portanto cronos, tempo medido)  e Isaías 38. 7-8 (dez graus no relógio solar; relativo ao dia, também cronos), e de igual modo esqueçam de Ato, Simples, Essência, Gênero, Primeiro Motor, Potência, Modalidade, Virtualidade, Acidente e até do Metafísico (vide Aristóteles), porquanto a revelação de Deus dada a nós através da Bíblia é  verdadeira e não falsa, por intermédio do fator de tempo HORA cronos (grego, χρόνος) e não aion (grego, αίών ─ século, época) ou kairós (grego, καιρός – momento, tempo oportuno) e sim o pleno e didático  ANTROPOMORFISMO e a ANTROPATIA ou Deus dentro da didática da forma e sentimentos  humanos, Isaías 6. 1 e Apocalipse 4. 10-11, e quanto ao Senhor Jesus, os evangelhos e as epístolas, e não o metafísico, e sim pelo pleno e claro “teológico bíblico” amplamente ensinado de maneira didática no texto sagrado. Também tomem todo o cuidado com a  cosmologia exacerbada dos trabalhos de Tomás de Aquino, e a anterior de Agostinho sobre o tempo; com o querer explicá-lo numa visão cosmológica versus Teologia, quando  o texto sagrado o faz de maneira elementar através do cronos, como, por exemplo, os setenta anos do cativeiro babilônico (Jeremias 29. 10), as setenta semanas do ungido, que corresponderam a 490 anos (Daniel 9. 20-27), os um tempo, mais dois tempos e metade de um tempo, também (Daniel 7. 25b, 12. 7 e (Apocalipse 12. 14), 42 meses (Apocalipse 11. 2), 1260 dias (Apocalipse 11. 3 e 12. 6), os três períodos de tempo corresponderam a 1260 anos    do imperador Diocleciano (284 - 305, período de governo) a João Calvino (1509 - 1564) ─, conforme meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não!. Ainda, as 2300 tardes e manhãs de Daniel 8. 14, os 2290 dias e os 2335 dias de Daniel 12. 12 e 13, respectivamente.  
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A fantasia aleatória quanto ao elemento tempo, trabalhada no mundo cosmológico, primeiramente por Agostinho e posteriormente, mas próximo de nós, por alguns outros teólogos em função do modismo máquina do tempo: quando afirmam sem nenhuma base bíblica, que tudo o que está relacionado  com o nosso planeta, já aconteceu no tempo de Deus, quando ignoram o “pleno tempo” terreno usado na Bíblia, no que, se dissermos em ritmo e velocidade  normal: um tempo, mais dois tempos e metade um tempo; despenderemos de um espaço de tempo ou cronos ou tiempo ou time ou Zeit de cinco segundos, cuja duração será exatamente igual, seja no observatório de Greenwich, numa ilha deserta, seja no Pólo Norte ou Pólo Sul ou até no Espaço Sideral    quando, em lugares como esses últimos, perdemos a noção de tempo ─, todavia o espaço de tempo que compreende o início e término de qualquer contagem existirá sempre... Não misturemos isso com Deus, que é eterno; portanto de fato atemporal, entretanto essa especulação de já aconteceu no tempo de Deus advinda do modismo “máquina do tempo”, não tem nada a ver com o nosso tempo plenamente cronos e relativo (mecanismo do sistema) ao planeta Terra na revelação dada a nós no texto sagrado.      
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Tempo    medida de duração de algo, de alguma coisa ou de fato filosófico, período, parâmetro que compreendeu o início da contagem na sua unidade até o seu término... Isso também quer dizer ou infere, ser aquilo que é temporal (período ou tempo com medida de duração), que tem seu início e seu fim     sendo essa a mais didática visão de tempo no seu sentido pleno, que é a sua medida de existência.
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Por saber que Deus não teve início nem terá fim; com toda propriedade disse que Ele é “atemporal” e não corresponderia de forma alguma ao tempo (grego, kairós), o qual se refere a um determinado momento, embora não tenha necessariamente duração determinada; e sim estaria mais na direção do (grego, αίών - aion), que pode corresponder a tempo de longa ou longuíssima duração, por extensão semântica à eternidade como a locução substantiva: séculos dos séculos (grego, ὰιω̃̃̃̃νς τω̃ν αὶώνων), que aparece em Hebreus 1. 8b (escrito no singular), Apocalipse 5. 13g (escrito no plural), cujo entendimento deve ser, para sempre, eternidade; e em outros casos grafados na Bíblia, agora exatamente diferentes, quando, inclusive, aion (século) equivale à kosmos (mundo) significando concupiscências (pecados) da nossa vida, conforme I Coríntios 7. 31 (kosmos, mundo), I João 5. 4 (kosmos, mundo), I João 5. 5 (kosmos, mundo); Lucas 16. 8 (aion, século), Hebreus 6. 5 (aion, século), II Timóteo 4. 10 (aion, século); sendo esta nuance presente em todas as línguas, o que torna a obstinação pela cega fria etimologia  ─ que se constitui no grande problema de interpretação de qualquer texto, principalmente da Bíblia ─, algo infantil e pouco sustentável... Daí concluir que o nosso tempo do minuto-minuto, hora-hora e dia-dia (grego, cronos) está dentro do imensurável atemporal de Deus na medida da sua pequena duração, e não  como se fosse tão grande ou ganhasse a dimensão de ter acontecido, estar acontecendo ou ir acontecer quando do nosso tempo dia-a-dia para esse já aconteceu, acontece e acontecerá, ou ainda repetir-se indefinidamente... Possivelmente não está sendo entendido aquilo disse até agora, todavia é exatamente dentro dessas conjecturas que poderia se encaixar a idéia mirabolante de que o que já vivemos no passado; estamos vivendo presentemente e viveremos no futuro; “já ter acontecido no tempo de Deus”. Não quero exatamente entrar na questão etimológica do tempo no idioma grego, até porque o cronos, o kairós e o aion estão dentro do atemporal de Deus; quando essa idéia de tempo aleatória, denominada por alguns teólogos de kairós tempo de Deus, na realidade estaria mais para o aion, entretanto esse modo de pensar não se encaixa exatamente em nenhum dos casos ou objetivamente em nenhum desses tempos. Senão estudemos com calma o assunto.  
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Considerando que as coisas acontecem para nós no inexorável da translação e rotação do nosso planeta ─  embora de maneira inevitável no Atemporal de Deus ─; no que, nesse globo (Terra) ao qual pertence a total revelação bíblica: nasce-se, morre-se, não! Vou fazer melhor, usando o texto de Eclesiastes 3. 1-8    Tudo tem sua ocasião própria, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo e tempo de morrer; tempo de plantar, tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar colado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
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Objetivamente Salomão fala aqui do tempo em relação a atos e procedimentos de nós seres humanos; entretanto tudo isso acontece de igual modo, no mesmo tempo, com os elementos da natureza e quanto a tudo que nesse mundo existe, inclusive quanto à vida, não só dos animais, mas também dos vegetais e de todos os microorganismos.
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O inconseqüente “já aconteceu no tempo de Deus”, projeta ou projetaria, o que já morreu e se decompôs, sofrer um processo reverso de se recompor, se tornar sadio, reviver, regredir tornando-se semente, vegetal, criança ou filhote, animal  ou o absurdo: Aquilo que já foi e deixou de ser; voltar ao início e ser tudo agora a segunda vez, como se fora uma reprise... Não confundir o dito aqui como uma contraposição à ressuscitacão de Lázaro e a ressurreição de todos os que já morreram para o futuro Arrebatamento da Igreja ─  inclusive no caso de Lázaro, o seu corpo já estava em estado de putrefação,  conforme João 11. 39    Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque está morto há quatro dias; que já tendo voltado ao pó ─ porquanto já morreu, como todos que nos antecederam ─, depois disso também ressuscitará na mesma transformação dos vivos, quando da volta de Jesus. Também a lei de Lavoisier sobre a equivalência do peso entre a massa dos produtos, e dos reagentes utilizados numa reação; e a de Proust, na qual qualquer relação de massas entre substancias que participam de uma reação química é sempre uma proporção  constante ─ por isso reiteradas vezes digo, e tenho que dizer:  uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa  ─; pois é fato que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma; e como disse o nosso querido irmão Sir Isaac Newton, essas leis, como as que ele descobriu, são antes de tudo leis previamente  estabelecidas por Deus para esse mundo chamado Natureza química, biológica e física.
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Ou seja, nessa visão errada de tempo, todas as reações e transformações químicas, biológicas e físicas    nos seres vivos,  químicas e físicas    nas coisas inanimadas, aconteceram e retro-aconteceram, acontecerão e retro-acontecerão de forma indefinida. “Porque já aconteceram no tempo de Deus”; e a cada evento químico-físico-biológico (seres vivos) e químico-físico (inanimadas) há ou haverá a reprise... Entretanto, nessa infantil  suposição, é necessário ainda saber, se há ou haverá a cada evento no seu tempo cronológico o retorno ao ponto inicial (Rewind) ainda que rapidíssimo; ou tudo o que aconteceu no tempo de Deus acontecerá primeiramente do fim ao início no nosso tempo (com todas as suas reações químicas); e será feita novamente com todas as suas reações químicas, conseqüência das leis preestabelecidas por Deus para tudo o que acontece no mundo, ou ficando aquele ou aquilo que já aconteceu como algo descartável no passado?
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Considere também, que assim como Deus formou o homem do pó da terra, e ele para lá volta quando morre (Gênesis 2. 7, 3. 19 e  Eclesiastes 12. 7), de igual modo quando Deus criara porções secas (Gênesis 1. 9-10 e Salmo 104. 6-9) ─    exatamente fazendo (cavando) existir depressões, como mares, lagoas e vales, com isso os conseqüentes montes e elevações (os geomorfólogos ou geomorfologistas sabem e entendem sobre o que estou falando). O que era transformou-se; que implica (infere) dizer que, fazer existir novamente o que existiu no passado, ter-se-á que tirar parte dele que está ou estará compondo algo no presente ou no futuro... Note e considere com toda avaliação filosófica, lógica, química, física, biológica e espiritual; que para a ressurreição do Arrebatamento e do Juízo Final haverá primeiramente duas grandes reações químicas, conforme I Coríntios capitulo 15, I Tessalonicenses 4. 13-18 ─  (...) Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do  Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor,  e  Apocalipse 20. 13    O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.  Quanto aos seres humanos, quando os vários elementos da Natureza devolverão os seus mortos (nos seus átomos), que numa surpreendente e maravilhosa reação química de síntese total, na formação dos diversos tecidos do nosso corpo; ganharão novos corpos incorruptíveis iguais aos dos que estiverem vivos serão transformados com corpos igualmente imortais, que remete para essas transformações; que estarão além do conhecimento dos mais doutorados e informados dos homens das ciências, até porque será uma rápida síntese química diferente de todas as que já aconteceram no mundo.
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E a isto digo mais uma vez, diferente da fantasia do já aconteceu no tempo de Deus, Ele,  Deus, traz a existência o que não existia, no seu tempo predeterminado; usando vários elementos da Natureza, criados por Ele mesmo os quais transformará completamente no Arrebatamento da Igreja e no Juízo Final.
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Ainda, essa idéia é tão absurda, por ser ilógica e desprovida do factível, pois é até uma antítese do que se pretende fundamentar; no que, se pressupomos que todas as coisas já aconteceram no tempo de Deus, isso infere    possivelmente os defensores dessa idéia usarão muitos artifícios para me provar que isso não determinaria (essa idéia) o inicio de Deus ─, mas com toda certeza, de maneira clara, objetiva ou plenamente óbvia: Se “todas as coisas já aconteceram no tempo de Deus”, isso infere ou conclui que todas as coisas já aconteceram no tempo não mensurável de Deus, tornando-O mensurável ou exatamente com o tamanho de todas as coisas, tendo, portanto início e fim... Massificando ou reiterando essa conclusão clara e objetiva que torna essa idéia uma fantasia absurda e pouco inteligente. Porquanto se “todas as coisas já aconteceram no tempo de Deus”; então a soma dessas “todas as coisas” (o que se refere à física, química, biologia e o espiritual) determina ou infere também de maneira plena serem elas (sua soma), o tamanho do tempo da existência de Deus... De igual modo, por conseqüência ou inferência, essa constatação, mostra o que argumentarei nos exemplos do HD e do ponto zero do observatório de Greenwich, seus meridianos e os paralelos, serem plenamente verdade ou passando a estar contido dentro do imensurável de Deus nas suas cronologias plenamente identificadas nas suas datas específicas, todavia Deus é de fato atemporal e o já aconteceu no tempo Dele se constitui numa fantasia infantil que demanda uma  fundamentação melhor construída, pois infere com relação a nós seres humanos o aleatório e o inconseqüente verso-reverso. 
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O uso da linguagem química, biológica e física, não é  um complicador ou o não ser necessário veicular isso aqui ou insinuar-me em conhecer essas coisas elementares, porquanto esses processos são exatamente conseqüência das leis de Deus preestabelecidas para tudo o que acontece e acontecerá no mundo. Também uma forma didática e lógica de argumentar contra esse pseudo direito que nos damos de colocar dentro da teologia fantasias extra-bíblicas, que são construídas a partir do leviano artifício: “os mistérios de Deus”.                     
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Conjectura infantil e infeliz, a de que tudo o que vemos e vivemos já aconteceram no tempo de Deus... Até porque o dito tempo de Deus discutido aqui é o nosso tempo visto por Ele. Por ser Deus atemporal, isso quer dizer exatamente não existir com relação a Ele o fator tempo, ou se tempo é a medida entre o início e o fim da contagem relativa a alguma coisa, obviamente isso não terá nada relacionado com Deus, que não teve início nem terá fim... Atemporal,  portanto!.. De igual modo é verdadeiro e não falso; que todo esse conjunto de ensinamentos diferentes do que é bíblico, que tenho contestado aqui; não têm de fato nada a ver com que ensina a Bíblia; no que, prosseguir nisto se constitui em erro doutrinário e clara heresia, e até perdoem a franqueza, em plena infantilidade teológica; todavia não entendam como desrespeito a infantilidade  teológica, pois esta é uma linguagem bíblica, conforme Hebreus 5. 12-14, I Pedro 2. 2; também I Coríntios 3. 1-2, a figura criancice ou infantilidade, que é parte da carta, na qual Paulo fala de maneira específica contra a filosofia grega e as tradições judaicas indevidamente mescladas à verdadeira doutrina, como ainda hoje; que ensejam usar de maneira pertinente as figuras: meninice, criancice e infantilidade, quando se fala de alguém que  abandona o que efetivamente ensina o texto sagrado... Este parágrafo será repetido ipsis litteris com o número 289.       
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Ainda, sendo repetitivo, essa conjectura do já aconteceu no tempo de Deus, além de infantil e infeliz é até, de alguma forma, leviana quando ela se escuda nos chamados “mistérios de Deus”  e não se abre para com todo o direito dado a nós por Ele de conjeturar numa avaliação perfeitamente lógica e racional    que já argumentei  de maneira plena  ─, de que sendo Deus atemporal (sem principio nem fim), isso não infere nem conclui que os seus atos voltados para nós seres humanos sejam como um pena de ave ao sabor do vento ou um objeto de peso específico ligeiramente maior que “1” colocado no oceano, de modo que não fique na superfície nem atinja o fundo, todavia tanto a pena como esse objeto não tenham o seu lugar determinado nesses dois universos (o ar e o mar) e possam estar aleatoriamente aqui e ali, como a fraca idéia do “já aconteceu no tempo de Deus”... Não vou me alongar mais, por entender que esse tema já está esgotado, entretanto vou dar dois exemplos, que creio mostrará o elementar dessa questão: O que tenho dito aqui sobre o tema tempo referiu-se ao cronos versus aion ou kairós; no qual enfatizei de maneira clara e objetiva que o relacionado a nós (cronos) está dentro do “universo, mundo” de Deus    o atemporal que tem dentro de si o cronos, kairós e o aion  , que vou exemplificar, primeiro usando a máquina  computador, exatamente no seu principal elemento armazenador, o HD, quando  nesse exemplo ─  permita-me, porque o farei com todo o respeito (Deus sabe quanto)  ─, pois chamarei o HD de HDeus (numa comparação indevida, porquanto HD tem dimensão de tempo e Deus não, mas pela força didática), no qual fazemos partições para os programas operacionais e outras para  proteger dados importantes, em partes estanques e para fins determinados, porquanto essas partes têm tamanho determinado ou considerando o cronos têm também tempo determinado. O outro exemplo seria o do nosso referencial horário, que é o ponto zero do observatório de Greenwich no seu meridiano e a paralela chamada linha do Equador... Será que deu para entender? Nós dividimos ou formamos partes nos HD-s lhes dando valores e ali colocando dados com o objetivo de protegê-los e identificar onde estão, de igual modo, para se estabelecer horários nos diversos pontos da Terra  convencionou-se a linha do ponto zero do observatório de Greenwich e os seus meridianos. Cabe agora, não a pergunta que não quer calar    perdoe o coloquial  ─, e sim a necessária, não exatamente pergunta... Se nós buscamos    por ser preciso ─, inteligentemente estabelecer pontos de referência para aperfeiçoar o que é da nossa vivência. Como posso ou poderei entender e aceitar que Deus vê e trabalha tudo no aleatório, quando tudo aconteceu, acontece ou acontecerá no não sabemos quando, à semelhança dos exemplos da pena ao ar e do objeto perdido no oceano... Tudo tem o seu evento com todas as implicações, quer físicas, químicas, biológicas, espirituais e cronológicas, conhecidas e plenamente identificadas no atemporal de Deus no seu exato momento cronológico e não no aleatório aqui e acolá não sabendo Deus, quando e onde, senão lembre o que disse Salomão em Eclesiastes 3. 1-8 e do que Jesus disse sobre a sua volta, conforme Mateus 25. 36 ─  Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai... Observe e considere a gravidade dessa idéia mirabolante do “já aconteceu no tempo de Deus”, que se fora verdade, os anjos e Jesus já saberiam a data exata; também, embora os que a defendem tenham estudado sobre os filósofos pré-socráticos (como Parmênides) e principalmente Sócrates, que nos disseram, que o que é    é o que é, e  perguntou, concordou, perguntou e concordou; até chegar-se à verdade, como a minha Concomitância do Contraditório, me fizeram ter que recorrer a esses exemplos extremamente didáticos, o que torna essa idéia infeliz e por demais infantil...
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 E dentro dessa discussão plenamente didática, também dentro dos elementos possíveis e disponíveis    como o caso do computador  ─, que se você, meu cúmplice aqui nesse Estudo, está realmente acompanhando tudo o que estou buscando informar; concluiu que o exemplo do HD é de um elemento  exatamente de tamanho determinado ou o que possa ser feito dentro desse tamanho ─ que hoje, cada vez mais a capacidade dos HD-s tem sido aumentada; inclusive, os notebook modernos têm HD-s de grande capacidade  ─, demande ou corresponda a também um exato espaço de tempo, dirá ou perguntará: ─ como você pode comparar Deus a um HD, se esse componente do computador, por maior valor que tenha; isso determinará o seu tamanho, capacidade de armazenamento e o tempo exato para esses dados? Se você está lembrando; no parágrafo anterior, disse que a comparação era indevida    até  porque não se pode de forma efetiva comparar algo que tenha tamanho com algo que não o tem    mas, o esforço didático, as vezes, nos conduz a caminhos como esse... Essa reiteração e massificação em cima do elementar; caminha na direção de levantar uma questão final, que é afirmar que os profetas quando das suas previsões sobre o futuro ─ porque exatamente consistiu nisso a profecia ou o profetizar, que é prever o futuro. Os do Antigo e Novo Testamento assim o fizeram pela ação do Espírito Santo, quando ouviram ou viram coisas futuras     também vale considerar e informar  que o texto de Lucas 16. 16a, que diz ter a lei e os profetas, vigorado até João; isso não exclui profecias depois de João Batista ─ pois essa afirmação de Jesus se refere às profecias sobre a sua vinda como Messias e  salvador da humanidade.
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Entendo, que na Bíblia, no seu todo, estão informados fatos proféticos, recebidos pelos profetas de forma narrativa e por visões (que conduz a muitos a essa indevida ilação; de que eles viram, o que “já aconteceu no tempo de Deus”), sendo essa avaliação errada e descabida, mais presente com relação às profecias do Novo Testamento, principalmente nas do Apocalipse, que podemos começar a avaliar a sua improcedência nesses pequenos textos do livro de Daniel 10. 14    Agora vim, para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos derradeiros dias; pois a visão se refere a dias ainda distantes. E o texto do Novo Testamento em Apocalipse 1. 1-2    Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou ao seu servo João; o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, de tudo quanto viu.  Daniel, João e outros profetas viram coisas acontecendo ─ que nesse entendimento do já acontecera  ou aconteceu no tempo de Deus ─ seria uma espécie de trailer (do que já aconteceu) e que posteriormente na sua exata data prevista  haverá a reprise para Deus ver novamente (nesse errado entender) e para nós o de fato “um”  acontecer no nosso tempo... Nada verossímil e total  infantilidade com toda certeza essa nefanda conclusão.
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Também, seria bom, no tempo presente, considerar os grandes produtores e diretores de cinema como que superdeuses, que conseguem por meio das suas equipes de computação trazer animais e coisas do passado; cidades, máquinas, inúmeras formas de vidas, também especulando quanto ao futuro na construção de situações e tantas coisas com tanta realidade que nos deixam maravilhados... Porque tudo isso que enumerei em síntese, são coisas que vemos nas telas de cinema e em nossas casas na TV, que nos são surpreendentemente reais. Entendendo e constatando isso; aceitar e ensinar que para algo ter sido visto por um servo de Deus no passado (profeta), terá que já ter acontecido no tempo de Deus;  coloca esses importantes homens dos efeitos especiais    que não transcrevo aqui a lista deles, para não cometer injustiça, na omissão de merecedores    e também não ser censurado pela crítica severa que faria a dois deles ─ que quase todos entendem como parte dessa lista  ─, e suas equipes de efeitos visuais. Isso seria concluir taxativamente que os computadores do céu são inferiores aos nossos que estamos dia-a-dia aperfeiçoando, e que esses nossos grandes homens de efeitos visuais, já há muito tempo estão à frente em tecnologia das hostes celestiais, de Jesus, o Filho de Deus e do próprio Deus; porquanto conseguem criar para ser visto, o que querem do passado ou do futuro, ainda que nunca tenham existido ou que  existirão.                                                                                                           
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Big Bang à parte e, suas fases de resfriamento, o que sabemos sobre o nosso sistema chamado solar, as inúmeras galáxias, etc... e  etc... Não têm nada a ver com Teologia para nós de fato cristãos, pois como já disse: o nosso “universo teológico”  revelado na Bíblia é o planeta Terra, e na mais elementar didática do antropomorfismo e a antropopatia. Se alguém quer insistir em aprofundamento científico e respostas nessa direção sigam em frente, que vou lhe ajudar um pouco... Pense comigo, no universo como se fosse uma panela; se colocarmos milho de pipoca, que quando aquecida que corresponderia ao Big Bang; com feijão, a? Com arroz, a? Com canjica, a? Com? Não, não quero caminhar por aí!.  O que quero saber é: considerando a panela como o universo. O que será o lugar ou ambiente onde está ou se encontra essa panela? Se você ou alguém me disser, o nome ou o que é ou significa esse lugar onde está contido o universo (a panela), vá caminhando nessa sua ciência que amo, e  é maravilhosa, todavia não a misturo com Teologia, e me explique onde estará contido o que contêm, o que está contida a panela (o universo) e, continue me explicando... Milhões e milhões de anos mais à frente, quem sabe? Você consiga me responder de forma mais objetiva a esta pergunta.
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         Na alegoria que fiz do universo como panela e as transformações acontecidas, segundo as teorias científicas do resfriamento, o aparecimento do átomo e esse relógio maravilhoso chamado sistema solar; considerem o feijão como feijoada, o arroz como arroz carreteiro e a canjica ao seu gosto... Nós que estudamos e ensinamos a Palavra de Deus, devemos ter muito cuidado com a qualidade e verdade dessa importante missão dada a nós, servos do Senhor Jesus, o Filho do Deus vivo.               
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         A conjectura formulada por mim quanto à panela de pipoca que é exatamente a infantil e famosa conjectura do ovo e da galinha é uma provocação acadêmica na direção dos eruditos; que embora mais a frente vá usar Voltaire para bater em Spinoza, e não sendo eu spinozista, tomo dele o que creio deva ser considerado por todos nós como um epíteto do que seria a sua conclusão pétrea, infinitus causarum nexus; que define de maneira lógica e prática que não há a possibilidade de panelas de pipoca, ovos e galinhas e sim o “único princípio de tudo”, que faz todos nós, os eruditos e os leigos cairmos no vazio comum: explicar o que, e como? Isso sem falar em algo que dentro da escala de valores do todo; no seu bem mais elementar, que é o também princípio ou como começou a vida, que é uma espécie de moto-contínuo; sendo a preocupação de todo o mundo científico, e de um modo mais específico e latente hoje, entre os microbiologistas...
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Também, creio que o bom-senso de uma avaliação inteligente daquilo ensinado na Bíblia sobre a Criação, chamada de  Mito da Criação  (não tenho dificuldade com o termo Mito); que corresponde ao ensinado pelo judaísmo e o cristianismo ─ que já  comentei sobre a questão Hermenêutica  ─, se comparado com os Mitos das outras religiões, vê-se claramente, nesse, certa coerência e perfeita interligação com a história da humanidade, no desenrolar da vida do povo judeu; que tem no seu conjunto de ensinamentos e relatos da sua evolução histórica; profecias que projetam ou informam acontecimentos futuros concernentes a todo o conjunto da humanidade ─  isso, feito do livro de Gênesis ao  do Apocalipse... Porquanto o Deus ─ que nenhuma pessoa inteligente nega que exista, pois, como disseram os filósofos gregos do passado, é necessário que exista. Disso, se conclui    com as provas cabais de toda a evolução do povo judeu e do cristianismo, negar o que e como?! Se na realidade não sabemos de nada conclusivo, e do ponto de vista humano nunca poderemos ir além do quem criou quem, que criou quem ou onde está o que está; que está, onde?...

                        FILOSOFIA,  O  ARQUÉ  E  A  EFETIVA  METAFÍSICA
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    Tenho ponderado desde o início, que há de fato uma total separação entre a Teologia bíblica ensinada pelos escritores da Bíblia e a efetiva e acadêmica filosofia, sendo isso claro na grade de ensino dos seus vários escritores; que não a colocaram em suas ponderações e sistematizações, quando, pelo contrário, a contrapuseram e, isso de maneira veemente, porém cuidadosa como no caso de Paulo, evitando-lhes as terminologias, e também o já explicado desde os registros iniciais... A contrapartida disso, foi a contaminação da simplicidade didática do texto sagrado pelo academismo filosófico feito pelo catolicismo romano através de suas lideranças, das quais duas    Agostinho e Tomás de Aquino, são consideradas importantes e aceitas ainda hoje no meio evangélico como autoridades, cujos postulados filosóficos não deviam ser seguidos; como tenho demonstrado e continuarei neste Trabalho.
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    Considerei em trabalhos anteriores, o momento em que se convencionou dividir a filosofia em pré e pós Sócrates (470 - 399 a.C.) ou quanto aos filósofos, os pré-socráticos e os pós-socráticos; a partir dos quais agora objetivamente vou fazer aqui pequenas considerações quanto ao arqué (grego, άρχή - princípio) e a efetiva metafísica, também outras rapidamente, buscando dar a esse seguimento uma melhor ordenação.         
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    A Mesopotâmia foi a região do nosso planeta Terra, que mais teve a ver com a história do mundo ocidental e as transformações no que tange a avaliação antropológica e sociológica, tanto que a nossa cultura judaico-cristã tem a sua raiz nos povos dessa região.
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    Lembremos também, que no capítulo 2 do livro de Gênesis, que é a reiteração do capítulo 1, que fala da criação; essa mesma região, a Mesopotâmia é identificada como sendo onde tudo começou... Se passando cerca de 2000 anos até Abrão,  posteriormente chamado Abraão    considerando a cronologia bíblica e a convenção do início do período chamado “história”, que aponta para 4000 anos antes de Cristo. Tem-se em todo o livro de Gênesis, a de fato relação das pessoas ou nós seres humanos com o Deus único; que é claramente objetiva em Noé (Gênesis capítulo 6 a 10), depois Abraão e a sua descendência, na qual, quando da sua chamado é informada a vinda do Senhor Jesus através dessa descendência (Gênesis 12. 1-3), e por fim a efetiva sistematização de culto ou como relacionarmo-nos com Deus, cujos relatos estão a partir do livro do Êxodo, através de Moisés, em quem a vinda do Jesus que no princípio estava com Deus (João 1. 1-3), é reiterada em Deuteronômio 18. 15-19.       
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    Essa região da Ásia Menor (a Mesopotâmia) compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, cuja região da antiga Babilônia corresponde hoje ao atual turbulento Iraque; foi o berço das civilizações dos Sumérios, Acádios, Amoritas. Elamitas, Assírios e Caldeus, de onde saiu Abraão, de quem descendem os judeus.
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    Além disso, a Mesopotâmia foi palco do surgimento das mais importantes hegemonias políticas da Antigüidade como: Sumérios e Acádios (2800 - 2000 a.C.), o 1o Império Babilônico (1800 - 1600 a.C.), Império Assírio (1875 - 612 a.C.), 2o Império Babilônico (612 - 539 a.C.), Império Medo - Persa (539 - 331 a.C.) Império Greco-Macedônio, que se consolida em 331 a.C. e em 323 a.C. Alexandre o Grande morre, e o seu Império foi divido entre quatro dos seus generais, se sustentando duas dinastias: a do general egípcio Ptolomeu, com a capital em Alexandria, e a do general sírio Seleuco, com a capital em Antioquia, e por fim a hegemonia romana que se consolida como Império em 27 a.C. com Otávio chamado o Augusto; tendo sido desdobrado em dois (2) Impérios: do Ocidente, cuja queda se deu em 476 e do Oriente, cuja queda aconteceu em 1453... Mantive a trajetória desse parágrafo em função da Mesopotâmia, cujos primeiros Impérios tiveram como capital a Babilônia, porque nas hegemonias grega, que é a base deste subtítulo, e a romana, essa região também lhes foram submissas.
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    Todo esse caminhar cronológico ou trajetória colocado aqui, cujo início fora a partir de povos mesopotâmicos, foi para mostrar, que embora esses povos tivessem sido predominantemente politeístas; figurou nas suas línguas de origem semítica ─ descendentes de Sem, filho de Noé; o prefixo EL que denotava a identificação de uma divindade única, como aparece nos escritos do Antigo Testamento, por exemplo: EL (Deus) SHADAY (O todo Poderoso), EL (Deus) ELIOM (O Altíssimo). Abraão quando fora chamado por Deus era de um povo de prática politeísta, como todos os povos antigos, todavia a idéia de um ser “transcendente” ou segundo o que veio a ser sistematizado por Aristóteles como ser metafísico imanente que ele chamou de Natureza (grego, φύση ─ phisis, phisi), existira desde a Antigüidade. O que estou dizendo é que já havia de fato um precedente cultural ou efetivamente a idéia de um Deus único e transcendente, antes do início da explosão cultural do saber grego. 
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    Em trabalhos anteriores (como comentei acima) usei filósofos e suas idéias, identificando-as com contrapontos de Paulo em suas cartas aos de Corinto, e agora usarei ou citarei filósofos e suas idéias na efetiva direção de identificar o defendido pelos gregos quanto ao arqué e quanto à metafísica.
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    Quanto ao específico arqué (princípio), teve-se no período pré-socrático uma espécie de contraponto particular entre Heráclito de Éfeso (535 - 475 a.C.) e Parmênides de Eléia (540 - ? a.C.), quando em Heráclito se enunciou o Devir (as contínuas transformações), que ele dissera: “Tudo segue o seu curso. Coisa alguma é estável. Nunca podemos tomar banho duas vezes no mesmo rio”.  tudo flui e nada fica como é”    que a nossa música popular plagiou; nada será como antes.
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    Em Parmênides o filósofo de fato da metafísica e preocupado com o princípio das coisas (o arqué), se contrapõe de maneira vigorosa a está visão evolucionista que chamo de constatação elementar sem horizonte, para qual ele fez a indagação: como pode o que é vir a ser no futuro? Se vem a ser então não é, donde concluiu, que: O QUE É    É O QUE É, que possivelmente é a origem da muito usada pergunta nas brincadeiras de roda: o que é o que é?                                     
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    Essa discussão que misturava o arqué ao Deus metafísico através de ser Ele imanente, já estava plenamente resolvida na teologia bíblica Ele sendo transcendente, como se vê em Gênesis capítulos 1 e 2 através da criação feita por Ele; também seu direito de criação e propriedade, Deuteronômio 10. 14, que o Salmista repete e sistematiza no primeiro versículo do Salmo 24. 1-2    Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios; no que, Deus o ser, não simplesmente imanente, mas de fato transcendente é o que criou e também o dono de tudo. Todavia, de forma concomitante essa discussão e busca de definição prosseguiu e chegou até Aristóteles (384 - 322 a.C.); que veio a incorporar a anterior idéia de Tales de Mileto (fim do séc. VII, início do séc. VI), em quem o arqué estaria a partir da ÁGUA, em Anaxímenes (588-524 a.C.) para quem o arqué estaria a partir do AR, e por fim em Empédocles (483-430 a.C.), que considerou os elementos ÁGUA, AR e os somou aos elementos TERRA e FOGO... A aceitação por parte do grande Aristóteles dos quatro elementos e não a concepção de Demócrito e Leocipo (o átomo), fez com que essa idéia ganhasse muita força por mais de 2000 anos    embora Epicuro que nasceu 19 anos antes da morte de Aristóteles, o tenha ignorado plenamente quanto aos quatro elementos e optado pelo átomo; todavia, essa conclusão de Aristóteles fez, inclusive que esse conceito motivasse a entre os 5o e o 15o século, o aparecimento da ALQUIMIA, que só cedeu definitivamente lugar ao átomo de Demócrito e Leocipo no décimo oitavo século através de John Dalton, que já detalhei em Blog-s anteriores.
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    Reiterando essa indagação quanto ao arqué (princípio), por conseqüência se mistura ao efetivamente metafísico, quando demandou, como constatou Voltaire: “o relógio universo tem que ter o seu relojoeiro” ou chegar a entender quem era esse ser, se imanente ou transcendente? Sendo isso discutido pelos pré-socráticos, a tríade socrática, Sócrates, Platão e Aristóteles, pelos pós-socráticos, pelos renascentistas e por fim os iluministas.
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    Não quero caminhar de maneira mais detalhada nessa avaliação filosófica; até porque o efetivo estudar que pretendo e já o tenho feito desde o princípio do Estudo é o de mostrar o que realmente a Bíblia ensina na sua total simplicidade.

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    Como mostrei; quanto ao arqué, houve uma trajetória ascendente nos pré-socráticos, que se define e se sistematiza nos quatro elementos em Aristóteles ignorando totalmente o átomo, que persistiu até John Dalton. Agora quanto ao ser metafísico; para concluir rapidamente essa questão: entendo que, a efetiva discussão sobre o agir de um ser sobrenatural só ganha de fato a visão de sistematização em Aristóteles, todavia Parmênides o viu “imanente ou o que sempre existe em si mesmo” num grau quase que transcendente ou acima de tudo e todos, que me remete a já caminhar para Aristóteles.      
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    Quanto ao entendimento metafísico de Aristóteles; ele convencionou-o como “Natureza (grego, φύση ─ physis, fisi), o seu Deus imanente, o primeiro Motor auto-contemplativo, puro ato que é simples e imóvel, pois se estivesse em movimento ou se movesse, não seria o primeiro; que se manifesta pela virtualidade ─ potência em ato à casualidade e o seu acidente”... Não gostou? Eu também não, mas esse foi o grande filósofo Aristóteles, que se provou grande em retórica e um mestre em dialética    por esse motivo não estou detalhando toda a sua argumentação sobre o Deus Natureza. Sendo isso mostrado de maneira contundente no seu Trabalho sobre metafísica. Já no titulado de Dos Argumentos Sofísticos, no qual ele bate violentamente nos filósofos sofistas,  de quem deriva o nosso termo sofisma, cuja base de argumentação era e é permeada pela avaliação profundamente semântica e etimológica ou o trabalhar em proveito próprio as nuanças de sinônimos e construções gramaticais. Aristóteles com o seu grande poder de dialética, faz toda uma trajetória para bater nos sofistas, quando cita vários outros filósofos e constrói um trabalho dialético profundamente calcado na etimologia, semântica e construção gramatical, usando inclusive alguns exemplos coloquiais na direção da semântica, como esse, que poderia perfeitamente ser parte do repertório de qualquer piadista de plantão:    qual das vacas vai parir na frente? Nenhuma das duas, pois ambas parirão por trás”.              
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  Os posicionamentos e sistematizações do filósofo Aristóteles foram excessivamente transportadas    como vemos na Teologia, em Agostinho (embora tenha sido ele quase que plenamente platônico) e Tomás de Aquino, que foram porta-vozes platônicos aristotélicos    já disse isso e vou dizer isto várias vezes  ─, para correntes até antagônicas como também a de outros teólogos cristãos e adaptada pelo filósofo que nos foi mais contemporâneo Baruch de Spinoza (1632 - 1677), que era judeu, mas negou a visão antropomórfica presente na Bíblia, criando sua  metafísica panteísta, que causou repulsa em Voltaire, como de alguma forma o fizeram e têm feito vários teólogos... François Marie Arouet (Voltaire 1694 - 1778), no seu Filósofo Ignorante no subtítulo XXIV Spinoza, ele (Voltaire), como que usando Spinoza como porrete para  bater em Aristóteles; faz uma avaliação da metafísica  de  Spinoza, que usa o termo “modalidade” para o “virtualidade” que fora usado por Aristóteles, a qual transcrevo os 16o e 17o parágrafos: ─ “Os spinozistas modernos respondem: não vos encolerizeis com as conseqüências que nos imputais: como vos, encontramos uma seqüência de efeitos admiráveis nos corpos organizados e em toda a Natureza” (o Deus segundo Aristóteles, inserção minha). “A causa eterna está na inteligência eterna que admitimos e que, com a matéria, se constitui a universalidade das coisas, que é Deus. Há somente uma substancia que age pela “modalidade” da matéria e que constitui, assim, o universo como um todo inseparável. ─ Replica-se a essa resposta: como podeis prova-nos que o pensamento que faz mover os astros, que anima os homens, que faz tudo, seja uma modalidade, e que as excreções de um sapo e de um verme sejam outra modalidade desse mesmo soberano? Ousareis dizer que um princípio tão estranho vos é demonstrado? Não cobris vossa ignorância com palavras que não compreendeis?”
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        Antes dessa réplica a Baruch de Spinoza no final do parágrafo citado acima, que é parte do subtítulo posterior, o XXIV; agora citando o final do  subtítulo anterior,  XXIII  Um Único Artesão Supremo, quando nesse subtítulo Voltaire se contrapõe de maneira veemente ao maniqueísmo com leves argumentos, que segundo ele, eram os suficientes para coisa tão descabida; ah! Se Agostinho tivesse tido contacto  com esses conhecimentos; também deu uma forte alfinetada no complicado Deus metafísico de Tomás de Aquino e concluiu com o seu “Deus Providencia”, que segue: ─ “ convencido de que, não conhecendo o que sou, não posso conhecer o que é meu autor, minha ignorância deixa-me abatido a cada instante. Consolo-me refletindo sem cessar que não importa que não saiba se meu Senhor é ou não extenso, desde que eu não faça coisa alguma contra a consciência que me deu. De todos os sistemas que os homens inventaram sobre a Divindade, qual adotarei? Nenhum, senão o de adorá-lo”.                  
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        Quem conhece os trabalhos de Voltaire sabe que ele não aceitou  exatamente o Deus antropomórfico da Bíblia que é claramente transcendente; pois com a alegoria de pessoa física age e controla a Natureza, até porque ele foi um dos grandes críticos do texto sagrado, todavia, se você analisar com cuidado o “Deus Providência” de Voltaire, verá que esse Deus tem características muito fortes de pessoal, pessoa física, senão. Comece pela réplica ao panteísmo de  Spinoza e o parágrafo transcrito nos textos  acima.
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Quanto a Baruc de Spinoza, embora eu faça críticas veementes em relação às suas idéias; deixo registrado neste Estudo o quanto abomino a maneira como ele foi patrulhado e perseguido, até pelos seus iguais; também vou ponderar mais à frente compreendê-lo e a Aristóteles, de alguma forma, pelas suas idéias metafísicas, cuja culpa foi de fato de Aristóteles, quanto ao átomo; conforme já ponderei anteriormente, que fatalmente seriam diferentes; como foi depois de vinte e cinco séculos passados, quando se provou verdade científica definitiva para todos de nós hoje, pois a idéia do átomo foi mantida por John Dalton (1766 a 1844), que veio sancionar a concepção filosófica de Demócrito por meio de experiências (empírica). Ernest Rutherford (1887 a 1937) concluiu o modelo do núcleo positivo rodeado de elétrons em órbitas circulares. Niels Henryk Davi Bohr (1885 a 1962) concluiu o modelo que veio a se chamado de Rutherford Bohr, que é idêntico ao anterior, porém com órbitas quantizadas. Arnald J. W. Sommerfeld (1916) concluiu o de elétrons em órbitas quantizadas, circulares e elípticas. Lois de Broglie (1923) e Linus Carl Pauling (1901 a 1994) concluem o modelo Quântico-ondulatório ou modelo de Orbitais; que em toda essa evolução do conhecimento do átomo (que ainda continua sendo estudado) a útil e maravilhosa química tem em muito ajudado a humanidade; também a energia nuclear, quanto aos exames e as radioterapias, a fissão nuclear usada nas termelétricas, também a lamentável bomba Atômica e a “fusão” do monstro maior, a bomba de Hidrogênio.        
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         Quanto a filósofos e a filosofia, fiquemos também com mais uma afirmação de Voltaire    que se intitulou o filósofo ignorante; leiamos essa  também afirmação dele ─ “Um único homem, eloqüente, hábil e acreditado, poderá muito sobre homens; cem filósofos nada poderão, se forem apenas filósofos”. Considere que isto não se aplica literalmente a Aristóteles, e a muitos outros filósofos, pré e pós-socráticos.
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         Concluindo essas pequenas considerações iniciais sobre o efetivamente filosófico, gostaria de traçar uma rápida trajetória desde Aristóteles até Aquino... Aristóteles dentro da sua conclusão do Deus Natureza, nela contempla o éter supralunar (hoje ionosfera), a quinta essência, que seria uma espécie de quinto elemento. Isso me permite retroceder ao logos de Heráclito (535 - 475 a. C.) e a Anaxágoras (499 - 428 a C.), em quem se aventou a idéia do Noús, a razão, uma espécie de espírito controlador, que corresponderia ao elemento “éter” em  Aristóteles    ou mais bem próximo do Deus providência de Voltaire. Que Sócrates no seu diálogo com Símias e Cebes em Fédon de Platão, Apud, obra de Anaxágoras, diz o seguinte:  Ora, eis que um dia ouvi a leitura de um livro que era, segundo se dizia, de Anaxágoras, e onde se dizia o seguinte: “É o espírito que, de modo definitivo, tudo pôs em ordem; é ele a causa de todas as coisas” (sendo exatamente isso que ensina a Bíblia). Tal causa constituiu uma alegria para mim; parecia-me que, em certo sentido, havia vantagem em fazer do espírito uma causa universal: se é assim, eu pensava, esse espírito ordenador, que realiza justamente a ordem universal, deve também dispor da melhor maneira que puder cada coisa em particular;  (...). E estas minhas esperanças eu não as teria trocado por nenhum ouro desse mundo! Com que avidez eu me apoderei daquele livro! Eu o lia o mais depressa possível, a fim de estar logo a par do melhor e do pior.
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E eis que, ao contrário do que esperava, foi-se a maravilhosa esperança! Distanciei-me logo enormemente. Então, avançando na leitura, descubro um homem que nada faz do Espírito, que não lhe atribui nenhum papel nas causas particulares da ordem das coisas, alegando, ao contrário, a esse propósito, ações do ar, do éter, da água e dando numerosas outras explicações desconcertantes. Tendo, de alguma forma, aceitado a idéia do espírito controlador de Anaxágoras, Sócrates, que não defendia o átomo; divergiu de Anaxágoras; porque entendeu como contradição dele, aceitar esse espírito controlador e a idéia dos elementos, que foi posteriormente sistematizada em Aristóteles como sendo quatro, que pela sua importância como filósofo, fez com que a humanidade estacionasse nesse conceito por mais de dois mil anos em detrimento do átomo.              
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Nessa trajetória teve-se também Agostinho (345 - 430), teólogo e também filósofo que se aferiu por Platão; como está no meu Blog sobre A Graça ou Predestinação, na sua doutrina da Iluminação Divina, que teve como referencial a Alegoria da Caverna de Sócrates em Platão, e também por Aristóteles, inclusive quanto a sua visão metafísica.                         
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         Tomás de Aquino (1225-1274), no seu Compêndio de Teologia, cap. 16, parágrafo 31 diz: ─ “Partindo dessas premissas, torna-se também   evidente ser impossível que Deus seja corpo. Efetivamente, todo corpo é um conglomerado de partes múltiplas. Aquele que é totalmente simples não pode, por conseguinte, ser um corpo”.  Duas vezes infeliz essa conclusão extra-bíblica de Aquino, porquanto, primeiro, Deus se apresenta no texto sagrado por meio do antropomorfismo, pessoa, corpo, e o Senhor Jesus, que esteve entre nós como homem, é entendido por Aquino como Deus o Pai, na Doutrina da Trindade, que para ele é tri-unidade. Segundo, como tenho afirmado, e continuarei; essa sua conclusão é a metafísica dos filósofos, que não é contemplada ou estimulada na parte “a” de Deuteronômio 29: 29    o que está encoberto, não deve ser especulado com tanto aprofundamento, por não ter sido revelado, e ponto final  ─, “mas” as partes “b e c” são as que se deve levar em conta e estudar com avidez, e  que colidem literalmente  com essa e outras premissas filosóficas suas.    
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         Ainda, as suas conclusões, chegam a causar certa repulsa ─ porque se de um lado a sua habilidade dialética nos fascina    por outro lado o vemos perdido na  sua auréola de filósofo erudito, esquecendo do seu compromisso com a Teologia bíblica, que obviamente tem que vir do texto sagrado. Também nos deixa perplexos, porquanto a metafísica de Aristóteles que ele enuncia detalhadamente. Ainda, nesse seu Compendio de Teologia, até o capítulo 35;  nele são repetidas as proposições, objeções e todas as nuanças da sistematização de Aristóteles e com uma sofisticada  maneira de sofismar, ele introduz, o “éter supralunar” (uma espécie de quinto elemento) de Aristóteles, agora como a composição de Deus ou da tri-unidade, na qual, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são da mesma “essência”.  Esquecendo que em  Aristóteles, a Natureza e essa quinta essência, são ou é “imanente”, quando diferentemente o Deus da Bíblia é pleno e claramente “transcendente”. Aquino, como que pensando que essência é uma terminologia sua; inunda esse Trabalho, que não sei exatamente para que, de essência aqui essência ali e conclui quanto a essência, que fora usada antes  dele por Aristóteles e por muitos da Patrística, no capítulo 26, parágrafo 54    há um outro  modo   de tornar isso evidente. Toda definição consta do gênero e diferenças específicas: também aquilo que se define propriamente é uma espécie. Ora, como ficou demonstrado acima (no capítulo 12 e 14), a “essência” de Deus não se engloba em “nenhum gênero nem em nenhuma espécie”. Donde segue a impossibilidade de dar uma definição da mesma”. Se ele tivesse vivido após a elaboração da primeira tabela periódica (1870), possivelmente diria que a composição de Deus não corresponderia a nenhum elemento presente ali ou que poderia ser descoberto e constar futuramente; entretanto teria problemas, como continua tendo nesta afirmação acima e na anterior, que diz que Deus não pode ser corpo; considerando o Senhor Jesus entre nós e no céu pós-ressurreição. Se não fosse muitíssimo sério seria cômico! Ele se preocupou em definir Deus e até do que Ele seria formado ou a sua composição, e conclui de maneira subliminar e inconseqüente que Deus não existe. Perdeu a oportunidade de ficar calado nesse pormenor, pois o não englobar “nada” infere inexistência. De igual modo, nesses 35 capítulos procurou também definir as  características intrínsecas de Deus, coisas essas que a Bíblia não se preocupa em ensinar nem manda que se estude, entretanto Aquino escreveu muito sobre isso, e com que habilidade!? Todavia, o que é mais importante não aconteceu ─  pois, dentro desse seu mar dialético e a fascinante retórica que nos prende no querer saber como, e o que ele escreveu  ─,  que lhe foi peculiar, entretanto, acabou não dizendo que DEUS É TRANSCENDENTE, até porque o Deus teológico de Aquino é o da metafísica de Aristóteles... 
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         Ainda, considerando as conclusões de Tomás de Aquino, transcritas acima, parece-me que nelas está embutida um pleno alinhamento, quando alude o que infere a inexistência física de Deus ─  numa clara miscelânea teológica, como já contestei acima  ─; com a filosofia do Monismo Cósmico de Tao Te Ching em Lao-Tsé (sexto século a.C.), O livro que revela Deus, composto de 81 poemas, que são (cada um deles) conjuntos de aforismos sobre assuntos diversos; quando no poema de número 14, nos diz enfaticamente em alguns dos seus versos (aforismos) ─  Quem quer ver A Divindade. Não a verá,
 Porque ela é invisível.
Quem quer ouvir a Divindade. Não a ouvirá,
Porque ela é inaudível.  (...)
Nunca a Divindade é inteligível,
Ela permeia o Universo sem fim,
E gira pelo Todo como se fosse o Nada.
A Divindade é uma forma sem forma.
A Divindade é o Ser sem Existir,
É o mais Insondável de todos os insanáveis. (...). Creio e prefiro a objetividade de Parmênides, que é contundente e plenamente lógica, quando diz: o que é, é o que é, que é exatamente uma contraposição a esse entendimento milenar  que é amado por milhões de pessoas, embora sendo excessivamente  místico, exótico e aleatório, possivelmente por este motivo seja amado por milhões de pessoas: A Divindade (não) é o Ser sem Existir. Porque, reiterando: O que é, é o que é, e se é existe de fato.                          
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Parece que ele, na sua grande capacidade retórica, municiada pelo seu “mar dialético etimológico semântico” e tudo mais; maior ainda que Aristóteles, nesse pormenor, tivesse  ─ e isso aconteceu ─, esquecido ou não notado, ou não teve consciência de que o Deus Natureza de Aristóteles transcrito por ele para esse seu trabalho, fora sistematizado como  “imanente”. Também esqueceu; pois no capítulo 36 alude a vários filósofos, que de maneira um pouco diferente o Noús da metafísica em Anaxágoras, do Logos da metafísica em Heráclito  e o da metafísica em Parmênides pelas suas construções dialéticas, estariam entre o que se pode definir como entre o “imanente e o transcendente”; como o é o “Deus Providência” em Voltaire, que não lhe daria o direito lógico de criticá-los linearmente, sem ponderar sobre essas vertentes filosóficas do período pré-socrático, como vou mostrar no seguimento.     
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O estranho do ponto de vista teológico, é que Aquino, em primeiro lugar era  teólogo, embora também filósofo, todavia, este seu Trabalho (a Suma Teológica) é totalmente filosófico. No que, se lamenta, que tendo ele feito  crítica aos filósofos gregos no capítulo 36, quanto à metafísica, quando estranhamente a reproduz literalmente. No obstante ele não identifica as nuanças dos Trabalhos dos pré-socráticos ─ as citadas acima, versus a sistematização de Aristóteles    que ele reproduz na íntegra; se esquecendo ou não teve consciência de que o Deus Natureza em  Aristóteles é “imanente”; quando de forma incoerente não informa a priori que a tri-unidade que ele defendeu do ponto de vista bíblico é plenamente transcendente... Para você entender Aquino e a sua dita Teologia se faz necessário, antes, entender plenamente os conceitos metafísicos do grande filósofo Aristóteles.      
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O filósofo Baruch de Spinoza (1632 - 1677) também repetiu ipisis litteris os conceitos metafísicos de Aristóteles, como citei acima, sendo isso objeto de contestação veemente por parte de Voltaire, no seu Filosofo Ignorante, subtítulo Spinoza XXIV... O que quero concluir de maneira veemente é o fato que, até compreendo e aceito que Spinoza ou qualquer outro filósofo (como aconteceu) tivessem seguido a Aristóteles na sua sistematização do Deus Natureza; que por definição é imanente; entretanto, não entendo e não posso compreender de maneira nenhuma, que teólogos    como nos casos de Agostinho, Tomás de Aquino e muitos outros tenham adaptado a metafísica de Aristóteles, que é imanente, ao Deus da Bíblia que é claramente “transcendente”. Quando ponderei compreender Spinoza, e o faço agora com relação a Aristóteles. Isto porque, para todo esse universo de filósofos, estava sistematizada a visão dos 4 elementos e não a do átomo de Demócrito e Leucipo; que só veio a ser plenamente aceita a partir de John Dalton (1766 - 1844) e os que depois trabalharam esse nicho de conhecimento, nisso tenho a quase certeza, de que se Aristóteles tivesse encampado a idéia do átomo; a sua visão e conclusão metafísica teria sido diferente e conseqüentemente a dos seus plagiadores... Embora Epicuro (341 - 270 a.C) na sua adolescência tenha sido seu contemporâneo  por 19 anos  ─ 341 a 322 a.C. data da  morte de Aristóteles. E amplamente tenha fundamentado toda a sua filosofia a partir da idéia do átomo de Demócrito e Leocipo, até sua morte em 270 a.C., mesmo assim,  prevaleceu para toda humanidade a sistematização de Aristóteles dos quatro elementos. 
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         Georges Gusdorf, no seu livro Mito e Metafísica, na conclusão desse seu trabalho cita, apud, Bulletin de la Société de Philosophie, 1947: ─ “Quando os filósofos querem pôr a razão ao abrigo da história, dizia Merleau-Ponty, não podem esquecer pura e simplesmente tudo o que a psicologia, a sociologia, a etnografia, a história e  a  patologia mental nos ensinaram sobre o condicionamento das condutas humanas. Seria uma maneira muito romântica de amar a razão, fazer assentar os fundamentos do seu reino sobre a desaprovação dos nossos conhecimentos”.
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         Sendo este capítulo sobre a trindade, e o estar traçando essa espécie de trajetória sobre Deus, primeiramente pela visão metafísica dos filósofos, vale a pena também informar que a efetiva contaminação, da Teologia pela Filosofia, de maneira nenhuma aconteceu em Paulo, como já demonstrei, e sim teve, o seu motor, ligado e posto em movimento no neoplatonismo e na efetiva sistematização do gnosticismo, no qual se fundiram em Plotino 205 - 270. Essa idéia do conhecimento (grego, gnose) como pressuposto para se chegar até a Divindade esteve sempre presente na filosofia grega (como também em todas as filosofias religiosas orientais); inclusive, plenamente defendida por Sócrates em Fédon de Platão, tanto que Paulo e João no início dos seus ministérios e nas suas cartas já batiam violentamente nisso,  como já informei antes. A efervescência desse último lampejo da cultura helênica, agora greco-romana, foi o motor que fez surgir, naquela igreja agora nas mãos do Império Romano, pós Constantino, caminhasse efetivamente, no que chamaríamos de “gnosticismo cristão”; que gerou primeiramente a construção erudito-filosófica da Doutrina da Trindade em Atanásio; com contornos neoplatônicos de gnosticismo, foi ajudada por Agostinho, na continuação dessa visão neoplatônica e gnóstica pelos discípulos de Plotino com os quais conviveu sendo influenciado e, em Aquino se sistematizou com a cara e toda a fundamentação de Aristóteles, quanto à metafísica, conforme estarei detalhando no segmento deste Estudo.              
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Quanto a Agostinho, Tomas de Aquino e outros teólogos, lamento e, ao mesmo tempo digo de maneira veemente e sem rancor: que a história os puna (não Deus) pela falta de respeito ao elementar e acessível ensino e revelação de Deus aos homens, a Bíblia, que eles, por se julgarem eruditos a rejeitaram, colocando-a de lado a favor da metafísica da filosofia.
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Quero deixar claro, que não estou dizendo que o estudo teológico, não possa ou deva contemplar a leitura, conjectura, alinhamento e comparação quanto às ciências, filosofia e todos os conhecimentos humanos; entretanto, o horizonte disso será o de tê-los como acessórios, como tenho feito neste Blog, ou então deixará de ser efetivamente Teologia, e sim a filosófica metafísica, como a reproduzida por Tomás de Aquino. Ainda, se você tem considerado o que expliquei sobre a minha Concomitância do Contraditório, verá; que ela não aceita a forma ou fórmula como Aquino constrói a sua argumentação a partir do Silogismo de Aristóteles, no qual a norma ou idéia de proposição maior versus proposição menor, que para mim é o contraditório, infere, que menor é menor e, não vai dar em nada; diferentemente contraditório é problema, conseqüentemente tem que ser explicado para ser abandonado ou se constituir na verdade, ou ainda: ─ Proposição maior versus proposição menor, é em linguagem simples e exemplo elementar de brincadeira de crianças:    2 para mim (prop. maior ou tese de Hegel), 1 para você (prop. menor ou antítese de Hegel), 2 para mim (prop. maior), 1 para você (prop. menor). ─ Vencedora!! Proposição maior, agora conclusão ou síntese. Creio que a construção acima dentro da visão jocosa ─ porém respeitosa e perfeitamente “lógica”, como manda a dialética da lógica.
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A discussão metafísica quanto ao ser humano não é parte efetiva desse Trabalho, com enfoques na discussão filosófica, até porque a “tricotomia (a verdadeira tri-unidade) bíblica do ser humano” I Tessalonicenses 5. 23, também epístola aos Romanos, só veio a ser  filosófica,  empírica e racionalmente identificada,  sancionada e de alguma forma sistematizada em Freud (1856 ─ 1939) Id, Ego e Superego, que em  Jung (1875  -  1961) o Ego ficou inchado, se tornando “Self” ─  não sei se para significar si-mesmo ou se para benefício de si-mesmo,    deu para notar que prefiro a objetividade e o pragmatismo de Freud.
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O ruim e bom quanto ao que antecedeu a Freud (Renascimento e Iluminismo ou Idade Moderna e a Contemporânea), foi o embate entre os da corrente do Empirismo e os do Racionalismo, cujo bojo ou motivação foi a contraposição ao Teocentrismo, que continuou empurrando a questão metafísica humana para frente, que inclusive não fora resolvida em Aquino (1225 - 1274), o teólogo preferido dos seminários. Em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o do “Absoluto (1770 - 1831), isso foi maravilhosamente conciliado, quando disse: “Tudo o que é real é racional, tudo o que é racional é real... Ainda, em Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 - 1900), coitado, primeira vez; irônica e tragicamente contemporâneo “de o” psicanalista   Freud. Insurge-se de forma veemente contra a metafísica, e de maneira mais objetiva na direção do que ele chamou ou era conhecido como cristianismo e, se apresentou como o fantasioso anticristo ─ fantasia de um líder (indivíduo)  malvado, criada no início da era cristã e ironizada em I João 2. 18-22  ─; quando na realidade, esse cristianismo, leia-se catolicismo romano, e hoje, alguns ramos neopentecostais, do qual ele se disse “anti”, é  o que foi e são hoje os verdadeiros anticristos, como  também é, o catolicismo, o espólio do decaído Império Romano... Nietzsche, coitado, segunda vez; no seu exacerbado antropocentrismo, perdeu o bonde da história em não ter acariciado de maneira terna os partidários de Epicuro, os saduceus, que defendiam parte dos postulados dele, que era presente na cultura judaica 400 anos antes mesmo de Epicuro nascer, conforme Isaías 22. 13,  não ter dedicado a Epicuro todo o amor demonstrado para com Buda, citado carinhosamente por Nietzsche    tem isso, tudo a ver sim, analise! Por fim, poderia ter sido um seguidor de Voltaire, que bateu em tudo e em todos; inclusive no judaísmo e no catolicismo, todavia entendeu e soube trabalhar efetivamente a questão metafísica e ao mesmo tempo foi um ótimo Antropocentrista e uma das maiores expressões do Iluminismo, sendo o seu Deus metafísico “Providência” mais que imanente e quase transcendente, bem próximo do pessoal como é mostrado na Bíblia. Nietzsche, coitado, terceira vez; foi o homem raro referido por ele mesmo no seu Anticristo; que pelo seu tamanho não coube dentro da sua própria mente, quando não o suportou, por ser maior que um homem normal, daí, eu dizer, que foi irônico e trágico o Nietzsche ter sido contemporâneo  de  Freud.
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Pobre Nietzsche. Paulo, por quem ele aprendeu a nutrir grande ódio, possivelmente por não ter tido argumentos plausíveis para contestá-lo,     fora muito maior do que ele, e diferentemente se dizia “louco” por amor ao Evangelho de Cristo. Em contrapartida, de maneira veemente se contrapôs à ciência, filosofia e saberes outros, quando usadas como meio, para aquele fim, que é Jesus. Esse Paulo se mostrou intelectual, racional e cientificamente maior que muitos de sua época, e também maior que Nietzsche, entretanto tendo cabido dentro da sua mente, pois perdeu a cabeça ao ser decapitado e não pela loucura; mostrando para Nietzsche como  poderia manter a sanidade, ainda que sendo extremamente Antropocentrista,  todavia  não caindo na loucura do “niilismo”.          
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Essas rápidas considerações sobre metafísica; todos de alguma forma sabem que são pertinentes, porquanto a tricotomia e a dicotomia humana ainda hoje são discutidas como questão polêmica, e a margem do que a Bíblia objetivamente ensina, porquanto no ser humano há de fato a tri-unidade, e reconhecendo isto, como que, Tomás  de Aquino na sua Suma Teológica diz haver nove (9) erros na Doutrina da Trindade, que seria três tri-unidades em três pessoas... Reitero de maneira veemente: não existe tri-unidade em Deus.
 
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Quanto à metafísica do ser humano no que diz respeito à Bíblia, de alguma maneira já o fiz no Blog sobre o Espiritismo, endereço  www.socrateskardec.blogspot.com e farei com maiores detalhes num futuro Blog  sobre o fracionamento do Espírito Santo e dos dons espirituais, no qual isto estará a partir da efetiva Teologia; dentro (se contrapondo) do senso comum, mais ou menos existente. Também, se você está lembrando, vezes outras, aqui e ali falo dessa questão tricotomia humana. Voltemos aqui às considerações objetivas sobre a Doutrina da Trindade.          
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        Segundo o escritor Charles Francis Potter, no seu livro História das Religiões; foi a partir do início do quarto (4°) século que as questões relacionadas com as pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, começaram a ser discutida  de maneira muito forte...
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         Lembremo-nos que como já identifiquei no meu livro Ceia sim! Cruz não!  A Igreja do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo não estava nesses acontecimentos posteriores a Diocleciano (284 - 305) o qual é o último dos dez (10) imperadores que perseguiram a Igreja do Senhor Jesus, sendo ele que marca o início de contagem de tempo de profecias do livro de Daniel e Apocalipse, que são: Um tempo e tempos e mais metade de um tempo, quarenta e dois meses ou ainda 1260 dias... Que profeticamente correspondem ao período de 1260 anos (de Diocleciano 284 - 305 a João Calvino 1509 - 1554).
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Foi Diocleciano também que praticamente (entre 303 a 305) acabou com toda a estrutura visível da Igreja do Senhor, tendo matado os servos fieis do Senhor, também destruiu lugares de culto e toda a literatura verdadeiramente cristã disponível na mão deles. Isso abriu o caminho para o uso político da Igreja; que de fato aconteceu através do Imperador Constantino, que ensejou a captura do espaço de ação da Igreja de Cristo, como detalho mais a frente. 
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         O momento em que a questão Doutrina da Trindade foi discutida no concílio de Nicéia em 325; foi o momento pós Diocleciano (284 - 305), quando se teve como imperador de Roma Constantino, que ascendeu ao poder a partir de 312, após uma grande luta, cuja vitória Constantino a atribuiu ao uso da cruz como símbolo, que ele dissera ter visto em uma visão; na qual lhe era dito: “Com esse símbolo vencerás”.
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         O concílio de Nicéia em 325 foi presidido pelo imperador Constantino e nele foram discutidos muitos assuntos importantes, como já citei no meu primeiro livro, e também foi nele que se discutiu e praticamente se sistematizou a chamada Doutrina da Trindade...
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         Preliminarmente, é bom que também se diga que a chamada Doutrina da Trindade, erra até na sua denominação ─  não estou me referindo à sua definição filosófica construída por mim, pois a denominaram “da trindade” ─ que quanto a isto não há problema algum, porquanto a Divindade é trina: Pai, Filho e Espírito Santo. Entretanto, quando da sua efetiva sistematização e posterior exaustiva exegese, que vem sendo ampliada no decorrer dos anos por ditos mestres e doutores em Teologia, que  terminam por mergulhar,  não na conclusão trindade, e sim, estranhamente na “tri-unidade”, que é uma idéia sem base bíblica, pois nega a presença do Pai e do Senhor Jesus no céu, quando diz que os dois    não o Filho à direita do Pai, serão um juntamente com o Espírito Santo, ou seja, a chamada Doutrina da Trindade, quando na sua visão prática da tri-unidade, nega o seu próprio nome “da trindade”. Chamo a atenção mais uma vez, para o fato de que defendo a simplicidade do que é ensinado na Bíblia e o conseqüente ensinar exatamente como ali está... Filosofia, erudição e fatores outros que se alinham com a efetiva hermenêutica, são ou devem ser acessórios de facilitação para o estudo tão-somente no meio acadêmico.   
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         De fato, a visão dos inúmeros teólogos importantes sobre a pessoa de Deus o Pai, é pouco trabalhada; ótimo seria, se fosse em decorrência do texto de Jeremias 31. 34, quando nos diversos comentários de praticamente todos eles... Não os estou listando, identificando nem colocando no rol bibliográfico obras desses teólogos, por não estar usando ou contestando objetivamente o trabalho completo deles, todavia, é até senso comum o que estou dizendo    a Doutrina da Trindade é unanimidade, pois é fato que praticamente todos eles não tiveram ou têm tido a preocupação efetiva com a pessoa do Pai... A contrapartida disso é um trabalho maciço deles na direção da pessoa do Filho, o Senhor Jesus ─ que é necessária e pertinente a todo o momento teológico, porquanto a mensagem bíblica é Cristocêntrica... Até aí. Tudo bem! O complicador é que essa verdade do nosso Senhor Jesus Cristo como centro, se operacionaliza através da extra-bíblica Doutrina da Trindade, que desemboca na exegese de sistematização da tri-unidade, que é chamada de trindade.
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         Como disse, percorrendo as conclusões da maioria dos teólogos importantes ─ os quais, não vale a pena citar pela mesmice dos seus postulados com formatação catalogal (rol, lista de dogmas) ─; constatei a vertente teológica excessivamente etimológica, que é a idéia de valorizar o etimológico de uma determinada palavra do texto e posterior exegese, que não corresponde à regra bíblica informada em Isaías 28. 9-13, que leva em conta e também transcende à semântica; sendo efetivamente a partir de fatos que se interligam ─ detalhada por mim no subtítulo A questão sistematização teológica, que é parte do que chamo de Simetria de Sistematização.  Também abordarei no final do subtítulo O sofrimento de Jesus na cruz, que é deste subtítulo, mostrando que assim fora praticada pelos discípulos de forma “factual”    soma de fatos: um pouco aqui, um pouco ali como manda Isaías; sendo muito claro nos discursos registrados no livro de Atos, através de Pedro, Estevão, Filipe, Paulo    algumas vezes, e nas epístolas; como a de aos Hebreus, trabalhada em endereços neste livro ─   os citados acima  ─, na qual, a conclusão, midrash ou exegese do escritor aos Hebreus, não é um exercício retórico de etimologia, e sim uma linda e coerente montagem de fatos, como manda Isaías 28. 9-13, que para a fundamentação e sistematização da Divindade do Senhor Jesus, o escritor aos Hebreus usa partes de nove Salmos e um texto de Isaías 8. 18... Semelhantemente, o restante de toda a epístola, sobre vários outros assuntos são trabalhados a partir do pressuposto dessa construção verdadeiramente factual para fundamentação e sistematização teológica ou o estabelecer  princípios e doutrinas.                      
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         Voltando a Charles Francis Potter, ele nos informa que em 318 d.C. Ario, prelado da igreja de Alexandria, defendeu a idéia de que Jesus realmente era filho de Deus e, não o próprio Deus, portanto menor que o Pai... Em pequeno concílio reunido em 321, Ario e os que defendiam as suas idéias foram expulsos da igreja.
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            No ano de 325, no concílio de Nicéia foi que efetivamente essa questão com relação ao Senhor Jesus e o Pai foi debatida; tendo de um lado Ário, se contrapondo à idéia de que o Pai e o Filho não eram a mesma pessoa, do outro lado o jovem escritor chamado Atanásio, Deão de Alexandria, que falou em nome da maioria dos bispos (hierarquia indevida) importantes da época, defendendo o embrião do que chamamos de Doutrina da Trindade, Atanásio é considerado como o pai dessa doutrina.
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          Entenda-se que este memento da história é o momento que a Igreja do Senhor Jesus já está fora dos acontecimentos mundiais, pois ela fora totalmente destroçada por Diocleciano, sendo este período; que passa de Constantino 312 ─ 337, por Teodósio, que em 391 torna o cristianismo religião oficial do Império e abolindo definitivamente o paganismo. Este período é o momento embrionário do catolicismo romano.
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            Sabemos que a quase totalidade da literatura cristã chama este período de o início do triunfo do cristianismo, isto por desinformação total das profecias de Daniel e Apocalipse, quando na realidade, é a partir do imperador Diocleciano e até João Calvino, o último e mais importante reformador; que a Igreja do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo fica fora dos acontecimentos mundiais por 1260 anos, conforme livro de minha autoria Ceia sim! Cruz não! No qual, os textos que sancionam e provam isto são: Daniel 7. 25b, Daniel 12. 7, Apocalipse 11. 2, Apocalipse 11. 3, Apocalipse 12. 4, Apocalipse 12. 6 e Apocalipse 13. 5-7.

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         Os erros, que inclusive as igrejas evangélicas têm mantido no seu corpo de doutrinas foram desenvolvidos três séculos depois de Diocleciano, e esse quadro extra-bíblico tem se ampliado por intermédio dos chamados neopentecostais, e alguns grupos que poderiam ser chamados de “neoliberais”, para os quais, “os fins justificam os meios” e a verdade bíblica é relativa e lamentavelmente em vários casos as coisas de Deus se têm tornado um ótimo e rentável negócio.
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        A referência a neopentecostais e grupos que tornam relativa a verdade bíblica em benefício do liberalismo moderno; não tem a intenção beligerante de criar animosidade ou de simples crítica visando ofender, pelo contrário, em se tratando de um estudo sobre a palavra de Deus; estou querendo chamar a atenção para a responsabilidade que cabe a todos nós, de buscar ensinar e praticar verdadeiramente  tudo o que está  contido no texto sagrado.
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        Retornando objetivamente á questão Doutrina da Trindade; há dentro do exaustivo quadro da exegese de defesa dessa doutrina, uma série de argumentos; filosóficos, comparativos e que são até mirabolantes e infantis, como no caso do argumento a partir da figura geométrica triângulo; isso beira a erro versus erro, pois essa figura geométrica é símbolo esotérico, de igual modo usam a água a partir do pressuposto do estado líquido, gasoso e sólido, o gelo; o aparelho de som três-em-um; e também a partir da tríade humana  quando perguntam:  Você não é composto de corpo, alma e espírito e é um só? Não há nenhuma proximidade possível nessa comparação, e intencionalmente queremos comentá-la, pois nosso corpo corresponde ao ID de Freud; o nosso conjunto de sentimentos, na maioria das vezes, nada dignos, o nosso efetivo comando, corresponde ao EGO, e o nosso espírito ou a nossa parte moral e justa, corresponde ao SUPEREGO, que é vetor na direção da vontade de Deus, conforme Romanos 8. 16  O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus... Reiterando, existe de fato a tri-unidade humana, entretanto, não existe, absolutamente, tri-unidade em Deus. 
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        A  partir dessas conclusões; ─  que entendo serem lógicas e contundentes, nas quais, só o corpo é físico e a alma (ou não exatamente, porquanto ela é a nossa cognição) e o espírito metafísicos; quem seria o Pai ou o Senhor Jesus nessa tentativa de comparação por deveras improcedente. O sério e lamentável quanto a tudo isso é o pano de fundo ou a de fato construção filosófica que é a sua base de fundamentação. Quando simplesmente ignora e anula quase todo o Novo Testamento, nas suas informações sobre Jesus como eternamente Filho de Deus, que no princípio estava com o Pai e para sempre estará assentado a sua direita    coisa que o próprio Jesus afirma, conforme o texto sagrado; de igual modo os diversos diálogos de Jesus com o Pai, inclusive, nesses diálogos mencionando o seu relacionamento anterior à sua condição humana e também a sua  posterior eterna presença com o Pai.
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Vou ser repetitivo, o serei novamente ao final, todavia isso é imperioso, porquanto decididamente não procede impingir,  como tem sido feito por séculos, esse ensinamento extra bíblico da tri-unidade ser “três em um”, que pressupõe, Jesus hoje estar fundido ao Pai formando com Ele uma só pessoa ─  dizem que com base no capítulo 14 do Evangelho de João, quando “esse serem um” é didaticamente explicado no mesmo Evangelho de João no capítulo 17 quando da oração de Jesus... Meu querido teólogo, meu também querido pastor considere com toda seriedade a sua responsabilidade para com Deus e a sua Palavra, considere de igual modo que Deus o Pai e o seu Filho o Senhor Jesus, são infinitamente mais inteligentes que qualquer um de nós, tanto que para que entendamos os seus ensinamentos, nos tem disponibilizado o seu Santo Espírito... Não inventemos, não compliquemos, não dificultemos e principalmente não coloquemos tropeços para os mais humildes e de pouco entendimento (Lucas 17. 1-2), e sim ensinemos o simples e elementar contido objetivamente no texto sagrado: Deus é o Pai, Jesus o seu unigênito Filho e Espírito Santo a presença Deles em qualquer lugar, vendo e sabendo de tudo (onisciência e onipresença). Isso é o que a Bíblia ensina de maneira clara, simples, didática e acessível a todos.
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         No pressuposto de realmente sermos pessoas que estudam com seriedade as Escrituras. De maneira nenhuma entenderemos que o pedido de Filipe ao solicitar que Jesus lhes mostrasse o Pai; seria por não entender ser Jesus e o Pai a mesma pessoa... Porque saber  isso era muito claro para todos eles, conforme os relatos dos três sinópticos e principalmente no Evangelho de João; a plena existência do Senhor Jesus e o Pai. Daí esse exato pedido, “mostra-nos o Pai”, foi o não entender a plena comunhão entre o Senhor Jesus e o Pai; onde Ele enviou o seu Filho (João 3. 16-17) como Salvador e seu representante legítimo: o Emanoel    Deus conosco, e não o céu sem Deus enquanto Jesus esteve aqui na Terra. Cuja resposta de Jesus foi contundente na direção de mostrar a sua plena representação do Pai junto a nós seres humanos, como o amplamente informado por João nesse seu Evangelho, ou seja, ele foi enfático, como demonstro na lista de endereços dos seus escritos, no início do subtítulo Simetria de sistematização II.                        

A TRINDADE E A FILOSOFIA VERSUS AGOSTINHO E AQUINO
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Antes de prosseguir nessa linha mais contemporânea sobre a improcedência dessa doutrina, temos que lembrar de Agostinho (345-430), que também muito contribuiu e continua contribuindo para a perpetuação dessa construção filosófica, que só não é tão marcante como a de Tomás de Aquino, (1225-1274) pelas dificuldades que ele, Agostinho teve com Maniqueu ou Manés, do maniqueísmo, tanto que quem estuda Agostinho o vê com mania de  amaniqueísta.
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Tomás de Aquino, no seu Compêndio de Teologia, do título Deus uno trino e as coisas por Ele criadas; desde o subtítulo, capítulo terceiro Deus existe, até o subtítulo, capítulo trinta e quatro, A vontade divina é o próprio querer de Deus;  usa e abusa do direito de se permitir que Platão e Aristóteles ensinem metafísica com nome de teologia através dele  sendo isso um fato em seus Estudos, tanto que, ao concluir, no subtítulo, capítulo trinta e seis, diz:  “Tudo isto foi afirmado pelo filósofos. No tópico setenta e seis, ele diz: Tudo quanto dissemos até aqui foi sutilmente considerado por vários filósofos pagãos, ainda que alguns deles hajam incidido em certos erros. Os que acertaram com a verdade só conseguiram chegar a ela após longa e trabalhosa pesquisa”. No parágrafo posterior imediato ele faz uma crítica inconseqüente e anacrônica aos filósofos; pois toda a base dos seus trabalhos, são de fato a partir de Platão e Aristóteles, também de pré-socráticos, os quais Platão e Aristóteles citam, que são também de fato pré-cristãos ou anteriores a era cristã; não tendo nenhuma coerência ele dizer: ─ “Há, contudo, outras coisas que a doutrina cristã nos transmite acerca de Deus. Trata-se de coisas que os filósofos pagãos não conseguiram atingir...” Arrisco-me a dizer, que se Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) tivessem tido contato, vivido naquela época ou depois com os ensinamentos e até com o próprio Senhor Jesus e com o grande sistematizador teológico, Paulo, possivelmente as suas construções filosóficas sobre metafísica teriam contornos completamente diferentes.       
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         Da mesma forma, Tomás de Aquino, na sua Suma teológica; questão XXXI, Da Unidade e da Pluralidade em Deus, que vou comentar mais especificamente no final deste Trabalho, usando-a como antítese à doutrina da trindade em defesa da tri-unidade... Na chamada solução, que está identificada como segunda; Aquino promove uma série de considerações dentro da sua poderosa habilidade dialética e retórica se dando a todo o direito de caminhar em todas as direções com um exagerado etimologismo, e chama para junto de si a cumplicidade, de alguma forma, de: Jerônimo, Agostinho, Ário, citado duas vezes, mas não como defensor dessa heresia, Sabélio, Ambrósio, citado também duas vezes, e Hilário, citado três vezes, também como partidário dessa doutrina, que recebeu prioritariamente avaliação e tratamento filosófico e não bíblico.               
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         Para voltarmos ao estudo dessa doutrina dentro do que a Bíblia efetivamente ensina, bom seria usar termos que Aquino e os amantes (também sou, mas, na sua devida medida) da filosofia gostam:  O estudo das Escrituras deve  tornar-nos do “Gênero” de Davi, Salmo primeiro e não um “Acidente” na nossa vida e na de ninguém; porque a Palavra de Deus é “Simples” e “Potente” na sua “Essência” e nos conduz,    como “Primeiro Motor” que é,  a por um “Ato” de fé, sermos salvos em Cristo Jesus, o Filho do Deus vivo... Porque Ele se revela a nós seres humanos, através da Bíblia com toda a didática necessária do antropomorfismo e a antropopatia, que a torna acessível à prática de todos nós, que é a sua Palavra.              
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          A Doutrina da Trindade, além de ser de fato a metafísica dos filósofos tem a sua efetiva tentativa (inconseqüente) de base bíblica no Evangelho do apóstolo João, e precisamente no capítulo 14. 12-17, quando da  afirmação do Senhor Jesus, “dizendo que quem vê a ele, viu o Pai...”
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          O concluir isto a partir de um texto isolado é inconseqüente e fere a regra básica de interpretação de textos bíblicos, que aponta para a necessidade do batimento com outros textos, a efetiva contextura; que efetivamente  considerando também que o texto mencionado no parágrafo acima é parte de um momento que compreende os relatos do capítulo 13 ao capítulo 17 do Evangelho de João. Que obviamente, de alguma forma, os assuntos de um determinado período de conversa se interligam, um às vezes gera o outro e quase sempre um explica o outro; como o texto de João 14. 12-17 que é plenamente explicado em João 17. 11-23; como aparecerá detalhadamente no subtítulo que denominei de Textos do Evangelho de João Aglutinados.
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         Outro texto é usado na tentativa de legitimar essa doutrina, que é o do Evangelho de João 1. 2-3, entretanto, os próprios defensores dela; compreendem que João fala basicamente de companhia (estava com), e quando ele conclui, não deixa margem para se caminhar na direção do que é efetivamente essa doutrina, que é exatamente: DEUS FÍSICO PLURAL UNO METAFÍSICO; pois o texto, no versículo três (3) diz: E  O  VERBO  ERA DEUS e não O VERBO ERA  “UM” DEUS.
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O Evangelho de João    diferente dos três sinópticos tem toda uma construção, não só histórica informativa, mas principalmente teológica e, por sua feitura ter sido no final do primeiro século (ano 90); contempla  toda uma construção de contraponto ao gnosticismo, como também as suas epístolas, quando esse texto do Evangelho de João busca enfatizar e condição divina do Senhor Jesus, e ao mesmo tempo a sua condição humana eventual, tanto que ele vai pontilhar isto mais objetivamente na sua primeira epístola, I João 4. 2    Nisto conhecereis o Espírito de Deus; todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus.
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         Do lado da questão divina, teve-se a preocupação de João em sistematizar exatamente o contrário da Doutrina da Trindade, que é literalmente Deus físico plural uno metafísico, ou exatamente a metafísica de Aristóteles na sua essência de fundamentação.   
105
         O interessante dessa sistematização de João é que ele recorreu à alegoria LOGUS, palavra, mais objetivamente o verbo, como definiu o tradutor, que exprime ação; mas, o componente que ele insiste e reitera é a pluralidade ─ não metafísica, mas, sim! Que existem as pessoas; do Pai, do Filho e a pessoa de ambos, por inferência clara em muitos textos bíblicos,  que é o Espírito Santo... Há que se considerar ainda, que o nome dado a essa doutrina; embora ela tenha uma abundante exegese filosófica que pretende ser elucidativa; ela peca por não ser chamada de “doutrina da tri-unidade”, pois ela é literalmente isto; o que motiva a reiterar de maneira veemente: “a Divindade revelada a nós na Bíblia é trina”, e  de maneira nenhuma “triúna”, pois como já foi dito, Deus é o pai, o Senhor Jesus o filho e o Espírito Santo     que não é outra pessoa física, como o Pai e o Filho e sim como nos é apresentado na Bíblia, o Espírito, como sendo a maneira Deles serem Oniscientes e Onipresentes ou como se torna possível o nosso relacionamento    todas as pessoas em todo o mundo, com a  pessoa de ambos. O interessante quanto a isso foi que posteriormente, mesmo após a consolidação do Império Romano com Otávio, o augusto em 27 a.C.; a cultura e o idioma grego, anteriormente difundido com o nome de koiné (comum) ─ que carregava também dentro de todas as ponderações que fiz sobre o vocábulo logos ─ continuaram presentes em todo o mundo então conhecido, com a mesmo força ─ como a tinha na hegemonia Greco-macedônia. E isto ─ como já expliquei anteriormente ─, teve a vertente importantíssima da filosofia, que no caso específico do termo (vocábulo) logos, aconteceu precisamente a partir dos postulados de Heráclito de Éfeso, no seu Devir, quando ele atribuiu a logos (palavra) o também entendimento “razão”, e de igual modo ─ nesta ampliação do entendimento do vocábulo logos, dissera algo surpreendente do ponto de vista metafísico, na afirmação: Os homens são obtusos com relação ao ser logos, tanto antes como depois que ouviram falar dele; e não parecem conhecê-lo, ainda que tudo aconteça segundo o logos...   
106
         Quanto ao gnosticismo contraposto por João veementemente em todos os seus escritos, como já informei em trabalhos anteriores e no início deste Estudo, foi a idéia filosófica do precedente do conhecimento para se chegar até a Divindade, e que teve sua ascendência vertiginosa no período da Igreja emergente, vindo a ser sistematizada por Plotino (205 - 270). Essa filosofia já negava a Divindade do Senhor Jesus; por esse motivo, os discípulos batiam sistematicamente nela, sendo que João o fez de maneira veemente e ostensiva, por ser a época dos seus escritos, o final do primeiro século, o momento que foi parte da trajetória ascendente dessa filosofia, que se consolidou em Plotino, como o informado acima; sendo esse o motivo principal dos contornos de defesa da Divindade de Jesus constantes no texto do início do seu evangelho.       
107
          Nós iremos trabalhar detalhadamente a questão da Doutrina da Trindade a partir de textos de outros autores além de João, entretanto se faz necessário trabalhar mais esse assunto nos textos escritos por ele... Também afirmar categoricamente o absurdo da tri-unidade em Deus, quando, diferentemente, o que existe de fato é a tri-unidade humana (já disse isto algumas vezes), conforme Blog sobre Espiritismo, endereço www.socrateskardec.blogspot.com .    
108
         Sendo repetitivo, a Divindade é somente trina e não triúna. Deus o Pai é divino, Jesus o Filho é divino e o Espírito Santo, igualmente é divino. O Pai é pessoa, conforme Isaías 6. 1-3, Apocalipse 4. 9-11. O Filho obviamente é pessoa, conforme todo o Novo Testamento, e o Espírito Santo é amorfo, conforme Gênesis 1. 2, Números 11. 16-17 e muitos outros textos. A relação entre Deus o Pai é de propriedade, cuja ação do Espírito Santo; que sendo Deus pessoa: por meio do seu Espírito, Ele é Onisciente e Onipresente, conforme Provérbios 15. 3, Zacarias 4. 6-10 e Apocalipse 5. 6, por este motivo Jesus disse à mulher samaritana ser Deus Espírito, que como tal tudo vê e de tudo tem ciência.
     
109
         Tenho afirmado que no capítulo primeiro do Evangelho de João, há objetivamente a informação da pluralidade divina. De haver de fato duas pessoas, Pai e Filho, e decididamente não haver aqui e em nenhum texto bíblico, nem a leve indução do filosófico Deus físico plural uno metafísico, que é a definição correta da Doutrina da Trindade. Porquanto  ainda no capítulo primeiro do Evangelho de João, como no versículo 1, também nos versículos 2 e 3,  ele reitera que o Senhor Jesus estava com Deus:   Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
110
         De igual modo, quanto a pré-existência do Senhor Jesus junto ao Pai, conforme João 17. 4-5    Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto a ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.        
111
         No livro do Apocalipse, que também foi escrito por João, Apocalipse 5. 13    Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que nele há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos; e os quatro seres viventes diziam: Amem. E os anciãos prostraram-se e adoraram. João, aqui ao reproduzir essa parte de sua visão tida na Ilha de Patmos; mostra inequivocamente a improcedência da extra-bíblica Doutrina da Trindade, quando neste texto aparece de maneira clara e objetiva a pessoa do Pai e a do Filho. É João também, no seu Evangelho capítulo 10. 33-36  Responderam-lhe os judeus: Não é por nenhuma obra boa que  vamos  apedrejar-te, mas por blasfêmia; e porque, sendo tu homem, te fazes Deus. Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Vós sois deuses? Se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a escritura não pode ser anulada), àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque eu disse: Sou filho de Deus?
112
Quem entende de fato como se interpreta textos bíblicos, a sistematização; sabe que fatos narrados têm proeminência e maior valor, peso, quando da interpretação de um texto... A passagem bíblica que reproduzi, é a narrativa de um confronto entre o Senhor Jesus e um grupo de judeus, que possivelmente era composto de saduceus e fariseus, que certamente foram os inquisidores, quando, naquele momento, o tema discutido foi a Divindade do Senhor Jesus... O método utilizado por Jesus foi o da contextura; e o desenvolver dos argumentos de Jesus caminham na direção de objetivar os pontos que Ele, Jesus, quer que saibamos... Dentro dessa visão de dar maior peso ao fato ou mais importância na sistematização, gostaria de reproduzir o texto de Apocalipse 22. 1-3    e mostrou-me o rio de água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês; e as folhas das árvore são para a cura das nações.  Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos os servirão.           
113
         Sendo a Doutrina da Trindade verdadeiramente, isto: DEUS FÍSICO PLURAL UNO METAFÍSICO; o Senhor Jesus, diria no texto anterior em grandes letras: EU SOU O PAI, pois “Jesus”, que eu estou representando é simplesmente uma manifestação minha, que sou o próprio Deus, entretanto o que o Senhor Jesus disse, foi: A vossa lei chama de deuses aos homens aos quais a palavra foi pregada, e pergunta o que havia de impróprio em ele se dizer  Filho de Deus, pois as obras que ele realizava avalizavam isto.
114
Também, no Evangelho de Mateus 9. 2-8, Marcos 2. 3-12 e Lucas 5. 21-26 ─  (...). Εntão os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é esse que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? (...). Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti digo: Levanta-te, toma teu leito e anda. Reproduzi tão-somente os versículos 21 e 24 para não tornar muito extensa a citação, mas em resumo, aqueles homens questionaram objetivamente    como no caso do texto anterior que comentei, o pressuposto de ser o Senhor Jesus o próprio Deus, quando arrazoaram, ser esse poder unicamente de Deus o Pai... Aqui como ponderei sobre o texto anterior. Se a Doutrina da Trindade fosse bíblica e verdade, o Senhor Jesus diria enfaticamente que tinha e tem poder para perdoar pecados, e de modo diferente diria também que isso seria pelo óbvio motivo de ser ele o próprio Deus; mas, todavia, porém, entretanto, ele, inclusive em um ato comprobatório    pois pecados perdoados não têm efeito visível; mostrou, na prática, de forma contundente o que estava dizendo... De igual modo, de forma cabal e objetivamente clara, disse não ser ele Deus o Pai, e pelo contrário, o Senhor Jesus disse ser o Filho do homem, a sua condição eventual específica, que não tem nada absolutamente nada com a tri-unidade.
115
Tendo citado acima os textos de João 1. 2-3, João 17. 4-5 (Jesus ontem, no passado); João 10. 33-36 (Jesus hoje) e Apocalipse 5. 13 e também Apocalipse 22. 1-3 (Jesus eternamente). Observe, que de alguma forma ou de fato, esse conjunto de textos mostra objetivamente momentos da existência do Senhor Jesus em relação a nós seres humanos; que nos relatos  escritor aos Hebreus 13. 8    Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. Nos quais, vê-se nessa síntese do escritor aos Hebreus; não somente a informação da imutabilidade do caráter e personalidade do Senhor Jesus, mas de igual modo a informação da sua pré, atual, futura e também eterna existência, junto ao Pai, os anjos e a nós os que herdaremos a vida eterna. Que não teria nada a ver (reiterando) com a chamada trindade, que é explicada como tri-unidade.
116
Para objetivar melhor essa questão vou reproduzir textos das falas do Senhor Jesus com o Pai, no pressuposto da tri-unidade ou ser Jesus o próprio Pai; que hesitei em fazê-lo, porque essa construção vai tornar a Doutrina da Trindade (tri-unidade) algo ridículo, mas com seriedade, respeito a Deus Pai, a seu Filho, o Senhor Jesus e entendendo a aprovação de Deus através do seu Santo Espírito... Vou reproduzir sete falas do Senhor Jesus com o Pai em negrito e os mesmos textos em itálico, sendo modificado como se Jesus fosse Deus, o Pai, em azul para a parte modificada, que seguem: João 3. 16-17 ─  Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Texto modificado    Porque eu amei o mundo de tal maneira que dei a mim mesmo, para que todo aquele que em mim crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque eu enviei a mim mesmo ao mundo, não para que julgasse mundo, mas para que o mundo fosse salvo por mim.
117
Mateus 11. 25-26 ─  Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Texto modificado ─ Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças dou a mim mesmo ó eu, Senhor do céu e da terra, porque ocultei essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelei aos pequeninos. Sim, ó eu, porque foi do meu agrado.

118
Mateus 11. 27    Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar. Texto modificado    Todas as coisas me foram entregues por mim mesmo; e ninguém conhece plenamente a mim, senão eu mesmo, e aquele a quem eu quiser revelar.

119
Marcos 9. 7    Nisto veio uma nuvem que os cobriu, e dela saiu uma voz que dizia: Este é meu Filho amado; a ele ouvi. Texto modificado    Nisto veio uma nuvem que os cobriu, e dela saiu uma voz que dizia: Este sou eu que me amo; a mim ouvi.
120
         João 4. 23    Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.  Texto modificado    mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão a mim em espírito e em verdade; porque eu procuro a tais que assim me adorem.  
121
         Lucas 22. 68-69    E se eu vos interrogar, de modo algum me respondereis. Mas desde agora estará assentado o Filho do homem à direita do poder de Deus. Texto modificado    E se eu vos interrogar, de modo algum me respondereis. Mas desde agora estarei assentado à direita de mim mesmo. 
122
         João 11. 41-42    Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me ouvistes. Eu sabia que sempre me ouves; mas por causa da multidão que está em redor é assim que falei, para que eles creiam que tu me enviastes. Texto modificado    Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: eu, graças dou a mim mesmo, porque me ouço, eu sabia que sempre me ouço, mas por causa da multidão que está em redor é assim que falei, para que eles creiam que eu mesmo me enviei.   
123
         Reitero, que as construções aqui postas é de intenção espiritual e de grande seriedade. Seriedade num grau muito maior do que a dos que têm fundamentado essa improcedente doutrina, que busca motivar a reavaliação dessa doutrina católica romana,  do Deão Atanásio, outros teólogos católicos e os inocentes úteis evangélicos, cuja base de fundamentação nem filosofia efetivamente é, porquanto a sua argumentação começa com essa pretensão e ao final; a conclusão do Deus “uno”, composto de Pai, Filho e Espírito Santo; ela apela para o subjetivo: não nos compete especular o que não está revelado; numa flagrante confissão de desconhecimento bíblico, pois a sua improcedência é objetivamente clara naquilo que está revelado, conforme Deuteronômio 29. 29 parte b ─ Mas as reveladas nos pertencem a nós e nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei. 
124
         Quanto a tudo o que tenho apresentado e explicado neste Trabalho ─ que se sustenta verdadeiramente em estudo bíblico ─; e especificamente no caso dessa doutrina quando usei várias avaliações, e inclusive essa trabalhada agora, que a concluí com esse texto do livro de Deuteronômio, que lamentavelmente é entendido pela primeira oração e não pela segunda (que é precedida da conjunção adversativa: “mas”, lhe dando proeminência sobre a anterior), que é a que tem a informação que o conjunto (as duas) do texto quer dar    como já expliquei no Preâmbulo, quando acontece nesses casos, não o não crer por não saber ler, mas, aquela coisa nojenta que vez outra nos assalta, que é a leitura e avaliação tendenciosa, senão? Como o discutido neste Blog é o estudo verdadeiro da bíblia, que pressupõe a avaliação textos e contextos, quando vemos no seguimento desse mesmo livro de Deuteronômio. As conclusões de como as coisas reveladas nos estão disponíveis para pleno entendimento (como diz a segunda oração de Deuteronômio 29. 29) é o que segue, conforme Deuteronômio 30.11-14 ─ Porque este mandamento, que eu hoje te ordeno, não te é difícil demais, nem tampouco está longe de ti. Não está no céu para dizeres: Quem subirá por nós ao céu, e no-lo trará, e no-lo fará ouvir, para que o cumpramos?  Nem está além do mar, para dizeres; Quem passará por nós além do mar, e no-lo trará, e no-lo fará ouvir, para que o cumpramos? Mas a palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para cumprireis.                                               
125
         A falta de conhecimento bíblico, ou melhor, de Sistematização Teológica, que é o ter seguido os precursores católicos romanos, têm distanciado em muito os Seminários do ensino verdadeiro da Palavra do nosso Deus... Amo a filosofia, e entendo que quando estou fundamentando, explicando e sistematizando alguma coisa, a estou usando, todavia quanto ao texto sagrado tenho parâmetros definidos ─ não contra a filosofia, mas a favor do que Deus quer informar por meio da Bíblia  aos doutos e principalmente aos indoutos; quando se tem que ter sabedoria, sensibilidade, paciência, respeito e principalmente espiritualidade, que contemple o que reiteradas vezes tenho repetido׃ a valorização do simples, elementar e didática contida no ensinamento bíblico; que pode e deve ser avaliado subsidiariamente via filosofia e outras ciências, contudo não misturando as coisas como foi e continua sendo feito por muitos teólogos... O dito aqui, não deve ser considerado como confronto ou acusação a doutores; mas exatamente o alinhamento com os ensinamentos do Senhor Jesus e dos apóstolos; conforme ponderei sobre a grade de ensino de Paulo, que não usou terminologia da filosofia e nem objetivamente a sua metodologia e conclusões, conforme ele explica de maneira clara no segundo capítulo da sua primeira carta aos de Corinto.           
126
         A base teológica de fundamentação das pessoas, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que é a pessoa de ambos, é muito ampla em todos os textos bíblicos, havendo inclusive dois pontos que são básicos, e por isso trabalhado ostensivamente pelos escritores do Novo Testamento quando das suas sistematizações. Do que, a idéia dessa minha Simetria de Sistematização nasceu inicialmente a partir da identificação da regra das duas testemunhas, que á medida que caminhava no estudo o texto bíblico, isso ficava cada vez mais claro e evidente. Quando cheguei à fundamentação da Divindade do Senhor Jesus ─ não caminhando na visão da doutrina da trindade, mas objetivamente no pessoa do próprio Jesus. Pude observar    como que ao olhar para cada texto bíblico estivesse vendo duas linhas imaginárias exatamente paralelas entre si, em sentido horizontal, que seguiam indefinidamente até Apocalipse  ─; que nos Evangelhos, no livro de Atos e nas epístolas, essas linhas׃ uma que diz “Jesus é o Filho de Deus”, e a outra׃ que “se assenta à direita de Deus, o Pai”, mostravam de maneira muito forte uma espécie de caminho ou norma a se seguir.
127
Rapidamente se produziu na minha mente a idéia de dar nome a essas duas linhas imaginárias    que de fato existem na argumentação dos escritores bíblicos ─, de chamá-las de Simetria de Sistematização (que são paralelamente simétricas, daí serem elemento de sistematização), e incorporá-la como elemento regra ao mecanismo de sistematização... Porque existindo de fato na fundamentação da Divindade do Senhor Jesus, também tinham conexão direta com a regra das duas testemunhas, que é a base de aferir a verdade ou lhe dar validação ou ainda,  definitivamente se criar a verdadeira jurisprudência de  sistematização dos conceitos e princípios bíblicos; disso surgiu e se consolidou para mim esse outro elemento-regra, de como fazer Sistematização teológica.                         
128
            Após a identificação dessa vertente-regra. A incorporei dentro de um conjunto, cuja principal vertente é a sancionada em Isaías 28. 9-13; que foi de alguma forma seguida pelos judeus através do midrash; o Senhor Jesus a legitimou pela prática da contextura, e apresenta um outro elemento explicado acima; que é o parâmetro óbvio  dessa forma de interpretação, que está em João 8.16-18    E, mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro; porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou.  Ora, na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Sou eu que dou testemunho de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também dá testemunho de mim.  Nesse texto o Senhor Jesus cria claramente o pressuposto que para se fundamentar alguma coisa relacionada à Palavra de Deus, há que se ter pelo menos duas citações, fundamentando-a em textos como Deuteronômio 19. 15 e Números 35. 30    dois ou três testemunhos bíblicos... Para que não se diga que há incoerência neste argumento; o Senhor Jesus anteriormente já havia ponderado sobre essa regra, quanto ensinou a como inquirir a um irmão em erro, Mateus 18. 16    mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada.  Também Paulo escrevendo a sua segunda carta aos Coríntios, veio evocar essa mesma regra, II Cor. 13. 1    É esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda palavra...  De igual modo, João nas suas informações sobre o fim de todas as coisas; fala de duas testemunhas; que no meu livro Ceia, sim! Cruz, não! as identifiquei como sendo Miguel e Gabriel, os dois ungidos que assistem diante de Deus, Zacarias 4. 11-14, no sentido alegórico, o Antigo Testamento  e o Novo Testamento ─ que se desdobram no pergaminho comido (Ezequiel 3. 1-3) e o livrinho, também comido (Apocalipse 10. 8-11)), no sentido literal. Temos, de igual modo, as Duas Testemunhas, que também ajudam a validar essa regra, conforme Apocalipse 11. 3-4 ─ E concederei ás minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias.  Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor de toda terra.
129
         Há ainda que se considerar com relação a essa questão regra, que assim como Isaías não tinha a consciência de que a estava fundamentando; anteriormente esse outro vetor, ao qual dei o nome de SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO; que é parte dessa regra; já estava em curso desde o livro do Gênesis.  Primeiro no relacionamento violento motivado pela inveja entre Caim e Abel... Embora o jeitinho dado por Sara tenha sido a causa do nascimento de Ismael; essa dicotomia entre Ismael e Isaque    problema ainda não resolvido hoje no relacionamento difícil entre seus descendentes ─, judeus e palestinos, também de alguma forma ajudam a validar a regra das duas testemunhas... A lista de todos os fatos que comprovam esta regra é extensa, e não vou fazê-la agora.
130
Ainda, aproveitando toda essa trajetória expositiva sobre a sistematização; quero considerar algo que julgo perfeitamente pertinente. Primeiramente porque os fatos ligados ao que vou enumerar apontam de maneira clara e contundente para o que o Senhor Jesus disse em exultação em Mateus 11. 25-27, ser a revelação do Evangelho coisa simples e de fácil entendimento... E eu diria, não somente o Evangelho, mas também as ciências, que paulatinamente pessoas vão sendo no decorrer da história, motivadas por Deus, recebendo dons de conhecimentos e habilidades como a da descoberta da combinação binária, que permitiu a Samuel Finley Breese Morse (1791-1872), quando da invenção do seu aparelho de telégrafo, criar através do “binário liga-desliga” o código que leva o seu nome, o Código Morse; também o monge Gregor Mendel (1822-1884), que nas suas 1a e 2a leis de pesquisa genética, usando a combinação binária (cruzamento) abriu o efetivo caminho para o entendimento do DNA (Ácido DesoxirriboNucléico), com a combinação binária  CG - GC, AT - TA e o RNA (Ácido RiboNucléico), cujo mecanismo também é da combinação binária. Por fim, o maravilhoso computador de todos nós, tem a sua raiz ou usando a linguagem genética para essa máquina; tem o cerne do seu Genoma nas combinações binárias do “1 e 0”, que mostram o elementar e didático de Deus, as leis da natureza, nas coisas maravilhosas, que demandam profundos estudos e pesquisas que  espantam e deixam-nos maravilhados... Se você percebeu, coloquei essas considerações aqui; na alusão ou na de fato conexão com o mesmo mecanismo binário das duas testemunhas, que como tenho defendido, de fato norteia a Sistematização teológica, e é identificado perfeitamente na minha Simetria de Sistematização.
              
   SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO 
131
         Esses dois pontos que estão dentro do que denomino “SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO” são: A relação Deus, Pai e o Senhor Jesus, Filho ─  isto com relação à Divindade, ou o Pai que se assenta no trono e o Filho, o Senhor Jesus, aquele que se assenta à sua direita...
132
Antes de efetivamente entrar na fundamentação dessa questão Simetria de Sistematização, vou detalhar os textos bíblicos que falam do Senhor Jesus como Filho de Deus e o também Filho que se assenta à direita do Pai. Nos Evangelhos, como no de Mateus, Jesus como Filho de Deus, é sistematizado pelos escritores do Novo Testamento a partir do Salmo 2. 7): Mat. 3. 17, Mat. 4. 3, Mat. 4. 5, Mat. 4. 6, Mat. 10. 32-33, Mat. 11. 25-26, Mat. 14. 33, Mat. 16. 16-17, Mat. 18. 35, Mat. 24. 36, Mat. 26. 53; ainda Mateus, Jesus assentando-se à direita do Pai: Mat. 22. 41-44, Mat. 26. 64; cito também o Salmo 110. 1, que é a base de toda a fundamentação, inclusive usado por Jesus, do assentar-se à direita do Pai.
133
Jesus como Filho de Deus, conforme Marcos: Mar. 1. 1, Mar. 1. 11, Mar. 2. 11, Mar. 5. 7, Mar. 8. 38, Mar. 13. 32, Mar. 14. 36, Mar. 14. 61, Mar. 15. 39; ainda Marcos, sobre Jesus assentando-se à direita do Pai: Mar. 12. 35-37 e Mar. 16. 19.
134
Jesus Filho de Deus, conforme Lucas: Luc. 1. 32, Luc. 1. 35, Luc. 2. 49, Luc. 3. 22, Luc. 4. 3, Luc. 4. 9, Luc. 4. 41, Luc. 8. 28, Luc. 9. 35, Luc. 10. 22, Luc. 22. 29 e Luc. 22. 70; também se assentar à direita do Pai, conforme Lucas 20. 41-44.
135
Agora a relação de endereços bíblicos segundo o Evangelho de João e suas Epístolas, no qual, se constata o quão é estranha e improcedente a sistematização trindadista de ser o Senhor Jesus o próprio Pai, quando diferentemente, João enfatizou todo o tempo, ser o Senhor Jesus o Filho de Deus; os endereços são: João 1. 34, João 3. 16-17, João 3. 35-36, João 5. 17-23, João 5. 25, João 5. 36-37, João 5. 43, João 5. 45, João 6. 37, João 6. 40, João 6. 44-45, João 6. 57, João 6. 65-69, João 8. 13-18, João 8. 19, João 8. 54, João 10. 15, João 10. 17-18, João 10. 29-30, João 10. 36, João 11. 4, João 11. 27, João 12. 49-50, João 13. 1, João 14. 1-2, João 14. 9-10, João 14. 13, João 14. 21, João 14. 26, João 14. 31, João 15. 1, João 15. 8, João 15. 15, João 16. 3, João 16. 15, João 16. 23-24, João 16. 26, João 17. 1, João 17. 5, João 17. 11, João 17. 21, João 17. 24, João 18. 11, João 19. 7, João 20. 17 e João 20. 31; agora epístolas:  I João 1. 3, I João 1. 7, I João 2. 22-23    Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai; I João 2. 24, I João 3. 8, I João 3. 23, I João 4. 9-10, I João 4. 14-15  E nós temos visto, e testificamos que o Pai enviou seu Filho como salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus; I João 5. 5, I João 5. 9-12, II João 1. 2 e II João 1. 9    “Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho”; também o Apocalipse escrito por João: Apoc. 2. 18, Apoc. 2. 27, Apoc. 3. 5, Apoc. 3. 21.
136
         Da mesma forma o Senhor Jesus como Filho de Deus, a partir do livro de Atos até o Apocalipse: Atos 8. 37, Atos 9. 20, Rom. 1. 3-4, Rom. 1. 7, Rom. 1. 9, Rom. 5. 10, I Cor. 15. 28, II Cor. 1. 19, Gal. 1. 3, Gal 1. 16, Gal. 2. 20, Gal. 4. 4, Efésios 1. 3, Filipenses 1. 2, Col. 1. 3, Col 1. 13, I Tess. 1. 1, I Tess. 3. 11, Heb. 1. 5, Heb. 3. 6, Heb. 4. 14, Heb. 5. 5, Heb. 5. 8, Heb. 7. 3, I Ped. 1. 3, II Ped. 1. 17.
137
Ainda, a maneira como cada um de nós enquanto falamos àqueles que ensinamos, quer na fala ou escrita; seja como efetivos teólogos, pastores ou simples professores da E.B.D. ou ainda como autores de cânticos; o como interagimos com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Tem se mostrado estranho e confuso, em pelo menos duas vertentes erradas, que se constitui de fato em heresia...
138
A Doutrina da Trindade como tenho detalhado neste Estudo não corresponde à verdade bíblica de ser o Pai, e o Filho, duas pessoas distintas eternamente. Daí, a visão ou entendimento  da tri-unidade gerou e continua gerando essa confusão perigosa ─ sendo esse o motivo do eu ser repetitivo e repetitivo quanto a isso...
139
O que estou afirmando novamente é algo plenamente presente em quase todos os textos produzidos por pessoas que entendem a filosófica tri-unidade como doutrina bíblica; na qual aleatoriamente se reproduz, nesses textos e falas, a pessoa do Pai e a do Filho, como sendo a mesma pessoa; identificando, ora um, ora outro, de maneira alternada no mesmo trabalho como se fora isso normal.
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Não vou reproduzir aqui textos dos vários autores e até a letra de cânticos, porque, nas quais esse tipo de confusão acontece; inclusive como demonstro no subtítulo Conclusão sobre a Doutrina da Trindade, que é parte desse Estudo; versos de quatro cânticos, nos quais Deus o Pai é anulado no direito de ser adorado, quando se diz ─ no pressuposto da Doutrina da Trindade; que o Senhor Jesus é o único digno de adoração.
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         O que estou afirmando e quero pontilhar de maneira forte e detalhada é que em textos de diversos teólogos e pastores, também em letras de cânticos    que alguns têm pastores como autores; vê-se uma desavisada e aleatória troca; quando ora Jesus, é Deus o Pai, e logo em seguida Deus o Pai é o Senhor Jesus e vice-versa. Isso de maneira considerada normal dentro de um mesmo texto ou letra de um cântico... É exatamente isso que é a Doutrina da Trindade, com toda a sua centenária e confusa exegese filosófica defendida e mantida por eminentes teólogos.
142
Quando digo de forma veemente, que a Doutrina da Trindade é exatamente filosófica    já fiz isso varias vezes nesse Estudo, é porque diferentemente, os textos sagrados através dos seus escritores mostram ser essa doutrina totalmente incompatível com o que a Bíblia ensina.
143
Quando de maneira objetiva foi mostrada a partir de Moisés essa verdade simples e não filosófica, conforme Deuteronômio 18. 15-19 e Isaías 42. 1-8, também nos 192 textos citados neste capítulo e alguns aqui transcritos, foi na direção de mais e mais evidenciar essa verdade.
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         Para ver isso de maneira clara e didática no texto sagrado, observe os trabalhos de dissertação teológica contidas nas diversas cartas (epístolas) dos apóstolos, quando do início desses trabalhos, eles, já o começam pontilhando de maneira objetiva, a pessoa de Deus o Pai e a do seu eterno Filho, o Senhor Jesus... Nos três sinópticos, que são narrativas históricas; temos essas afirmações por parte do Senhor Jesus, e no Evangelho de João, ele o começa dizendo que no princípio, Jesus (João 1.1-2, o verbo), estava com Deus, ou exatamente Ele já existia juntamente com Deus o Pai, conforme João 17. 4-5    Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.
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Aqui, e no início desse Evangelho de João, o que temos é exatamente, não a defesa da unicidade ou tri-unidade e sim da plena comunhão de Deus o Pai e o seu Filho e também a plena identificação da Divindade do Senhor Jesus, como já listei acima, quando maciçamente, o próprio João em suas três cartas insiste na tese de que Jesus é o eternamente Filho de Deus... Como também fez o escritor aos Hebreus no início da sua carta, quando usou textos de nove Salmos para fundamentar a divindade do Senhor Jesus, sendo que o primeiro deles, o Salmo 2. 7, citado em Hebreus 1. 5    Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu te serei Pai, e ele me será Filho? Quando se constata de maneira clara e contundente, o quanto é verdade plena e importante do ponto de vista teológico, Jesus ser o eterno Filho de Deus.                                                                
146
         De igual modo, o Senhor Jesus assentando-se à direita do Pai a partir de Atos até o Apocalipse: Atos 2. 34-35, Atos 7. 55-56, Rom. 8. 34, Efésios 1. 20, Col 3. 1, Heb. 1. 13, Hebreus 8. 1, Hebreus 10. 12    mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus; Heb. 12. 2, I Ped. 3. 22, Apoc. 3. 21.                
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Oportunamente no decorrer desse Trabalho estarei listando os registros nos evangelhos, nos quais o Senhor Jesus afirmou de maneira sistemática, que também Ele era o Filho do homem, na sua condição eventual humana; que Mateus registrou dezessete (17) vezes, Marcos citou onze (11) vezes, Lucas transcreveu dezessete (17) vezes, e João colocou nos seus relatos que o Senhor Jesus o fizera nove (9) vezes.
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Também vou listar as seis falas que estão registradas no texto sagrado; nos quais o Senhor Jesus; para deixar claro e de maneira contundente a sua plena e íntima comunhão com Deus, o Pai, “Ele diz que o Pai é o seu Deus”.  
149
         Os dois pontos anteriores, mostrados na lista de textos são os elementos ou fatores essenciais básicos quando da fundamentação ou da efetiva definição de quem é o Pai, quem é o Filho e quem é o Espírito Santo. Através desse livro maravilhoso, a Bíblia, nos é informado de maneira didática o como entender essas questões relacionadas com a pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como tenho reiterado; até em função dessa didática, quando vou reproduzir textos que são usados por inspiração do nosso Deus; como a experiência de Moisés junto ao Pai, para nos mostrar ou dar a idéia de um Deus, Pai, que infere a também existência do seu Filho como pessoa distinta, e o seu Filho, como pessoas físicas, senão vejamos: No texto de Êxodo 33. 10-11    Assim via todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, e todo o povo, levantando-se, adorava, cada um à porta da sua tenda. E falava, o Senhor a Moisés face a face (Deus ali estar presente), como qualquer um fala com o seu amigo. Também Êxodo 33. 22-23    E quando a minha glória passar, eu te porei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até quer eu haja passado. Depois, quando eu tirar a mão, me verás pelas costas; porém minha face não se verá. Há nessa referência objetiva, elementos para entendermos Deus como uma pessoa física dentro da didática simples do como ensinar as coisas necessárias sobre Deus numa forma facilmente accessível a qualquer ser humano, por mais humilde que seja...
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Nessa relação de Moisés com Deus; esses textos nos autorizam a dizer que o Senhor estivera presente ali em pessoa, conforme nos é relatado até o final do capítulo 34, que obviamente também terá implicação com os relatos dos livros de Levítico, Números e Deuteronômio; Levítico e Números, quanto a leis e recenseamento; Deuteronômio corresponde basicamente a reiterações, que se entrelaçam cronologicamente dentro do básico relato histórico do livro do Êxodo. Por fim, nos é informado que essa estada de Deus em pessoa, conforme os textos transcritos, junto ao povo e a Moisés, terminaria, conforme Êxodo 33. 2-3    E enviarei um anjo adiante de ti (e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus), para uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo de cerviz dura; para que não te consuma eu no caminho... Aproveito para reiterar o que estudamos no Preâmbulo e nos seus vários subtítulos sobre a atuação do Espírito Santo, que concluímos ser Nele, o Espírito, que Deus, o Pai e o seu Filho Jesus são Oniscientes e Onipresentes, Provérbios 15. 3 e Zacarias 4. 6-10, ou seja, estando Deus ali junto a Moisés e ao povo judeu, também concomitantemente estava a todo o tempo, em todos os lugares, vendo a tudo e a todos tais como pessoas, objetos, eventos, a flora, a fauna, fungos, bactérias e todos os microrganismos; que nesse agir do Espírito é descaracterizada plenamente a idéia de pessoa efetivamente ligada a Ele; pois se fraciona, sendo inclusive amorfo; entretanto sendo Ele, Deus presente em cada uma dessas suas frações  ou partes; que também está dentro de cada um de nós que recebeu a Cristo como Salvador, ou objetivamente “a pessoa de Deus”, construção semântica plenamente perfeita, sabendo, agindo, tendo controle sobre tudo e todos em todo o tempo e em todos os lugares eternamente.   
151
No texto de Isaías 6. 1-3 nos é informado   No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés e com duas voava. E clamavam uns para com os outros, Dizendo: santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória.  Também o texto de Atos 7. 55-56, que estará transcrito mais à frente. Esses dois textos mostram de maneira bastante objetiva, o Senhor nosso Deus assentado no seu trono; que evidencia a sua condição de soberano e supremo governo, e obviamente a sua condição de pessoa física.
152
          Há muitas interpretações sobre o texto do capítulo seis (6) do livro do profeta Isaías, inclusive a que fizemos no preâmbulo, quanto à purificação dos lábios do profeta, e quando esse texto é usado como referência para pregação da palavra; a homilética permite; e se navega sem limites em todas as alegorias do texto, entretanto o que esse texto visa objetivamente informar é a maneira didática de como entender Deus: Uma pessoa, um rei, soberano, que obviamente reina, pois aparece sendo adorado; e a parte que se refere a Isaías, quanto a sua purificação e a sua chamada; estão relacionadas às suas profecias sobre o Senhor Jesus, as exortações quanto ao momento espiritual vivido pelo povo judeu naquela época e de um modo muitíssimo especial à regra de Sistematização teológica ensinada por ele em Isaías 28. 9-13.
153
         A questão Doutrina da Trindade é tão séria, que: Primeiro    se ela é improcedente se constitui em matéria extra-bíblica, e segundo; que embora seja elementar e cristalino nos textos bíblicos a convivência do Senhor Jesus e o Pai durante todo o seu ministério terreno; que aparece nos quatro (4) Evangelhos, nos quais estão relatados os diálogos do Pai com Senhor Jesus, as falas de Jesus dirigidas ao Pai e as falas do Pai dirigidas a Jesus e a todos nós, como nos casos do batismo do Senhor Jesus e na sua transfiguração.
154
         Diante desses fatos bíblicos insofismáveis, estranhamente tem-se lideres ditos altamente formados em Teologia, que através de extensa exegese, calcadas não em estudo bíblico, mas em formulações filosóficas têm alimentado durante séculos essa heresia por demais inconsistente.
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         Em Apocalipse 22. 1-3    E mostrou-me o rio de água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês e mês; a as folhas da árvore são para a cura das nações. Ali não haverá jamais maldição. Nele estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.
156
A questão Doutrina da Trindade, DEUS FÍSICO PLURAL UNO  METAFÍSICO é tão absurda; que até me impossibilita de estender o estudo de maneira mais didática a partir de uma exegese minha; porquanto a simples citação do texto bíblico elucida a questão, sendo essa a realidade bíblica; quando a “minha exegese”    força de expressão, porquanto o texto faz referência duas vezes (versículo 1 e 3) a duas pessoas que possuem tronos (o Pai e o Filho) e decididamente não um “Deus físico plural uno metafísico”.
157
Sobre a questão trono; lembre-se que falamos no início de dois pontos básicos, que são, o referencial teológico de todos os escritos do Novo Testamento; que são: A existência de fato, por toda a eternidade de duas pessoas, o Pai e o seu filho, o Senhor Jesus; e por fim; que Jesus (o Filho) é aquele que se assenta à direita do Pai.
158
O Salmista Davi escreveu no Salmo 110. 1-4    Disse o Senhor ao meu Senhor: Assente-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. 
O Senhor enviará de Sião o cetro do teu poder.
Domina no meio dos teus inimigos.
O teu povo apresentar-se-á voluntariamente no dia do teu poder, em trajes santos; como vindo do próprio seio da alva,   
será o orvalho da tua mocidade. Jurou o Senhor, e não se arrependerá:
Tu es sacerdote para sempre,
segundo a ordem de melquisedeque.
159
Este Salmo veio a ser usado pelo Senhor Jesus, não só para determinar  a  sua relação de Filho com o Senhor nosso Deus, mas também a sua condição de mando, conforme reiterou em Mateus 28.18  E aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Essa afirmação se deu após a sua ressurreição, no período de quarenta dias que antecederam a sua subida ao céu, quando da ordem, que chamamos de “a Grande Comissão”. Também o escritor aos Hebreus    como já comentei, usa esse texto no elenco dos 8 Salmos nos quais fundamenta a divindade de Jesus e a sua definitiva participação no poder junto com o Pai, quando o identificando como o sacerdote para sempre segundo a ordem de melquisedeque.
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O fato interessante relacionado com esse ensinamento do Senhor Jesus sobre a sua pessoa, o Salmo 110, que Ele o usa para dar contextura a essa sua informação teológica e importante, é que os humildes reiteradamente o chamavam  de filho de Davi   lembram do cego Bartimeu? Entretanto Jesus repreende aos saduceus, escribas e fariseus; perguntando-lhes porque o chamavam de filho de Davi, os textos estão em: Atos 2. 34-35, Mateus 22. 41-44, Marcos 12. 35-37 e Lucas 20. 41-44     Jesus, porem, lhes perguntou: Como dizem que o Cristo é filho de Davi? Pois o próprio Davi diz no livro de Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Logo Davi lhe chama Senhor, como, pois, ele é seu filho?
161
Neste texto, o Senhor Jesus sistematiza ou na linguagem jurídica; cria a jurisprudência de que ELE É AQUELE QUE SE ASSENTA  À  DIREITA  DO  PAI; tanto que nos registros do livro de Atos e nas epístolas, há sempre  a reiteração sistemática de que Jesus é o Filho de Deus e se assenta à sua direita; os textos: Marcos 16. 19, Romanos 8. 34, Efésios 1. 20, Colossenses 3. 1, Hebreus 1. 3, Hebreus 8. 1, Hebreus 10. 12, Hebreus 12. 2 e I Pedro 3. 22.

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Esse ponto, ou elemento informado pela afirmação  assentar-se à direita é tão importante do ponto de vista teológico, que o Senhor o fez constar no texto sagrado; mesmo quando de maneira infame e ultrajante, Ele, Jesus foi questionado pelo sinédrio, Mateus 26. 64, Marcos 14. 61-62 e Lucas 22. 69-70    Mas desde agora estará assentado o Filho do homem à mão direita do poder de Deus.  Ao que perguntaram todos: logo tu és Filho de Deus? Respondeu-lhe: Vos dizeis que eu sou.
163
Agora, se alguém quiser continuar dizendo, que no céu o Senhor Jesus não estará presente    É isto a Doutrina da Trindade; Jesus nos céus não existir; o que existe é o Pai, que é o Senhor Jesus... Reiterando, se alguém ainda insiste; temos uma tênue referência contra o assentar-se no trono; use o texto de Atos capítulo 7, quando da visão de Estevão; que viu o Senhor Jesus “em pé” à direita do Pai, Atos 7. 55-56    Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos nos céus, viu a glória de Deus, e Jesus em pé a direita de Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o filho do homem em pé à direita de Deus. Citei esse texto buscando certa provocação; porque há “trindadistas” que dizem que a doutrina da trindade procede porque no céu existe somente um trono… Se esses não querem que o Senhor Jesus se assente no trono; ─ está aí a visão de Estevão narrada em Atos  7. 55-56, na qual ele viu o Senhor Jesus em pé ao lado do trono do Pai; e ainda com relação a tronos, o Senhor Jesus diz em Apocalipse 3. 21    Ao que vencer, eu concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com o meu Pai no seu trono...
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         Pelo visto, quanto a tronos, será difícil ajudar essas pessoas que conhecem pouquíssimo o texto sagrado, pois João viu mais vinte e quatro tronos, Apocalipse 4. 4    Havia também ao redor do trono vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro. Consideremos também algumas falas que estão no texto sagrado; mostrando inequivocamente o falar de duas pessoas, na qual, o Senhor nosso Deus, se dirige a nós, raça humana sobre o Senhor Jesus e Jesus a Ele, enquanto  estava ainda entre nós, conforme Mateus 3. 16-17    Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Também, Mateus 17. 5, a transfiguração    Estando ele ainda a falar (Pedro), eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ainda, as falas do Senhor Jesus dirigidas ao Pai, Lucas 10. 21-23    Naquela mesma hora exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, porque ocultastes essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos; sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.  Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e a quem o Filho quiser revelar. E voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem-aventurados os olhos que vêem o que vós vedes. Também, em João 11. 41-43    Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos aos céus, disse: Pai, graças te dou, porque me ouviste. E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! E por fim, o diálogo no Getsêmane, Lucas 22. 41-43    E apartou-se deles cerca de tiro de pedra; e pondo-se de joelhos orava, dizendo: Pai, se queres afasta de mim esse cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Então lhe apareceu um anjo do céu, que o confortava.
165
         Muitos teólogos e um mar de lideranças com formação teológica têm insistido nesta heresia que é a Doutrina da Trindade, e quando chegam aqui neste texto; ─ acontece com essas pessoas; o que literalmente o Senhor Jesus diz aos saduceus, conforme Marcos 12. 24, aqui nesse texto, especificamente sobre ressurreição, mas, falta de conhecimento é falta de conhecimento! Pois, quanto ao diálogo do Getsêmane, esses; saem, do necessário antropomorfismo e antropopatia; e vêem um Senhor Jesus, que eles dizem ser a mesma pessoa do Pai,  literalmente o mais vulnerável dos seres humanos, quando lhes creditam: medo do sofrimento, embora o profeta Isaías tenha dito ser Jesus homem de dores e experimentado em sofrimentos, Isaías 53. 3, e ainda depressivo, enfim alguém muito distante até dos mais fracos dos mártires do mundo... Decididamente meus irmãos, teólogos e pastores; falta conhecimento das escrituras e do poder de Deus... As ponderações do Senhor Jesus na oração no Getsêmane, obviamente não têm nada a ver com medo, pois Isaías já dissera, que Jesus era homem de dores.
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         No  querer ter respostas conclusivas ou interpretações plenas do texto sagrado; esqueçamos esse negócio de exegese filosófica e busquemos no próprio texto bíblico a resposta; como manda o Senhor através de Isaías 28. 9-13; no que, para entender a questão relacionada com o sofrimento do Senhor Jesus na cruz; aconselho a leitura do meu livro: Ceia, sim! Cruz, não!.. E   objetivamente, leiam Hebreus 12. 2-3    fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta e está assentado à direita do trono de Deus.  Considerai pois aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas... Eu, ou qualquer um de vocês, meus irmãos; tendo todo poder, dado por Deus Pai; não se abalaria, sabendo que seria exatamente escarnecido, blasfemado e maltratado por justamente aqueles a quem busca salvar? É essa a causa do drama do Getsêmane; que é objetivamente claro ser o drama do Senhor Jesus o Filho do Deus vivo; que também obviamente não é o Pai... Se você que está lendo este Estudo sobre a Doutrina da Trindade tem interesse num Trabalho sério sobre O SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ    é este o título do Blog já postado por mim, endereço  www.osofrimentodejesusnacruz.blogspot.com  . 
                              
SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO (continuação)
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Voltemos ao efetivo estudo da Doutrina da Trindade, e continuemos procurando com todo equilíbrio avaliar e avaliar cada texto, cada informação enfim, o que realmente o texto sagrado nos ensina.                                                                
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Não fora séria e grave a questão da Doutrina da Trindade; seria tranqüilo observar as defesas e exegeses que chegam às raias da tolice; quando esses defensores acompanham e avaliam todo o ministério do Senhor Jesus, quando são reproduzidos no texto sagrado, os inequívocos diálogos entre o Senhor Jesus e o Pai, onde essas pessoas reconhecem que de fato são duas pessoas no sentido pleno; entretanto, considerando a volta do Senhor Jesus aos céus, de forma mirabolante eles transformam essas duas pessoas e mais o Espírito Santo; DEUS FÍSICO PLURAL, que seria esse o nome, ou definição até essa fase da doutrina no pressuposto de três pessoas; e ao final DEUS UNO (três pessoas em uma) METAFÍSICO.
169
Fora verdade isso; o texto bíblico não reproduziria a figuração alegórica que está posta; que é tão objetiva com os dois fatores trabalhados prévia e exaustivamente, os já explicados, que cria “luzes de literalidade”; quando, pelo contrário, seria descrito o processo de metamorfose do Senhor Jesus fundindo-se com o Pai… Ainda haveria a necessidade da sinalização do fundir-se e o separar-se, considerando os vários eventos até o Juízo Final.
170
          Com relação ainda a esse ponto, que é a relação Pai e Filho; exaustivamente os textos bíblicos chamam o Senhor Jesus de: Filho de Deus, Senhor e Mestre, e Jesus; havendo tão somente um texto em João 20.28, que Jesus é chamado por Tomé de Deus (grego, Θεός - Teo ou Theós). Os fatos que precederam essa declaração de Tomé foram a de ele não crer na ressurreição do Senhor Jesus; que quando confrontado com o Mestre, ele se emociona e o adora usando a expressão Deus que não fora usado anteriormente por nenhum dos discípulos…
171
As ponderações que estou fazendo sobre Tomé ter, chamado o Senhor Jesus de Deus e não de Senhor, está no efetivamente informar o que a Bíblia diz e não na direção dicotomista da visão de dois extremos; que pasmem, é a cultura evangélica construída pelos nossos pseudo-ensinadores de Teologia; que têm o vício repugnante de rotular a todos que não aceitam a Doutrina da Trindade como adeptos das chamadas Testemunhas de Jeová… Quando falo de maneira grave sobre falsos professores (pseudo); isso se prende ao fato ou esta na direção de líderes que nos contrapõem de maneira superficial e dificilmente usam profundamente o texto bíblico como tenho feito de maneira séria e sem ser tendencioso ─ não omitindo textos ligados ao assunto, como este ─, neste Trabalho.  
172
Aprendamos a nos contrapor de maneira inteligente e efetivamente baseado em estudo sério da palavra de Deus e de uma hermenêutica abrangente, bem conduzida e de ótima fundamentação.
173
Com toda certeza, quando Tomé chamou o Senhor Jesus de Deus, ele não tinha em mente a pessoa do Pai ou dizendo ser o Senhor Jesus a mesma pessoa que Deus, o Pai, e sim estava se referindo ao Senhor Jesus, porque fora assim que todo o tempo o Senhor Jesus se apresentará aos discípulos e aos demais, como o Filho de Deus e aquele a quem fora dado todo o poder nos céus e na terra, conforme Mateus 28. 18; inclusive quando inquirido especificamente quanto à sua identidade, ele disse: João 10. 36    àquele a quem o Pai santificou, e o enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque eu disse: Sou Filho de Deus. Também o texto de João 13. 13  Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou; e especificamente com relação à maneira como Tomé chamava ao Senhor Jesus, temos esse texto de João 14. 5    Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais, e como podemos saber o caminho?  
174
O Senhor Jesus, nestes três textos do Evangelho de João é chamado de Filho de Deus, Mestre e Senhor, e também em todo o Novo Testamento, pelo seu nome, Jesus que é o nome acima de todos os nomes, Filipenses 2. 9-10.

175
De volta ao ponto que é o Senhor Jesus ser o Filho de Deus. Como disse, há dois pontos básicos de sistematização ou jurisprudência teológica, que denominei de Simetria de Sistematização, que são: o que já detalhei de maneira abrangente; que é o Senhor Jesus assentar-se à direita do Pai; o segundo ponto que vamos trabalhar agora, que é o Senhor Jesus ser efetivamente por toda eternidade, Filho de Deus; havendo, inclusive a preocupação do escritor aos Hebreus em informar isto, como que dizendo; que não há metamorfose no céu, para o Senhor Jesus  transforma-se no Pai, Hebreus 10. 12    mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus. Também o texto da carta aos Romanos 8. 34  Quem nos condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes, quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós; entendo esses textos dizendo, que pela eternidade existirá o Senhor nosso Deus e o seu Filho o Senhor Jesus…            
176
De fato, é a partir da chamada confissão de Pedro, quando objetivamente foi construído esse ponto importantíssimo da questão teológica com relação ao Senhor Jesus    e vou seguir essa linha de raciocínio ─; entretanto é na epístola aos Hebreus, que é um dos grandes tratados de Teologia Sistemática contidos na Bíblia; e acho estranho que isto não seja dito aos quatro ventos de forma veemente, na qual se tem a formatação teológica da pessoa do Senhor Jesus, nos primeiro, e segundo  capítulos; inclusive em forma de midrash, a contextura, na sua maior plenitude, pois a aglutinação de textos de  9 Salmos e 1 de Isaías, que nos faz ver plenamente um Jesus de fato eterno, e não uma simples manifestação do Pai, como quer a Doutrina da Trindade.
177
         O que tenho dito com relação à epístola aos Hebreus, e quanto a sua feitura em forma de midrash, se constitui em algo importantíssimo para a questão divindade e a plena humanidade eventual do Senhor Jesus, pois como disse; o escritor aos Hebreus a fundamenta, nos dois primeiros capítulos usando dez textos do livro Dos Salmos e dois do profeta Isaías que irei reproduzir abaixo... Primeiramente, antes de identificar os Salmos, quero lembrar quanto ao assentar-se do Senhor Jesus à direita do Pai, que é feito também de maneira objetiva através do escritor aos Hebreus 1. 3, Heb. 10. 12-13, transcrito acima; e Heb. 12.2... Os textos usados pelo escritor aos Hebreus para fundamentar a Divindade do Senhor Jesus, são: Heb. 1. 5 (Salmo 2. 7), Heb. 1. 7 (Salmo 104. 4), Heb. 1. 8 (Salmo 45. 6-7), Heb. 1. 9 (Isaías 61.1), Heb. 1. 10 (Salmo 102. 26), Heb. 1. 13 (Salmo 110. 1), Heb. 1. 14 (paráfrase do Salmo 103. 20), Heb. 2. 6 (Salmo 8. 4), Heb. 2. 7 (Salmo 8. 5), Heb. 2. 12 (Salmo 22. 22-23), Heb. 2. 13 (Salmo 18. 2 e Isaías 8. 18).                 
178
         Voltando a Pedro, Mateus 16. 15-16  Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
179
Jesus também foi chamado ostensivamente de filho de Davi; isto dado à importância para os judeus, principalmente pelos humildes que se lembravam dele como o grande rei de Israel e também os Salmos e os profetas que o citaram em alegoria projetando para sua dinastia o surgimento do Messias, Isaías 42. 1-8 e Lucas 1. 30-32      Disse-lhe então o anjo: Não temas. Eis que conceberás e darás luz e um filho, ao qual porás o nome Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; e Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; entretanto quando os escribas, saduceus e principalmente os fariseus o chamaram assim, Jesus os repreendeu.

                                               O VALOR  DOS  FARISEUS
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Aproveitarei essa referência para resgatar o valor dos fariseus, que foram censurados por Jesus, não pelas suas desinformações da lei, e sim, pela interpretação errônea e também pela hipocrisia de muitos deles ou porque embora sendo  repreensíveis, seriam os menos piores. Sendo que isso me faz lembrar da escolha ou opção de Deus pelo povo descendência de Abraão, cujo perfil foi mais ou menos esse dos fariseus,  conforme Deuteronômio 7. 6-8, até porque eles eram judeus ou exatamente descendentes de Abraão e seres humanos como cada um de nós;  entretanto o texto sagrado reserva lugar de destaque para alguns deles como Nicodemos 3. 1-2 e Gamaliel, Atos 5. 34-39 e Atos 22. 3    Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade (Jerusalém), instruído aos pés de Gamaliel, conforme a precisão da lei de nossos pais, sendo zeloso para com Deus, assim como sois todos vós no dia de hoje. É esse aluno exemplar que fala com respeito do seu antigo mestre neste texto, o grande servo do Senhor Jesus, o nosso irmão Saulo de Tarso, que veio a ser o nosso fariseu Paulo, que pelos seus conhecimentos lhe foi possível ser o grande apóstolo aos gentios, Filipenses 3. 5   circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei fui fariseu; e Atos 9. 15-16    Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os reis, e o povo de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu nome.
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          Os separatistas, os fariseus, como os saduceus, filhos de Zadoque, eram os dois principais partidos políticos, que emergiram alguns anos após a vitória dos macabeus 165 a.C. Nos tempos de Jesus, eles já eram de fato um grupo religioso, não mais exatamente político e diferente dos saduceus que não tinham compromisso com a lei e os profetas, e inclusive não criam em anjos e ressurreição, Atos 23. 6-9    Sabendo Paulo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no sinédrio: Varões irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus; e por causa da esperança de ressurreição dos mortos é que estou sendo julgado. Ora, dizendo ele isto, surgiu dissensão entre fariseus e saduceus; e a multidão se dividiu. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, mas os fariseus reconhecem uma e a outra coisa. Daí procedeu grande clamor; e levantando-se alguns escribas da parte dos fariseus, altercavam, dizendo: Não achamos nenhum mal neste homem; e, se quem sabe se lhe falou algum espírito ou anjo?
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Igualmente havia dois outros grupos: Os zelotes, chamados zeladores, era uma facção política nacionalista semelhante aos nossos guerrilheiros de hoje, e os sicários, provavelmente, os primeiros foram oriundos de Sicar, daí o nome, que eram assassinos salteadores com motivação nacionalista,  que eram identificados pela adaga (espécie de punhal) que usavam.
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Os fariseus eram extremamente zelosos com relação à lei de Deus, entretanto, pela hipocrisia de vários deles e a interpretação errônea dos textos sagrados, Jesus os criticava ou efetivamente lhes ensinava o correto…
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Quando me refiro aos escribas, saduceus, e principalmente aos fariseus; quanto à repreensão do Senhor Jesus a eles, Mateus 22. 41-45  Ora, enquanto os fariseus estavam reunidos interrogou-os Jesus, dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe: De Davi. Replicou-lhe ele: Como é então que Davi, no Espírito, lhe chama Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho?
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         Esse questionamento objetivo de Jesus aos fariseus, aconteceu porque de alguma forma eles representavam as informações divinas; no que, essa declaração na boca dessas pessoas se configurava heresia, pois eles a trabalhavam; não no sentido alegórico, como está nos escritos dos profetas e sim literalmente visando negar a divindade do Senhor Jesus… Notem, que na contraposição do Senhor Jesus; ele anula a controvérsia e enuncia a sua condição de Senhor, Filho de Deus e que se assenta à direita do Pai.
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Agora falando objetivamente sobre o ser o Filho de Deus, temos em João 10.36    àquele a quem o Pai santificou, e o enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque eu disse: Sou filho de Deus? Quando, essa contraposição por demais objetiva informa que o Senhor Jesus é efetivamente o filho de Deus. Isso torna irrelevante, sem propósito, simples exacerbada erudição, “comichão nos ouvidos” ou a de fato heresia, a filosófica tri-unidade católica romana herdada por nós evangélicos.     
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         A preocupação bíblica, quanto a questão do Senhor Jesus ser filho de Deus é extremamente objetiva,  intencional e não  coisa aleatória de querer construir idéias vagas a partir do texto bíblico, pois quando do batismo do Senhor Jesus; os escritores dos Evangelhos se preocuparam com essa informação, João 1. 34, Lucas 3. 21-22, Marcos 1. 9-11 e Mateus 3. 13-17     Então veio Jesus a Galiléia ter com João, junto ao Jordão para ser batizado por ele. Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda justiça. Então ele consentiu. Batizado que foi Jesus saiu, logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é meu filho amado, em quem me comprazo.
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         Paulo, o teólogo por excelência do Novo Testamento, sempre caminhou no seu ensino teológico a partir dessa verdade; tanto que ao escrever aos crentes de Roma, a carta que é um tratado muito bem elaborado de Teologia Sistemática; ele pontilha de maneira efetiva e definitiva de ser o Senhor Jesus o Filho unigênito de Deus, isso é pleno em toda a Teologia de Paulo, que a recebeu diretamente do Senhor, tanto que, como está registrado em Marcos 14. 36 Jesus ter dito Aba, Pai (paizinho), Paulo também registra essa expressão carinhosa em Gálatas 4. 6 e Romanos 8. 15, quando em todo este capítulo oito da carta aos Romanos Paulo sistematiza a nossa redenção em Cristo Jesus como adoção, como fez de alguma forma em todas as suas cartas, de sermos também filhos de Deus Pai através de Cristo Jesus, quando o importante fato teológico de fundamentação é o de Jesus ser o unigênito Filho de Deus. A partir dessa verdade, que é base teológica desde as profecias do Antigo Testamento, ele desenvolve uma exegese muito interessante e de ótima construção didática, quando diz, que quando nós recebemos de fato ao Senhor Jesus como salvador; o Espírito Santo testifica com o nosso espírito, que agora somos filhos de Deus, conforme Romanos 8. 16, e no versículo 17, ele conclui dentro dessa mesma didática simples e objetiva de ser Jesus o Filho de Deus, que nós agora adotados na salvação por ele (Jesus), nos tornamos co-herdeiros dele e futuros participantes da sua vida junto ao Pai.          
 
                     JESUS É DE FATO ETERNAMENTE O FILHO DE DEUS   
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Conclamo e apelo, como que dizendo:    Vocês meus irmãos em Cristo, ovelhas, pastores, e teólogos, que entendem e  que estudam realmente a palavra de Deus; porque a partir de agora, não passam a crer que Jesus não é simplesmente uma manifestação do Pai a nós ─ como afirmam muitos pastores, onde essa idéia de simples “manifestação” embute uma espécie de transitoriedade, que identifica o ministério terreno do Senhor Jesus como que findo; quando esquecem que o ministério de Jesus se consumou na sua morte quanto à justificação dos nossos pecados e se projetou para a eternidade na sua ressurreição como Filho de Deus e rei. Sendo isso tão sério, que já vi e ouvi pastores dizerem textualmente que Deus não tem Filho...  Simples manifestação, e essa afirmação são por demais vazias e sem base bíblica, que diz ser ele eternamente o Filho do nosso Deus, como constatou aquele centurião; que nenhum conhecimento tinha da Palavra de Deus, como muitos nós, entretanto concluiu, Mateus 27. 54    Ora, o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era  filho de Deus.
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          Avançando, nessa caminhada de estudo da questão trindade. Parece que os trindadistas também são portadores da síndrome de Atenas, cujo neologismo identifico com a  preocupação de não descriminar nenhum deus, porque a Doutrina da Trindade enuncia isto de maneira muito clara, quando por intermédio dela resistem em aceitar de fato o Senhor Jesus como Filho de Deus, embora a Bíblia ensine isto de maneira didática e objetivamente clara; por temor de o estarem inferiorizando; daí o partirem para a afirmação extra-bíblica de dizer que Ele, o Filho é o Pai, pois o Jesus é a simples manifestação do Pai.             
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Os escritores do Novo Testamento; sendo Paulo o maior deles quanto ao volume de escritos, repetiram insistentemente reiteradas vezes, como também temos repetido várias vezes neste Blog e até como denomino este subtítulo׃ Jesus é de Fato Eternamente o Filho de Deus. Paulo, para falar da sua conduta espiritual, a vincula, por ser esse fato importante, de maneira objetiva ao Filho de Deus, quando disse    Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.  
192
         Nessa espécie de mini-exegese da vida cristã, Paulo fala da sua experiência pessoal com Cristo    que deveria ser o anelo de todos os que se aproximam de Deus através do seu Filho; quando associa o seu modo de viver a estar crucificado com Cristo “naquela cruz”.
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Também, aqui, ele sustenta de maneira objetiva a linha principal  de sistematização da Divindade e efetiva relação de Jesus com o Pai, quando disse que a vida que vivia,  conseqüentemente o que ensinava, a vivia na fé na pessoa do Filho de Deus, que vive e eternamente viverá, como temos demonstrado neste Estudo.             
194
À medida que estudamos as pessoas do Pai e do Filho, fica cada vez mais clara a improcedência da idéia de outra pessoa física para identificar o Espírito Santo do Senhor; que nos textos é mostrado como a “pessoa metafísica, Espírito” do Pai e do Filho, ou seja, a pessoa de ambos e não outra pessoa da trindade, Atos 16. 6-7    Atravessaram a região Frígio-gálata, tendo sido impedido pelo Espírito santo de anunciar a palavra na Ásia; e tendo chegado diante da Mísia tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. Também Romanos 8. 9 (que citei acima) ─ Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.   
195
         Erradamente, muitos têm visto um poço muito fundo entre a teologia e a ciência, quando essa visão decorre das interpretações errôneas que têm sido feitas do texto sagrado durante séculos e séculos; tanto que no momento do Iluminismo ou era das luzes, século XVIII, se chegou a afirmar, que as coisas relativas a Deus desapareciam confrontadas com o saber da  ciência, entretanto a palavra de Deus aí está viva e eficaz, com todo o poder e espiritualidade que lhe é peculiar.
196
         Essa contraposição à religião se deu em função dos quase treze séculos de efetivo domínio romano sobre a chamada Igreja Cristã, pelo Império e depois o catolicismo, que se constituiu na página negra da história, tendo nesse período o feudalismo, na baixa idade média; evoluindo para o absolutismo, que pelas profecias bíblicas correspondem a UM TEMPO, MAIS DOIS TEMPOS E MAIS METADE DE UM TEMPO ou QUARENTA E DOIS MESES ou ainda MIL DUZENTOS E SESSENTA DIAS (que correspondem a 1260 anos), que começou em DIOCLECIANO 284 - 305 d.C. e se completam em CALVINO, o último importante reformador 1509 - 1564 d.C., conforme livro de minha autoria  Ceia, Sim! Cruz, Não!
197
         Estou dizendo isto porque ao longo da história da humanidade, houve e tem havido grande dificuldade em confrontar e trabalhar assuntos de ordem física versus metafísica; isso, justamente  pelo fato dos teólogos do passado terem confundido o simples e elementar espiritual bíblico com o metafísico filosófico, quando tiveram a todo o tempo dificuldades em  trabalhar essa questão de maneira racional, e porque também não dizer, de maneira inteligentemente filosófica!
198
         No caso específico do Espírito Santo do Senhor nosso Deus isto se dá em função do nosso despreparo bíblico, de maneira muito confusa; entretanto o texto bíblico mostra de maneira contundente, através de alegorias bem próprias, a condição metafísica e transcendente do Espírito Santo e sinaliza didaticamente o porquê disto, através das suas ações.
199
Temos de Gênesis a Apocalipse registros do mover do Espírito Santo na atuação em várias pessoas e em muitos eventos; quando todas essas atuações foram e são metafísicas (espirituais), sendo essa a característica principal da maneira de ser do Espírito Santo.
200
O  que  estou  querendo  concluir  com   relação  ao  Espírito Santo do Senhor, é que de fato de Gênesis a Apocalipse, Ele, o Espírito de maneira nenhuma, nos é apresentado como “pessoa física” e sim metafísica ou espiritual; que nos faz chegar ao entendimento claro, de que o Espírito Santo não é outra pessoa física, cuja característica é ter forma… Permitindo-nos isto definir e sistematizar; que o Espírito Santo é A PESSOA DO SENHOR NOSSO DEUS e do seu FILHO O SENHOR JESUS, senão vejamos: O Senhor Jesus, quando do seu diálogo com a mulher samaritana, nos diz, João 4. 23-24    Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e em verdade, porque o pai procura que a tais que assim o adorem. Deus é Espírito e é necessário que os que o adorem em Espírito e em verdade. Nos textos bíblicos, desde Gênesis até o Apocalipse vemos através das narrativas, a pessoa do Pai, a pessoa do Filho e as ações do Espírito Santo, que é  a pessoa de ambos; e aqui nesse texto o Senhor Jesus diz que o Pai “é Espírito”… Notem que o diálogo do Senhor Jesus com essa mulher; girou em torno do assunto adoração, tendo inclusive ela defendido aquele lugar onde estava, o poço de Jacó como local de adoração a Deus...
201
Esse texto não é ou não pode ser usado para definir a idéia metafísica filosófica triunitarista da Doutrina da Trindade, porque isso inferiria a necessidade de um processo de metamorfose verso-reverso para a transformação de Deus em três, depois em uma só pessoa e vice-versa, sendo isso a  doutrina da tri-unidade, chamada trindade; quando o que se tem que entender é o que de fato está plenamente informado no texto sagrado, totalmente diferente disso, que é em contrapartida exatamente o que tenho informado neste Blog.  
202
O Senhor Jesus ensinou àquela mulher e por intermédio desse escrito de João, a nós hoje, algo de tremendo e profunda conseqüência teológica; que passados quase dois mil anos; os teólogos ainda não entenderam bem, que é, ser o Espírito Santo a pessoa dele e do Pai, pois o Senhor nosso Deus e o seu Filho o senhor Jesus estão assentados nos céus (a forma bíblica didática para entendermos); e a maneira ou forma,  pela qual temos comunhão com Eles, é por meio do seu Santo Espírito, e por esse simples motivo: DEUS É ESPÍRITO, ou o seu Espírito é aquele pela qual ele se comunica conosco, e em conseqüência é também Ele (o Espírito Santo) que torna possível chegarmos ao Pai, em nome do Senhor Jesus, João 16. 14    Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, vo-lo anunciará. Mateus 28:20 ─ ensinado-os a observar todas as coisas que eu os tenho mandado, e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Romanos 8. 26    Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos  que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos. É também por intermédio Dele, o Espírito, agindo em tudo e em todos    á semelhança da visão e entendimento de Eliseu em porções    no recebê-Lo na conversão, e no Ele estar plenamente presente em todos os lugares a todo o tempo    que Deus se manifesta ou é Onisciente e Onipresente. Não a improcedente conclusão dos sistematizadores da Doutrina da Trindade    que a partir exatamente desses mesmos textos, como mostrei no Preâmbulo, identificam o Espírito Santo como outra pessoa ou a terceira pessoa da chamada trindade.
203
         Tem-se no livro de Jeremias 31. 33-34    Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.  E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados. Essa promessa se consolida no evento da vinda do Messias e o seu ministério, concluído com a sua morte e ressurreição; que após ressuscitar e ser recebido junto ao Pai nos céus; se cumpre a profecia de Joel; que também é a promessa de Jesus quanto ao consolador, que acontece conforme Atos 2. 4    E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Temos também em João 15. 5 ─ Eu sou a videira verdadeira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Aqui o Senhor Jesus quer dizer, que sem o Espírito Santo (João 16. 13-14) nada podemos fazer: Porque o Espírito Santo também é ou representa a sua pessoa, conforme Atos 16. 7    e tendo chegado diante da Mísia tentaram ir para a Bítinia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. Também Romanos 8. 9    Vos, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. 
204
         Trabalhando o concluir a questão Doutrina da Trindade; pode-se afirmar com toda certeza bíblica, que ela é improcedente e se constitui em matéria extra-bíblica muitíssimo séria, tanto que já está por aí há dezessete séculos sendo ensinada e difundida…
205
          E se queremos ter uma definição quanto a isso que está posto há muito tempo e aculturado de maneira fortíssima, inclusive sendo ensinado e defendido pelos Seminários; a Doutrina da Trindade seria numa definição objetiva: DEUS FÍSICO PLURAL UNO METAFÍSICO; do outro modo o que a Palavra de Deus ensina de maneira contundente e objetiva é que: O SENHOR NOSSO DEUS é O PAI; O SENHOR e MESTRE JESUS é O FILHO de DEUS e O ESPÍRITO SANTO é A PESSOA METAFÍSICA de AMBOS; por intermédio de quem eles têm ciência de tudo e de todas as coisas (Onipresença e Onisciência)... Isto o Senhor Jesus mostra de maneira contundente em João 14. 23 ─ Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada; aqui neste texto, o Senhor Jesus está dizendo de maneira objetiva e clara que Ele e o Pai estarão dentro de cada um de nós; que pela avaliação já feita até agora, eles estarão por meio do Espírito Santo, que é a pessoa de ambos ─  estarão dentro dos que amarem a Ele e ao Pai, ao redor das outras pessoas convencendo-as do pecado e da justiça, mas não estarão   como as pessoas do Pai e do Filho; e sim como o Espírito Santo, ─ que é a pessoa metafísica de ambos, sendo transcendente, amorfa e que se fraciona. Se fracionando à semelhança do que acontecera com a Sua atuação nos setenta anciãos do capítulo onze do livro de Números e nas cento e vinte pessoas reunidas no cenáculo, conforme Atos capítulo dois, sendo isto o que esse texto claramente informa, como também toda a Bíblia.

  O ERRO  DO  QUE  DENOMINO  NOMISMO
    (neologismo meu)
206
Quando digo que a Doutrina da Trindade é matéria extra-bíblica, isto se fundamenta no fato dela não ter (reiterando) efetiva base bíblica, sendo  a sua exegese basicamente filosófica,  e quando tentam a sua fundamentação no texto sagrado, o fazem a partir de pressupostos de adequá-lo ao que se pretende ou de fato; dar ao texto usado para  fundamentá-la uma interpretação que não tem nada, absolutamente nada com o que é informado ou o que o texto quer efetivamente dizer. Senão vejamos: A partir da informação dada a Moisés sobre a pessoa de Deus, o Pai... Deus disse a Moisés ser Ele o EU SOU, primeira pessoa do singular do verbo ser no presente do indicativo, e o estaria mandando a presença de Faraó. Objetivamente em função da avaliação de tudo o que o texto de Êxodo capítulo três (3); sendo o que o vou dizer, aceito pelos defensores dessa doutrina, diz ou busca informar, se entende plenamente, que a questão substantiva com relação ao nome de Deus; não estava efetivamente na direção do nome propriamente dito, embora naquela época dos chamados dito deuses, a questão nome de um deus fosse relevante, como vimos de maneira objetiva no posterior evento no Monte Carmelo (I Reis 18. 19-40).
207
O EU SOU, que corresponderia às quatro consoantes no hebraico (língua consonantal) ou segundo as Testemunhas de Jeová, ao tetragrama, é exatamente aquele que é, o Deus único ou de fato e efetivamente O que sempre existira, existiu, existe e existirá por toda a eternidade. Estranhamente os trindadistas, exatamente como as testemunhas de Jeová, que defendem e trabalham a questão o nome de Deus em fundamentação teológica, quando procuram    se fosse corretamente, tudo bem! Trazer para o Novo Testamento a expressão verbal que corresponderia ao nome de Deus, EU SOU, aqui traduzida para o português ou I AM, se fosse na língua inglesa; sendo que é exatamente isso que as Testemunhas de Jeová fazem, quando preserva a expressão em hebraico, o tetragrama e usam a adaptação Jeová... Até aí, não há muito que se contestar, a não ser que, conforme está profetizado por Jeremias 31. 33-34, que de fato aconteceu na plenitude dos tempos, no início da era cristã, conforme Gálatas 4. 4 e Efésios 1. 10, que já expliquei detalhadamente no início. A dicotomia    como a do Carmelo,  ou a dúvida ou ainda o pressuposto entre o Deus verdadeiro versus outro ou outros deuses ─ isso também foi explicado no subtítulo informado acima, e nisso é rompida de maneira definitiva com o aceitar por parte do Senhor Jesus e os seus discípulos    no usar o  vocábulo, palavra, substantivo do grego Θεός ─  que tem sentido generalizado, ou seja, o Deus verdadeiro com D maiúsculo, é Teo ou Theós como está grafado no Novo Testamento. Porquanto, só existe de fato um Deus e um unigênito Filho de Deus, sendo essa a forma simples como a Bíblia ensina; porquanto, presentemente a questão deuses passa pela adoração de Satanás, demônios, lideranças, riquezas e uma série de coisas que têm ocupado o lugar de Deus em nossa vida, que são deuses no sentido de lixo.
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Continuando, quanto à expressão verbal EU SOU usada por Deus para fazer-nos entender, pelo menos em parte, como diz Paulo em I Coríntios capítulo 13, o inescrutável, que é Ele, o único Deus. Assim como todos nós entendemos que referir-se a Deus ou não tomar o seu nome em vão; conforme o quarto mandamento transitou na “plenitude dos tempos” em entender que qualquer referência ao vocábulo ou a palavra Deus    que este sim, mesmo tendo sua origem na cultura grega é propriedade e de uso exclusivo da pessoa do Pai; ainda com relação ao não tomar o nome de Deus de forma vã; entendamos que essa restrição é    não na direção do nome exatamente, e sim na referencia leviana à sua pessoa ou falar dele e nele de maneira desrespeitosa, como por exemplo: Certa apresentadora de televisão que todos conhecemos (ser humano maravilhoso quanto a seus propósitos); por ignorância e infantilidade, se refere a Deus  de maneira desrespeitosa ─ sem usar o tetragrama do hebraico, o eu sou, o nome Jeová  ou Deus  ─, quando o chama de “o cara lá de cima”, com o pleno direito que tem como pessoa; entretanto, sei, não faria com relação a qualquer autoridade constituída, principalmente a um juiz... Em síntese, o não tomar o nome de Deus de forma vã é ou tem primariamente esse respeito que entendemos necessário para com as autoridades constituídas, agregando a isso o amor requerido de nós por Deus no primeiro mandamento. Que transcende ao nome e se remete à pessoa Dele; coisa essa que o povo judeu não entendeu; as Testemunhas de Jeová não têm entendido e de igual modo, a maioria de nós outros, que dizemos entender as coisas de Deus.     
209
Embora haja de fato o pressuposto de deuses como enumerei anteriormente, há que se chegar também de fato, não sendo isso exercício de filosofia, a conclusão de que esses ou essas coisas nojentas, se tornam deuses a partir da credibilidade e o endeusamento que lhes são creditados por nós seres humanos; primeiramente isso foi ostensivamente debatido no Antigo Testamento, no qual, enfaticamente e de maneira sistemática é dito que o ídolo não representa nada, hoje, com o melhor entendimento que temos sobre essas questões; podemos e devemos entender em toda a sua plenitude o dizer do Senhor Jesus, que não podemos servir a dois senhores ou mais objetivamente o que está em Mateus 6.24    Não podeis servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas (Mamon).         
210
         Como já expliquei em trabalhos anteriores e tenho reiterado nesse subtítulo: Primeiro não existe de fato o pressuposto de deuses; que se materializam pelo nosso endeusamento a eles, e o efetivo atribuir um nome específico para Deus, como fizeram os judeus e agora as Testemunhas de Jeová, infere ou pressupõe uma espécie de panteão celestial, no qual de fato existiriam vários deuses e o Deus verdadeiro, o Deus maior do panteão... Entendamos que tudo isto transitou; inclusive no paganismo, que objetivamente não existe mais. Afastar-se do ensino bíblico é tremendamente complicado, pois o catolicismo criou a idéia extra-bíblica da Doutrina da Trindade e também reeditou o panteão através da canonização dos chamados santos.
211
         O que estou ponderando é que, embora se entenda os pressupostos anteriores; a indevida identificação exigida pelas Testemunhas de Jeová de se referirem a Deus através do tetragrama do hebraico ou a sua derivação ou adaptação, o nome, Jeová e não a forma generalizada Deus (grego, Θεός)... Os tridadistas fazem exatamente a mesma coisa, quando buscam fundamentar, ser o Senhor Jesus o EU SOU, que seria também exatamente dizer que Jesus deve ser chamado pelo tetragrama do hebraico ou de Jeová, só que os teólogos trindadistas, para tornar possível essa sua tese extra-bíblica, concordam com as Testemunhas de Jeová    sem admitir isto, quanto ao uso do nome e, se tornam mais ainda contraditórios que aqueles, pois defendem e usam indevidamente ─ não o nome, e sim, uma articulação exegética que chega às raias de algo que pode até ser entendido como fraude  ─; quando percorrem os textos do Novo Testamento e se aproveitam  ou literalmente buscam adequar o texto ao que se quer produzir, das afirmações do Senhor, quando informa sobre a sua pessoa  usando o verbo ser na primeira pessoa do singular no presente indicativo.
212
         Debatia com um pastor amigo e extremamente trindadista... Ele num dado momento do debate usa o texto referente ao fato acontecido quando da inquirição do Senhor Jesus por parte do sinédrio, conforme o relato de Marcos 14. 61-62 ─ Ele, porém, permaneceu calado, e nada respondeu. Tornando o sumo sacerdote a interrogá-lo, perguntou-lhe: És tu, o Cristo, o Filho do Deus bendito? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou; e vereis o Filho do homem assentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do céu.  Neste texto, cujo fato também é narrado por Mateus 26. 57-68, Lucas 22. 63-71 e João 18. 13-27, sendo que o texto de João é mais extenso e informa outras coisas e não as que os outros três evangelistas informam. Esse pastor meu amigo, construiu uma exegese, que é a dos teólogos trindadistas; na qual identificam ─ e assim esse pastor fez o Senhor Jesus dizendo ser ele o EU SOU ou o tetragrama do hebraico traduzido ou efetivamente o próprio Pai, pois segundo os trindadistas Jesus e o Pai são um ou a mesma pessoa.
213
         A obstinação (falta de racionalidade romanos 12. 1-2), seguir sistematizações filosóficas de teólogos discípulos de Platão e de Aristóteles, têm levado pessoas que dizem amar a Palavra de Deus, a de maneira infantil cometerem enganos em exegeses como essa, senão vejamos: O versículo 61 do texto reproduzido acima, informa que a pergunta feita pelo sumo sacerdote, foi: ─  És tu o Cristo, o Filho do Deus bendito?  Para essa pergunta objetiva, caberia primeiramente uma resposta objetiva de sim ou não, que no caso foi o sim, ou a ponderação necessária para concordar com os trindadistas, que seria: Não! Porque eu sou ─ não o Jesus circunstancial humano, mas o próprio Deus. Todavia Jesus respondeu exatamente o que todos os que de fato estudam a Bíblia com seriedade sabem, porque já fora dito pelo Pai, quando do batismo de Jesus e no momento da transfiguração, quando dissera: Este (Jesus) é o meu Filho amado em quem me comprazo; sendo exatamente isto que o Senhor Jesus responde: Eu sou o Filho de Deus; no que, tentar fazer entender, que Jesus ao usar necessariamente o verbo ser para concordar ser o Filho de Deus, se constitui em evidente tentativa de usar indevidamente (fraudar) o texto bíblico, pois isto é muito elementar.
214
         O estudar e ensinar a Bíblia são coisas muitíssimo sérias, e por esse motivo muitos terão que dar contas a Deus, o Pai e a seu Filho, o Senhor Jesus, quanto ao que têm usado da Bíblia de maneira indevida, inclusive, até  fraudando-a.
215
         Como disse anteriormente, esse evento de Jesus perante o sinédrio, está narrado nos quatro evangelhos. Quando no de João, ele aborda outras afirmações (falas) e os outros três enfocam o mesmo assunto...  Observe o texto do relato de Mateus, que fala exatamente do mesmo assunto que Marcos, no qual você constatará que o uso indevido de um determinado texto não contempla a hermenêutica e a mais elementar regra de contextura... Constate o que eu estou dizendo neste texto de Mateus 26. 63-64    Jesus, porém, guardava silêncio. E o sumo sacerdote disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: É como disseste; contudo vos digo que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.  Atente para a pergunta do sumo sacerdote, que é exatamente a mesma pergunta registrada por marcos. No registro de Mateus também é parte da pergunta do sumo sacerdote: uma exigência de resposta por parte do Senhor Jesus sob conjuração    a título de informação, a conjuração em nome de Deus era entendida como ter que se fazer ou o não fazê-lo se constituiria em blasfêmia ou ofensa a Deus. Reiterando, objetivamente, de maneira literal, Mateus informa que a pergunta feita a Jesus pelo sumo sacerdote foi se Ele era o Cristo, o Filho de Deus e, de maneira diferente ele, Mateus, informa exatamente o mesmo que Marcos disse, ou seja, que o Senhor Jesus confirmou ou concordou com a afirmação pergunta formulada pelo sumo sacerdote e, Mateus entendeu e registrou que Jesus disse: É como disseste    ou seja, tu perguntaste se sou o Filho, sim: Eu sou o Filho de Deus.       
216
         Os teólogos que gostam de fazer com que a Bíblia concorde com suas idéias  deveria agir da mesma maneira  como tentaram fazer com o texto anterior; que já usei no início deste capítulo, como o texto seguinte que também já usei e proponho apreciar novamente João 10. 36    àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizes vós: Blasfemas; porque eu disse: Sou Filho de Deus.  Gostaria que os trinadistas me explicassem essa afirmação de Jesus à luz da Doutrina da Trindade.
217
         Eu sou, Jorge, que sou sincero, racional e; não vou continuar nessas explicações, por estar o que estou dizendo dentro do elementar e simples demais para ser entendido, todavia para encerrar essas ponderações, comento o texto do evangelho de João 15. 1 ─ Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor.  Nessa alegoria usando a videira, o Senhor Jesus diz textualmente Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é (Ele é, 3a pessoa no singular),    Afinal de contas! Dentro dessa visão, verbista-nomista, Jesus é o eu sou e o Pai “é”, Jesus? Ou vocês não estão fazendo uma tremenda confusão e usando indevidamente o texto bíblico e o verbo ser (grego, ὲιμί - ὲιμαι) de forma fraudulenta?     
218
         Porque de fato, Deus, o Pai é o único Deus e Jesus, o Filho de Deus e único Senhor, conforme I Coríntios 8. 6. Quanto ao eu sou que aparece em vários textos do Novo Testamento,  mesmo quando essa afirmação for do Senhor Jesus, tenham todo o cuidado, respeito, interesse em entender a verdade bíblica, levem em conta as elementares regras da nossa língua, pois os tradutores consideraram tudo isto ao traduzi-la, dê lugar ao Espírito Santo nesta leitura e esqueça de conceitos e sistematizações dos chamados teólogos eminentes, às vezes, fraudulentas.
219
         Dê novamente, uma olhada no início do Estudo, no último parágrafo, do  subtítulo Considerações Iniciais; e você verá como ou que procedimento deverá adotar para  estudar a Bíblia para receber dela sérias informações e lições maravilhosas com mais facilidade.
220
         Lembremos que no início do parágrafo que antecedeu aos dois anteriores, eu o começo dizendo: “Eu sou” sincero e racional... A partir dessa chamada de atenção, quanto ao direito de usar o verbo ser no Novo Testamento e também por qualquer um de nós, em qualquer tempo, quando conversamos ou escrevemos; espero que os trindadistas, principalmente os extremados, como esse pastor meu amigo debrucem no texto sagrado para estudá-lo sem pré-posicionamentos advindos de teólogos (fraudadores) ditos eminentes...
221
         Meu querido leitor desse Blog, deixem que o Espírito Santo do Senhor os ensine o como estudar as Escrituras, conforme o que disse no último parágrafo do subtítulo Considerações Iniciais... Já disse isto no penúltimo parágrafo anterior a este, perdoe a repetição; até porque, se você não comunga comigo e algumas outras pessoas a mesma expectativa, todavia creio que as informações aqui contidas lhe serão deveras valiosas.                 
222
         Eu afirmei anteriormente que esse querer identificar as afirmações verbais do Senhor Jesus, quando Ele diz ser alguma coisa, for de fato a identificação com o EU SOU do Antigo Testamento; constitui-se em erro teológico ou construção extra-bíblica... Essa minha conclusão e afirmação são perfeitamente justas, porque todos os textos do Novo Testamento nos quais o Senhor Jesus diz “eu sou”; essas afirmações estão clara e plenamente associadas a alguma coisa feita por ele, não sendo decididamente,  como querem os defensores da Doutrina da Trindade com referência ao EU SOU de Êxodo capítulo 3, como tenho demonstrado e, pedindo que vários outros textos, além dos que usei no início desse subtítulo sejam analisados.
223
         Como tenho colocado desde o início desse Estudo e em trabalhos anteriores e dois livros já editados; além da minha prioritária submissão a ação do Espírito Santo quanto ao estudo bíblico; também criei o neologismo CONCOMITÂNCIA do CONTRADITÓRIO; que é o estar obrigado a estudar aquilo que queremos, de maneira concomitante com o que nos parece contraditório quando estamos estudando a Bíblia. O que estou dizendo é que decididamente não fraudo, não uso o sofismar e não omito o que possa parecer que compromete o que estou defendendo ou buscando fundamentar.
224
Tem-se no evangelho de João 8. 58   Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.  Esse texto é usado de maneira extremada pelos trindadistas por causa da expressão eu sou não estar associada a Jesus ser o Filho de Deus, entretanto, também não deveria ter a tradução para ser e sim para existir ─ que embora o verbo que aparece no texto seja (grego, ὲιμί), que pode corresponder a ser, ou estar no sentido de existir ─, como Jesus diz que ele existira antes de Abraão, e conforme o mesmo João 17. 5    Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto a ti (estar com o Pai) mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Não a interpretação que procuram dar, que se constitui em uso indevido desse texto, quando o racional e coerente seria: antes que Abraão existisse, eu existira; senão vejamos: Basicamente quase todo o capítulo 8 do evangelho de João, excetuando os versículos de 1 ao 11, que falam sobre a mulher adúltera, do versículo 12 ao 59, o Senhor Jesus fala da sua missão, e no versículo 12 Ele diz: Eu sou a luz do mundo ou redentor da humanidade, sua posterior morte, da sua efetiva relação com o Pai e também da sua “preexistência junto ao Pai”    junto ao Pai e não sendo um com o Pai e de maneira nenhuma o presente do indicativo do verbo, seja em que idioma for.      
225
         Vou percorrer o que está registrado neste capítulo (João 8. 12-59); a partir da expressão eu sou, Jesus dizendo ser... Primeiro tenhamos em mente que na expressão eu sou... No versículo 12, Jesus diz: Eu sou a luz do mundo, no verso 16, Ele diz:   Porque “não sou eu” só, mas o meu Pai que me enviou, no versículo 18, Jesus diz:   Sou eu que dou testemunho de mim mesmo,  no verso 28, Ele diz:   Eu sou o que nada faço de mim mesmo.
226
         Estabeleci ou usei esta pequena trajetória do registrado no capítulo 8 do evangelho de João a partir da expressão ou a efetivamente a ação verbal “eu sou” para chegar ao versículo 58, que é um dos textos preferidos para usar artifícios da língua na direção da Doutrina da Trindade; e o fiz, porquanto o Espírito Santo do nosso Deus tem me conduzido a ser verdadeiro e coerente quanto ao que busco informar.
227
Dito isto, espero ardentemente que você pondere e, abra a sua mente para entender, não somente o que eu estou explicando    isso espero que possa vir acontecer; no que, lhe dizer que busque entender, é literalmente que com toda sinceridade leia e leia, estude e estude o capítulo 8 do evangelho de João e, não só esse capítulo, mas todos os textos que estão sendo trabalhados neste Estudo.
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Objetivamente, sendo repetitivo quanto ao texto de João capítulo 8 e outros já usados nesse estudo intencionalmente; prossigamos!  O Senhor Jesus nesse registro de João 8. 12-59, titulado pelo tradutor de Discurso de Jesus sobre a sua Missão, na parte final; diz enfaticamente que ele existira junto ao Pai antes de Abraão ─ já dito anteriormente  ─, conforme o mesmo João 17. 5    Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto a ti (estar com o Pai) mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
229
Repito, examine todo o evangelho de João e também as suas epístolas, nas quais você encontrará abundantemente o Senhor Jesus dizendo eu sou; e até chamo a sua atenção para as frases ou orações nas quais o sujeito está oculto, como João 9. 5    Enquanto (eu) estou no mundo, (eu) sou a luz do mundo. No que é claro Jesus ter dito: Eu sou a luz do mundo; entretanto não vincule isto ao eu sou do capítulo 3 do Êxodo; também nos três sinópticos você encontrará essa expressão ou essa ação verbal por parte de Jesus e outros, dizendo eu sou.
230
Agora, de maneira objetiva analise comigo o fato de que; segundo os trindadistas a ação verbal da primeira pessoa do singular no presente do indicativo do verbo ser, é o nome do nosso Deus ou sua presença escrita no Novo Testamento ou a verbalização disso, é também a pessoa do Senhor Jesus. Então estará criada a regra de que o verbo ser nesse tempo e pessoa verbal é propriedade lingüística dessa identificação ou então?    Toda a vez que alguém assim usar esse pronome da primeira pessoa e a forma verbal correspondente para si, estará    esse entendimento indevido infere isso  ─,  identificando-se como o eu sou grafado no Novo Testamento, que seria o nome do Deus, o Pai  e  do Senhor Jesus.
231
Ainda considere e analise, que os verbos ser e estar (no grego, ambos correspondem a ὲιμί, ὲιμαι), como no inglês e no alemão, e são base elementar de comunicação escrita e falada; visto que, é praticamente impossível falar ou escrever sem usar esse verbo, ainda que seja verdade não existir os dois nesses idiomas; no que, se retirarmos o verbo ser na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, colocando-o, nessa maneira de entender, como exclusivo da identificação de Deus    ou o seu nome ou como querem os trindadista, também do Senhor Jesus  ─; na nossa língua já será um grande desastre. No caso da língua inglesa, o estrago será bem maior, pois os verbos ser e estar (to be) têm no inglês (simple present) a mesma identificação (ou só existe um verbo para os dois casos), no que, para nós o entendimento da função ou a presença de um ou do outro, o entendimento se dá a partir do contexto    alguém com problemas de saúde diz: I am sick (não: eu sou doente e sim estou doente). Também no tempo futuro, quando o modal will e a expressão verbal no gerúndio going to são usados como auxiliar, sendo que nos casos do going to aparecerá o I am (eu sou, não exatamente ação verbal, mas, a grafia), conforme o exemplo: I am going to the church; o I am, como no simple present. Pode-se, de certa forma, agravar um pouco mais em função do uso do will, quando ter-se-ia: I will be (I’ ll be); ou eu “ser” ou até apelando um pouco, o “eu sou” no futuro, isso ajudado pelo auxiliar will... Porque, isso até, de alguma forma, poderia nos remeter a Deus (se fora verdade), através da metafísica do filósofo Parmênides e a sua discussão com Heráclito sobre o Arqué; quando afirmou categoricamente, que o que é, é o que é, e, não virá a ser como afirmava Heráclito no seu Devir.  Só, que esse argumento que desenvolvi aqui, não caminha na direção de legitimar essa ação verbal como o nome de Deus. E o forçar indevidamente o I be (eu ser) como se fora o eu sou, que não existe no inglês, entretanto, em função de tanta infantilidade vale a pena alimentá-la, ainda que, indevidamente a bem da didática; não deveria estranhar e ser refutado (por não correto), porque legitimamente, num simples e usual pedido de desculpas em inglês, aparece literalmente o eu sou (I am), por esse motivo até lhe faço o muito usado pedido de  desculpas: I am (I’m) sorry. Não queira me execrar em função do não existir de fato esses dois verbos nesses idiomas, todavia, sendo repetitivo, ninguém diz I am sick pensando eu sou doente; também ninguém diz I am inteligent pensando eu estou inteligente e sim sou inteligente, todavia (no grego, no inglês e no alemão), como foi visto, nos dois casos (ser ou estar), a grafia será como se fora o eu sou.                               
232
De igual modo, na língua alemã os verbos ser e estar correspondem ao verbo sein, que no caso da identificação de qual verbo (ação)  para a leitura feita em alemão, essa identificação se dá no entendimento de quem lê (automaticamente, coisas de cada idioma!), como no inglês, e para nós no português, a conclusão virá do contexto, para quando traduzirmos identificarmos cada exata ação de um ou do outro verbo como é no nosso idioma.
233
Considerando essa visão dos trindadistas, na qual o eu sou é a  identificação ou o nome de Deus; ter-se-ia também para o alemão ich bin (eu sou) como sendo propriedade do nome de Deus ─ obviamente nós os seres humanos e tudo no mundo pertencemos a Deus  ─, conforme nos ensina o Salmo 24. 1 não tendo isto nenhuma relação com esse entendimento sobre o seu nome, mal fundamentado e improcedente.
234
Desse mesmo modo de entender, o verbo sein nesse mesmo tempo e na primeira pessoa do singular ich bin (eu sou) no pressuposto trindadista também excluiria esse verbo no alemão, nessa pessoa e tempo como se fosse de propriedade exclusiva para identificar a pessoa de Deus ou o Seu nome. Considere de igual modo que diferentemente do inglês, o verbo do alemão sein (ser e estar) é usado, como que, nessa pessoa e tempo (ich bin) como auxiliar para o tornar pretérito, nos verbos que indicam deslocamentos, quando aparece ich bin (eu sou), como que (mesma grafia), no presente do indicativo. Como nos exemplos: Ich bin geblieben (fiquei) e Ich bin aufgestanden (levantei).
235
Reitero, eu sou simples, sincero, didático,  racional, amo a Deus e a seu Filho, o Senhor Jesus, procuro ardentemente me deixar conduzir pelo Espírito Santo do Senhor e estudo as Escrituras com total seriedade. Daí lhe pedir que faça assim também e busque entender na Bíblia ─ não naquilo que qualquer um de nós quer entender e sim o que de fato ela ensina  ─, definitivamente quem é o Pai, o seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo... Para ajudar nesta direção escrevi e estou postando este Blog.
236
Procure na Bíblia todos os textos nos quais aparecem a expressão eu sou e avalie o que os trindadistas têm ensinado quanto a essa questão e conclua lendo os textos bíblicos, qual é o verdadeiro ensinamento, ou de que maneira a expressão “eu sou” funciona em cada frase ou oração grafada, registrada ou escrita  na Bíblia.
237
Quanto ao que tenho explicado sobre a expressão eu sou ou efetivamente alguém dizer que é alguma coisa como o Senhor Jesus dizer:  “Eu sou o Filho de Deus”, eu sou a luz do mundo, eu sou a videira,  verdadeira e outros textos são usados indevidamente, como João 14. 6  Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho a verdade, e a verdade e a vida; ninguém “vem” ao Pai, senão por mim; quando esquecem ou não têm o pleno conhecimento das características desse texto, cujos pressupostos (e esse pressuposto está em sua concordância verbal) são eternos, no que, estando o Senhor Jesus à direita do Pai, isso diz a Bíblia de maneira objetivamente clara,  obviamente ninguém “vem” ao Pai, senão por Ele, Jesus. Necessariamente não é verdade que ao dizer que ninguém vem a quem está do meu lado, eu tenha que ser essa pessoa; tenhamos todo o cuidado com o que fazemos do texto bíblico. Ainda, o anjo Gabriel, conforme Lucas 1. 19    Ao que respondeu o anjo: eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, (...), João Batista, no evangelho de João 1. 23   (...):    Eu sou a voz do que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. Também Paulo conforme Atos  22. 3    Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cecília, (...). Paulo diz em Romanos 1.14    Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. Mais uma vez Paulo, I Coríntios 11. 1    Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo. Ainda Paulo I Coríntios 15. 9  Pois eu sou o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus.  O anjo Gabriel, João Batista,  Paulo, também  eu,  você e todas as demais pessoas, temos o direito de dizer que somos isso ou aquilo... É muito complicado e, graças a Deus, que essa postura extra-bíblica    nesse pormenor, não se generalizou e se tornou efetiva regra, pois imagine o verbo ser na primeira pessoa do singular no  presente do indicativo, ser suprimido da fala e da escrita de todas as línguas ─  para que não se tomasse o nome de Deus em vão ─, em função de uma idéia descabida como essa; cujo objetivo é sancionar a Doutrina da Trindade por intermédio desse artifício lingüístico que visa poder dizer que Jesus é o Pai. Ironicamente, isso é exatamente como faziam os judeus em relação ao nome de Deus e assim também defendem as testemunhas de Jeová.
238
A improcedência do que tenho ponderado, é de fato   não só por não ter fundamentação lógica, mas principalmente por que a Bíblia não autoriza esse entendimento. Quando, mesmo lá no início, quando Moisés é mandado por Deus à presença de Faraó. As perguntas, perguntas sim, porque teriam que ser pelos menos duas iniciais, que no responder seriam as perguntas: Quem é você? Porque embora Moisés fosse filho adotivo da Filha de Faraó, caberia a pergunta em função do estar liderando o povo judeu, que demandaria necessariamente a resposta “eu sou” Moisés, que o EU SOU enviou, entretanto dentro dessa questão ação verbal nessa pessoa e tempo, entendido exatamente o que Deus queria de fato informar; era que Moisés dissesse: que, ELE, DEUS É AQUELE QUE É o mandara    não estou construindo que o certo seria a 3a pessoa do singular, ELE É, ou seja, quanto a ELE, o que É, não cabe nenhuma dúvida ou questionamento, pois o EU SOU é também de fato AQUELE que É sem essa infantilidade de nomismo (neologismo meu).         
239
Teve-se no transitar desse entendimento a construção de sistematização teológica perfeita, a partir do início da era cristã; tem-se o que Paulo chamou de plenitude dos tempos, quando o Senhor Jesus o sancionou, por não ter contestado o uso do vocábulo Teo ou Theós, Deus ─ que não foi inventado pelos escritores bíblicos, e sim pelos gregos, e existia para identificar o poder Divino maior entre eles; palavra, que se tornou substantivo próprio, o nome do Pai nos escritos do Novo Testamento, embora o Senhor Jesus e os seus discípulos falassem o aramaico, também eles assim entenderam, pois os que escreveram, grafaram Teo ou Theós (grego, Θεός), e os demais evangelistas o reproduziram nos seus escritos. Mostrando essa clara evolução; que passou pela cultura grega, foi usada por Deus, como já expliquei no  início, a qual trouxe a expressão eu sou ou o tetragrama do hebraico (יהוה, YHWH); entendido como o nome de Deus pelos judeus, que na realidade, como já mostrado remete para o uso na 3a pessoa, ELE É, entretanto fica perfeitamente clara a trajetória da evolução nesse entendimento, ou “eu” ou qualquer pessoa e em qualquer idioma, temos o direito de dizer que somos alguma coisa; que necessariamente implicará em eu, ou outra pessoa poder dizer: “eu sou...” Pondero, que, verdadeiramente o vocábulo (palavra) Deus; que tem a sua origem no grego, Θεός, foi de fato sancionado por Jesus pela inferência de não o ter questionado, senão haveria registros sobre isso e conseqüentemente o tornado real e verdadeiro, ao ser usado pelos discípulos e os escritores do Novo Testamento; quando de maneira clara, entendo que a expressão verbal eu sou, pela necessidade do uso do verbo ser em todas as línguas, o levaria, quando usado na escrita ou na fala, a uma espécie de uso do nome de Deus em vão, entretanto, de fato, o vocábulo genérico, efetivamente, substantivo próprio, quando com “D” maiúsculo. Deus é verdadeiramente o nome do Pai, permitindo ainda, para efeito da comunicação lingüística, a sua forma pejorativa usando o “d” minúsculo para identificar pessoas e diversas coisas que indevidamente interpomos entre e nós e Deus, considerando-as como “deuses”.
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Hoje há compreensão e conseqüente uso, como  cumprimento da profecia de Jeremias 31. 33-34, que o substantivo Deus é exclusivo e é também o nome    me permita a redundante redundância, aqui necessária, de DEUS, ou seja, o nome DEUS é exclusivamente de DEUS, até porque ninguém tem ou terá a necessidade lingüística de usá-lo para si... Para mim e creio deveria ser a conclusão plenamente racional e elementar de qualquer pessoa de normal cognição, o que aqui está sendo explicado: que assim como diz o texto sagrado, conforme  Hebreus 7. 18-19 ─  Pois, com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado (anulado, suprimido) por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e de sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de Deus. Não tem ou terá nenhum sentido o que os infantis ditos adoradores dizem, inclusive, em letras de cânticos: Deus dos deuses! Não há deuses e sim somente um Deus, conforme I Coríntios 8. 6.
241
O que eu estou concluindo é tão elementar e de fácil comprovação bíblica; que não vemos o cuidado, a preocupação, o ensino ou qualquer caminhar nessa direção a partir da visão trindadista, quanto a isto no texto sagrado, até porque, sendo essa visão de trindade    que é construída efetivamente a partir da filosofia,  que é a síntese da lógica; sempre, na sua conclusão final, que colide com o claramente literal, didático e elementar dos textos bíblicos, esses e aqueles saem pela tangente do: “Isso são mistérios de Deus!” De Deus, não! Da trindade (tri-unidade) e dos trindadistas, sim, com toda a certeza.          
242
Quando digo, no final deste subtítulo que o nome de Deus passou ou teve a sua formatação definitiva pela cultura grega... Quero também que você se lembre do que tenho dito desde o início e continuei neste subtítulo, inclusive, com severas críticas a Agostinho e Tomás de Aquino, que foram ─ entenda exatamente pelo fato deles e doutores outros, mesclarem e usarem sistematizações filosóficas para fundamentar doutrinas cristãs, todavia não caminhe no confundir as ponderações que fiz no começo sobre as cartas de Paulo, que o vejo contestado filosofia, sem usar linguagem filosófica, quando disse que a explosão cultural grega foi uma bolha localizada antes da era cristã e, não deixe de entender, que assim como Paulo o fez, eu não fundamentei ou fundamento a existência de Deus a partir da filosofia, o que seria muito fácil do ponto de vista dialético, pois a filosofia prova que Deus existe, por ser necessário que exista, todavia tenho usado a dialética filosófica nesse Trabalho, para marcar a sua improcedência básica na formatação efetiva de Teologia Sistemática, como Paulo assim entendeu e procedeu... Não entenda como ambigüidade o entender e aceitar o fato do idioma grego e o vocábulo substantivo Θεός, Deus, porque isto é totalmente diferente do uso efetivo de filosofias em sistematização teológica.                           
243
Outra associação na direção da Doutrina da Trindade é feita também a partir do substantivo pastor, quando usam principalmente o associar o Salmo 23 (o Senhor é o meu pastor), a todo o Novo Testamento e como base primeira para isso, o texto de João 10. 11    Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Essa associação acaba sendo por demais infantil, porquanto: não considera a possibilidade do Salmo 23 ser um texto profético relacionado especificamente com o Senhor Jesus, como vários outros    cujos textos de nove deles (dos Salmos) e um de Isaías, foram usados para sistematizar a divindade de Jesus pelo escritor aos Hebreus no início da sua carta, quando informei sobre isso no final do subtítulo O Sofrimento de Jesus na Cruz, como também detalhei anteriormente quanto a Jesus estar ao lado do Pai (Salmo 110. 1). De igual modo, usando este texto novamente; agora objetivamente nessa outra avaliação, considere o texto do Salmo 110. 1 ─ que é uma das bases de estudo desse Trabalho sobre a trindade, que diz: ─ Disse o Senhor (Deus, o Pai) ao meu Senhor (Jesus, o Filho de Deus); assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Também esse texto é citado em Atos 2. 34-35, Mateus 22. 41-44, Marcos 12. 35-37 e Lucas 20. 41-44. Se você observou esse texto do Salmo 110. 1, e a maneira como o Senhor Jesus o usa para  fundamentar sua divindade; constatará  também que o substantivo Senhor aparece duas vezes, e assim concluiu o tradutor para a presença clara de duas divindades, de maneira específica e literal é atribuído a Deus, o Pai    e também de maneira concomitante, com atos distintos, ao seu Filho, o Senhor Jesus. Donde se conclui, que é improcedente especular, ser o Senhor nosso Deus, o mesmo que o Senhor Jesus ou “o Senhor é meu pastor” ser o “eu sou o bom pastor”, ou de fato o pastor do Salmo 23 é especificamente o Senhor Jesus, numa visão profética, como em outros Salmos e textos dos profetas... Para fazer você lembrar-se do perigo dessas associações, quando indevidas; compare os textos de Isaías 40. 3, de Malaquias 3. 1 e o de João 1. 23 ─  Respondeu ele (João): Eu sou a voz do que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. Por João estar em profecias do Antigo Testamento e dizer eu sou; isso não legitima ou faz com que João seja Deus, o Pai, ou você tem ou terá alguma dúvida sobre isso?
244
Assim como decididamente, no Novo Testamento, o Senhor Jesus não é identificado como o “Eu Sou”, de igual modo, o Pai também não o é    em contrapartida Ele (o Pai) é identificado ou chamado de Senhor 40 vezes, como Pai 154 vezes e de maneira avassaladora, por Deus (grego, Θεός) 963 vezes; que aparecem 104 vezes nos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), no evangelho de João 51 vezes, no livro de Atos 105 vezes, nas treze epístolas de Paulo 455 vezes, em  Hebreus 62 vezes, na de Tiago 11 vezes, nas duas de Pedro 38 vezes, nas três epístolas de João 61 vezes, na de Judas 4 vezes e no Apocalipse 72 vezes. Isto quer dizer que somam 963 vezes estar grafado (escrito), ou o Pai ter sido identificado e chamado pelos que escreveram o Novo Testamento majoritariamente de Deus grego, Θεός, numa aprovação contundente dessa denominação, inclusive a colocando nas falas do Senhor Jesus ─ que foram feitas em aramaico.      
245
Um fato interessante que quero ressaltar, é que sendo a epístola aos Romanos a sétima em volume de escrita no Novo Testamento; ter 40% do volume de escrita do Evangelho de Lucas (que é o de maior escrita), sendo também a epístola aos Romanos 16% da soma de escrita dos sinópticos; é nela na epístola aos Romanos onde aparecem mais vezes (128) a identificação do Pai como Deus.
246
A guisa de informação quanto a volume de escrita; o livro do profeta Daniel, que tem 12 capítulos é considerado profeta maior, e o do profeta Zacarias, que tem 14 capítulos é colocado entre os profetas menores; justamente em função do volume de escrita; ─ Daniel com 12 capítulos tem 353 versículos e Zacarias com 14 capítulos tem 191 versículos.
247
Ainda quanto a números, as Testemunhas de Jeová, em uma de suas revistas, a de título: O Nome Divino que durará para sempre, cujo tamanho é de 23 cm x 18 cm, com 31 páginas; sendo o identificar o tamanho e o número de páginas é para mostrar que o Trabalho pretende ser muito bem fundamentado, pois tem um grande volume de escrita e de bom nível de argumentação.
248
Neste Trabalho, que é distribuído de casa em casa; priorizando àqueles que buscam contestá-los, como o próprio título já diz, é defendida a pertinência do uso do nome Jeová para se identificar a Pessoa do Pai, no qual, entre os vários argumentos especulados por eles, está o de que o evangelho de Mateus fora escrito inicialmente em hebraico, cujo motivo nos é fácil saber, que é o de toda a referência ao Pai obviamente apareceria através do tetragrama, defendida por eles, todavia, o que se sabe é que o evangelho de Mateus foi inicialmente escrito em aramaico...
249
Mateus quando resolveu escrever a sua versão sobre esses acontecimentos, o seu evangelho, fatalmente sabia, ainda que a sua cultura fosse fortemente judaica; como detalhei num Trabalho opondo-me a alienação chamada Discipulado que não deveria fazê-lo em hebraico; se é que estava apto para isso, em função da plena convivência com o grego e o aramaico; pois a plena definição ou entendimento dessas informações em hebraico (idioma consonantal) demandaria acompanhamento oral ─ a tradição oral, porquanto a escrita massorética, que usa sinais para representar as vogais; ainda não havia sido inventada e, até também porque as línguas popularmente faladas naquela região eram o grego koiné e o aramaico; no que, é perfeitamente aceitável a sua opção pelo aramaico, que como é sabido, foi logo depois vertido para o grego.
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Com relação às línguas faladas antes e depois do ministério do Senhor Jesus. Para melhor fundamentar biblicamente a questão idiomas falados no período do Novo Testamento; teve-se com o evento da hegemonia babilônica; também o cativeiro do povo judeu (587 a.C. período do segundo Império babilônico); que marcou o início da perda, por parte dos judeus, da sua identidade quanto a sua língua, o hebraico e o paulatino crescimento da influência do aramaico, que ganha plenitude de uso popular a partir do período dos Macabeus (início do II século a C.).
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De igual modo, o idioma e toda a cultura grega, de maneira avassaladora ganha importância em praticamente todo o mundo antigo conhecido, a partir das conquistas e efetiva hegemonia Greco-macedônia, através de Alexandre o Grande em 333 a.C..
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Por volta do ano 58, quando Paulo voltou a Jerusalém, embora sabendo por informações proféticas que seria preso, de fato ele, quando no templo, é atacado a mando de líderes judeus, que intentaram matá-lo. Paulo foi salvo e preso por uma guarnição de soldados romanos e, quando conduzido preso à fortaleza, Paulo perguntou ao comandante: (Atos 21. 37)  (...) É-me permitido dizer-te alguma coisa? Respondeu-lhe ele: Sabes o grego? Inicialmente essa pergunta desse superior dos soldados nos conduz a entender, que os que ali estavam falavam em aramaico e; o interesse desse comandante em que Paulo falasse em grego estava possivelmente em ser esse idioma o que melhor ele entendia; para ter melhor controle do que Paulo falaria... Paulo, pela sua habilidade espiritual, política e cultural, resolve causar um impacto junto àqueles seus  perseguidores que ali estavam, quando lhes falou em hebraico, da sua conversão e seriedade para com Deus, Atos 21. 40 ─ E, havendo-lho permitido o comandante. Paulo em pé na escada, fez sinal ao povo com a mão; e, feito grande silêncio, falou em língua hebraica dizendo: (...); ler todo o capítulo 22 do livro Atos dos Apóstolos.           
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Creio, que só esse pequeno texto ─ para àqueles que conseguem lidar bem com hermenêutica e inferências e levam a sério o estudo bíblico;  entenderá que o livro de Atos dos apóstolos carrega dentro de si lições e o caminho para vertentes de estudos muito importantes dentro do que ele objetiva e também de outros assuntos que se lhes possam interligar.
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Como disse, antes dessa explicação sobre idiomas, esse Trabalho, a revista das Testemunhas de Jeová, datado de 1984, da sua sede nos EUA e distribuído em vários países, é algo interessante, pela maneira como é argumentado e, eles o usam ─   entregam a pessoas que são mais reticentes    como eu ─ quando em diálogo com eles, porque não é um material de pouco custo como os folhetos, numa visão de elemento nocauteador quanto a questão referente ao nome de Deus. Entretanto ─ sem entrar em questões infantilmente arroladas por eles; quanta aqui e ali identificaram inserções do tetragrama e  algumas formas alternativas do nome de Deus, que estão presentes em templos católicos romanos e monumentos; quando se esqueceram de citar    e teriam farto material para isso, inclusive, tudo o que certos ramos ditos evangélicos e algumas igrejas sérias, por ignorância, têm usado ostensivamente de maneira indevida, símbolos e formulações judaicas, que várias são específicas dos judeus e outras comprovadamente passadas. Eles também não levaram em conta a validação canônica do Senhor Jesus; pois Ele sabia que tudo o que estava ensinando em aramaico seria escrito em grego, tanto que isso posteriormente aconteceu e, é essa a realidade da revelação de Deus a humanidade    a LXX (septuaginta – A. T.) e o Novo Testamento escrito no grego. Continuando, nesse Trabalho; verdadeiramente! Eles, também não explicaram como podem ter um Novo Testamento que não seja a partir do grego, no qual para o Pai esta grafado ou escrito, Deus, grego, Θεός. Também atribuíram, reitero, parece que não notaram, a Jeová ou o chamaram de fato pelo nome “Deus” 214 vezes e de Jeová 119 vezes ou mais precisamente 99 vezes Jeová e 20 vezes Javé   para conseguir fazer toda a argumentação que fizeram nesse Trabalho...
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Também, toda argumentação desse Trabalho acabou mostrando efetivamente que de fato as Testemunhas de Jeová não têm uma argumentação consistente quanto à pertinência do uso do nome Jeová; tanto que admitem até o nome Javé, mas defendem o nome Jeová por entendê-lo como, de alguma forma, o solidificado na cultura mundial.  
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 Na esperança que várias Testemunhas de Jeová venham ler este Blog    digo esperança, porque eles são ensinados a não examinar nada que não seja a sua literatura  ─; proponho ou apresento ou mostro, que se esse Trabalho deles comentado aqui; consistisse em frases que dissessem: o “nome de Jeová não é Deus ou o nome Deus não é o nome de Jeová”. O resultado desse trabalho com essas duas opções seria o de estar escrito, grafado o nome Jeová 214 vezes, mas também inevitavelmente o nome Deus 214, como está nesta revista deles.
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Um pouco mais sobre as Testemunhas de Jeová, nos mostra que eles se referendam ou buscam contextura  excessivamente no Antigo Testamento para a fundamentação de suas doutrinas, sendo inclusive de maneira obstinada no livro de Provérbios, que é essencialmente de princípios éticos, morais e lógicos, que é um livro inspirado por Deus, é o que creio, todavia, não para ser usado da maneira como é pelas Testemunhas de Jeová e também muitos ramos ditos evangélicos. Ainda, não somente quanto a eles, mas também os defensores da Doutrina da Trindade. O nome Deus, como preceitua o 4º mandamento, não poderia ser  usado normalmente por ninguém, entretanto pessoas são registradas e têm legitimamente o nome Jeová, de igual modo milhares de pessoas, em muitos lugares e vários idiomas, dizem, com toda legitimidade e direito: “eu sou”, e em alguns casos em que se chamam Jeová, dizem legitimamente: “eu sou Jeová” ─ entendam e considerem que estou dizendo isto com toda a gravidade e respeito que esse assunto merece.
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Ainda, com relação ás Testemunhas de Jeová; ressalvando a tentativa salutar deles em dar uma definição didática para o Espírito Santo do Senhor, quando dizem ser Ele: a Força Ativa de Jeová, definição esta muito pobre de significado real de quem é o Espírito Santo. Quando não analisam que força (ainda que ativa), em síntese corresponde à simples capacidade de executar determinado trabalho mecânico. Diferentemente (sendo repetitivo), o Espírito Santo é a plena presença do poder e inteligência de Deus, o Pai, e por extensão a do Senhor Jesus. Porquanto, sendo o Espírito Santo amorfo e se fracionando quando atua; é Ele quem promove a presença ininterrupta de Deus em todos os lugares, a todo tempo; e é nisto ─ nesta atribuição do Espírito, que é atributo e propriedade de Deus  ─, que Deus é Onipresente e Onisciente (atos ou ações de pleno poder e cognição inteligente); sendo também Onipotente ─ o que teria alguma conexão com força. Entretanto, a denominação: Força Ativa não contempla nenhuma das ações bíblicas (verbais) descritas sobre Ele, como: O Espírito Santo ensina: Lucas 12.12    Porque o Espírito vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer, I Cor. 2. 13 ─ as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com as palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais; o Espírito Santo falou: Atos 28. 25    E estando discorde entre si, retiram-se, havendo Paulo dito essas palavras: Bem falou o Espírito Santo aos vossos pais pelo profeta Isaías, Dizendo: (...), Hebreus 3. 7 ─ Pelo que, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz (...), o Espírito Santo nos ajuda e intercede por nós: Romanos 8. 26 ─ Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Essas citações, no decorrer de séculos vêm sendo trabalhadas, inclusive por reformadores importantes; no que, terminou por consolidar como senso comum o Espírito Santo do Senhor, sendo a terceira pessoa da chamada trindade, quando isto, essas ações, provam (diferentemente) a Onipresença e Onisciência de Deus... Sendo oportuno, vale ou é devida, a ponderação quanto ao nosso indevido e desproporcionado patrulhamento contra as Testemunhas de Jeová ─ cuja ironia, é ser exatamente por causa da improcedente Doutrina da Trindade que elas não aceitam... Quando não o fazemos contra denominações que se dizem evangélicas e na realidade não têm o mínimo compromisso com as verdades bíblicas e sim com o tomar dinheiro das pessoas a todo o custo; coisa essa que não é feita pelas Testemunhas de Jeová... Longe de mim o me colocar como exato advogado delas, até porque, as tenho confrontado sobre algumas questões: pessoalmente e neste Blog, todavia é legítimo e necessário que eu faça aqui este registro e outros de justo reconhecimento; não necessariamente comungando com elas, mas, que entendamos que  esse  tipo de animosidade cabe sim, contra os vendilhões da fé, que agem conforme o registrado em    Mateus 21. 12-13, Marcos 11. 15-17, Lucas 1. 45-46 e João 2. 13-17.
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Deveria ser motivo de envergonharmo-nos, o fato de serem elas, para o constrangimento da maioria de nós evangélicos, os que efetivamente cumprem a Grande Comissão do Senhor Jesus... Sem as mirabolantes estratégias e sim com a simples e “verdadeira estratégia” bíblica do ir de dois, de casa em casa, conforme a Comissão dos Doze e dos Setenta, cumprindo exatamente o comunicar a cada pessoa e a cada família o mandado de Jesus, cuja conversão dessa ou daquelas pessoas, será exclusivamente obra do Espírito Santo. Quanto ao erro doutrinário pregado por elas... Tem você capacidade, e tem buscado ensinar a eles o que é de fato verdade? Ou simplesmente os hostiliza, quando não o faz contra os vendilhões da fé, porque na realidade elas ─ que nos tratam como evangelizáveis, também deviam ser tratadas assim por nós evangélicos ─ me permitam! Como eu tenho feito sistematicamente. Também devemos ter todo o respeito e preocupação com os Adventistas do Sétimo Dia, porque graças a eles somos obrigados a estudar melhor sobre o sábado    como o fiz no meu livro Ceia, sim! Cruz, não!, e neste Blog farei no novamente no decorrer do seguimento. Também a Escatologia deles, que mesmo tendo errado sobre vários pontos, mais precisamente quanto ao ano  1844 baseando-se nas 2300 tardes e manhãs de Daniel 8. 14, cuja improcedência já demonstrei detalhadamente no Blog, endereço www.esdraseneemias.blogspot.com , todavia, mesmo assim merecem respeito e tratamento quanto aos ensinamentos bíblicos diferentes daqueles que vendem a fé.                                                 
260
Voltando ao Novo Testamento; outra informação importante quanto à maneira como Deus, o Pai, é chamado no Novo Testamento ─ como já informei; tendo sido grafado para a identificação do Pai, o substantivo Deus, que se torna efetivamente a forma como devemos nos dirigir a Ele 963 vezes; também como Pai 154 vezes e como Senhor 40 vezes... Lembremos que todas as igrejas no ensinamento dos novos convertidos usam o Evangelho de João e a epístola de Paulo aos Romanos como base para esse início de ensinamento.
261
Dito isso, considere que é justamente no evangelho de João, que é  usado indevidamente para fundamentar a Doutrina da Trindade, que o Senhor nosso Deus é chamado por João pelo substantivo Pai 88 vezes; mais que em qualquer outro livro no Novo Testamento, sem considerar, que na pequena e nas duas mini-epístolas de João, o Pai do Senhor Jesus é chamado de Deus 61 vezes e de Pai 12 vezes, de igual modo: na epístola de Paulo aos Romanos temos a identificação ou Paulo chama o Pai pelo nome de Deus 128 vezes, também mais que em qualquer outro livro do Novo Testamento.                   
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Espero que essas informações possam melhor visualizar e fundamentar o que tenho dito sobre a questão o nome do nosso Deus. Que não foi a visão judaica do Eu Sou, o tetragrama do hebraico (יהוה, YHWH); não é e nem será também a especulação do tetragrama do hebraico, que seria (como defendem) exatamente o Eu Sou associada à visão nomista Jeová das Testemunhas de Jeová, e muito menos, a construção filosófica da Doutrina da Trindade; e sim, o que didaticamente e de forma simples nos é ensinado na Bíblia.  
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Já caminhando para argumentação mais conclusiva, estou reproduzindo textos aglutinados ou somados à semelhança do midrash, justamente no Evangelho de João, que é tido pelos que defendem essa doutrina como a maior fonte para a sua  fundamentação, e para que você visualize o que efetivamente a Bíblia ensina de maneira clara; que não tem nada, absolutamente nada, a ver com a Doutrina da Trindade ou podem no seu conjunto servir como argumento para se caminhar nessa direção; até porque a fundamentação da doutrina da “tri-unidade”  propriamente  dita é feita através de textos isolados.

TEXTOS  DO  EVANGELHO  DE  JOÃO  AGLUTINADOS
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João 10.29-30  Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da minha mão do meu Pai. Eu e o Pai somos um.

João 14. 1 ─ Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, credes também em mim.                                                                                                                                             

João 14.8-11    Disse-lhe Felipe: Senhor mostra-nos o Pai, e isto nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco, e ainda não me conheceis, Felipe? Quem me viu a mim, viu o  Pai: Como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras. Crede-me que estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.  Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores que estas; porque eu vou para o Pai;

João 14.26    Mas o ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar todas as coisas, e vos lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.

João 14.28    Ouviste  que eu vos disse: Vou, e voltarei a vos. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu.

 João 15.16  Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.

João 17.2-3    Assim como lhe deste autoridade sobre toda a terra, para que lhe dê a vida eterna a todos aqueles que lhes tens  dado. E a vida eterna é essa: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste.

 João 17.11     Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade.

João 17.18-26    Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles eu me santifico, para que eles também sejam santificados na verdade. E rogo não somente por esses, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; “para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós”; para que o mundo creia que tu me enviaste.  E eu lhes dei a glória que a mim me deste, “para que sejam um, como nós somos um”; “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam um perfeitos em unidade”, a fim de que o mundo conheça que tu me enviastes, e os amastes a eles, assim como amastes a mim.  Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheço; e estes conheceram que tu me enviaste; e eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer ainda, para que haja neles aquele amor que me amaste, e também eu neles esteja.
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         Novamente, quero chamar a atenção, para o fato e conclusão objetiva; de que a interpretação literal de João 10. 30    Eu e o Pai somos um é de total improcedência e insustentável, como também João 14. 9  Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Filipe? Quem viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?.. Senão vejamos! Os textos do capítulo treze ao final do capítulo dezessete, retratam o momento da celebração da páscoa e instituição da ceia; e são nesses textos que o Senhor Jesus, principalmente à partir do capítulo dezessete; quando Jesus ora pelos discípulos e também por nós e fala efetivamente em comunhão. E diz que essa comunhão, pode e deve ser também entre o Pai, o Senhor (ele) e todos os que o recebam como salvador e Senhor ─ não valendo dois pesos e duas medidas; de se dizer que quando o Senhor Jesus fala “que ele e o Pai são um”, seja literal e quando o Senhor Jesus diz “que sejamos um com ele e o Pai”, aqui seja figurado. Lê-se em João 14. 20    Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Também João 17. 21     Para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. É elementar a conclusão, de que aceitando a interpretação literal para esses textos, estaremos sem sombra de dúvida; fundamentando e legitimando, com toda a  grandeza, a procedência da filosofia PANTEÍSTA de Baruc de Spinoza, que conclui na sua sistematização, que nós  seres humanos e todos os elementos da natureza somos ou formamos um todo com Deus; no que, devemos ter todo o cuidado no estudar efetivamente as Escrituras; cuidado esse, que para impedir essas distorções. Ao reproduzir esse texto, que consta dos que foram aglutinados à semelhança do Midrash, também de João 14. 28    Ouviste o que eu vos disse: Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu; ou precisamente nessa direção; o Pai é um e eu sou o outro, Jesus,  Seu Filho unigênito; tudo isto, dentro da visão didática e acessível a todos nós seres humanos, de que podemos, conforme a oração de Jesus, sermos um em comunhão com ele e o Pai. 
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         Como o já demonstrei reiteradas vezes, inclusive com a série de textos do Evangelho de João aglutinados ou ordenados para mostrar o quanto é claro o que tenho defendido, justamente nos escritos dele ─  aqui no seu evangelho; o quanto é improcedente essa idéia da tri-unidade ou a de Jesus ser o próprio Pai. Inclusive, agora, essa consideração a partir desse texto de João 14. 28c; que já usei  no elenco dos textos do evangelho de João aglutinados. Ainda,    Eu e o Pai somos um, no qual se lerá com toda tranqüilidade semântica, considerando o contexto dos outros três evangelhos e de todo esse de João, principalmente o capítulo 17: Eu e o Pai temos plena comunhão, em tal grandeza que Ele me mandou representá-lo junto aos seres humanos, me dando todo o poder (Mateus 28. 18) e um nome que é acima de todo nome (Filipenses 2. 9-11)... Como ele próprio disse João 5. 26    Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmo.   
267
         Do mesmo modo como Jesus; quando quis que ficasse registrado    para que os discípulos e nós aprendêssemos    que Jesus é o Filho unigênito de Deus (Mateus 16. 13-17 e que se assenta à direita do Pai, conforme Mateus 22. 41-44, Marcos 12. 35-37 e Lucas 20. 41-44    nessa argumentação já amplamente feita, que vale a pena continuar...
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         Entretanto, como sinalizei no início do parágrafo anterior; quero agora trabalhar de maneira mais efetiva essa informação do Senhor Jesus quanto ao Pai, quando diz que o Pai é maior que ele, nesse outro registro em João 14. 28c, que objetiva um informar sistemático com propósitos perseguidos e trabalhados de forma clara e didática.
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         Essa fala de Jesus registrada por João, obviamente foi intencional; e sendo intencional, demonstra claramente um ensino que se pretendeu dar com isso; tanto que, já fora feito num relato anterior desse mesmo evangelho (já transcrito acima), João 10. 29-30 ─  Meu Pai que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um. Observe que no versículo 29 o Senhor Jesus diz ser o Pai maior que todos    embora no versículo 30 ele diga que ele e o Pai sejam um, no seguimento, João 10. 36, ele diz também, ser o Pai maior do que ele    como de igual modo, posteriormente repetiu essa mesma afirmação João 14. 28    Ouvistes o que eu disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-eis de que eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu. Que infere concluir, que quando ele disse que o Pai é maior que todos, isso incluiria também a sua pessoa, que não é o Pai... Entenda de igual modo, que toda essa construção, que  basicamente norteia todos os escritos de João, tem a preocupação de informar; ser a comunhão do Senhor Jesus com o Pai próxima ou parecida com o serem um, e ao mesmo tempo enfatizar que os dois são duas pessoas distintas... Observe  também que neste capítulo, o número 10. 22- 41    que já comentei anteriormente; o assunto tratado foi a acusação dos fariseus  de Jesus se apresentar como sendo o próprio Deus. Coisa que primeiramente Jesus mostrou que poderia fazê-lo do ponto de vista semântico, pois há Deus e deuses, citando o Salmo 82. 6  e depois afirmou veementemente     àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque eu disse: Sou Filho de Deus.     
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         Considere ainda: Se a Doutrina da Trindade defende que quando Jesus disse que “Ele e o Pai são um” (João 10. 30), isso seria literal, como provei com o capítulo 17, ser figurado. O pressuposto de ser literal como defendem os trindadistas, exclui o Espírito Santo ou “um” seria somente o Pai e o Filho. Tomemos todo cuidado com o que apressadamente concluímos do texto sagrado, ou o que estudamos e estudamos a partir de ditos eminentes teólogos    que são importantes na ajuda do nosso Estudo, todavia, às vezes exatamente como contraponto ou aquela bigorna (em quem bater, contrapor-se) de sedimentação que conjeturei no Preâmbulo.  

                                ANTÍTESE DA  DOUTRINA  DA  TRINDADE
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         Após você ter lido até aqui o subtítulo sobre a avaliação textos de João e a anterior aglutinação de textos do evangelho dele; e ainda continuar a defender essa doutrina;  meu querido irmão, nós estaremos com sérios problemas de racionalidade e fé    eu e você. Eu porque estudei, avaliei e escrevi tudo isto baseado no texto sagrado e, segundo você eu estaria errado... E você, que embora tenha lido e avaliado todos os textos que citei; não conseguiu entender e aceitar... Realmente, nós teremos um grande e sério problema de Romanos 12. 1-2, e deveremos continuar orando e estudando cada vez mais essa maravilhosa Palavra e, desde o começo, porque até agora nada teríamos aprendido desse manancial inesgotável.                    
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        Para começar a fechar, o que já estaria concluído e terminado sobre a Doutrina da Trindade, que de fato assim não será, pois mesmo crendo que seria o suficiente, muito ainda se dirá, nisto; parece-me que não foi suficiente o aqui trabalhado inúmeros fatos narrados e textos discursivos de muito peso teológico; vou trazer (eu é você que está lendo este Estudo) à memória em destaque quatro (4) textos que são uma espécie de ANTÍTESE da improcedente Doutrina da Trindade, que são: João 3. 16    Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna, no que, pelo amor de Deus trindadistas! Deus enviou o seu filho, enviou o seu filho, enviou o seu filho; porquanto o Senhor Jesus é o Filho do Senhor nosso Deus, o Pai; e esse texto mostra claramente a existência dessas duas pessoas. Também  Filipenses 2. 5-11  Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é acima de todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai. Por mais que se tente sofismar a favor da extra-bíblica Doutrina da Trindade que tem um grande peso, pelos seus dezessete séculos de existência e prática, textos como esse, é motivo de não permitir decididamente, que se perpetue algo tão absurdo em termos teológicos... De igual modo, João 17. 3    E a vida eterna é esta: Que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste. Que embora seja objetivamente claro; os “trindadistas” conseguem fazer do Senhor Jesus, nesse e outros textos, ser uma simples manifestação do Pai. E por fim o texto de I Coríntios 8. 6     todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas a coisas, e por ele nós também… Se você conseguir construir para esse texto obviamente de duas pessoas, num discurso teológico objetivo, e numa exegese que conclua o uno metafísico, uma só pessoa… Terá conseguido invalidar praticamente toda a fé cristã.
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         É oportuno que se diga nesse caminhar para o término desse Trabalho, que a maioria das pessoas que defendem a chamada Doutrina da Trindade; o fazem a partir de textos não efetivamente sistematizados dentro de uma contextura ótima, quando apelam para exclusão de textos optando tão-somente por aqueles que convêm ao que pretendem fundamentar, que lhes são objetivamente contrários, e o caminho via filosofia torna-se uma muleta importantíssima para fundamentá-la; sendo também por esse motivo que busquei ostensivamente trabalhar a improcedência dessa doutrina principalmente nos escritos de João, todavia, o peso dessa doutrina é muito grande pelo seu tempo de existência; reitero; embora já tenhamos estudado bastante os textos de João; apelo para que você que está lendo esse Blog, que carinhosamente leia todo o evangelho de João e as suas três Epístolas, na qual você verá de maneira muito clara o que a Bíblia ensina de forma didática e objetiva sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo... Quando você o fizer, dê uma especial atenção para os textos seguintes: I João 2. 21-24, I João 5. 5, I João 5. 10  e  II João 1. 9.

           A  AMBIGÜIDADE  FILOSÓFICA  DE  AQUINO  NA TRINDADE
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         Ainda dentro do que chamo de antítese  dessa doutrina, gostaria de citar Tomás de Aquino, que assim como Agostinho, não deveria estar dentro dos Seminários evangélicos como base  para  sistematização... Na sua Suma Teológica; questão XXXI; Da Unidade e da Pluralidade em Deus; em quatro artigos filosóficos, que tenho certeza; Platão e Aristóteles, dos quais ele e Agostinho são discípulos; não assinariam em baixo, dessa “mais plena ambigüidade teológica”, quando ele diz no quinto parágrafo do art. I:    Em tudo que se diz de Deus, o concreto é  predicado do abstrato; assim a deidade é Deus e a paternidade é o Pai. Ora, à trindade se não pode chamar trina, porque então haveria nove realidades em Deus, o que é errôneo. Logo, não se deve aplicar o nome trindade a Deus. Mas, em contrário, diz Atanásio: Devemos venerar a Unidade na trindade e a Trindade na Unidade”... O caldeirão de ambigüidade no qual está contido a Doutrina da Trindade ─ falando com toda gravidade, permitiu a Aquino se contrapor de maneira veemente a Atanásio  aqui nesse axioma jocoso que se resume numericamente em três tricotomias humanas ou nove realidades em Deus, decorrentes das três pessoas da trindade. Vê como Aquino mistura as coisas! E ao mesmo tempo buscou ser contundente; só que por intermédio de uma espécie de antolho, no qual, com essa sua estreita derivação filosófica ele resolve abandonar o caminho da trindade, que é próximo do elementar e didático bíblico; para seguir pela radical visão da tri-unidade, que é a negação total de toda a Bíblia.           
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         Toda essa questão denominada: Da unidade e da  Pluralidade  em Deus, nos seus quatro artigos e oito parágrafos (cinco no primeiro art. e três no terceiro art.), com as suas dezesseis respostas e também as suas quatro soluções, deveriam conduzir àqueles que se pautam por Tomás de Aquino; a romperem com ele e também com Agostinho pelo grau exacerbado de valorização dado aos filósofos quanto ao que é metafísico, pondero, para o qual, só a Bíblia por meio dos seus escritores, têm toda a legitimidade para fazê-lo quando pertinente; sendo que Paulo, o grande teólogo do texto sagrado, diz que só conseguiremos avançar nesse conhecimento “até o que é em parte”, conforme  I Coríntios 13. 9-12.
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         Efetivamente quanto a essa “Questão XXXI” da Teologia de Aquino; eu a identifico como uma verdadeira “antítese” à Doutrina da Trindade; pois de fato essa sistematização de Aquino é um receituário filosófico etimológico para explicar o metafísico, num etimologismo, mais parecido com ficção, que na realidade ninguém até hoje se aventurou a de fato concluir sobre isto de maneira tão subjetiva e relativa. A ambigüidade teológica em Tomás de Aquino é algo que se constata com facilidade, até porque isto decorre do que ele diz nos seus Trabalhos. Tudo o que é discutido em Aquino tem o pressuposto da separação de pontos distintos (nichos estanques), quando para cada Tema ou assunto há regra específica, informada a priori em cada uma delas: (Essa ou aquela questão em apreço) → Discute-se assim... Decididamente, coisas desse tipo não passa pelo crivo da minha Concomitância do Contraditório.
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         Essa constatação final quanto ao exacerbado filosófico etimológico de Tomás de Aquino me permite mais uma vez lembrar a regra bíblica de sistematização que está em Isaías 28. 9-13, que não tem nada a ver com raiz lingüística (etimologia) e posterior exegese, também reiterar a necessidade, em estudo sobre a Bíblia, do uso do método por mim proposto, o da Concomitância do Contraditório; que você poderá começar a fazê-lo, principalmente alguns seminaristas, que são fascinados pela dialética de Aquino, nesse seu Trabalho citado acima, no qual, se têm soluções e respostas que se contradiriam, se usado a minha Concomitância do Contraditório, senão, compare o inciso 3 do art. III com a resposta terceira, dessa Suma Teológica dele.                             
278
         Sinceramente não gostaria de ter elementos para constatar e concluir a visível veia cosmológica de Tomás de Aquino, que tendo se aferido basicamente na sua Teologia, que, leia-se metafísica, considerando ele, a partir de filósofos gregos principalmente Platão (nas falas de Sócrates) e Aristóteles;    na qual parece que Aquino não se deu conta que eles, a despeito do “ser e não deixar de ser e ser necessário que Deus exista”;  de maneira muito bem definida e clara;    os gregos optam por divindades humanas, ou seja, o antropomorfismo, deuses com forma humana, ver primeiramente em Hesíodo, em sua Teogonia; as diversas obras de Platão, quando nos diálogos dos diversos filósofos é feita por parte deles menção de crença e respeitos  aos  deuses, conforme, inclusive, Atos 17. 16-34, quando no versículo 18, filósofos epicureus e estóicos aludem a Paulo o pregar deuses diferentes dos deuses gregos... Isto compromete tremendamente a Teologia de Aquino; que de maneira muito clara tem dificuldades em tratar com o verdadeiro e pleno antropomorfismo e a  antropopatia usados por Deus na sua revelação junto a nós seres humanos através das Escrituras, no ensinar e efetivamente se relacionar, até porque o Senhor Jesus tomou forma humana.    
279
         Se ninguém objetivamente avisou e impediu a Tomás de Aquino de migrar para a cosmologia    parece que tinha mania disso; ainda há tempo para a conscientização de todos nós; de que a Teologia se faz basicamente com a Bíblia e obviamente a partir do como ela nos ensina; e decididamente abandonarmos a Tomás de Aquino como plena referência para aprendizado, ensino e qualquer sistematização.
280
         E quanto à conclusão metafísica de Aquino no seu tratado primeiro, subtítulo Deus existe; sobre a “caixa e a cama, usando a serra e o machado, demandar a intervenção de um carpinteiro”; prefiro o RELOJOEIRO citado por Fraçois Marie Arouet (Voltaire 1694 - 1778), a “metralhadora giratória do pensamento iluminista” ─ visão minha  ─; pois na boca de Voltaire isso soa muito mais enfático e contundente, porquanto a visão cética e crítica de todas as suas conclusões, sobre esta e outras inúmeras questões, a partir de uma hermenêutica abrangente e bem fundamentada o torna muitíssimo mais importante que Tomás de Aquino.    
281
         Agostinho e Tomas de Aquino, como qualquer pensador eminente, podem e devem estar dentro dos Seminários evangélicos, entretanto considerando o que eles nos têm ensinado; eles deveriam ser utilizados como bigorna ou efetivamente aquilo que não é verdade bíblica, até porque eles são genuinamente católicos romanos.

CONCLUSÃO SOBRE A  DOUTRINA DA TRINDADE
282
Não sou contumaz contestador, como objetivamente já detalhei no texto da apresentação do meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! A questão é que; em face da responsabilidade que temos    todos nós a temos diante do nosso Deus, e não nos é permitido contemporizar com essa secular idéia extra-bíblica, que tem feito com que muitas pessoas já evangelizadas, sejam convencidas a ingressarem na religião das Testemunhas de Jeová, cuja membresia é composta linearmente de mais de 50% de ex-evangélicos. Porquanto o que torna possível essa migração, é exatamente a fragilidade e improcedência bíblica dessa doutrina, cuja falta de consistência teológica têm feito com que as testemunhas de Jeová usem essa doutrina para fazer o seu eficiente trabalho de proselitismo, no qual induzem aos evangélicos que conseguem arrebanhar; a confessar e defender  que o Senhor Jesus não é digno de adoração. E do lado dos trindadistas; tem-se a confusão, de que o Senhor Jesus é o próprio Deus, o Pai, senão, não teria o direito de ser adorado; em contrapartida ─  exatamente como um contraponto, dizem que o Senhor Jesus é uma simples manifestação do Pai a nós seres humanos; literalmente um Jesus terreno com início e fim,    esquecendo, ou não tendo efetivamente conhecimento do que diz Paulo ─ como já citei acima sobre sua carta aos Filipenses 2. 10-11    para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai... Não sendo isto uma simples questão de ter ou não ter fé, e sim, plena confusão teológica e a mais clara e secular construção extra-bíblica.
283
O maior problema quanto à questão Doutrina da Trindade versus testemunhas de Jeová, é que alguns pastores e ditos defensores da fé cristã; inclusive  existe um órgão específico para isso (Apologética cristã), que têm produzido uma determinada literatura e cursos a partir dela, que municiam os que freqüentam a esses cursos, motivando-os a debaterem com as testemunhas de Jeová sobre doutrinas bíblicas; quando esses cursos buscam enfatizar a questão trindade, deixando de enfatizar o que de fato é errado na visão deles, que é afirmar que Jesus não é digno de adoração ou não o lhe ser devida essa adoração. Essas pessoas mal formadas e também mal informadas começam a citar aquele rol de textos bíblicos que visam legitimar a Doutrina da Trindade e mais aquela exegese  filosófica que lhe é peculiar... O fim disso, nós já sabemos; a maioria desses irmãos que tentam fazer esse trabalho acaba ─  isto é um fato, se tornando membros da religião Testemunhas de Jeová. Quando digo que é um fato a migração de evangélicos em número elevado para essa religião; também volto a afirmar que a causa disto é exatamente o tentar junto a eles a defesa da Doutrina da Trindade, que facilmente eles conseguem destruir com a simples leitura de textos bíblicos, que eles pedem seja lido em qualquer Bíblia, todavia após ter te vencido quanto à trindade, buscam estabelecer que o Senhor Jesus não é digno de adoração, agora usando a Bíblia, na tradução Novo Mundo, que é a tradução deles.         
284
         Como prometi no início desse Estudo, vou listar os textos nos quais o Senhor Jesus afirmou ser Ele o Filho do homem: Mat. 9. 6, Mat. 11. 19, Mat. 12. 8, Mat. 12. 32, Mat. 13. 37, Mat. 13. 41, Mat. 16. 27-28, Mat. 17. 9, Mat. 17. 12, Mat. 17. 22, Mat. 18. 11, Mat. 20. 28, Mat. 24. 27, Mat. 24. 37-39, Mat. 25. 31, Mat. 26. 24 e Mat. 26. 45; também Marcos 2. 10, Mar. 2. 28, Mar. 8. 31, Mar. 8. 38    Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do homem quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos; Mar. 9. 31, Mar. 10. 33, Mar. 10. 45, Mar. 13. 26, Mar. 14. 21, Mar. 14. 41, Mar. 14. 61-62    Ele porém, permaneceu calado, e nada respondeu. Tornou o sumo sacerdote a interrogá-lo, perguntando-lhe: “És tu o Cristo, o Filho do Deus bendito?” Respondeu-lhe Jesus: “Eu sou; e vereis o Filho do homem assentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do céu”; agora Lucas 5. 24, Luc. 9. 22, Luc. 9. 26, Luc. 9. 44, Luc. 9. 56, Luc. 11. 30, Luc. 12. 10, Luc. 17. 22, Luc. 17. 27, Luc. 17. 30, Luc. 18. 8, Luc. 18. 31, Luc. 19. 10, Luc. 21. 27, Luc. 22. 22, Luc. 22. 48, Luc. 22. 69-70; de igual modo, João 1. 51, João 3. 13-14, João 5. 27, João 6. 27, João 8. 28, João 9. 35, João 12. 23, João 12. 34 e João 13. 31.
285
         Da mesma maneira o “Senhor Jesus disse ser o Senhor nosso Deus era o seu Deus”, e Paulo que sistematicamente ensina que o Senhor Jesus é o Filho unigênito de Deus e que está assentado à direita do Pai; também afirma ser o Senhor Jesus, o Filho do homem, conforme Efésios 1. 17; sendo os outros textos os seguintes: Mat. 27. 46, Mar. 15. 34, João 20. 17    Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para o meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus; também Apoc. 3. 2 e Apoc. 3. 12. Temos ainda essa afirmação pelo Senhor Jesus no seu brado naquele momento grave e dramático da sua crucificação; que é exatamente o texto do Salmo 22. 1, que aparece em Mat. 27. 45 e também Mar. 15. 33-34    E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona. E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloi, Eloi, lamá sabactani? Que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?.. Esta parte final do versículo trinta e quatro, o brado do Senhor Jesus na cruz, é literalmente o versículo primeiro do Salmo vinte e dois. Este Salmo, o de número 22 é um texto profético sobre a pessoa do Senhor Jesus; por esse motivo vou reproduzir os versículos 16, 17 e 18 que informam de maneira literalmente clara fatos acontecidos no momento da crucificação:  Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos (não foram quebrados). Eles me olham e ficam a mirar-me.  Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes.                    
286
         Para que você tenha uma idéia do desastre dessa doutrina, vou reproduzir os primeiros versos de dois cânticos, onde de maneira didática, objetiva e popular se poderá visualizar a heresia que ela é, e a heresia que ela produz: o cântico Rei dos reis; na sua primeira estrofe diz: Ao único que digno de receber / a honra e a glória, a força e o poder /; o cântico Meu bom Jesus, que também na sua primeira estrofe diz: És tu a única razão / para minha adoração ó Jesus /; o cântico Consagração/Louvor ao Rei nas suas seis estrofes identifica Deus o Pai como sendo Jesus e a versão do cântico          Draw Me Close, para o que seria correto, conforme a tradução do refrão: Ajuda-me a saber que tu (Jesus) estas perto/, para o indevido: Adorarei somente a ti Jesus/... Esses quatro cânticos excluem literalmente a pessoa do Pai como digno de adoração, pois embora seja lícito e correto que se diga que o Senhor Jesus é o único Salvador e Mediador, conforme Atos 4. 12 e I Tim. 2. 5    Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens. Cristo Jesus, homem; e até que o Senhor Jesus seja a única esperança de salvação, como foi o tema da campanha de nós Batistas, quando o evangelista Billy Grahm aqui esteve; entretanto é impróprio e se constitui em erro dizer que o Senhor Jesus é o único digno de adoração; porquanto isso está a partir do pressuposto de ser o Senhor Jesus o próprio Deus, o Pai, sendo isso gerado pela doutrina católica romana chamada da trindade, que contradiz o que ensina efetivamente a bíblia sobre as pessoas do Pai e do Filho e do Espírito Santo; como está no texto de Apocalipse 5. 13. Quanto à cânticos há ainda uma séria observação a se fazer no que diz respeito ao Espírito Santo; a quem  indevidamente são dirigidas orações sendo isso feito de  maneira efetiva, quando na letra de cânticos ─ tornando-se isso preocupante, pelo fato de ter passado pelo crivo de pastores desses autores, de pastores amigos desses autores e pastores amigos dos pastores desses, e ainda o pior    quando em alguns casos, serem pastores os autores dos cânticos quando se alterna a pessoa do Pai e do Filho e de adoração e oração ao Espírito Santo. Porque como estudamos detalhadamente até aqui e ainda farei; em nenhum texto bíblico é  estimulado e ensinado que se deva adorar ou orar ao Espírito Santo do Senhor    que não é a terceira pessoa da trindade e sim a pessoa de Deus Pai e do Filho, conforme Atos 16. 6-7. Ou o Espírito Santo é de Deus, de sua propriedade, como é exaustivamente ensinado de Gênesis a I João que escreveu o Apocalipse׃ Gênesis 1. 2    (...), Mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas e I João 4. 2 ─ Nisso conhecereis o Espírito de Deus; (...). Sendo o nosso enaltecê-lo, o referirmo-nos sempre a Ele como aquele, que da parte do Pai e do Filho, nos consola, capacita, ouve e nos fala...
287
         Um ótimo exemplo de cântico com letra correta do ponto de vista teológico, é o de número quinze do cantor cristão, titulado de Exultação    A Deus demos glória / com grande fervor;
Seu Filho bendito por nós todos deu; /  a graça concede ao mais vil pecador, / abrindo-lhe a porta de entrada no céu.
Exultai! Exultai! Vinde todos louvar /
 A Jesus, Salvador, a Jesus redentor;
A Deus demos glória, porquanto no céu /
 Seu Filho bendito por nós todos deu. Quem conhece esse cântico sabe, e quem não conhece tendo contato com todo ele    que só reproduzi a primeira estrofe, verá essa coerência e assertiva teológica que tenho defendido aqui; que infelizmente a maioria dos hinos e cânticos não têm em suas letras.
288
            Anjos receptores de orações de crentes é heresia do erro de interpretação do texto de Apocalipse 8. 3-4, senão veja Romanos 8. 26-27. Também estranha e lamentavelmente, vê-se quando do sermão, a homilética dos diversos pregadores; a dificuldade de muitos pastores quando detalham o relacionamento entre o Senhor Jesus e o Pai e, por força de vários textos nos quais o Pai é chamado de Deus, e o Filho de Senhor Jesus... Visivelmente eles entram em conflito explícito e, começam a afirmar reiteradas vezes: Jesus é o próprio Deus, Jesus é o próprio Deus, Jesus é o próprio Deus! A causa objetiva desse procedimento é que a Doutrina da Trindade, ou mais precisamente da tri-unidade é improcedente e até impraticável por parte dos que a defendem, pois quando se vêem em conflito numa simples verbalização sobre o assunto, como o descrito acima, os leva a naquele momento a quase refletir, entretanto continuam nessa conduta extra-bíblica de heresia.
289
         O livro do Apocalipse fecha, termina e conclui a Bíblia Sagrada, e é esse endereço acima, cujo texto é reproduzido a seguir, que fala da consolidação do reino do Senhor Jesus, que têm e terá a nós, a sua Igreja como súditos... Cito o texto abaixo que também ajuda a encerrar esse capítulo de maneira objetiva; com esse texto de Apocalipse 5. 13    Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que nele há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos... O Senhor Jesus, o Cordeiro, sendo adorado junto ao Pai; não formando com Ele um único ser, como enuncia exaustivamente a errada Doutrina da Trindade, mas em perfeita comunhão, aqui de forma alegórica como se fossem um em comunhão, conforme João 10. 30, pelos séculos dos séculos.   
290
         É inconcebível o que afirma  essa doutrina, que se traduz na sua exegese como tri-unidade, que diz ser Deus o Pai e o seu Filho o Senhor Jesus uma única pessoa, se assim é; por cerca de trinta e três anos tivemos Deus aqui na Terra e a sua conseqüente ausência nos céus, que sendo isso verdade, também seria verdade que Deus se esquecera de dizer isto ao Senhor Jesus ou conforme a Doutrina da Trindade; não teria dito a si mesmo e aos discípulos, pois eles ensinaram exaustivamente durante todo o tempo; que existirão eternamente o  Pai e o Filho, e se assentarão um ao lado do outro por toda a eternidade, como Paulo diz,  em outros  e nesse texto, conforme Colossenses 3. 1    Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está, assentado à destra de Deus.  Isso é o que a Bíblia ensina de maneira didática, simples e da forma mais elementar possível. Entretanto, se você quer considerar a metafísica ou o panteísmo ou ainda alçar um vôo filosófico maior do que procurei trazer para esse Trabalho    como já ponderei quanto ao tempo e a criação, quando pedi e lhe dei milhões de anos à frente para respostas    agora lhe peço tão-somente alguns anos; pois a volta do Senhor Jesus está próxima    porquanto Paulo nos diz que “conheceremos como somos plenamente conhecidos”... É só conviver um pouco mais com o elementar antropomorfismo e a antropopatia, que todos nós entendemos (em parte) e quando ele voltar entenderemos tudo plenamente. 
291
 Já estando na fase conclusiva desse Estudo, no qual aconteceram varias reiterações visando um melhor entendimento; creio valer a pena continuar um pouco mais usando e abusando da sua paciência e atenção.
292
         Há correntes que estudam um pouco mais o texto sagrado e concluem que como já provei neste Estudo A Doutrina da Trindade É Heresia; concordando que o texto sagrado ensina que o Senhor Jesus e o Pai são duas pessoas de fato distintas, entretanto, como se estivessem presas e compromissadas com essa idéia extra-bíblica; ponderam, que os discípulos assim informaram, por não terem chegado a entender que o Senhor Jesus é Deus, o Pai... Sendo essa conclusão por demais perigosa, pois, não só atribui a Atanásio o direito pós-bíblico de acrescer o texto sagrado, sendo dele a paternidade dessa pretensa revelação, adaptada posteriormente à  metafísica, também legitimaria que a revelação de Deus ao mundo, ainda estaria por se completar, ensejando também a necessidade de canonizar informações pós Novo Testamento já passadas, e algumas que poderão ainda aparecer.

                                           ERUDIÇÃO VERSUS TRADUÇÃO
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         Ilustres senhores teólogos e professores dos Seminários, tão bem informados sobre filosofia e a muitíssimo estudada  metafísica; exercitem as suas mentes e procurem lembrar-se do que têm estudado e ensinado sobre a  Bíblia; porquanto Paulo e os demais escritores bíblicos conheciam tudo sobre as conclusões metafísicas  quanto ao Ato, Simples, Imóvel, Potente e Primeiro Motor, pois desde os pré-sócraticos, Sócrates, Platão e Aristóteles, que sistematizou a lógica e a metafísica;  isto era muito claro para todos e amplamente  difundido antes e durante a era cristã; entretanto eles preferiram ficar com o ensinamento bíblico que contempla o pleno antropomorfismo e a antropopatia dentro da didática do teológico acessível aos “pequenos incultos” quanto às revelações dadas a eles e, as transmitiram a nós através desse mesmo texto sagrado e com as mesmas características de como receberam.  
294
         De igual modo é verdadeiro e não falso; que todo esse conjunto de ensinamentos diferentes do que é bíblico, que tenho contestado aqui; não têm de fato nada a ver com que ensina a Bíblia; no que, prosseguir nisto se constitui em erro doutrinário e clara heresia, e até perdoem a franqueza, em plena infantilidade teológica; todavia não entendam como desrespeito a infantilidade  teológica, pois esta é uma linguagem bíblica, conforme Hebreus 5. 12-14, I Pedro 2. 2; também I Coríntios 3. 1-2, a figura criancice ou infantilidade, que é parte da carta, na qual Paulo fala de maneira específica contra a filosofia grega e as tradições judaicas indevidamente mescladas à verdadeira doutrina, como ainda hoje; que ensejam usar de maneira pertinente as figuras: meninice, criancice e infantilidade, quando se fala de alguém que  abandona o que efetivamente ensina o texto sagrado.       
295
         Entendam, reitero, que a minha veemência busca alinhamento com as ponderações de Paulo, que são veementes e pertinentes, e num grau elevado; nas quais me arrisco a concluir; que tem havido no decorrer da história por parte dos teólogos e dos que se dizem defensores das coisas de Deus, um claro e exacerbado demonstrar de erudição em cima da simplicidade da revelação dada a nós seres humanos através do texto sagrado; complicando com isto o seu fácil e pleno entendimento segundo os propósitos de Deus; para os quais criaram ainda, o pressuposto da necessidade de se conhecer e falar o grego e “até o hebraico” para se interpretar a Bíblia, a partir de quais de fato textos isentos de uma avaliação mais aprofundada? Também em vários Trabalhos sobre Teologia e em muitas obras da literatura evangélica se têm usado de maneira impertinente o grafar no grego e no hebraico, textos bíblicos, sem a devida necessidade de esclarecer problemas de etimologia quanto à tradução, numa clara demonstração intencional de erudição. Embora o conhecimento pleno do grego seja bom, como o é importante o do inglês hoje, não esqueçamos ou tenhamos a consciência de ser um fato concreto o não existir discussão substantiva sobre as traduções da Bíblia, também, como todos nós sabemos, o que marcou o efetivo conhecimento popular contemporâneo do texto sagrado, foi a visão maravilhosa de Lutero que acabou contagiando o mundo, ao traduzir o Novo Testamento para a sua língua, o alemão, que marcou de maneira decisiva, essa verdade contundente, de ler, interpretar e ensinar as coisas de Deus contidas na Bíblia, na língua de cada povo a que pertençamos. Como já fizera João Wycliffe, A estrela Matutina da Reforma a partir de 1373; que aos poucos foi promovendo a tradução da Bíblia do latim para o inglês; e à medida que traduzia partes, já as ia distribuindo com seus alunos e o povo; pois assim como aconteceu e o continuar acontecendo, estar-se-á desse modo, em pleno acordo com o dissera o Senhor Jesus em exultação; que a revelação do seu Evangelho é principalmente para os menos doutos, conforme Mateus 11. 25-26    Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou ó Pai, Senhor do seu e da terra porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tenhamos cuidado com a interpretação dada a esse texto, que diz serem, os pequeninos, os “doutores que são humildes” ─ claro que também estão incluídos, quanto a revelação, mas estamos falando objetivamente dos sábios e entendidos em hebraico e grego e demais em outras áreas, e o fato é que, como tenho insistido, a revelação do Evangelho do Senhor Jesus visa a todos, conseqüentemente a sua apresentação terá que ser elementar,  didática e accessível a todos.   
296
         Do início e ao final do Preâmbulo, prometi que repetiria três parágrafos relacionados com a questão tradução do texto bíblico e vou fazê-lo na sua integridade, mesmo sendo repetição de considerações sobre Lutero, que já estão ditas acima, que são os seguintes: Dentro dessa questão. Houve sistematizações quanto aos ensinamentos das leis e profecias do Antigo Testamento, por exemplo, a Quarta Filosofia, fundamentada a partir de textos de Daniel capítulo 2 e 7, que é detalhada no meu livro Ceia, sim! Cruz, não; que se deram de forma concomitante ao período, por intermédio dos escribas e doutores da lei, posteriormente os efetivos rabinos... Jesus começa o seu ministério praticamente revisando todas as sistematizações das tradições judaicas e as suas interpretações das leis e profecias desses doutores da lei; estabeleceu o Colégio Apostólico; que é a figura dos nossos Seminários de hoje, entretanto não havendo sucessão apostólica pós Matias e Paulo, cujos discípulos continuaram essa revisão das sistematizações e as reproduziram na doutrinação da Igreja primitiva emergente.
297
         A sistematização paralela ao Antigo Testamento fora feita basicamente em hebraico e aramaico ─ que creio ter sido o início da trajetória de chegarmos a usar a Bíblia traduzida na nossa própria língua, por meio do grego koiné.
298
O Senhor Jesus, na sua sistematização, explicação e aplicação das informações do Antigo Testamento, a fez  exatamente nessa forte contraposição, como desde início do seu ministério, as fez falando em aramaico. Os discípulos após terem aprendido diretamente com Jesus e Paulo por revelação, Gálatas 1. 15-16, fizeram as suas pregações em hebraico ─ Paulo, Atos 21. 37-40, também em  aramaico e em grego ─  dentro dessa interessante trajetória de diversificação lingüística, concomitante ─;  posteriormente escreveram em grego, o que está canonizado; para que através desse idioma, as verdades de Deus chegassem a cada povo e língua. Conforme ficou marcado, de maneira grave, num momento igualmente grave da história; o início da consolidação desse processo, com a tradução do Novo Testamento para o alemão, feita por nosso irmão, o ex monge católico romano Martinho Lutero    que o fez a partir do texto grego do Novo Testamento de Desidério Erasmo,  o maior erudito da reforma, conhecido como Erasmo de Rotterdam (1466 - 1536),  publicado em 1516 usando o latim e o grego, dispostos em duas colunas. O que estou efetivamente dizendo é que a Bíblia traduzida para o meu, o seu idioma ou o de qualquer pessoa, é toda suficiente para que estudemos com segurança as verdades de Deus contidas nas suas páginas; sem nos esquecermos do Trabalho pioneiro de João Wycliffe (1320 - 1384) professor de Teologia da Universidade de Oxford, a Estrela Matutina da Reforma, em quem se cumpriu os 1290 dias de Daniel 12. 11, que começou a traduzir o texto sagrado para o inglês, e à medida que o ia fazendo, os distribuía aos seus alunos e demais pessoas.                           
299
Continuando  quanto a essa questão idioma do original bíblico versus traduções ou a visão elitista-lingüística dessa dependência... Há que se considerar preliminarmente que essa  pseudo-dependência; só é ou foi verdadeira até o momento em que de fato se consolida ou se consolidou com a tradução, que inclusive pressupõe o fato de que a recíproca é verdadeira ou o valor dito maior desse ou daquele idioma versus tradução, está transitória e simplesmente parametrizado ao momento em que se conclui a efetiva tradução ─ obviamente o ser recíproco infere que o idioma A está para o idioma B, assim como o idioma B está para o idioma A, portanto com importâncias iguais.
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Há que se fazer exegese em hebraico e em grego!.. Isto é o que exige essa visão elitista-lingüística da bitola acadêmica dos Seminários de Teologia, entretanto esse pressuposto é ou só será de fato verdadeiro quando dois lingüistas versados nesses idiomas se entendem: um como o emissor, aquele que apresenta a exegese e o receptor, aquele que a ouve ou a lê... Essa seria a efetiva exegese nesses idiomas, que para acontecer demandaria da parte de ambos, o pleno conhecimento da história, dos mitos, das leis, costumes, nuanças culturais e folclóricas dos povos dessas línguas, antropologia e sociologia. Quero falar agora do que chamei de volta no início, mas, antes disso, lhe peço que tenha em mente o pressuposto de agora, que são os dois lingüistas, cuja volta (tradução) infere que esses também sejam efetivamente versados na língua portuguesa... Não sei se você está entendendo; todavia creio que estivemos conjeturando, não sobre aquele que está estudando o texto sagrado e sim exatamente sobre tradutores, que já fizeram esse trabalho na tradução séria de todos os textos, para os quais, de alguma forma, alguns dessa vertente lingüística ─ achando necessária essa dependência acabam criando dificuldades.
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Do outro modo, repudio os arranjos, que são paráfrase do texto já traduzido e também são literalmente o acrescentar advertido em Apocalipse 22. 18 chamados de Bíblia na linguagem de hoje, versão jovem, também outras e principalmente, pela sua denominação injuriosa e indevida a versão chamada de Bíblia viva, cujo desaviso quanto à inferência, agride a tradução séria, quando literalmente a estariam chamando de morta, mas de fato o pressuposto é contra a Bíblia... Porque decididamente, não há nem de leve a possibilidade de Jesus ter usado o coloquial ou gíria    embora tivesse mais vezes falado a pessoas simples e humildes e a poucos letrados ─; daí uma fala não culta ou sempre coloquial, como especulam alguns de visão popularesca, todavia, nos dois casos Ele seria seriamente criticado pelos sacerdotes e doutores da lei, quando, pelo contrário eles elogiaram a sua autoridade e maneira como falava, que com certeza fora didática, acessível, todavia solene. Pastores sérios repudiem comigo, o que tenho ponderado aqui!
302
Parece que todas as coisas sérias que buscamos aprender e ensinar estão dentro do que Thomas More enumerou em sua Utopia, a sua sátira veemente à sociedade inglesa e européia, e de um modo geral, foi e, porque não dizer, continua sendo uma crítica de fato pertinente a tudo o que aconteceu e acontece no nosso mundo contemporâneo... Isso torna oportuno e bom citar o que Morus reivindica no subtítulo: Das viagens dos utopianos e outros assuntos diversos, na página 74 do seu livro A Utopia, quando diz: “Aprendem (os utopianos) as ciências na sua própria língua, rica em expressões, harmoniosas ao ouvido e apta para interpretar fielmente o pensamento”. Também, segundo Charles Francis Potter no seu livro História das Religiões; quando fala do grande erudito da reforma Desidério Erasmo o Erasmo de Rotterdam, cita o prefácio do Novo Testamento traduzido por ele em 1516, no qual  se vê uma coluna em latim e outra em grego, a partir do qual Lutero o traduziu do grego para o alemão, reiterando. Assim se lê o prefácio de Erasmo, como nos informa Potter: Apud    “Quisera fossem eles (evangelho e epístolas) traduzido para todos os idiomas que pudesse... o lavrador cantar um ou outro verso, ao seguir o arado, o tecelão trauteá-los ao som do tear, e o viajante, matar o tédio da jornada com suas histórias”. Considerem também que essa tradução do autor de Elogio da Loucura, o grande Erasmo de Rotterdam, visou escandalizar a igreja romana que tinha tornado o latim e não o grego como a língua bíblica. Vejamos também o que ele diz em Elogio da Loucura sobre idiomas e de um modo especial o grego, na defesa da tradução na própria língua de cada povo    A esse respeito, pareceu-me igualmente oportuno imitar os retóricos dos nossos dias, que se reputam outras divindades, uma vez que podem gabar-se de outras línguas como a sanguessuga (língua bifurcada) e consideram coisa maravilhosa inserir nos seus discursos, de cambulhada, mesmo fora de propósito, palavrinhas gregas, a fim de formarem belíssimos mosaicos. E, quando acontece que um desses oradores não conhece as línguas estrangeiras, desentranha ele de rançosos papeis quatro ou cinco vocábulos, com os quais lança poeira aos olhos do leitor, de forma que os que o entendem se orgulhem do próprio saber e os que não o compreendem o admirem na proporção da própria ignorância”. Vale à pena e é oportuno que se credite a Morus e Erasmo a total e plena autoridade para esse tipo de crítica, pois tinham conhecimento e familiaridade com o idioma grego e outras línguas.
303
No meu pequeno segundo livro, A Noiva aprovada por Ele; no primeiro capítulo me insurjo contra a defendida significação para Eclésia (grego, ’Еκκλεσία), Igreja, assembléia, como sendo “chamados para fora”, que segundo alguns viria da raiz etimológica da palavra. Tem-se no livro As igrejas do Novo Testamento do irmão MC Daniel, em um estudo sobre isso, defendendo esse entendimento. Só que aquele estudo já identifica uma espécie de opção confronto ao pretenso direito de “A Igreja” ostentado pelos católicos romanos, daí pode se concluir, como diz o ditado popular׃ a emenda ficou pior que o soneto, pois  Senhor Jesus ensinou enfaticamente (João 17. 9-18) que a igreja está no mundo ─ à semelhança da arca, que estivera no mundo inundado na época de Noé, que produz naturalmente uma significação exatamente contraria, se necessária fosse! Que seria literalmente׃ chamados para dentro, e seria uma aplicação perfeitamente verossímil, porquanto o Senhor Jesus fez essa construção em Mateus 24. 37-41 e Lucas 17. 26-27    Como aconteceu nos dias de Noé, assim será nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e os destruiu a todos; sendo repetitivo: estavam todos no mundo (do lado de fora da arca), ignorando o aviso de Noé, entretanto, os animais e os que estavam dentro da arca se salvaram. Nesse livro o irmão Daniel identifica modos e formas como a palavra Eclésia é usada no texto sagrado ao referir-se a essa assembléia, a Igreja de Cristo, coisa perfeitamente normal quanto a muitos e muitos vocábulos nas diversas línguas, que ganham efetivamente essa ou aquela final significação dentro de textos em função da nuança semântica dos mesmos, nos quais a questão etimológica fica de certa forma relativa pela importância da semântica.
304
Isso é tão sério; que o elenco de significações dentro de nuanças semânticas, que o livro não sinaliza é colocado para a Igreja como instituição, que no sentido plenamente etimológico, são as organizações humanas; para textos que falam objetivamente da Igreja que não é visível obviamente não sendo instituição, que é organização humana; cujo texto primeiro e básico é o da pergunta feita por Jesus aos discípulos sobre o que as diversas pessoas e eles pensavam ser Ele, conforme Mateus 16. 13-19, que é o principal texto que fala da Igreja׃ Instituída, edificada, criada, constituída... Todavia, de maneira nenhuma instituição, mas aquela que tem dentro de si as diversas instituições, denominações, até porque contra ela não prevalecem as portas do inferno, entretanto, prevalece sim, sobre as igrejas instituições, que têm dentro de seus membros joio e trigo ou lobos e ovelhas. Nesse livro de MC Daniel é feita essa confusão mostrada aqui; que acontece exatamente quando se perde a visão semântica dos textos e se entra na indevida camisa de força    a linguagem figurada está sempre presente! Da chamada raiz lingüística (etimologia) da pré-dependência do idioma original, já plenamente traduzido.
305
O texto principal citado acima agora o transcrevo, Mateus 16. 18-19    Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.  Sendo repetitivo quanto a esse texto    por coerência com a regra que enunciei e por que esse assunto merece. Decididamente, para essa Igreja descrita aqui nesse texto, não existia nenhum termo grego para lhe dar nome com característica intrínseca etimológica, pois como já expliquei, sendo isso muito claro no texto, Ela não é instituição, sendo transcendente, tendo como membros somente os salvos, portanto sem nenhuma relação etimológica com a língua grega... Por conseguinte ou exata necessidade no escrever no grego, foi denominada de Eclésia pelos evangelistas dentro da visão semântica possível, e perfeitamente compreensível, que não traz para si a etimologia do inicial do vocábulo, mas sim o que na prática objetivamente significava naquela época e era assim entendido... Para não complicar mais ainda não vou considerar para análise a contaminação do idioma grego para o que está traduzido para inferno, que é o inferno da mitologia grega: o Hades, que, inclusive tinha um deus com o mesmo nome que era irmão do deus Zeus, o maior do Panteão da Mitologia grega.                       
306
O texto acima é o básico ou principal com relação à Igreja e todas as igrejas que a compõem, que o irmão Daniel chama no seu livro de instituição, todavia é óbvia a improcedência dessa classificação, porque para classificar a transcendente Igreja de Cristo como organização ou instituição, ter-se-á invariavelmente que adjetivá-la, de transcendente ou invisível, como fez o nosso tradutor, na Bíblia, ou outro adjetivo que possa fazer com que as terminologias para coisas humanas possam ser usadas para ela... Dentro disso tem-se no texto sagrado para essa Igreja que não é instituição, os textos de: Mateus 16. 18, o transcrito acima, Gálatas 1. 22, Efésios 1. 22, Efésios 3. 10, Efésios 3. 21, Efésios  5. 23, Efésios 5. 24, Efésios 5. 25, Efésios 5. 27, Efésios 5. 29, Efésios 5. 32, Filipenses 3. 6, Colossenses 1. 18,  Colossenses 1. 24, I Timóteo 3. 15, Hebreus 12. 23, e para igreja como corporação ou instituição os demais 93 textos. Do total de 109 textos conforme o próprio irmão Daniel informa no seu livro sobre o assunto.      
307
É objetivamente claro que as ponderações que estou fazendo aqui não têm absolutamente nada a ver com esse Estudo sobre a tri-unidade, todavia esse posicionamento meu contra a valorização exacerbada da  etimologia, tem estado presente em tudo o que escrevo; e aqui nesse texto aparece algo que é considerado por muitos como polêmico, quanto ao poder da Igreja e outra questão que alguns entendem como perda de salvação. Vale a pena caminhar um pouco mais no mesmo.
308
Como já expliquei, é perfeitamente claro nesse texto que o Senhor Jesus está falando de uma Igreja que não é uma instituição terrena, com C.N.P.J. ou autorização dos Impérios ou reinos para existir, se nos reportarmos para aquela época, e como também se constata, de fato sobre essa Igreja não prevalecem a portas do inferno, reiterando, pelo fato dela não ser instituição terrena... Essa Igreja é transcendente e não pode ser atingida por Satanás e é a mesma que pela aceitação de Jesus como salvador liga definitivamente o pecador com os céus... Agora quanto a inferência que você possa estar ou querendo fazer, no que diz respeito ao desligar dos céus; considere também o versículo que diz que Satanás não tem poder sobre ela, que disso se conclui: No Antigo Testamento Deus diz enfaticamente que não tem prazer na morte do ímpio, João diz que Deus mandou seu Filho Jesus para morrer pela raça humana porque os ama, e Pedro na sua segunda epístola 3. 9, diz que Deus não quer que ninguém se perca. Se Deus não quer que ninguém se perca, as portas do inferno não prevalecem contra a Igreja; esse poder para desligar é simplesmente a informação retórica de que Cristo a cabeça da Igreja tem poder para ligar e desligar, perdoar pecados e dar vida a quem quiser, conforme o texto de João 10. 18.                      
309
Os escritores do Novo Testamento quando fizeram os registros dos fatos relacionados com os atos de Jesus e os seus ensinamentos, também quando das cartas, o livro dos Atos dos Apóstolos e o Apocalipse; não criaram termos ou palavras novas para o idioma grego e sim usaram as existentes e perfeitamente associadas ao cotidiano dos que usavam essa língua, como já ponderei nesse capítulo sobre o substantivo Teo ou Theós (grego, Θεός), que eles também usaram para identificar o Ser Supremo revelado ao povo judeu, o Deus que adoramos... Decididamente não existe ou existiu o idioma grego evangélico; do latim até pode ser, pois o catolicismo criou efetivos termos dito eclesiásticos para si.  
310
O substantivo eclésia, assembléia foi usado pelos escritores do Novo Testamento a partir da idéia vigente sobre essa palavra nas nuanças do uso desse termo para essa ou aquela assembléia, que no caso da Igreja de Cristo ─  um reunião ou grupo de pessoas ─, é adjetivada como imaculada por pertencer a Cristo, sendo sua Noiva, e na  visão lingüística objetiva, definitivamente; “A Igreja” é a assembléia universal composta de santos e pertencente a Cristo. Não que esses que o aceitaram a como salvador, estivessem    e os que irão aceitar, estejam  ─,  dentro (na superfície) do planeta terra ou mundo, foram ou sejam entendidos agora de chamados ou tirados para fora...  Para onde, em que lugar?.. Vou responder de maneira curta e objetiva. Se estavam dentro da Terra (sua superfície)     diferente do etimológico defendido, que é dentro de num recinto  ─,  que também está dentro do cosmos; só há uma conclusão para onde podem ser tirados ou chamados: “para o infinito e além!” ─ como é o bordão do personagem astronauta de Toy History,  Bass light year... Tudo isso que estou dizendo aqui é facilmente identificado nos textos traduzidos em português. Novamente aqui, aquela mesma intenção de mais um assunto, mostrando com mais esse fato o quanto temos nos afastado do que é efetivamente bíblico; tanto no entender e principalmente no como estudar, na direção do nosso próprio idioma e mais uma vez, sendo repetitivo; mostrando a improcedência da exacerbação da etimologia no idioma original ─ contra isto me insurjo, não contra o grego ou qualquer que possa nos ajudar a melhor entender essa ou aquela questão ─, quando esquecemos principalmente da semântica, para textos já convenientemente traduzidos...
311
O que preciso dizer de forma objetiva com relação ao termo eclésia é que as ponderações feitas aqui sobre a questão etimologia, decididamente não têm ou terá nada a ver com os lexicógrafos e as suas conclusões, porque como já expliquei de maneira detalhada. A Igreja de Cristo constituída no início do seu ministério foi posterior à criação dessa e de outras palavras (vocábulos); que estão diretamente ligadas ao povo grego e o inicio e evolução da sua existência ─ não tendo a Igreja de Cristo nenhuma relação com o etimológico desse termo    já disse isso várias vezes. O lamentável quanto a isso é que de maneira  errada e desavisada; pastores têm inventado até explicações para ajustá-las a essa deformação, como: o tirados para fora significar que as igrejas não devem ficar dentro das quatro paredes de seus templos, e sim sair para evangelizar. Quando na realidade (perdoe o coloquial), uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
312
Agora, para concluir esse assunto; imagine uma assembléia (grego, eclésia) de um clube de futebol ou determinado condomínio ou pior, a reunião (assembléia) dos acionistas de uma determinada empresa; considerando que assembléia significaria no grego, chamados ou tirados para fora, essas reuniões teriam que ser realizadas em local público, na rua. Decididamente, parece que não temos entendido nada sobre Teologia e Lingüística... Sobre eclésia falarei um pouco mais quando falar do assunto pastores, relacionando-os a ela.                                                                                  
313
O elenco de coisas enumeradas até agora faz também lembrar, que a “Pedra Roseta”, só é importante hoje, como acervo histórico do museu Britânico de Londres; porquanto o que conta como relevante quanto a ela e o seu texto, foi e é a tradução ou decifração, descoberta do que fora convencionado para esse escrito feito por Jean François Champollion; que a colocou cronologicamente dentro de uma das quatro heranças políticas do Império de Alexandre o Grande, a dinastia helênica dos egípcios que começou com o general Ptolomeu e terminou em Cleópatra; sendo que essa decifração ou tradução permitiu entender melhor, os escritos sobre o misterioso e fechado Egito antigo, sendo também esse período o da LXX, setuaginta, tradução do Antigo Testamento para o grego.
314
Interessante é continuar  lembrando tudo isso, nos remete a trazer para bem próximo de nós incultos, a mais elementar visão de gramática; que demandou inicialmente descobrir em cada língua, o conjunto de regras a serem convencionadas para a seu efetivo uso operacional    convenção é a palavra chave!.. Tenho por hábito brincar quanto a isso usando a maneira mais elementar possível, quando digo que o estabelecer convenções quanto a termos (palavras) das línguas é na prática convencionar a definitiva convenção, por exemplo: isto aqui é tá, tá, tá ─ tá, tá, tá, ok? e aquilo ali é ti, ti, ti    ti, ti, ti, também ok?  O processo, que tem esse início e característica por demais elementar, se sofistica e caminha na direção de abrangência maior, entretanto parametrizado pelo elementar mecanismo da convenção, que o sistematiza como gramática; que ao fim, gera na relação de uma língua (idioma) com a outra, o conhecer claramente de maneira definitiva, quem é e o que são os tá, tá, tás, e quem são e o que são os ti, ti, tis.
315
Depois dessa série de considerações sobre a questão tradução, quero mostrar que a Bíblia legitima o caminhar nessa direção... Primeiro quero também informar que essa tendência de valorizar em demasia as línguas originais do texto sagrado tem conexão com um texto profético do livro de Amós 8. 11-12, que fala da supressão da Palavra, a Bíblia, e é usado por muitos estudiosos de Escatologia que dizem estar ainda por acontecer     isso por falta de conhecimento bíblico, pois hoje isso seria impossível de se concretizar; não sendo preciso enumerar os óbvios porquês, quando na realidade isso já aconteceu desde o imperador Diocleciano e até a chamada Reforma Protestante ─ durante 1260 anos, portanto, cujos pontos importantes contemplaram dentro de si a tradução do Novo Testamento para o alemão... Esse período contemplou no seu início nos anos 303 a 305 a matança de todas as lideranças da verdadeira Igreja de Cristo, a destruição de todos os lugares de culto e a destruição de toda a literatura cristã existente com os crentes; esse processo, no seu início, teve um desdobramento no final desse 4o século, que foi a tradução da Bíblia para o latim; se tornando por imposição católica romana a língua oficial do texto sagrado; tanto que monges ignorantes se escandalizaram quanto ao Novo Testamento latim e grego de Erasmo; quando estranharam escandalizados e entenderam como heresia o idioma grego sendo usado nas Escrituras  ─ porquanto a partir da tradução latina de Jerônimo se perdeu até Erasmo a verdade do original bíblico ser grego, incluindo a LXX ─, e como estava profetizada por Amós (Amós 8. 11) a supressão através da negação da Bíblia para os leigos, que continuou até o evento da Reforma.
316
Em segundo lugar, como disse anteriormente, a própria Bíblia legitima de maneira contundente a sua tradução para todas as línguas, contudo consideremos que a tradução para o latim chamado Vulgata teve motivação de “romanizar” o texto sagrado e restringi-lo ao clero, como foi visto na história. Porquanto a partir do relato da descida do Espírito Santo, o Pentecostes; e quanto ao “entender em suas próprias línguas” é um texto  profético claramente na direção desse processo de universalização do texto sagrado por meio da tradução para todas as línguas; conforme Atos 2.4-6    E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas (grego, γλωσσα ou γλωττα ─ glossa, língua), conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações  que há debaixo do céu. Ouviu-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua (grego, διάλεκτος - dialektos, idiomas). Como foi visto no texto acima em português, é objetivamente claro que línguas do verso quatro denotam na sua construção, ser uma fala (língua) desconhecida, conforme I Coríntios 14. 2; do outro modo o versículo seis mostra na construção desse último período da constituição do texto, ser línguas aqui, idiomas e dialetos... O estranho e complicado é que naquilo onde a questão do que está no original grego pode de fato ajudar e até elucidar a possível controvérsia  no presente, pois quanto à tradução, a semântica já objetivou o entender o texto em português; não se vê por parte dos lingüistas    que defendem essa dependência ─, a efetiva, oportuna e necessária valorização desse fato presente no texto bíblico e aqui objetivamente mostrado.    
317
O que foi visto nesse texto mostra uma sinalização da parte de Deus por meio da ação do seu Santo Espírito; quanto ao valor e a necessidade de cada um  ter disponível em sua própria língua todas as informações sobre as coisas referentes a Ele e o seu Filho, o Senhor Jesus, que como disse acima; o Espírito Santo capacitou aos que ali estavam reunidos no cenáculo a falarem uma língua não compreensível por vias normais ─ como detalharei no Estudo sobre dons espirituais  ─; pois como mostrado aqui foi de forma sobrenatural que se traduziu de maneira simultânea e individual, o que estava sendo dito por intermédio daquela fala estranha; para o entendimento das várias pessoas de idiomas e dialetos diferentes, que ali estavam; numa clara aprovação e sinalização profética de que essa seria a óbvia forma (tradução) pela qual o Evangelho chegaria a todos os povos e todos os idiomas e dialetos. 
318
Isso que tenho ponderado aconteceu no ministério do Senhor Jesus, quando do confronto com os doutores da lei, que nessa denominação dada a esses que tinham a missão de ensinar ao povo; por si já mostrou e mostra o perfil extremamente acadêmico daqueles. A contrapartida disso foi o ensino didático e elementar de Jesus, que foi todo suficiente, justamente na direção dos humildes, e ao mesmo tempo no de dar aos que irão cumprir a “grande comissão” ─  Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, (...), ensinando-as a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado, (...), todo o respaldo simples e elementar para tornar fácil e accessível esse importante trabalho de ensino... A lista de ponderações acima objetiva e resume o que tenho explicado sobre o não ser imprescindível o grego e muito menos o hebraico para se interpretar o texto sagrado, já traduzido para o idioma de quem quer que seja.  
319
Após todas essas ponderações, veementes, porém sinceras, abro o meu coração aos queridos e ilustres doutores, professores altamente versados em hebraico e grego... ─ Não tenho nada absolutamente nada contra os senhores, pelo contrário, se Deus me der tempo e condições ainda chegarei ao nível de mestres que sois. Entretanto entendam que tudo o que disse aqui está exatamente na direção do entender essa questão línguas como objetivo de quem estuda perseguir nesse objetivo,  até porque, entender e falar efetivamente qualquer língua (idioma) são coisas muito difíceis, ainda que com garra no atingi-lo, todavia, não como de fato necessidade; considere também o grande amor que tenho pela Palavra do nosso Deus e do seu Filho o Senhor Jesus, no nome de quem peço ao Pai, que pela ação do seu Santo Espírito preserve a Bíblia na sua forma o mais simples possível em cada língua para acesso e entendimento fácil dos pequeninos, ainda que seminaristas.
320
De igual modo é importante que fique bem claro que em momento algum eu tenha dito, aqui neste Blog, em outro, em livros, em ensaios sobre vários assuntos, que tenho feito e até em of; que não se deva sinalizar e dar aos seminaristas; os primeiros contatos com o hebraico (nem tanto) e o grego, no estudo dessas línguas nos Seminários e se estimule de maneira firme a importância do estudo de línguas, objetivando para o seminarista o bom e importante continuar a estudar o grego; todavia reitero, o não precisar delas para interpretar “convenientemente” o texto sagrado traduzido na nossa língua... Creio que agora posso caminhar no concluir esse Estudo...                      
321
Neste final de Estudo, digo que, não posso fechar questão sobre o que seja realmente a total e plena verdade sobre Deus Pai, seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo, porquanto estou plenamente de acordo com Paulo (I Coríntios 13. 12), quando diz que agora conhecemos em parte. Todavia confesso que do ponto de vista dialético, a idéia filosófica do Deus-uno-metafísico ou três pessoas serem uma, é sedutora do ponto de vista do blá, blá, blá, acadêmico; entretanto defendo intransigentemente a revelação, simples, elementar, didática e acessível do antropomorfismo e antropopatia como são encontradas na Bíblia, que insisto veementemente deve ser respeitada, entendida e ensinada com todas as suas características intrínsecas. Porque ainda que quisesse caminhar na direção da tri-unidade (chamada de Doutrina da Trindade) e conjeturar ser a pessoa do Senhor Jesus a forma ou o meio pelo qual se torna possível o nosso futuro conviver com Deus o Pai, pois, como dizem, não resistiríamos a sua presença... Considerando até todos aqueles argumentos: do Emanoel ─ que seria o próprio Deus encarnado e não o seu Filho representando-O como afirma de maneira clara o texto sagrado  ─; sendo a forma humana que Jesus tomou para vir até nós, nos redimir e se tornar o noivo da Igreja composta de muitos que já aceitaram e os que o aceitarão; e sim seria o Senhor Jesus o próprio Deus, o Pai que governará eternamente com os homens, como se na realidade Jesus sempre tivesse sido o Pai.
322
Seria essa conjectura mais uma tentativa de legitimar a tri-unidade; entretanto Paulo se preocupou em falar muito sobre isso, para esclarecer essa questão de maneira bem clara e definitiva, como o fez nas suas diversas epístolas, e de um modo mais abrangente quando escreveu  aos de Corinto, inclusive no texto que já transcrevi no início desse capítulo (I Coríntios 8. 6); que é  plenamente elucidativo como esse de I Coríntios  15. 24-28    Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo o domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos... Coisa essa, que acontecerá na sua exata plenitude e consumação de tempo; após o término do Milênio e o subseqüente Juízo Final, como nos informa Paulo nesta fala aos irmãos de Corinto, quando se consolidará todo o Ministério do Filho Messias Salvador (propiciação pelos nossos pecados), o nosso Senhor e Jesus Cristo, na total entrega do reino ao Pai para sempre, conforme versículos vinte quatro, e vinte e oito.  
323
Pode ser sedutora, engenhosa e altamente filosófica, mas essa infeliz idéia da tri-unidade em Deus não se sustenta do ponto de vista bíblico,  porque qualquer construção cristã-platônica-Aristotélica irá esbarrar na morte, quando da crucificação, ressurreição e o posterior assentar-se à direita de Deus, o Pai, ou seja, um Jesus ressuscitado vivendo eternamente junto ao Pai. Entendo  nessa mesma direção, e assim deve pensar o verdadeiro cristão ─  creio eu, que o pressuposto de Dr. em Divindade, divindades pode ser, não é e nunca será o profundo conhecimento acadêmico sobre mitos e crenças dos diversos povos, e sim o conhecimento de Deus, o Pai, seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo ─ esse doutorado seria correto, se fosse possível; que por mais que estudemos sobre essa questão, o conhecimento será no máximo  “em parte” ─ que infere o não ser possível de fato o doutoramento sobre esse assunto.
324
Vou de alguma forma repetir o que já foi dito no parágrafo anterior sobre ressurreição, porque entendo ser de suma importância o reiterar que a ressurreição e posterior ascensão do Senhor Jesus aos céus e o assentar-se à direita do Pai, é um exato contraponto à doutrina da tri-unidade, pois como encontramos literalmente e de maneira clara no texto sagrado; o Senhor Jesus foi crucificado, morreu e ressuscitou com um corpo glorificado, que Paulo em analogia com a nossa ressurreição, diz em I Coríntios 15. 20, ser a ressurreição de Jesus as “primícias dos que dormem” ou o protótipo da nossa ressurreição, que teve o seu referencial profético e alegórico no primeiro dia (domingo) do Pentecostes, conforme estarei detalhando no Estudo O Batismo Inaugural do Espírito Santo.
325
Reiterando pela segunda vez, até parece que todos nós estamos na fase do leitinho espiritual do conhecimento, inclusive os doutos teólogos, que não percebem o principal e elementar fato importantíssimo; que é a base de fundamentação do cristianismo, a ressurreição do Senhor Jesus e o seu posterior assentar-se a direita do Pai, que como já disse: é uma perfeita antítese, pois zera, e torna exatamente impossível a idéia de tri-unidade, como ensinamento compatível com o que o texto sagrado ensina. ─ Há de fato muitas coisas a serem estudadas por todos nós na Bíblia!
326
Estou aqui novamente ponderando e massificando ou efetivamente repetindo o que já ostensivamente expliquei, justamente para sinalizar e enfatizar o quanto foi e é sedutora a construção filosófica da tri-unidade; que estranhamente tem  contraponto lógico e natural, sendo assim, é plenamente filosófico, pois sendo Jesus o eterno Filho de Deus, como ensina detalhada, didática e incisivamente a Bíblia (Hebreus 10. 12)... Decididamente não caberia nem de leve a possibilidade de Jesus ser o próprio Pai. Como Paulo ─ reiterando, nos declara enfaticamente no texto titulado pelo tradutor de Cântico de vitória, conforme Romanos 8. 34 ─ Quem nos condenará? Cristo é quem morreu, ou antes, quem ressurgiu dentre s mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.         
327
A solução filosófica simplista e sedutora,  das três pessoas em uma ─ sendo repetitivo e repetitivo ─ tem de forma direta, como contraponto a si, uma exatamente simplíssima conclusão verdadeiramente bíblica, que é ser Jesus o Filho unigênito de Deus ─; sendo isso a base áurea de fundamentação do cristianismo, que tem também como texto áureo, sendo isso entendido por todos os que estudam a Bíblia, em João 3. 16... Que em uma paráfrase sobre esse texto, teríamos mais ou menos o seguinte: ─  Deus, que junto a si tinha a todo o tempo o seu Filho o Senhor Jesus (João 1. 2-3 e 17. 5), amou o mundo de tal maneira, que o enviou para morrer pelos nossos pecados e posteriormente ressuscitar para novamente com Ele estar. A Doutrina da Trindade pode ser sedutora do ponto de vista filosófico, entretanto não tem nada a ver com o que a Bíblia efetivamente ensina de maneira didática a todos e principalmente aos que não têm conhecimento de filosofia.
328
Em um parágrafo anterior, o quarto, e justamente no que falo da sedução da tri-unidade; denominei a fundamentação dessa doutrina de forma veemente, coloquial e jocosa de blá, blá, blá filosófico, para criar mais um espaço ou a possibilidade real de novamente mostrar, dentro da visão de sucessivas reiterações, que a despeito da Doutrina da Trindade ter quase dezessete séculos de existência, isso não a torna ou tornaria pertinente. Entretanto tenho que concordar que essa sua idade milenar e o senso comum por ela adquirido; demanda que eu seja redundante  repetitivo e tudo o que se possa contra ela na direção de poder melhor explicar a sua improcedência.                   
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O coloquial blá, blá, blá, embora seja provocativo, é de fato o que corresponde à idéia da tri-unidade e toda a sua argumentação, como tenho demonstrado nesse subtítulo, mostrando aqui e ali reiteradas vezes a sua inconsistência... E o fazendo mais uma vez sou levado a lembrar que essa doutrina afirma de maneira categórica ser Deus três pessoas; até aqui, Deus físico plural, que considerando a volta do Senhor Jesus aos céus, agora Deus seria somente um ser amorfo e até o que não se engloba em nada, segundo Aquino ou “o Deus mistérios Dele mesmo”.  Que remete à conseqüente e pertinente “pergunta que nunca quererá calar” bordão perfeitamente pertinente, muito usado por  pastor amigo: Afinal, são três pessoas ou uma? Ainda, considerando que o texto sagrado ensina como demonstrei no preâmbulo e nesse Estudo não ser o Espírito pessoa física; e os próprios trindadistas não se resolvem quanto a isso, caberia uma outra pergunta ─ não estou aqui brincando quanto a essas perguntas, porquanto é exatamente isso essa doutrina projeta na direção do procurar entendê-la, nas suas incongruências e ambigüidades...    
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No que, essa construção coloquial provocativa até funciona como uma forma de causar um choque, e motivar o ver que é elementar demais o concluir como improcedente essa estranha doutrina... Entenda o blá, blá, blá, assim: como exatamente um grito de apelo lancinante na direção do motivar a melhor e mais sincera análise daquilo que se tem aceitado tranqüilamente como verdade bíblica como se fossemos néscios.          
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         Também essa questão quantitativo-filosóficas de Jesus 100% homem, 100% Deus, é estranha à Teologia bíblica, que diz de maneira simples e clara: O Senhor Jesus é o Filho unigênito de Deus, sem essas considerações filosóficas, que conviveram e convivem com a Teologia bíblica, não a tendo penetrado ─ graças a Deus por isso  ─; nem por meio de Paulo, que as conhecia plenamente (as diversas vertentes filosóficas), todavia não as usou como material didático na sua grade de ensino.                
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         O que estou efetivamente dizendo e concluindo nestes últimos parágrafos, é que entender de fato a Divindade ─ estou falando do Deus vivo, seu Filho, o Senhor Jesus e do Espírito Santo que habita em nós, sua efetiva vontade, os seus juízos, os pormenores de todo o seu ser, o universo, enfim! Tantas e tantas coisas que não sabemos; é que reconheço que o pleno saber sobre Deus está no inacessível e inescrutável para mim e a qualquer ser humano, ainda que legitimamente doutores em várias áreas; remete-me a concordar literalmente sem nenhuma leviandade e tentativa de erudição com o filósofo Sócrates, quando dissera que o conhecimento consiste em saber que nada sabemos... E mesmo que busquemos o conhecimento que vem de Deus através do seu Santo Espírito, ainda estaremos aquém da sua plenitude, conforme nos diz Paulo em I Coríntios 13. 12    Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos a face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.  Ensinemos a Bíblia conforme a simplicidade nela contida; sem as essências, as imanências, as transcendências e etc.. Mas, tão-somente com o simples e elementar revelado aos pequeninos (Mateus 11. 25-27)... Para informação de muitos que não sabem (tem informação) da capacidade e conhecimento de Paulo sobre a filosofia grega e as obras de Platão. O texto de I Coríntios 13. 12 é uma paráfrase da Alegoria da Caverna de Sócrates em Platão na sua obra A República.          
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         Sendo intencionalmente repetitivo para terminar este Estudo, lembremo-nos do que disse em outros Blogs-s e no subtítulo Sistematização Teológica; sobre o princípio verdadeiro de que a Bíblia interpreta a própria Bíblia    que não é mera regrazinha de sistematização estabelecida por teólogos, e sim um fato... Pelo fato do legítimo ser o que todos os escritores do Novo Testamento, explicaram, concluíram ou efetivamente sistematizaram... Não coube, cabe ou caberá nenhum posterior reparo por qualquer teólogo, por mais brilhante que seja, que não se alinhe ao que eles sinalizaram como caminho e verdade; porque do mesmo modo seria o caos e vazio de legitimidade, ou tem caminhado nessa direção, como tenho contraposto de maneira veemente neste Trabalho.  Se a sistematização feita pelos autores do Novo  Testamento não é definitiva para ser seguida, e cabe-lhe revisão    não estou falando contra a hermenêutica por parte de teólogos posteriores    já chamei a atenção para isso reiteradas vezes, intencionalmente, sendo repetitivo e até chato    estará de fato ou já está estabelecido o caos teológico, ou quem terá esse pseudo direito final, ou até eternamente continuado de sistematizador final?
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         Ilustres teólogos, professores de Sociologia, Filosofia, Psicologia e Lingüistas; peço a máxima compreensão quanto às ponderações e exemplos extremamente elementares e didáticos usados por mim até o momento    como fiz com a Filosofia, a Psicologia (que muito amo) e as línguas, cujo objetivo não foi predatório ou difamatório ─  quem seria eu para tal!.. E sim, e não é outro senão o de exatamente motivar a leigos como eu e a seminaristas; ao efetivo acreditar em seu próprio potencial, entendendo que podem caminhar no pleno buscar conhecer a Deus, independente do inicial inatingível grego e do hebraico.
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         Que nesse didático e elementar    sendo repetitivo e redundante ─; creio eu, de fato se poderá instrumentar um paulatino e firme maior interesse no estudo bíblico, e inclusive também no efetivo estudar o grego e o hebraico (nem tanto), agora com esse entendimento; de maneira tranqüila, passo a passo e dissociada dessa dependência, entretanto segura e até melhor fundamentada, pelo agora maior conhecimento bíblico adquirido no próprio idioma de cada um de nós.    
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         Para terminar esse Estudo, gostaria de fazê-lo de maneira bem interessante no que diz respeito ao seu conteúdo; repetindo quatro falas de pólos diferentes quanto ao intrínseco entendimento teológico dos emissores, e ao mesmo tempo  convergentes quanto ao seu cerne ou essência ─  a primeira de Voltaire, a segunda de João e que já constam desse capítulo a terceira de Pedro, que foi um lembrar aos irmãos, o como ele por meio do Espírito Santo revelou ser o Senhor Jesus o eterno Filho de Deus, e como isso fora posteriormente dito diretamente a eles pelo próprio Deus, e a quarta de Paulo quando falou da gloria anterior do Senhor Jesus como Filho de Deus, seu ministério humano e a sua final exaltação para a gloria do Pai...
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         Voltaire, quando se contrapondo às várias concepções  filosóficas e teológicas sobre Deus; porque ele foi um contumaz contestador  de tudo e de todos, embora com muita coerência, principalmente do catolicismo; quando disse no seu Dicionário Filosófico; subtítulo, Um Único Artesão Supremo, quando fala do seu Deus Providência, que era mais que imanente, quase transcendente e pessoal como Ele nos é apresentado e ensinado na Bíblia    Já convencido de que, não conhecendo o que sou, não posso conhecer o que é meu autor, minha ignorância me deixa abatido a cada instante. Consolo-me refletindo sem cessar que não importa que eu não saiba se meu Senhor é ou não extenso, desde que não faça coisa alguma contra a consciência que me deu.  De todos os sistemas que os homens inventaram sobre a Divindade, qual adotarei? Nenhum, senão adorá-lo”.
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         Na mesma direção do adorar e na plena intenção de uma relação de equilíbrio racional, o apóstolo João relata dentre as suas visões, a quando diz, no seu Apocalipse capítulo 5. 13    Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e todas as coisas que nela há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos; e os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.
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         Ainda, a fala de Pedro, a qual me referi, ser essa que se constituiu numa denúncia e profecia, do que  fariam com relação à pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo (nessa pretensa  engenhosa Doutrina da Trindade) que está registrada em I Pedro 1. 16-17    Porque não seguimos a fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando pela Glória magnífica lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; essa voz, dirigida do céu, ouvimo-la nós mesmos, estando com ele no monte santo.
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         Por fim, Paulo disse na sua carta aos Filipenses 2. 5. 11    tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus coisa a que devia se aferrar,  mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.                               
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         De igual modo, lembrar aqui nesse término de capítulo, o que transcrevi no final do Blog Coisas Importantes sobre  Igrejas em Células, quando reproduzi o que fora dito pelo físico, matemático, astrônomo e também teólogo Isaac Newton, que aparece na conclusão dos seus manuscritos sobre Teologia e Escatologia, denominado Theological Manuscript, disse: ─  “Um homem pode imaginar coisas que são falsas, mas só pode compreender aquilo que é verdadeiro...” É exatamente assim que também penso.    
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         Que Deus nos abençoe, e por meio do seu Santo Espírito nos ensine a sermos racionais e cuidadosos quanto a tudo o que estudamos e ensinamos, e, sobretudo sejamos espirituais, para que a atuação do seu Santo Espírito seja plena em todos os nossos atos, no pregar e principalmente no ensinar... Amém! MARANATA.
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Vou parar por aqui, e quanto à crucificação de Jesus; a cruz, como instrumento de pena capital, o seu uso indevido como símbolo cristão, As Cruzadas ─ termo oriundo da força dada a ela como símbolo ─, a sua identificação maior, que é o sinal que identifica a maior hegemonia mundial profetizada no livro do Apocalipse (o sinal da besta); quando explico com detalhes tudo isto no livro que quero editar: O QUE PRECISAMOS SABER PARA COMEÇAR ENTENDER ESCATOLOGIA, no qual, precisamente na resposta de número treze detalho tudo sobre a cruz... Ver um pouco sobre este livro em sete fragmentos do mesmo, postados no Blog: IGREJA MIL MEMBROS OU O EVANGELHO HORIZONTAL, endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com   .   
   

           LEMBRETE ou ADVERTÊNCIA ─ Se qualquer um de nós tem entendido, ensinado e praticado    em oração, adoração e louvor  ─, que Deus o Pai é o Senhor Jesus; fazendo isto, está sistematicamente excluindo Deus o Pai nesta relação ou exatamente dizendo que Ele não existe... Sendo isto feito por alguém humilde e de pouco conhecimento; entendo que a grande misericórdia de Deus levará em conta esse estado de ignorância, conforme Atos 1.17; entretanto: teólogos, professores de Seminários, pastores e diversos líderes de organizações nas igrejas terão que dar conta de tudo quanto têm ensinado de errado sobre Eles e tudo mais que é ensinado na Bíblia.


ENDEREÇOS DOS BLOGS

    A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
CARTA ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE É O PLC 122 OU A DITA LEI HOMOFÓBICA?  www.verdaderespeitoejustica.blogspot.com                        
O QUE É O PLC 122 OU A DITA LEI HOMOFÓBICA?  (sinopse do anterior)     www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O QUE É O PLANO NACIONAL LGBT?               www.direitoshumanosrespeitoejustica.blogspot.com

O DITO CASAMENTO GAY, A ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
                                        www.cartasenador.blospot.com
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE, ORIGEM GENÉTICA DO                HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO DE                 SUGESTÃO À FEITURA DE LEI SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS LEGAIS, E PAI OU MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM         www.leialcoolemiaseca.blogspot.com

DEMAIS BLOGS

SEXO ANAL NO CASAMENTO É PECADO?
EXISTE  MALDIÇÃO  HEREDITÁRIA?  (inclui um estudo sobre crimes dolosos contra a vida)     www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
REAL  EVOLUÇÃO  DA  FEITURA  DA  OBRA  DOM  CASMURRO    www.verdadedomcasmurro.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com   Sobre o amor Eros (lesbianismo, pederastia e o heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de Platão, e Machado de Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor (heterossexual); Estudo este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange ao amor Eros.
DOUTRINA DA ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS LIVRE-ARBÍTRIO     www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA  MIL  MEMBROS  OU  O  EVANGELHO  HORIZONTAL  (+ sete fragmentos: sinopse sobre Escatologia)   www.igrejamilmembros.blogspot.com
A  ORAÇÃO  DE  JABEZ  E  A  ORAÇÃO  DE  SALOMÃO    www.oracaodesalomao.blogspot.com
CÂNTICOS DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS                                                          www.canticosdelouvoreadoracao.blogspot.com
O QUE É BOM SABER SOBRE IGREJAS EM CÉLULAS                                                       www.igrejasemcelulas.blogspot.com
O  SOFRIMENTO DE  JESUS  NA CRUZ           www.osofrimentodejesusnacruz.blogspot.com
O DÍZIMO, A BÍBLIA  E  A  ERA  DA GRAÇA  www.odizimoabibliaegraca.blogspot.com
O DÍZIMO II OU QUERO A BENÇÃO E FICAR RICO
SE POSSÍVEL ENGANARIA ATÉ OS ESCOLHIDOS                                                www.riquezasatodocusto.blogspot.com
A NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO E DO EVANGELHO     www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO ALLAN KARDEC
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY

    
                                                     FINAL I
Esse é o meu vigésimo Blog, conforme expliquei no início nas Considerações Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo que o seguinte a ser postado ─ contrariando o até agora anúncio do Tema seguinte  ─, será sobre aquilo que mover meu coração (cognição é o correto) no momento. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor  (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título correspondente. 
FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:  Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado  não tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei. 


                    Jorge Vidal  Escritor autodidata     
  
                                    
                                                    Email  egrojladiv@yahoo.com.br